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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Ska Brasil afasta o começo ruim com massacre na capital

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na terça-feira retornei ao Estádio Nicolau Alayon não para ver o Nacional, e sim nova sessão futebolística no glorioso e encurtado Campeonato Paulista da Segunda Divisão. No gramado da Rua Comendador Souza, casa do Barcelona Capela em 2020, o Elefante recebeu o Ska Brasil. Duelo de times que não tinham somado nenhum ponto na competição até então.

Já faz tempo que a Segundona não tem novidades com frequência. Nos últimos dez anos foram poucos que estrearam no profissionalismo e especificamente de 2014 até hoje a coisa ficou ainda pior, com estreias apenas em 2017 e 2018. Para terem uma ideia, foram 33 novos integrantes que entraram no extenso rol de participantes da última divisão: 23 entre 2006 e 2010 e apenas 11 entre 2011 e 2020. De todos, apenas 16 ainda jogam profissionalmente e 17 desapareceram do cenário, um assombro.

Dito tudo isso, ressalto que, diferente do que lemos por aí, o Ska Brasil oficialmente não é uma nova agremiação, já que usa a filiação do já saudoso Osasco FC. Eles foram fundados em 2019 na cidade de Santana do Parnaíba, sabemos disso. Porém quem é pesquisador ou jornalista precisa seguir o que está escrito nos regulamentos. Deixemos o “achismo” apenas ao torcedor de arquibancada. O CNPJ é o do OFC, e se um dia usarem o CNPJ próprio, vira time novo. Por enquanto, é apenas uma antiga equipe recauchutada.




Barcelona e Ska Brasil posados no gramado do Nicolau Alayon e a foto oficial dos capitães dos o quarteto de arbitragem

O Ska chegou com tudo metendo banca, mas nos três primeiros jogos somou três derrotas, a última por goleada dentro de casa (4x0 contra o Mauá FC). Nada melhor do que encontrar o pior Barcelona dos últimos anos (com duas derrotas em duas partidas) em busca do primeiro triunfo na temporada. O espectador mais desatento poderia esperar equilíbrio... só que não foi isso que aconteceu. O que se viu no Nacional foi um massacre visitante.

A goleada do Ska começou a ser desenhada no 11º minuto com o tento de cabeça de Matheus Sacramento depois de cruzamento perfeito de Fabrício. Aos 14 Denílson mandou na trave, aproveitou o rebote e tocou para Daniel. O camisa 11 recebeu no meio da área e ampliou. Apesar de toda a facilidade e do domínio, o onze osasquense voltou a marcar somente nos minutos finais.

Aos 40 Fred recebeu passe na entrada da área, cortou a zaga e finalizou com força. A bola desviou levemente no defensor e tirou o goleiro da jogada. Aos 44 o capitão David Lucas lançou na esquerda para Fabrício. Ele entrou na área sem ser incomodado e chutou cruzado, deixando o placar parcial em 4x0 a favor dos visitantes. Denilson quase fez o quinto antes do intervalo chegar.


O que se viu no Nicolau Alayon foi um massacre a favor dos visitantes. Nem com praticamente todos os atletas locais dentro da área eles foram páreo


Fred (9) se preparando para finalizar de fora da área


Fabrício (6) após marcar o quarto gol do Ska ainda no primeiro tempo


Marcação pesada do atleta laranja em cima de jogador local. Fácil que esse é um dos times mais fracos do Barcelona já montados até hoje

Na etapa final nada mudou. O Ska não sossegou o facho e o Barcelona não conseguiu produzir nada digno de registro. Fred jogou fora a chance do 5x0 aos 10 conseguindo a proeza de, mesmo livre de marcação e dentro da pequena área, completar um cruzamento da direita pela linha de fundo. Quem acabou fazendo o quinto foi Fabrício aos 12 numa ótima cobrança de falta.

Os gatos pingados que estavam credenciados conversavam entre si apostando em qual seria o placar final. Teve palpite de seis até dez a zero. Os atletas do escrete laranja enfileiraram bons momentos, mas gol que é bom, "somente" mais dois. O sexto aos 26 com Hiago entrando na área e tocando na saída de Vitor Maciel e o sétimo quatro minutos após em chute maroto de David Lucas e pelota no canto esquerdo.


Bola na rede do goleiro Vitor Campos, agora no segundo tempo


Visão geral da Comendador Souza vazia para Barcelona 0x7 Ska Brasil


Placar final da enorme goleada do Ska Brasil, a primeira vitória do clube com essa denominação na história

O resultado de Barcelona 0-7 Ska Brasil registrou o primeiro triunfo do clube laranja com essa denominação e afastou a zica com louvor. Agora a meta é correr atrás de uma possível vaga na próxima fase da Segundona. Pelo lado do Elefante uma vaga na segunda fase é impossível. A luta real é tentar vencer pelo menos um joguinho em 2020.

Até a próxima!

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Ficha Técnica: Barcelona 0x7 Ska Brasil

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Tarciano Jose de Lima; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Emerson, Felipe, Higor, Vitor, Dimitrius Ferreira, Erick, David Lucas, Thiago Couto; Gols: Matheus Sacramento 11, Daniel 14, Fred 40 e Fabrício 43 do 1º, Fabrício 12, Hiago 26 e David Lucas 30 do 2º.
Barcelona: Vitor Campos; Vitor Hugo, Matheus, Kaique e Caique Pereira (Emerson); Vitor, Felipe, Higor e Caique Souza; Johnny e Ramon (Toninho). Técnico: Adauto Júnior.
Ska Brasil: Matheus Brito; Nicolas Marquez, Thiago Couto, Bruno Gabriel e Fabrício; David Lucas (Matheus Pontes), Dimitrius Ferreira (João Gabriel), Matheus Sacramento (Erick) e Denílson; Fred (Jhonatan) e Daniel (Hiago). Técnico: Leandro Mehlich.
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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Tudo em branco entre Nacional e Noroeste no Alayon

Texto e fotos: Fernando Martinez


O Campeonato Paulista da Série A3 chegou na fase de quartas de final e mesmo naquele esquema meio besta de portões fechados, o que vale é que duas vagas na A2 de 2021 estão em disputa. Na bacia das almas o Nacional conquistou sua classificação ao vencer o Primavera na rodada derradeira e se garantiu entre os oito melhores. O adversário nacionalista era simplesmente o dono da melhor campanha da primeira fase, o Noroeste.

O leitor amigo do JP certamente se lembra que fiz uma caravana genial durante o Carnaval (parece que o mês de fevereiro foi há uns cinco anos). Uma das cinco coberturas foi justamente o duelo ferroviário da primeira fase, realizado no sábado da folia e com triunfo vermelho e branco por 2x0. Incrivelmente foi a primeira vez que vi um Noroeste x Nacional na história.



Desta vez a carona rendeu as fotos oficiais do Noroeste e do quarteto de arbitragem com os capitães. Pena que ninguém se dignou a fazer a foto do Nacional

Falando sobre história, podemos dizer que o Nacional é um freguês histórico do Norusca. Contando dois amistosos em 1938 e 1951, foram 26 jogos e apenas três (!) triunfos paulistanos, dois na primeira divisão em 1958 e 1959 e outro na Série A3 de 2016. O alvirrubro venceu 15 vezes e aconteceram oito empates. O encontro mais famoso foi a final da segunda divisão de 1970, quando os bauruenses venceram o desempate e foram campeões. Foi a última vez que o Nacional chegou tão perto de voltar à elite.

Ainda invicto no futebol pandêmico, o Nacional apostava nas boas atuações pensando em surpreender o líder da A3. Acabou que não fizeram uma apresentação inesquecível, mas foram seguros e levaram perigo algumas vezes. Mesmo sem mostrar o futebol que o levou ao primeiro lugar na fase inicial, o Noroeste também teve seus momentos.

Antes dos 10 minutos, cada lado assustou a zaga adversária uma vez: primeiro o Naça aos oito com Gabriel e depois o Noroeste com Guilherme aproveitando escanteio cobrado por Richarlyson e cabeceando para fora. A chance mais clara saiu aos 46. Tavares chutou da entrada da área e Pablo defendeu com a ponta dos dedos, salvando a pátria visitante.

No tempo final o Noroeste foi levemente superior, só que nada que possamos dizer "nossa, que coisa maravilhosa". Os locais mandaram uma bola na trave em cruzamento pela esquerda aos nove e se seguraram a partir de então. Aos 17 a zaga local vacilou, Pedro roubou e, dividindo com o camisa 1 paulistano, tocou por cobertura. A pelota passou muito perto do gol.

Aos 35 o Noroeste quase abriu o placar em duas oportunidades seguidas. Primeiro Douglas Lima, arqueiro do Naça, afastou e França não conseguiu completar com o gol aberto. Na sequência, após levantamento da direita, novamente o camisa 15 França escorou no segundo pau e Diego Chiclete salvou em cima da linha. Foi o último lance digno de registro da agradável tarde de domingo.



O jogo começou com pressão do Nacional. O time paulistano fez jogo duro contra o Noroeste


André Rocha (5) em ataque local pela esquerda


Ótima chance do onze bauruense em cabeçada pela esquerda. A bola tocou do lado de fora na rede


Richarlyson, aquele mesmo, em ataque pela direita


Aquela visão aberta de uma investida nacionalista no fim do jogo


O 0x0 deixou a situação em aberto para o duelo em Bauru. Novo empate leva a decisão aos pênaltis

O resultado final de Nacional 0-0 Noroeste ganhou uma nota 5.5, passou de ano sem muita folga e deixou a vaga na semifinal totalmente em aberto. Tudo bem, o alvirrubro vai jogar em casa, mas o antigo SPR precisa aproveitar o fato que a fanática torcida de Bauru não estará presente. Por atuar no Alfredo de Castilho, a Locomotiva é um pouco favorita, porém não podemos duvidar da capacidade do glorioso onze da capital do estado.

Agora minha agenda pandêmica futebolística conta com uma cobertura apenas semana que vem, novamente no Nicolau Alayon. No fim, se vou sair de casa, o ideal é usar o menor número possível de conduções. Com isso, a Comendador Souza sempre é a melhor opção.

Até lá!

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Ficha Técnica: Nacional 0-0 Noroeste

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Adriano de Assis Miranda; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: André Rocha, Guilherme Lobo, Gabriel, Gabriel Vieira, Maranhão, Igor Pimenta, Jonatas Paulista.
Nacional: Douglas Lima; Alanderson, Gabriel, Diego Chiclete (Julio) e Matheus Barros (Léo Machado); André Rocha, Welington, Mauricio Teta (Gabriel Vieira) e Guilherme Lobo; Tavares e Luquinha (Vinicius Faria). Técnico: Tuca Guimarães.
Noroeste: Pablo; Matheus, Jean Pierre, Guilherme e Renan; Maranhão (França), Jonatas Paulista, Igor Pimenta e Richarlyson (Denilton); Fidel Rocha (Leleco) e Pedro Felipe. Técnico: Luiz Carlos Martins.
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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Grande estreia do Jabuca na Segundona Paulista

Texto: Fernando Martinez. Fotos: Fernando Martinez e Mário Gonçalves (times posados e arbitragem)


Com o ano chegando ao seu final e o calendário futebolístico espremido em virtude da pandemia, as federações estão organizando suas competições a toque de caixa e com formato hiper-mega-super reduzido. Com o Campeonato Paulista da Segunda Divisão não é diferente. O certame começou no sábado e vai durar exatos dois meses, algo bizarro e impensável em tempos normais. Iniciei os trabalhos com uma espécie de "clássico": Barcelona x Jabaquara no Estádio Nicolau Alayon.

Programada para começar em abril, a Segundona foi suspensa junto com todos os outros torneios organizados pela FPF ainda em março. Se alguns ficaram pelo caminho e não serão realizados em 2020 (como por exemplo o sub-17 e o sub-15), a última divisão estadual foi confirmada com 35 dos 42 participantes originais. Santacruzense, São Carlos, Joseense, Taboão da Serra, Mogi Mirim, Jaguariúna e Taquaritinga desistiram e agora só pensam em 2021.

Os 35 sobreviventes foram divididos em sete chaves com cinco times cada. A primeira fase será disputada em turno e returno e os dois melhores de cada grupo além dos dois melhores terceiros colocados se garantem nas oitavas. A partir daí, mata-mata até a grande decisão em dezembro. Elefante e Leão estão no Grupo 7 junto com Mauá FC, Mauaense e Ska Brasil (que diferente do que falam por aí não entra na Lista pois está atuando na filiação do Osasco FC).




O pessoal que estava no gramado nos ouviu e conseguimos pegar as fotos oficiais sem problema. Fica fácil quando os fotógrafos autorizados a permanecerem no relvado são animados. Já vi que pegar foto posada vai ser uma luta nesse período de futebol pandêmico

Ir até a casa nacionalista está sendo de boa pois pego apenas um ônibus na ida e na volta. Na pandemia é de longe a melhor opção. Pela primeira vez desde meu retorno aos estádios tive a companhia de amigos, a dupla Mário e Bruno, o último voltando à ativa após sete meses. Conversei pouco com a rapaziada, já que fui intimado a ser o homem da cabine de som e anunciar as escalações e substituições. Fiz tudo direitinho conforme os mestres da profissão. Foi um debut de respeito e já posso pensar em seguir carreira.

Dentro de campo foi aquela coisa: entra ano, sai ano e a gente sabe qual vai ser a campanha do Barcelona Capela. Adoro a gloriosa agremiação, porém a chance de subirem de divisão é a mesma que eu tenho de sair com a Luciana Vendramini. Mesmo assim esperava uma apresentação minimamente digna. Não que o Jabaquara fosse favorito, pelo contrário, pois faz tempo que não fazem nada de bom na Segundona. Só que dessa vez o rubro-amarelo surpreendeu.

Os visitantes foram muito superiores e dominaram completamente o adversário. O Barcelona tentou e mostrou disposição, mas não viu a cor da bola. O triunfo jabaquarense só não foi maior pois o iluminado goleiro Vítor Maciel fez seis defesas primorosas, três delas em finalizações à queima-roupa. A impressão que tive dos comandados do experiente técnico Lelo foi a melhor possível.


Aquela famosa pose plástica em disputa de bola pelo alto


O Jabaquara usou uma camisa estranha que não fez muito sucesso entre os amantes do futebol bretão. Da minha parte, apesar de não ser comum, ela é linda


Um raro ataque do Barcelona durante o primeiro tempo



Bola na rede do escrete paulistano, cena que aconteceu três vezes no Nicolau Alayon, e a comemoração dos atletas santistas

O camisa 1 da casa defendeu as finalizações de Biel e Netinho aos três e seis minutos. Aos nove, o Barcelona levou perigo pela única vez numa cobrança de falta de Igor. O Jabuca voltou a assustar aos 32 com Higor e finalmente passou à frente aos 33 com Biel. Antes do intervalo os santistas ampliaram em sobra de escanteio, chute na trave e nova finalização de Biel.

Quando a etapa final começou, o Jabaquara não deu nem tempo do Barcelona colocar as manguinhas de fora e chegou ao terceiro já no primeiro minuto com Higor aproveitando belo passe de Luvizetto. O triunfo estava definido. Apesar de criar vários momentos perigosos, o escrete santista desperdiçou a enorme chance de aplicar uma goleada histórica em cima do Elefante.


Bola levantada na área local e boa saída do grande nome da tarde, o goleiro Vítor Campos


No segundo tempo o Jabuca errou muito mais do que acertou, mas continuou ocupando o campo de defesa do Elefante


Placar final com a vitória jabaquarense contra o Barcelona... e poderia ter sido mais!

O resultado final de Barcelona 0-3 Jabaquara ficou barato para os paulistanos, que começam a Segundona com o pé esquerdo e nada faz crer que o cenário mude bastante no decorrer do certame. Minha atuação no sistema de som foi bem melhor do que a atuação local. O Jabuca foi bem, sim senhor. Venceu em uma estreia após nove anos (em 2011 fez 3x1 no Nacional também na capital bandeirante) e deixou uma ótima impressão. Vamos ver se eles seguram a onda nas próximas rodadas.

Menos de 24 horas depois do apito final retornei à Rua Comendador Souza para acompanhar o genial duelo ferroviário entre Nacional e Noroeste pelas quartas de final da Série A3. Era sem dúvida uma promessa de boa partida na Zona Oeste da capital.

Até lá!

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Ficha Técnica: Barcelona 0-3 Jabaquara

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Johnny, Vinicius Silva, Matheus, Netinho; Gols: Biel 33 e 44 do 1º, Higor 1 do 2º.
Barcelona: Vitor Campos; Kaique, André Luis (Vitor Lima), Emerson e Caique; Vinicius Silva, Vitor Hugo (Toninho), Higor (Matheus) e Caique; Johnny (Ramon) e Felipe. Técnico: Washington Souza.
Jabaquara: Marcelo; Gustavo, Rael, Rocha e Souza; Netinho (Darlyson), Juninho e Luvizetto; Biel (Pit), Matheus (Luan) e Higor (Hugo). Técnico: Lelo.
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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Nacional faz bonito e está nas quartas de final da A3

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de quebrar a longa série de 189 dias sem futebol no Nacional 1x1 Batatais dia 19 de setembro fiquei de boa. Com a pandemia ainda rolando forte, vacilar está fora de cogitação. Aproveitei a brecha e fui visitar a família (todos devidamente isolados) no litoral pois não via ninguém desde o Natal. Eis que o Campeonato Paulista da Série A3 chegou na sua última rodada e o Nacional tinha plenas condições de classificação, bastando "apenas" vencer o Primavera. Voltei à capital para esse compromisso.



Como não entro mais no gramado, foto posada só de longe e ainda assim quando alguma alma abençoada que estiver no campo quiser. Dessa vez, consegui a imagem do Primavera

O escrete nacionalista não estava numa posição cômoda faltando três partidas antes do fim da primeira fase. O empate contra o Batatais deixou o time na 13º posição, dois pontos acima da zona de rebaixamento. Na rodada seguinte, um sofrido 0x0 contra o forte São Bernardo os colocou em 11º. O inesperado e enorme triunfo contra o Rio Preto longe da capital – o primeiro em 2020 - somado a outros resultados fez com que os comandados de Tuca Guimarães chegassem ao surpreendente oitavo lugar dependendo somente das suas forças.

A missão paulistana certamente não seria fácil e se levássemos em conta o retrospecto, seria ainda mais complicada. As agremiações somavam dez confrontos na história concentrados entre 1985-1987 e 2013-2016. No primeiro período, dois triunfos nacionalistas em quatro compromissos. No segundo, nenhuma vitória em seis confrontos. O Naça tinha que quebrar uma escrita de 33 anos pensando na vaga nas oitavas. O clube interiorano também buscava uma classificação, mas ela só aconteceria através de uma complicada combinação de resultados.

Quando a bola começou a rolar o Primavera foi um pouco melhor nos primeiros 20 minutos. O melhor momento saiu aos 18 com finalização de Vitor Neves e boa defesa de Douglas. O Nacional equilibrou a ação e abriu o placar aos 25 com chute de Guilherme Lobo após belo passe de Ricardinho. O 1x0 não desanimou o Fantasma e o empate quase saiu no lance seguinte com o arqueiro da casa novamente mostrando serviço em tiro de Thiago Nonato.

Antes do intervalo o Naça teve uma enorme oportunidade para ampliar nos pés de Wellington, sem sucesso. Na etapa final imaginava que os visitantes continuariam fazendo um jogo equilibrado, mas não foi isso que aconteceu. Os donos da casa e encontraram e foram muito melhores. O segundo tento era questão de tempo. Os atacantes chegaram várias vezes dentro da área visitante, porém ele saiu apenas aos 36, novamente com Guilherme Lobo, agora de cabeça.


Aquele voo maroto de Douglas Lima, goleiro nacionalista


O atacante visitante João Vítor (2) tentando se livrar da marcação de Ricardinho (6)


Bom chute de Jardisson no ataque do Primavera


Bola levantada dentro da área paulistana


Guilherme Lobo, o artilheiro da tarde, comemorando um dos seus gols


De pênalti, Marcelinho diminuiu nos acréscimos, mas já era tarde para o escrete de Indaiatuba

A equipe de Indaiatuba tentou correr atrás de uma melhor sorte e teve um pênalti a favor aos 47 minutos. Marcelinho bateu forte no canto direito e fez o gol de honra. O Nacional 2-1 Primavera deu a vaga nas oitavas ao antigo SPR (embora até empatando teria se classificado), algo impensável antes da pandemia. Agora o adversário será o Noroeste, líder disparado da primeira fase, mas que viu o futebol cair de produção depois do retorno do torneio. Creio que as chances estão em 60/40 a favor dos bauruenses.

O futebol na era pandêmica volta no fim de semana com a abertura da gloriosa Segundona Paulista e o duelo ferroviário iniciando as quartas de final da A3. Tudo perto de casa, claro.

Até lá!

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Ficha Técnica: Nacional 2-1 Primavera

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Rodrigo Pires de Oliveira; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Ricardinho, Alanderson, Welington, Tuca Guimarães, João Vitor, Renato; Gols: Guilherme Lobo 25 do 1º e 35 do 2º, Marcelinho (pênalti) 47 do 2º.
Nacional: Douglas Lima; Alanderson, Gabriel, Diego Chiclete e Ricardinho (Matheus Barros); André Rocha, Welington, Gabriel Vieira (Matheus Teta) e Guilherme Lobo; Tavares (Vinicius Faria) e Luquinha. Técnico: Tuca Guimarães.
Primavera: Cléber; João Vitor, Lucas (Cristhian), Renato e Emanoel (Carlos Iury); Lucas Lopes, Roney (Ronald), Vitor e Marcelinho; Thiago Nonato e Jardisson. Técnico: Paulo Pereira. 
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