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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Outro jogo sem gols no Brasileiro de Aspirantes

Texto e fotos: Fernando Martinez


Minha relação com o Campeonato Brasileiro de Aspirantes não está nada legal neste mês de julho. Eu não entendi direito os sinais, mas depois de quinta-feira eu desisto de vez de acompanhar o torneio. O duelo entre Corinthians e Fortaleza no Estádio Alfredo Schurig, válido pela sétima rodada da fase inicial, me desanimou de vez.

A saga começou no meu aniversário, dia 15, com o chato 0x0 entre Santos e Grêmio em São Bernardo do Campo. No dia 22, um fraco Corinthians x Avaí e triunfo catarinense no último lance da partida. Um gol em dois jogos não é uma média decente, porém ainda assim eu enfrentei o frio da capital bandeirante e fui até a Fazendinha.

O detalhe é que o favorito para conquistar os três pontos era o Fortaleza, dono de uma campanha sensacional com seis vitórias em seis compromissos e absurdos 100% de aproveitamento. Já o mosqueteiro vinha de três derrotas seguidas e a ameaça de tomar outra paulada atuando em casa. Caso isso acontecesse, o sonho da vaga na segunda fase ficaria mais distante.


Árbitro, assistentes, quarto árbitro e os dois capitães

Devidamente encapotado em virtude do maravilhoso frio que vem fazendo em São Paulo cheguei cedo e fui garantir meu lugar nas cabines de imprensa da Fazendinha. Agora que descobri que a visão dali é praticamente a mesma de quem fica na parte coberta, não pretendo voltar à arquibancada, pelo menos por enquanto. Fez tanto frio que eu tive que dar umas saídas até o corredor de entrada pegar um sol. Algo impensável em dias normais.

Quando a peleja começou logo o Fortaleza mostrou o motivo de ser o melhor time do torneio. O tricolor cearense não deu espaços ao Corinthians e dominou completamente a etapa inicial. Aos sete minutos Nathan chegou perto de marcar em chute que passou perto da trave. Aos nove o zagueiro João Paulo anotou de cabeça, mas o árbitro anulou o tento. O escrete visitante voltou a assustar aos 29 em tiro de Thiaguinho.

O alvinegro teve apenas uma chegada perigosa - pero no mucho - com Felipe Augusto aos 27 em finalização pela linha de fundo. Aos 46 Nathan arriscou de novo e Guilherme Vicentini fez uma defesa brilhante. O 0x0 nos primeiros minutos foi até animado, o problema foi que no segundo tempo a partida caiu muito de produção, principalmente por conta do Fortaleza.

O tricolor não foi tão incisivo e a rigor tivemos apenas dois momentos de perigo. O primeiro com Thiaguinho aos 22 minutos com defesa ótima do arqueiro local. Depois com Coutinho aos 33 e conclusão para fora. Já o Corinthians... bom, isso não mudou. Os paulistanos criaram apenas uma chance realmente importante. Aos 25, Warian Santos rolou até Hugo Medeiros. O camisa 7 entrou sozinho na área e, mesmo sem marcação, desperdiçou.


O técnico Danilo não curtindo o que via no gramado do Parque São Jorge







O Fortaleza foi melhor do que o Corinthians durante quase todo o tempo, mas o 0x0 quebrou a marca de 100% de aproveitamento

O resultado não poderia ter sido mais sem graça: Corinthians 0-0 Fortaleza. O melhor time do Brasileiro de Aspirantes perdeu a campanha perfeita atuando na capital paulista. Nada que assuste a equipe, pois já pensam na próxima fase. Para o alvinegro não resta alternativa a não ser vencer o CRB fora de casa na última rodada. Sem isso, a vaga ficará na saudade.

Da minha parte, o fato de ter visto outro zero a zero no certame, o segundo em três rodadas e por ter somado apenas um gol em 270 minutos me fez decidir que pensarei duas vezes em sair de casa ver algo da competição. Ou estou acompanhando os clubes errados ou então é azar puro. Prefiro não arriscar.

Como a Olimpíada tá comendo solta, nos próximos dias vai pintar apenas uma cobertura. Só que o jogo é tão genial que compensa a falta de outras. Um daqueles duelos que não tem como ficar de fora.

Até lá!

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Ficha Técnica: Corinthians 0x0 Fortaleza

Local: Estádio Alfredo Schürig (São Paulo); Árbitro: Ilbert Estevam da Silva/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Willian da Silva, Igor Moraes, Nathan, Coutinho; Cartão vermelho: Igor Moraes 47 do 2º.
Corinthians: Guilherme Vicentini; Igor Marques, Igor Moraes, Jonathan Lessa (Gabriel Araújo) e Willian da Silva; Emerson Silva, Thiago Beserra (Winicius Maia), Warian Santos e Rafael Bilu; Felipe Augusto (Gabriel Fernandes) e Richard Slva (Hugo Medeiros). Técnico: Danilo.
Fortaleza: Kennedy; Vitor Ricardo, Vinicius, Habraão e Nathan (Miguel); João Paulo, Wandson (Negueba), Geílson e Hércules; Coutinho e Thiaguinho (Erick Cunha). Técnico: Léo Porto.
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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Corinthians empata com o Flu e mantém a série invicta no sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na tarde de terça-feira rolou outra cobertura do Jogos Perdidos no Campeonato Brasileiro sub-20. Fui novamente ao Estádio Alfredo Schurig conferir meu quinto Corinthians x Fluminense em todos os tempos, o primeiro desde 2004 no geral e desde 1999 (!) na antiga categoria de juniores. A peleja foi válida pela oitava rodada da fase inicial.

O início da campanha corintiana no nacional foi um horror com direito a duas surras históricas na Fazendinha: 0x4 contra o Atlético Mineiro e 0x6 (!) contra o Vasco. Após um empate milagroso contra o São Paulo, duas vitórias contra equipes de Minas Gerais: 3x0 no América (com presença do JP) e 3x2 no Cruzeiro. A esperança era que a rapaziada mosqueteira pudesse engatar a terceira marcha.


Quarteto de arbitragem e capitães de Corinthians e Flu

O Flu talvez fosse um adversário sob medida para que a série invicta fosse mantida, já que estava em 12º lugar, apenas uma posição acima do alvinegro. O que aconteceu após os 90 minutos foi um jogo movimentado e com um resultado que não foi bom para os dois. O Flu começou melhor e aos cinco minutos ficou em vantagem quando o zagueiro Belezi falhou e Yago fez.

Quem achou que os locais sentiriam o golpe se enganou. Aos nove minutos Thiago deu rebote em falta de Reginaldo e Belezi mandou na trave. Aos 12 Riquelme finalizou por cima do gol e aos 13 o empate saiu dos pés de Léo Maná. O 1x1 não sossegou a molecada da casa e a virada não saiu por detalhe. Reginaldo cabeceou bem aos 24, Thiago fez ótima defesa em tiro de Keven aos 27 e novamente o arqueiro visitante trabalhou em conclusão de Reginaldo aos 31. O Flu teve apenas um bom momento, aos 40, em intervenção precisa de Alan Gobetti em chute de Nathan.



A partida entre Corinthians e Fluminense começou animada na Fazendinha


Detalhe do gol de empate de Léo Maná aos 13 do tempo inicial




Mais três momentos dos primeiros 45 minutos do duelo entre paulistas e cariocas

O Fluminense acordou na etapa final e foi ele quem chegou perto do segundo tento. O time de Diogo Siston foi dominado e só não saiu de campo com derrota por sorte. Bom, não que o tricolor tenha sido brilhante, mas foram mais lúcidos. No período entre os 27 e 29 minutos o clube do Rio de Janeiro criou três ótimos lances. Primeiro foi Gabryel Martins que acertou a trave, depois Nathan arriscou de longe e a bola passou perto. Gabryel quase marcou na sequência e Reginaldo salvou a pátria corintiana.






No tempo final, o Fluminense foi melhor e o Corinthians por pouco não sai de campo com nova derrota

Alan Gobetti ainda mostrou serviço aos 40 com a defesa que garantiu em definitivo o ponto aos donos da casa. O Corinthians 1-1 Fluminense fez o tricolor subir ao 10º lugar e o mosqueteiro cair ao 14º. Pode soar precipitado, porém o grande título alvinegro nesse Brasileiro sub-20 será se classificar para as quartas, algo improvável atualmente. Pelo menos chegaram ao quarto compromisso sem derrota.

Voltei correndo ao QG da Zona Oeste dar uma descansada rápida antes da madrugada olímpica. O meu horário de funcionamento está praticamente alinhado com o horário de Tóquio. Quando tudo acabar vai ser um inferno voltar ao normal. Na quinta pretendo voltar ao Parque São Jorge, dessa vez com o Brasileiro de Aspirantes.

Até lá!

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Ficha Técnica: Corinthians 1x1 Fluminense

Local: Estádio Alfredo Schürig (São Paulo); Árbitro: Daiane Caroline dos Santos/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Riquelme, Nathan, João Vítor; Gols: Yago 6 e Léo Maná 13 do 1º.
Corinthians: Alan Gobetti; Léo Maná (Júlio), Lucas Belezi, Robert Renan e Reginaldo; Luís Mandaca, Ryan, Riquelme (Rodrigo Daniel) e Matheus Araújo (Guilherme Biro); Cauê (Anderson) e Keven (Juan David). Técnico: Diogo Siston.
Fluminense: Thiago; João Vítor (Denis), Felipe, Damaceno e Marcos Pedro; Nathan, Miguel Vinícius (Abner), Yago (Lira) e Edinho (Alexsander); Luan Brito (Ewethon) e Gabryel Martins. Técnico: Eduardo Oliveira.
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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Palmeiras toma susto mas vence o Botafogo do Rio no sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


Se na Série B o Botafogo está rateando e o futuro parece não ser o melhor, no Campeonato Brasileiro sub-20 a situação é diferente. Com seis rodadas disputadas o time carioca estava em quarto lugar antes da sétima rodada e chegou no Allianz Parque com o intuito de fazer um jogo igual contra o Palmeiras, quinto colocado. Mesmo caindo de sono por conta das madrugadas olímpicas, emplaquei nova cobertura.

Ano passado os dois também se enfrentaram na casa alviverde na última rodada da primeira fase. O alvinegro jogava pelo empate e o escrete paulistano precisava vencer. Foi uma peleja sofrida e, com um gol no fim, o Palmeiras se garantiu nas quartas quando foi enfim eliminado pelo Atlético Mineiro. O Bota queria em 2021 melhor sorte atuando na capital bandeirante.


De novo os fotógrafos em campo não fizeram as fotos posadas, situação comum na pandemia, e a gente fica só com a imagem do quarteto de arbitragem com os capitães

Como desisti de acompanhar os jogos no Allianz no nível do gramado, cheguei a logo fui para as cabines e dali fiquei de boa. Acabou que a expectativa se confirmou e foi uma bela partida. Logo aos cinco minutos a estrela de Gabriel Silva, o maior destaque do sub-20 palmeirense, brilhou e os donos da casa marcaram pela primeira vez. Aos doze, em vacilo enorme do goleiro botafoguense, Jonathan roubou a bola e ampliou: 2x0.

Parecia que o Bota estava entregue, só que aos 15 diminuiu com Vitinho. Três gols em quinze minutos, nada mal. Aos 20 e 21 o alvinegro atacou duas vezes com perigo e por pouco o empate não saiu. Aos 28, em grande troca de passes do setor ofensivo local, Jhonatan finalizou por cobertura e quase encobriu o goleiro Lucas Barreto. Foi assim que os primeiros 45 minutos terminaram.






O primeiro tempo de Palmeiras x Botafogo do Rio foi bastante movimentado e com boas chances de gol

Na etapa final o Bota se lançou ao ataque e durante metade do tempo foi melhor do que o adversário. Aos 28 Raí teve a chance de deixar tudo igual em cobrança de pênalti e não desperdiçou. Wesley Carvalho fez algumas alterações buscando aquele golpe de sorte em busca do terceiro gol mandante. Aos 37 ele saiu, porém foi anulado pela arbitragem. Só que aos 39 não teve jeito e Henri, que tinha entrado quatro minutos antes, escorou cruzamento da direita e decretou o triunfo paulista.


Ataque visitante pela esquerda no segundo tempo


Raí deixando tudo igual em 2x2 em cobrança de pênalti


Após sofrer o segundo gol, o alviverde se mandou ao ataque tentando ficar de novo em vantagem


Lance o terceiro tento paulista em cabeçada certeira de Henri


Gabriel Silva, o maior destaque palmeirense, em chance imensa para marcar o quarto tento local

O Palmeiras 3-2 Botafogo/RJ colocou o onze paulista na terceira posição com 16 pontos ganhos, três atrás do líder São Paulo e empatados com o vice-líder Grêmio. O Bota está em sexto e segue forte na busca das quartas. Além dele, mais três clubes estão com 13 pontos: Vasco da Gama, Athletico/PR e Flamengo. Faltam doze rodadas até a definição dos oito classificados.

O nacional sub-20 volta as páginas do JP na terça-feira com jogo da oitava rodada. Tem nova visita ao Parque São Jorge para ver a fraca campanha corintiana de perto.

Até lá!

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Ficha Técnica: Palmeiras 3x2 Botafogo/RJ

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: Pietro Dimitrof Stefanelli/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Marino, Fabinho, Naves, Guilherme Liberato, Reydson; Gols: Gabriel Silva 5, Jhonatan 12 e Vitinho 15 do 1º, Raí (pênalti) 28 e Henri 39 do 2º.
Palmeiras: Mateus; Garcia, Naves (Henri), Michel e Vanderlan (Vitor Hugo); Fabinho (Yago Santos), Vitinho e Jhonatan (Pedro Acácio); Gabriel Silva, Newton (Kevin) e Marino (Ruan Santos). Técnico: Wesley Carvalho.
Botafogo/RJ: Lucas Barreto; Vitor Marinho, Henrique Luro, Pedro Lucas e Reydson (Juan); Wendel Lessa, Guilherme Liberato (Rikelmi) e Raí (Marquinhos); Kauê, Gabriel Henrique (Gabriel Conceição) e Vitinho. Técnico: Ricardo Resende.
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sábado, 24 de julho de 2021

Oeste empata com o Paraná e segue sem vitórias na C

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na noite de sexta-feira voltei à Arena Barueri em nova cobertura no Campeonato Brasileiro da Série C, um confronto de ameaçados entre Oeste e Paraná Clube. O rubro-negro é o lanterna do Grupo B sem nenhum triunfo e o tricolor é o penúltimo colocado, um ponto atrás do São José, primeiro time fora do Z2.

Há exatos seis meses eu vi o último encontro dos dois pela Série B (1x0 a favor dos paulistas). O cenário agora não é tão diferente: Oeste com a pior campanha e o Paraná tentando escapar da queda. A diferença em janeiro era que estávamos na penúltima rodada da B,e o 1x0 a favor dos paulistas rebaixou o tricolor. Após fazer uma ótima A2 no estadual, o Rubrão está passando vergonha na C e caminha a passos largos em direção a novo rebaixamento.

Novamente com o estádio vazio, acompanhei a peleja praticamente sozinho na arquibancada superior e confesso que não foi tão ruim quanto eu imaginava. Não que tenha sido uma maravilha, pelo contrário, mas ganhou uma nota cinco e meio e passou de ano raspando. Outra coisa legal foi que o Oeste atuou de branco, então vi o Paraná com seu uniforme tradicional depois de muitos anos.

Foi a equipe visitante a primeira a assustar antes da volta inicial do ponteiro do relógio. A bola foi cruzada da direita e Adriano Júnior chutou forte por cima. Só que o Oeste deu o troco aos seis com bom cruzamento de Marcinho e testada firme de Kalil, abrindo o marcador. Os paulistas não tinham saído em vantagem nas oito partidas anteriores.



O lance do gol e a comemoração de Kalil. O Oeste saía na frente do Paraná Clube




Detalhes do primeiro tempo de Oeste x Paraná

Os paranaenses tiveram mais posse, porém não chegaram perto de deixar tudo igual. O Oeste ficou na boa e só teve um novo momento bom em cabeçada de Tite aos 30 minutos. Foi com o triunfo parcial pela contagem mínima que o duelo chegou ao intervalo. Na etapa final o Paraná emplacou uma boa reação e quase alcançou o empate na primeira chance. Os visitantes encurralaram os locais e empataram aos 16 com o gol de cabeça do glorioso Vinicius Guarapuava.

O 1x1 animou os atletas e o jogo melhorou bastante. O Paraná foi bem mais perigoso do que o escrete da casa e David, goleiro barueriense, se tornou o personagem da noite. O arqueiro fez grande defesa em tiro de Silas aos 37 e foi preciso aos 40 quando Kriguer finalizou com perfeição. A pelota ainda tocou na trave antes de se perder pela linha de fundo. O Oeste respondeu aos 44 quando Kalil arriscou e Bruno Grassi defendeu com estilo.





No segundo tempo o Paraná foi com tudo em cima do empate


Nesse lance o clube visitante chegou à igualdade... mas ficou por isso mesmo

O resultado de Oeste 1-1 Paraná Clube não foi legal para nenhum dos dois. O Rubrão segue afundado na lanterna e tem o segundo turno para tentar se salvar da desgraça. Após ter começado 2021 na Série B, pode terminar o mesmo ano na quarta divisão. O tricolor luta contra o São José e está ameaçadíssimo.

Retornei ao lar na base da correria pois, como todo mundo sabe, a Olimpíada de Tóquio começou e agora terei duas semanas insanas vendo tudo possível já que tempo livre não falta (infelizmente). Voltei aos campos só no domingo com bom confronto do Brasileiro sub-20.

Até lá!

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Ficha Técnica: Oeste 1-1 Paraná Clube

Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitro: Marco Aurélio Ferreira/MG; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Reis, Fabiano Gonçalves (PF-P), Marcinho, Victor Lisboa; Gols: Kalil 7 do 1º, Vinícius Guarapuava 17 do 2º.
Oeste: David; Marcinho, Victor Lisboa, Sandoval (Júnior Alves) e Davi; Alison, Tite (Kauã Jesus), Bruno Miguel (Zeca) e Léo Ceará (De Paula); Kalil e Luizinho. Técnico: Sérgio Alexsandro.
Paraná Clube: Bruno Grassi; Alex Murici, Jonathan Costa, Vinícius Guarapuava e Danilo; Moisés Gaúcho, Kriguer e Adriano Júnior (Lucas Sene); Gustavo França (Eberê), Reis (Ruan) e Gustavinho (Sillas). Técnico: Jorge Ferreira.
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No aniversário da Fazendinha, derrota corintiana nos Aspirantes

Texto e fotos: Fernando Martinez


Olha, não está fácil acompanhar o Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Após o 0x0 entre Santos e Grêmio no dia 15 de julho, meu aniversário, voltei ao torneio com o duelo entre Corinthians e Avaí no Estádio Alfredo Schurig na última quinta-feira. Foram 90 minutos bem ruins e por pouco não acompanhei novo zero a zero.

A fórmula bizarra da competição coloca os times do Grupo A contra os do Grupo B em turno único. Em 2020 um dos grupos somou mais pontos do que o outro e em 2021 isso acontece novamente. O Corinthians, um dos concorrentes a uma vaga na chave A nem estaria próximo da classificação se estivesse na B. Coisas de um regulamento torto.


Visão geral do Alfredo Schurig no dia que comemorou 93 anos de vida como estádio corintiano


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

O sub-23 do alvinegro chegou nessa peleja com duas derrotas seguidas e sete pontos ganhos, enquanto o Avaí somava nove. Estava na hora dos comandados do técnico Danilo emplacarem uma reabilitação, caso contrário a vaga na segunda fase estaria seriamente comprometida. Antes do jogo em si, o maior destaque sem dúvida ficou por conta de uma informação que quase passou batida pelo que vos escreve. O 22 de julho marcou o 93º aniversário do Parque São Jorge.

Foi neste dia em 1928 que o Corinthians atuou na Fazendinha pela primeira vez como mandante. O alvinegro comprou o local do Esporte Clube Sírio e inaugurou a cancha em amistoso contra o America do Rio. Lá, o elenco principal fez 469 apresentações na história e conquistou quatro títulos: o paulista de 1928 e o terceiro tri estadual em 1937, 1938 e 1939. Hoje o campo é a casa das categorias de base e do futebol feminino, um uso muito digno para um espaço tão histórico.

Pena que a partida não tenha sido aquela maravilha. O alvinegro - que jogou com a camisa de cruz, uma invenção que no papel era interessante, mas que na prática ficou ruim - foi melhor do que os catarinenses na etapa inicial, porém não transformou o leve domínio em gols. Bom, até chegou a inaugurar o placar aos quatro minutos em finalização de Gabriel Fernandes, só que ele estava impedido.

Ele mesmo tentou aos dez e o chute da esquerda passou perto da meta. Aos 18, Matheus Matias completou cruzamento da direita com um belo toque de letra e a bola tirou tinta da trave. Aos 29 a zaga do Avaí salvou em cima da linha conclusão vinda de um escanteio. O escrete visitante equilibrou as forças após esse lance e apesar de não ter criado nenhuma chance digna de registro, manteve o 0x0 no intervalo.


Aquele cumprimento esperto dos técnicos Danilo e Evando Camillato antes da peleja





Lances do tempo inicial de Corinthians x Avaí. Foi apenas a terceira vez que um elenco profissional do alvinegro usou a polêmica camisa com a cruz e cores do Corinthian-Casuals

Na segunda etapa os times levaram o jogo em banho-maria até os 25 minutos e nada aconteceu. Os melhores momentos ficaram para a metade final. Primeiro foi Hugo Borges que chutou quase do meio de campo e a pelota acertou o travessão. Um pecado. Ele voltou a assustar aos 36 em cabeçada que passou perto. Pouco depois André fez milagre em testada firme de Jonathan Lessa. O Avaí só se defendia e teve a primeira chegada real de perigo somente aos 44. Guilherme Castelani deu a bola nos pés de João Vitor e ele perdeu. Na cobrança de escanteio, Felipe Silva subiu mais do que os zagueiros e marcou o tento visitante.






No segundo tempo o jogo caminhava para um murcho 0x0 até que o Avaí fez o único gol quase nos acréscimos

O alvinegro não merecia, porém quando o árbitro apitou pela última vez o marcador registrava Corinthians 0-1 Avaí. É aquele velho esquema do "resultado injusto", mas perder tantos gols sempre é perigoso. A terceira derrota seguida complica a situação da equipe, ainda mais levando em conta que o próximo adversário é o Fortaleza e seus 100% de aproveitamento.

A cobertura seguinte foi um novo capítulo da luta do Oeste contra o rebaixamento na Série C. O rubro-negro está prestes a jogar a Série D em 2022 e fui acompanhar de perto o confronto contra o Paraná, outro ameaçado.

Até lá!

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Ficha Técnica: Corinthians 0x1 Avaí

Local: Estádio Alfredo Schürig (São Paulo); Árbitro: Pietro Dimitrof Stefanelli/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Thiaguinho, Luan Vitor, Igor Marques, Rafael Bilu, Danielzinho, Felipe, Jô, Luan Silva, Da Silva; Gol: Felipe Silva 44 do 2º.
Corinthians: Guilherme Castelani; Igor Marques, Igor Moraes, Jonathan Lessa e Luan Vitor (Wiliam Felix); Thiaguinho, Gabriel Fernandes (Eduardo Tanque), Warian Souza e Rafael Bilu; Matheus Mathias (Hugo Borges) e Matheus Melo (Richard Silva). Técnico: Danilo.
Avaí: André; Felipe, Luiz Gustavo, Felipe Silva e Gabriel (Ned); Kazu, João Vitor, Luan Silva (Andrey) e Fraga (Da Silva); Jô (Adiel) e Danielzinho (Thiaguinho). Técnico: Evando Camillato.
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