Salve amigos!
Aproveitando mais uma brecha em minha agenda profissional, não pude deixar de acompanhar o duelo válido pela 5ª rodada da terceira fase do Paulistão da Segundona: em Mansueto Pierotti, o São Vicente AC, time da casa, enfrentou o Tupã FC, de raras passagens pela Baixada Santista.
Se o trabalho não me impediu de assistir a partida, quase impossibilitou a confecção das fotos oficiais. Uma mudança na logística do estádio, que vedou o acesso à imprensa pelo portão dos fundos, obrigando-me a entrar com o público, contribuiu ainda mais para meu desespero, razão pela qual entrei em campo todo esbaforido, equilibrando meus equipamentos e preparando as fotos, que seguem:
São Vicente AC - São Vicente/SP. Foto: Estevan Mazzuia.
Tupã FC - Tupã/SP. Foto: Estevan Mazzuia.
Trio de Arbitragem da partida com o árbitro Antonio Rogério Batista do Prado e os assistentes Ricardo Pavanelli Lanutto e Daniel Luis Marques com os capitães Flávio (SVAC) e Dias (TFC). Foto: Estevan Mazzuia.
Aspecto a ser lamentado: o uniforme do São Vicente não foi feito pra suportar tantas rodadas. Não sei se o tecido é ruim, se o alvejante não é dos melhores, mas o certo é que de branco mesmo só tem entrado em campo os reservas. De resto, o que se vê são camisas e shorts surrados, beges. Certamente a situação financeira do clube não é das mais privilegiadas, não há patrocínio, mas é algo em que a diretoria deve focar sua atenção. Apresentação não é tudo, mas conta muito.
A partida foi cercada de muita apreensão, por conta de diversos incidentes na pugna de ida, em que imprensa, jogadores e torcedores vicentinos passaram apuros nas mãos da torcida do mais querido da Alta Paulista. Aliás, essa situação remete-me aos bons tempos da companhia do amigo Jurandyr Tourices, que sempre disse que o pavio da galera de Tupã é bem curtinho.
visão panorâmica da partida. Foto: Estevan Mazzuia.
No mais, o Tribunal de Justiça Desportiva havia adiado julgamento que poderia tirar 4 pontos do tricolor, situação em que um empate simples classificaria o São Vicente. Por via das dúvidas, era melhor a ambas equipes conquistar a vitória, e garantir a classificação, ou a permanência na briga, da forma mais esperada, dentro das quatro linhas.
Debaixo de muito sol, em mais uma injustificável 4ª feira, Mansueto Pierotti se lotou para apoiar as equipes, com destaque para a enorme presença de crianças, com seus uniformes escolares ainda. Digna de nota a presença de Pedro Francisco Garcia, o eterno ídolo da Fiel Torcida, marcador do tento que deu ao alvinegro de Parque São Jorge seu primeiro título de campeão brasileiro. Sim, o “pequeno grande” Tupãzinho.
Um pequeno momento para a humanidade, mas enorme momento para mim: foto ao lado do ídolo e técnico do Tupã, Tupãzinho. Foto: Transeunte.
Apesar de toda a expectativa, a partida não foi muito entusiasmante na primeira metade da etapa inicial. Durante longos 20 e tantos minutos, as equipes se estudaram mutuamente, e criaram poucas chances de gol. Uma leve apresentação mais ofensiva dos anfitriões, mas nada que justificasse um domínio no placar.
Lance da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.
O São Vicente, aliás, teve diversas oportunidades de bola parada, mas as cobranças insistiam em parar nas barreiras formadas pelo arqueiro Marcão. A primeira grande chance ocorreu somente aos 33 minutos: Leandrão recebeu livre na área, matou no peito e chutou de esquerda, em cima do goleiro do Índio.
Disputa por bola aérea acompanhada por bom público. Foto: Estevan Mazzuia.
O sol era tão forte que, aos 39 minutos, o árbitro aproveitou uma breve paralisação para que Cléber Diego, arqueiro vicentino, amarrasse as chuteiras, e foi até a lateral do campo se refrescar com um providencial copo de água.
O simpático Spyke, cão da GCM vicentina, observa o atendimento médico de Marinho (2), que foi substituído por Michel, ainda na primeira etapa. Fotos: Estevan Mazzuia.
O último bom momento do primeiro tempo foi novamente com Leandrão. Aos 40 minutos, o centroavante recebeu uma bola alçada da lateral e cabeceou fraco ao gol. Na sequência, foi a vez de Lutcho perder outra oportunidade, e a torcida começou a manifestar sua impaciência.
Detalhe da bola cabeceada por Leandrão, que sobraria para Lutcho. Foto: Estevan Mazzuia.
Lutcho flutua em busca da bola. Foto: Estevan Mazzuia.
Na volta para a etapa final, o Esquadrão calunga entrou em campo elétrico, fazendo muito pressão. Aos 9 minutos, Flávio bateu da esquerda, Marcão bateu roupa e Natan quase marcou. Aos 15 minutos Waguininho fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Dodô, que chutou em cima do defensor.
Escanteio para o São Vicente. Foto: Estevan Mazzuia.
Leandrão não estava em um bom dia, e a torcida pegava no seu pé a cada falha. Mas sua redenção veio aos 24 minutos. Waguininho pegou a bola no meio de campo e correu junto á lateral direita, até a linha de fundo, de onde cruzou para que o centroavante só desviasse de cabeça. Fraquinha, a bola morreu no fundo das redes.
Waguininho vai à linha de fundo e cruza.... Foto: Estevan Mazzuia.
... para Marcão (no centro da foto) fazer o gol. Foto: Estevan Mazzuia.
O Tupã empatou aos 31 minutos, mas a arbitragem assinalou irregularidade: Oliveira teria utilizado a mão, e levou cartão amarelo. Aos 38, o alvinegro Calunga chegou perto de ampliar. Esquerda jogou pelo lado que lhe deu a alcunha, e cruzou. Lino e Leandrão se alteraram em três tentativas, mas o ótimo arqueiro Marcão, mais uma vez, salvou o onze visitante.
Auxiliar nº 2 observa a partida, após assinalar a irregularidade no gol do Tupã. Foto: Estevan Mazzuia.
São Vicente explorou muito bem as laterais do campo. Foto: Estevan Mazzuia.
Aos 45 minutos Lino perdeu nova chance de sacramentar a classificação, em chute cruzado do lado direito. Houve tempo, ainda, para Waguininho aprontar de novo, e cruzar da esquerda para Lino, que bateu por cima do gol. Waguininho aliás, inteligentemente havia forçado, minutos antes, seu terceiro cartão amarelo, ao retardar a cobrança de uma lateral, e será uma das principais armas vicentinas na fase derradeira do campeonato.
Fim de jogo, São Vicente 1x0 Tupã, resultado que classificou o antes desacreditado São Vicente, com uma rodada de antecedência. Caso o Tupã não seja punido na próxima segunda-feira, tem chances matemáticas de classificação. Precisará vencer o Jaboticabal e, ironia do destino, depender de uma vitória calunga em Olímpia. Detalhe: os titulares vicentinos terão folga.
Detalhe da festa dos jogadores. Foto: Estevan Mazzuia.
No meio da justa festa dos atletas, recebi um abraço do capitão Flavio, caí no chão, quebrei meu fone de ouvido, mas valeu a pena. É um grande prazer acompanhar a trajetória dessa equipe simpática e esforçada, que sob o comando de Cristiano Troisi está fazendo história. E, pelo segundo ano seguido, a Baixada Santista estará presente na fase final da Segundona.
No melhor estilo “última foto”: Flávio se prepara pra pular em cima de mim; em instantes, eu estaria no chão, enrolado em minha máquina fotográfica, minha mochila, e o que sobrou de meu fone de ouvido.... Foto: Estevan Mazzuia.
Foi isso!
Abraços
Estevan