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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estádios pelo Brasil, volume 30: Estádio Municipal Leonardo da Silveira (Estádio da Graça) (João Pessoa/PB)

Olá, amigos!

Trago hoje mais um fruto de minhas andanças pelo nordeste. De passagem por João Pessoa, pude conhecer o Estádio Municipal Leonardo da Silveira, mais conhecido como Estádio da Graça, nome do bairro onde se encontra.


Fachada do Estádio da Graça. Foto: Estevan Mazzuia.

Utilizado pelos clubes profissionais da cidade no passado, antes da inauguração do Almeidão, possui ainda boa estrutura, e vem sendo aproveitado nas disputas de campeonatos amadores.


Painel pintado no muro imortaliza os ultimos campeões amadores. Foto: Estevan Mazzuia.


Cabines de Imprensa. Foto: Estevan Mazzuia.


Entrada vista do gramado. Foto: Estevan Mazzuia.

Após deixar de ser o principal estádio da cidade, foi abandonado e somente em 1979 recuperado pela Secretaria Municipal de Esportes.


Detalhe das arquibancadas. Foto: Estevan Mazzuia.


Gol da esquerda. Foto: Estevan Mazzuia.

Como as fotos atestam, uma pequena reforma seria suficiente para permitir a realização de aprtidas profissionais no local, mesmo para uma federação exigente como a FPF, o que não é o caso.


Gol da direita. Foto: Estevan Mazzuia.


Centro do campo. Foto: Estevan Mazzuia.

Deixei as dependências do local torcendo para um dia voltar e poder acompanhar um clássico local no simpático gramado.

Abraços

Estevan

Santos na final do Paulista Sub 20

Olá, amigos!

Hoje, infelizmente, é com muita tristeza que escrevo este post. Na verdade, só o faço em respeito a quem nos lê, a quem devemos a credibilidade que conquistamos com nosso trabalho, e não por gosto propriamente dito. Na última quarta-feira, acompanhei o duelo entre Santos F.C. e S.C. Corinthians Paulista, válido pela rodada de volta das semifinais do Campeonato Paulista Sub 20 da Primeira Divisão, em Ulrico Mursa. E se não bastasse o que vou relatar, por falta de informações claras sobre a partida no site da Federação, acabei chegando com 3 minutos de atraso e ficaremos sem as fotos oficiais da partida.

Ocorre que, como sabido por todos que conhecem o JP, nós acompanhamos os mais diversos campeonatos desde seu início, e muitas vezes, muito antes que funcionários de clubes participantes tomem conhecimento da existência desses torneios. Infelizmente, alguns funcionários abusam de autoridade e truculência na hora de nos receber quando esses campeonatos chegam à fase final e são descobertos pela grande mídia. Nesse momento nós que acompanhamos tudo desde o primeiro pontapé inicial, passamos a ser insignificantes, diante da "magnitude" daqueles que jogam seus holofotes apenas sobre as equipes finalistas.

Até quando isso vai ocorrer? Quando os campeonatos se iniciam, somos tratados como reis, "graças a Deus vocês estão aqui", e coisa e tal. Depois, não somos ninguém. Felizmente, a regra tem boas exceções, como o caso de Guariba, que nos recebeu bem em todas as oportunidades em que lá estivemos, inclusive partidas decisivas, como a do Sub 20. Mas o lamentável ocorrido de domingo, na Rua Javari, citado pelo colega Fernando, repetiu-se comigo em Ulrico Mursa. Mesmo após termos feita a cobertura da partida de ida, no sábado, fomos ignorados pelos funcionários da A.A..Portuguesa, que só abriram-nos as portas deixando claro que nos estavam fazendo um "imenso favor". Fica o registro triste do episódio.

Bem que a partida poderia ter contribuído para diminuir minha tristeza, mas o tiro saiu pela culatra. A equipe mosqueteira abriu o placar com 10 minutos de jogo, e deu a entender que a partida seria repleta de emoções, uma vez que o jogo de ida havia sido 1 a 0 para o Peixe.


Jogo disputado, mas a briga pela bola passou longe das metas. Foto: Estevan Mazzuia.

Mas ficou nisso. Com pouca criatividade de ambos os lados, o placar não foi mais mexido e a partida foi para o intervalo sem causar grandes emoções aos, por mim estimados, cerca de 800 espectadores.


Ataque do peixe leva perigo a meta corintiana. Foto: Estevan Mazzuia.

No intervalo, resolvi deixar o gramado e, em meu passeio pelas dependências do simpático estádio, encontrei o cracaço João Paulo, figurinha carimbada do álbum da Copa União, pra quem se lembra. Simpático, fez questão de deixar seu registro para o JP!


João Paulo deixa sua marca por aqui. Ao lado, lance do segundo tempo a partida. Foto: Estevan Mazzuia.

A expectativa de um segundo tempo emocionante foi por água abaixo logo aos 6 minutos, com o empate praiano. Três minutos depois, após um contra-ataque rápido, o camisa 9 acertou a trave, deixando os visitantes assustadíssimos. O mesmo jogador fez, aos 18 minutos, o gol da virada, tocando com muita categoria e encobrindo o guarda-metas mosqueteiro. Precisando de 3 improváveis gols para se classificar, o time da capital se entregou e a partida arrastou-se de forma burocrática.

Apesar disso, o goleiro Roni fez uma grande defesa aos 24 minutos, evitando o empate. Aos 29 minutos, O Santos voltou a levar perigo em uma cobrança de falta e, aos 32, a pá de cal sobre o Corinthians: agraciado com um pênalti, ao meu ver muito mal marcado, o Peixe ampliou dando números finais à partida.


Detalhe do terceiro gol santista. Foto: Estevan Mazzuia.

Fim de jogo: Santos 3-1 Corinthians. E o Peixe disputará a decisão do campeonato contra o vencedor de São Bento-XV de Piracicaba. Só espero não passar pelos mesmos transtornos na possibilidade de cobrir a finalíssima.

Abraço

Estevan

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ferroviária avança na Copa FPF

Olá,

Em mais um final de semana com vários jogos decisivos, no sábado pela manhã saí cedo e encarei mais de 300 km de estrada, indo parar na belíssima cidade de Ribeirão Preto. O jogo escolhido foi Botafogo F.C. x Ferroviária F.S/A que foi realizado no Estádio Santa Cruz e foi a partida de volta da terceira fase da Copa FPF - Heróis de 32, fase essa que foi disputada no esquema de mata-mata.

Esse confronto denominado Bota-Ferro, já foi um dos maiores clássicos do interior, quando essas duas equipes faziam parte da elite do futebol paulista e tinha como marca registrada a vitória quase sempre do visitante.

Voltando ao presente, havia uma grande expectativa por parte dos torcedores panterinos no sentido do Botafogo fazer uma boa apresentação para devolver o placar de 2 a 0 sofrido na primeira partida realizada em Araraquara e seguir adiante na competição. Antes de falar da partida, vamos com as fotos dos times e dos árbitros que estão abaixo:


Botafogo F.C. - Ribeirão Preto/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Ferroviária F.S/A - Araraquara/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Trio de arbitragem formado por Guilherme Cereta de Lima, seus assistentes Marco Antônio Monteiro Bagatella e Edvânio Ferreira Duarte com os capitães das equipes. Foto: Orlando Lacanna.

Como o Botafogo precisava de uma vitória com diferença de dois gols, saiu mais para o jogo, porém encontrou enormes dificuldades para furar o bloqueio defensivo da Ferroviária que jogava com muita calma e consciência.


Disputa acrobática pela bola. Foto: Orlando Lacanna.

Com essa panorâmica, o time da casa demonstrava muita afobação e pouca inspiração, tanto que mesmo atacando mais do que o adversário, na realidade não causava maior perigo ao gol defendido por Eder.


Um dos poucos lances de ataque do Botafogo. Foto: Orlando Lacanna.

Ao longo da primeira etapa, o lance de maior perigo foi criado pelo time araraquarense que acabou sendo salvo quase em cima da linha fatal pela defesa do Botafogo. Quando tudo indicava que a primeira etapa fosse terminar sem abertura de contagem, a Ferroviária conseguiu seu primeiro gol através de Carlão, aos 43 minutos, numa ótima jogada individual pelo lado esquerdo. Esse gol deixou um dos maqueiros em estado de fúria que acabou atirando a maca para dentro do campo e, se já não bastasse isso, ao transportar um atleta da Ferroviária, atirou-o ao chão, obrigando ao árbitro excluí-lo da partida.

Logo após o término do primeiro tempo, o técnico do Botafogo, Márcio Ribeiro se dirigiu ao árbitro e reclamou muito sobre uma possível falta não marcada antes da jogada que resultou no gol afeano. No intervalo procurei saber junto aos diversos repórteres presentes o que teria motivado as reclamações e, todos assim como eu, não entenderam nada, pois ninguém viu nada de irregular no lance. O treinador acabou também sendo excluído.

Logo no início da segunda etapa, o Botafogo deu sinais de que iria para o famoso tudo ou nada, mas viu seus planos desmoronarem rapidamente, pois aos 4 minutos o avante Osny cobrou com perfeição uma falta pela meia esquerda e marcou o segundo gol dos araraquarenses.


Bola no fundo do gol do Botafogo, após cobrança de falta. Foto: Orlando Lacanna.

O segundo gol da Ferroviária desnorteou o tricolor de Ribeirão Preto que acabou tomando o terceiro gol logo em seguida, aos 6 minutos por intermédio de Marcelo, em outra boa jogada pela esquerda. Depois desse gol, boa parte da torcida local deixou o estádio revoltada com o "chocolate" que seu time estava levando. Nos últimos 20 minutos até que os locais criaram algumas chances de gol, mas aí apareceram a afobação dos seus atacantes e a boa apresentação do goleiro Eder.


Cruzamento interceptado pela defesa da Ferroviária. Foto: Orlando Lacanna.


Avanço do atacante botafoguense com marcação do adversário. Foto: Orlando Lacanna.

Jogo encerrado com o marcador apontando Botafogo 0 - 3 Ferroviária que eliminou os anfitriões e colocou, merecidamente, o time afeano na semifinal da competição quando enfrentará o C.A. Linense em busca da vaga à final em disputa que sem dúvida será sensacional. A outra semifinal será entre Juventus x Mogi Mirim que também promete ser emocionante. Vamos aguardar.

Tão logo o árbitro encerrou a partida, tentei iniciar meu retorno imediato a São Paulo, porém, não foi possível em razão do tumulto criado pelos torcedores, obrigando os policiais intervirem. Fiquei no gramado aguardando a confusão acabar para me dirigir ao aeroporto local e finalmente voltar para casa.

Abraços,

Orlando

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Depois de ressurgir das cinzas a Fênix Bragantina alçou vôo à série B

Olá amigos!

Neste domingo pude matar a saudades das boas e velhas rodadas duplas com a galera JP, menos frequentes já que agora moro no litoral. Depois de vibrar com a quarta conquista profissional do C.A. Juventus, segui com meu amigo David à cidade de Bragança Paulista. Pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, no Estádio Marcelo Stefani, mediram forças as equipes do C.A. Bragantino, e o campeão piauiense do ano, o Barras F.C.. Seguem as fotos oficiais:


C.A. Bragantino - Bragança Paulista/SP. Foto: Fernando Martinez.


Barras F.C. - Barras/PI. Foto: Fernando Martinez.


Quarteto de arbitragem com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Depois de passar muito sufoco para avançar à terceira e à quarta fases, o Leão chegou ao final do campeonato com gorduras pra queimar, e precisava de um simples empate para conseguir o acesso à segunda divisão do futebol brasileiro, fechando um ano excelente para a equipe, que já havia chegado às semifinais do Paulistão, dando muito trabalho ao Santos, que seria campeão.

A tarefa tinha tudo pra ser fácil, diante de um já eliminado Barras, time fundado em 2004, cuja participação no octogonal já foi motivo de muito orgulho.


Apesar da fragilidade adversária, Gléguer tomou alguns sustos na primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Depois de encontrar o Fernando e nos acomodarmos nas cabines de imprensa, apreciamos um jogo bastante movimentado, com 3 gols em cinco minutos: André gaspar cobrou falta com muita habilidade, colocando David na cara do gol. De cabeça, este desviou para as redes, abrindo o placar aos 13 minutos.


Detalhe do primeiro gol do Bragantino, com a bola viajando antes de entrar no gol. Foto: Fernando Martinez.

O filme se repetiu no minuto seguinte, mas do lado inverso: após cobrança de falta da direita, Pantico aproveitou, despretensiosamente, um rebote. A bola desviou em um companheiro seu, tirando o arqueiro Gléguer da jogada, e empatando a partida.


Empate do Barras, assustando de leve a torcida presente no estádio. Foto: Fernando Martinez.

Mas aos 18 minutos, David fez bela jogada, invadindo a área, livrando-se do zagueiro e cruzando para Somália, sozinho, desempatar. Mesmo com a desvantagem, o Barras não se intimidou diante da grande torcida adversária, e conseguiu criar duas boas chances, arrepiando os cabelos do goleirão bragantino.

Aos 35 minutos, no entanto, o Bragantino consegiu marcar o terceiro gol, mas a comemoração foi interrompida com a anulação pela arbitragem, e o jogo foi para o intervalo com placar de 2 a 1 para o time da casa.


Lance da marcação do terceiro gol alvinegro, rapidamente anulado pela arbitragem. Foto: Estevan Mazzuia.


David observou atentamente a partida. Foto: apoio de mão da cabine.

Na segunda etapa, o jogo foi de um time só. O Bragantino abusou de perder gols e, não fosse pela fragilidade adversária, poderia ter se complicado. Aos 20 minutos, Vanderlei cruzou da direita para Valdir Papel, mas a bola foi cortada para escanteio, pelo zagueiro Totonho. Na cobrança, André Gaspar colocou a redonda na cabeça do próprio Vanderlei, premiado com o gol do acesso, pela jogada anterior.


Agora sim, o Bragantino marcou o terceiro gol, e conquistou o acesso. Foto: Estevan Mazzuia.

O Bragantino ainda teve umas poucas chances de ampliar, mas ficou mesmo esperando o tempo passar, enaquanto os visitantes agradeciam pelo placar magro. Fim de jogo, Bragantino 3-1 Barras, e o Braga voltará a disputar a Série B do Brasileiro em 2008. O último ano em que o time jogou a Segundona Nacional foi em 2002, desde então o time se encontrava em condição complicada no cenário paulista, renascendo esse ano com ótimas campanhas na Série A1 do Paulista e agora no Brasileiro.


Jogadores comemorando o acesso dentro de campo. Foto: Fernando Martinez. [180511]


Após o final da partida, os atletas saíram em carro de bombeiros pela cidade para comemorar junto com a população de Bragança Paulista. Foto: Fernando Martinez.

Nós do JOGOS PERDIDOS só temos que parabenizar o Massa Bruta pelo acesso. E seja bem-vindo novamente à Série B do Campeonato Brasileiro.

Estevan

Timão confirma favoritismo no início da decisão do Sub 17

Olá,

Logo após o término da partida inicial da rodada dupla realizada no Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, passei a acompanhar ao jogo de fundo que reuniu as equipes do Pão de Açúcar E.C. x S.C. Corinthians Paulista, sendo que essa foi a partida de ida da final do Campeonato Paulista de Futebol - Sub 17. Novamente inicio apresentando os protagonistas do espetáculo que posaram para o clic do JP, as quais apresento nas fotos abaixo:


Pão de Açúcar E.C. (Sub 17) - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna.


S.C. Corinthians Paulista (Sub 17) - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem composto por Thiago Duarte Peixoto, seus assistentes Caio Mesquita de Almeida e Fábio Rogério Baesteiro, além do quarto árbitro Luciano Alves de Lima, acompanhados pelos capitães das equipes. Foto: Orlando Lacanna.

O Corinthians era apontado como favorito, não só pela campanha realizada até o momento, mas também pelo fato de ser um time que vem jogando junto há alguns anos e isso criou uma expectativa em mim, gerando muita curiosidade em ver de perto uma equipe tão badalada.


Avanço corintiano junto à lateral. Foto: Orlando Lacanna.

A partida teve seu início e rapidinho o Pão de Açúcar assumiu uma posição extremamente defensiva, esperando o time do Corinthians vir para cima, para tentar alguma coisa no contra-ataque. Essa postura era um claro indicador do respeito do Pão de Açúcar ao time alvinegro.


Defesa do goleiro Gustavo neutralizando ataque corintiano. Foto: Orlando Lacanna.


Ataque corintiano conduzido pelo excelente atacante Marcelinho. Foto: Orlando Lacanna.


Novo ataque mosqueteiro. Foto: Orlando Lacanna.

O domínio territorial era total por parte do Corinthians, mas mesmo assim encontrava dificuldades para furar o bloqueio defensivo amarelo, até que finalmente aos 40 minutos conseguiu inaugurar o placar por intermédio de Guilherme Pereira em jogada que nasceu pela esquerda, levando para o intervalo a vantagem mínima a favor do time do Parque São Jorge.

No segundo tempo, logo aos 3 minutos, o Pão de Açúcar chegou ao empate através de Renan em cobrança perfeita de pênalti que até certo ponto foi cometido sem necessidade, pois a jogada não oferecia grande perigo.


Gol do Pão de Açúcar em cobrança de pênalti. Foto: Orlando Lacanna.

Mesmo tendo sofrido o gol de empate, os corintianos não demonstraram o menor sinal de preocupação e continuaram desenvolvendo seu futebol de toque e muita velocidade. Aos 18 minutos o excelente atacante Marcelinho marcou um golaço ao receber um passe pelo alto, matando a bola no peito e concluindo num giro rápido de primeira. Foi realmente um belíssimo gol que recolocou o Corinthians em vantagem no marcador.


Momento exato da matada no peito que antecedeu o belíssimo gol de Marcelinho. Foto: Orlando Lacanna.

Após o segundo gol corintiano, o jogo continuou na mesma toada, com o alvinegro confirmando as expectativas, mas não encontrando facilidade para penetrar na defesa adversária que continuava jogando retrancada.

Jogo encerrado com o marcador apontando Pão de Açúcar 1 - 2 Corinthians que ampliou a vantagem alvinegra, uma vez que o Pão de Açúcar só conquistará o título se vencer por dois gols ou mais de diferença e tudo será decidido no próximo sábado pela manhã no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o charmoso Pacaembu. Esse jogo deverá ter cobertura do JOGOS PERDIDOS.

Abraços,

Orlando

Juventus campeão da Copa FPF 2007 numa final histórica

Fala pessoal!

Agora é vez de festa pura aqui no JOGOS PERDIDOS, já que no domingo cedo era o dia para se ver a grande final da Copa FPF Heróis de 32, campeonato que só o blog cobre desde sua abertura e desde seu primeiro final-de-semana. Acordei cedo para seguir até o Estádio Conde Rodolfo Crespi, a genial Rua Javari. A final entre Juventus e Linense prometia grandes emoções... mas a gente nem imaginava o que viria pela frente...


Taças para o Campeão e Vice-Campeão da Copa FPF Heróis de 32. Foto: Emerson Ortunho.

Um quórum quase completo do pessoal do JP esteve por lá: além do que vos escreve, Jurandyr, Emerson, Estevan, David, Victor e o "quase membro" seu Natal. Só o Orlando esteve fora da festa, mas que também já tinha feito sua parte indo no primeiro jogo em Lins. E mesmo quase impedidos de entrar em campo, com muita burocracia sem nexo e muito falatório, conseguimos as fotos oficiais dos times. Isso justamente com o único órgão da imprensa que acompanha o campeonato in loco desde seu começo...


CA Juventus - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


CA Linense - Lins/SP. Foto: Fernando Martinez.


Quarteto de arbitragem da partida, formado pelo assistente 1 Nilson de Souza Monção, o árbitro Guilherme Cereta de Lima, o quarto árbitro Paulo Roberto de Souza Junior e a assitente 2 Aline L. Lambert. Foto: Emeson Ortunho.

E antes de falar do jogo, também vale ressaltar a brilhante presença da torcida do Linense, que veio em grande número, mesmo com a distância de quase 450 quilômetros até a capital. Times com torcida assim merecem sempre ter sucesso.

Mas por sua vez, o jogo também reuniu uma enorme torcida grená na Javari, e aproveitou para reunir figurinhas carimbadas, como o Sérgio Manjuillo, o seu Valentim, Fernando Galuppo, o amigo Luiz Fernando Bindi, um reaparecido Maurício "Nassau", o radialista Édson Natali, o perdido Syller, entre outros... tudo para ver se o Juventus conquistava seu segundo título em três anos. Para isso, o time até poderia perder por um gol de diferença... mas a partida não seria tão fácil assim.


Ataque juventino no comecinho do jogo, notem a grande presença de público atrás do gol da direita da Javari, lugar que geralmente fica vazio. Foto: Fernando Martinez.

O jogo começou bastante disputado, com o Linense tentando supreender o onze grená. Mas o Juventus foi aos poucos passando a ter mais domínio territorial, e aos poucos foi entrando cada vez mais na área do time de Lins. Isso acabou resultado no primeiro gol juventino, em chutaço de fora da área do jogador Elias aos 15 minutos.


Juventus toca a bola no seu ataque, dono do jogo no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O Linense sentiu o gol e o Juventus poderia ter praticamente liquidado o campeonato nos primeiros 45 minutos quando teve um pênalti a seu favor aos 39 minutos. Na cobrança, o camisa 9 Johnny chutou na trave para desespero da torcida grená... tempos difíceis estavam por vir para a maioria do estádio.


Johnny chuta um pênalti na trave. Se fizesse o gol, o jogo ficaria mais fácil para o Juventus... ficaria. Foto: Fernando Martinez.

Antes do primeiro tempo acabar, animados por estarem de volta no jogo, os jogadores do Linense aprontaram para a torcida grená e empataram o jogo. Numa jogada dentro da área o jogador Gilsinho completou e deixou tudo igual aos 41 minutos. Jogo no intervalo e muita reclamação por parte do pessoal do Linense, furiosos com um gol anulado ainda quando o jogo estava 1 a 0.

No intervalo fomos passear pelas alamedas da Javari e esperar pelo segundo tempo. Mal sabíamos que os 45 minutos finais seriam absurdamente emocionantes e estávamos prestes a testemunhar um momento histórico da história do nosso futebol.


Chance juventina em ataque de Johnny no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O jogo na sua segunda etapa começou com os grenás sofrendo uma pressão do Linense, provando que o time queria sim a vaga na Copa do Brasil, destinada ao campeão. O time de Lins fez uma segunda etapa quase que perfeita, encurralando o time juventino para seu campo de defesa e deixando todo mundo extremamente nervoso por lá.

O time perdeu boas chances para virar o placar antes dos 30 minutos, e a cada minuto que passava e mesmo sofrendo essa pressão, a torcida juventina acreditava que o título viria. Mas o Linense não estava disposto a deixar a festa ser feita tão cedo e aos 38 minutos conseguiu finalmente virar o placar. Através do jogador Shizo, o jogo ficou dramático nos seus minutos finais.


Lance do jogo entre Juventus e Linense, pela final da Copa FPF. Foto: Fernando Martinez.

Nesses minutos finais vimos o porquê o futebol é realmente fascinante e de como a emoção pode ser efêmera e em fração de segundos passar de um lado para outro. Numa pressão insistente, o Linense precisava de mais um gol para ficar com o título. E exatamente aos 45 minutos, quase nos acrescimos, o árbitro Guilherme Cereta marcou um pênalti a favor do time de Lins.

Na cobrança, aos 47 minutos, o jogador Fausto tinha nos seus pés a chance de garantir 99% do título para o time do interior, extremamente tradicional no futebol paulista e ressurgindo de vez. A cobrança perfeita fez com que o time de Lins marcasse o sonhado terceiro gol, e praticamente sagrava o time campeão da Copa FPF... é, eu disse "praticamente"...


Aos 47 minutos do segundo tempo, o jogador Fausto marcou de pênalti o que poderia ter sido o gol do título... poderia... Foto: Fernando Martinez.

Tristeza, desânimo e uma total incredulidade pairaram sobre toda a torcida grená na Javari. O Jurandyr não conseguia pensar mais, o Victor foi buscar refúgio nas arquibancadas, nós nos olhávamos não acreditando que um título daquele estava quase fora das mãos grenás...

Mas como diria o profeta, "o futebol é uma caixinha de surpresas" e ninguém em sã consciência, nem o mais fanático juventino, acreditava que o jogo poderia mudar. Talvez embalados por uma raiva ao ouvirem o grito de "é campeão" da torcida do Linense, os jogadores do Juventus arrancaram forças do além para que a festa mudasse de lado.

Aos 48 minutos, no último lance da partida, a bola foi alçada da direita dentro da área do Linense. A zaga do time do interior rebateu de cabeça e a bola acabou encontrando o jogador João Paulo na entrada da área. Ele chutou de esquerda e contou ainda com o toque do zagueiro para que a bola entrasse calmamente no gol e fosse parar no fundo das redes do Linense.

Choro, gritos, festa... tudo isso é pouco para descrever a catarse que aconteceu na Javari nesse gol tão chorado do Juventus, o gol do título. Pessoas que nunca tinham se visto se abraçando, correndo, chorando, tudo por causa desse gol. E logo após a bola entrar a partida foi terminada. Final de jogo, Juventus 2-3 Linense, mas dessa forma o Juventus se sagrava Campeão da Copa FPF Heróis de 32 2007.

Antes da entrega da taça mais um fato chato quando não fomos autorizados novamente a entrar no gramado para registrarmos a festa grená. Todo mundo entrou, inclusive o Jurandyr, mas em virtude de ser sócio do time da Móoca. Além dele, muita gente foi registrar e participar da festa, menos o JOGOS PERDIDOS.


Jogadores comemorando o título juventino na entrega da taça. Foto: Jurandyr Junior.


Volta olímpica do título juventino no gramado da Javari. Foto: Jurandyr Junior.


A bela taça de campeão na mão dos felizes jogadores grenás. Foto: Jurandyr Junior.


Numa homenagem ao JP, integrante da comissão técnica do Juventus levou a taça ao alambrado para que a gente fizesse uma foto com o troféu da conquista. Quem merecia mesmo ter o espaço para registrar éramos nós, presentes desde o começo do torneio... pena que tem gente que não acha isso. Foto: Jurandyr Junior.

Mais do que o título, agora a festa fica por conta que o Juventus conquista direito a disputar a Copa do Brasil 2008. Um torneio de ponta no futebol brasileiro com a presença grená, numa conquista merecida. O Linense fica com a vaga na Série C de 2008, tendo a certeza que fez uma campanha brilhante. O Juventus mereceu a conquista pelo campeonato, mas se dependesse do jogo final em si, a conquista mereceria ter sido para o time de Lins, que cumpriu uma campanha mais do que honrosa na Copa.


Já com mais gente, mais comemoração: Syller, Nassau, Leandro Giudici, Luiz, Sérgio, The Watcher, Jurandyr, Estevan e David. E embaixo eu junto com o seu Natal. Foto: filho do Sérgio.

O JP tem a certeza do dever cumprido em mais uma final de campeonato no ano de 2007. Mesmo com muita dificuldade, conseguimos trazer fotos exclusivas para todos vocês, leitores fiéis do blog mais alternativo do Brasil. O reconhecimento do trabalho vem de todos vocês, das comissões técnicas dos times, dos atletas, dirigentes e da arbitragem paulista, e independente da qualidade de equipamento que temos por aqui, o que vale é a qualidade do trabalho em si...

Ainda de ressaca pela festa, quase todo o quórum presente na Javari seguiu para mais festa, agora pelo Campeonato Brasileiro da Série C...

Até mais

Fernando