Texto e fotos: Fernando Martinez
Pra fechar o final de semana bem, nada como ver um jogo do Campeonato Brasileiro da Série D. Pela segunda rodada da fase inicial, fui ao Estádio José Liberatti pro encontro entre Audax e a genial Portuguesa da Ilha do Governador, time que nunca tinha aparecido nas páginas do blog até hoje, valendo pelo Grupo A12.
Tudo bem que faz tempo que isso não acontece, mas na nossa história fizemos várias viagens ao Rio de Janeiro, porém em nenhuma delas vimos o onze rubro-verde. Eu já tinha colocado a equipe na minha Lista em tempos pré-JP em setembro de 2004 num genial Portuguesa x Portuguesa no Ulrico Mursa. No ano passado não deu certo ir até Sorocaba ver a Lusa contra o São Bento, mas em 2017 finalmente essa lacuna pôde ser preenchida.
Essa é a segunda participação do Audax na última divisão nacional e por enquanto nada indica que ela será melhor do que a anterior. Falando nisso, confesso que não consigo entender a diretoria do clube, pois eles preferem fazer parcerias surreais com Deus e o mundo e não aproveitam a chance de montar um elenco de respeito que lute pelo acesso à Série C. Não sou gestor e não sou expert em administração esportiva, só que para mim certamente é uma forma estranha de se comandar uma agremiação.
Em 2016, os osasquenses montaram um catadão e foram lanternas da sua chave, isso sem ganharem nenhuma partida e marcando apenas um gol em seis compromissos. Aqui no blog fiz a cobertura dos três jogos realizados no José Liberatti e nos três o que se viu foi um show de horrores: derrotas por 2x0 para a Caldense e para o Boavista e um empate sem gols contra o Espírito Santo.
Na estreia em 2017 o clube foi até Goiás e trouxe de volta na bagagem uma derrota pela contagem mínima pro Itumbiara. Não esperava muito desse primeiro compromisso no Rochdale, ainda mais por conta dos 3x0 que a Portuguesa aplicou no URT. Na minha opinião, os cariocas eram favoritos.
Grêmio Osasco Audax Esporte Clube - Osasco/SP
Associação Atlética Portuguesa - Rio de Janeiro/RJ
O árbitro tocantinense Leandro Cunha de Oliveira e os paulistas Leandro Matos Feitosa e Patrick Andre Bardauil escalados como assistentes e Douglas Marques das Flores como o quarto árbitro, além dos dois capitães
Depois de mandar aquele sempre obrigatório almoço natural e ficar uma hora no fliperama, cheguei no Liberatti junto com o Mílton, Pucci, Mário, Bruno e Ricardo Espina e a movimentação não indicava que teria um jogo de futebol ali. Se no ano passado a torcida já não se fez presente com o vice-campeonato estadual, imaginem agora depois do triste rebaixamento na A1. O borderô oficial apontou que o público pagante foi 1.691 pessoas, porém nem 1/4 desse número ocupava as arquibancadas.
Quem estava lá viu exatamente o mesmo cenário da temporada passada pois o Audax não conseguiu emplacar uma boa atuação e foi dominado pela Lusa por quase todo o tempo inicial. A primeira grande oportunidade aconteceu em cabeçada de Murilo Henrique que obrigou Felipe Alves a fazer uma grande defesa.
Minutos depois a zaga paulista fez pênalti e Thiago Amaral se encarregou da cobrança. O camisa 9 bateu mal e o arqueiro osasquense fez a defesa. Os donos da casa até tentavam encaixar algum ataque perigoso, só que concentravam as ofensivas em bolas alçadas na área, todas sem perigo.
No finalzinho do primeiro tempo, não teve jeito pros locais e os visitantes saíram na frente aos 42 minutos. Diego Maia fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Maicon Assis. Ele recebeu o passe e tocou no canto da meta local, levando a peleja pro intervalo com a vantagem parcial pro time do Rio de Janeiro.
Ataque do Audax pelo alto. Foi assim que o time concentrou suas chances no primeiro tempo
Diego, camisa 6 da Portuguesa, se mandando para o ataque
Detalhe do pênalti perdido pelo time rubro-verde em cobrança de Thiago Amaral e defesa de Felipe Alves
Ataque carioca pela esquerda
Maicon Assis saindo para comemorar seu gol no Rochdale
Subi até a arquibancada e dali acompanhei o tempo final junto com os amigos, agora também contando com a presença do Emerson, seu Natal e Sérgio Oliveira, fechando um quórum de absoluto respeito. E foi justamente o papo com a rapaziada que salvou a tarde, pois os últimos 45 minutos foram terríveis.
O onze rubro-verde passou a se preocupar mais em se defender e pouco se arriscou no campo de ataque. Já o Audax teve mais tempo a bola nos pés e tentou chegar ao empate. Apenas tentou, já que chance de gol mesmo que é bom não se viu. Ambos poderiam estar jogando até agora que o marcador não seria mais alterado.
Bola zanzando dentro da área local no começo do segundo tempo
Ofensiva do Audax pela direita
Mais um ataque local na busca pela igualdade no marcador
O óbvio Audax 0-1 Portuguesa colocou os cariocas como líderes do Grupo A12 com seis pontos ganhos e quatro gols de saldo, à frente do Itumbiara, que tem a mesma pontuação mas apenas dois de saldo. Audax e URT estão em branco e jogam no próximo sábado, também no Rochdale, para manterem o sonho da classificação ainda vivo.
Encerrei os trabalhos do final de semana com mais essa cobertura. Futebol de novo só na quarta-feira com ao Brasileiro Feminino e no final de semana, com direito a Segundona Paulista e mais rodada da Série D.
Até a próxima!