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domingo, 31 de março de 2024

Grande vitória do Corinthians 100% no Brasileiro Feminino

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foram quase duas semanas longe dos gramados por conta de uma gripe fortíssima, a segunda do ano, que me tirou de campo por um período maior do que eu esperava. Na Sexta-feira Santa eu retornei com a minha primeira cobertura no Campeonato Brasileiro Feminino em 2024. O líder Corinthians recebeu o Internacional na Neo Química Arena e lá estava eu retomando o meu lugar.

Galho real foi a partida começar às 21h30 por conta da TV. A mesma rede que tem comentaristas que adoram "colocar o dedo na ferida", entre aspas, e reclamam de situações lamentáveis no futebol feminino, mas só até a página 2. Passou disso não tocam em assuntos até mais importantes. Quem acompanha de verdade a categoria sabe que apoiar as mulheres passa bem além de apenas transmissões na TV a cabo e uma ou outra na TV aberta.

Passei o feriado de boa e não teve problema chegar em Itaquera. Condução rápida, sem tanta gente, uma maravilha se compararmos com uma sexta-feira normal. Eu saí de casa sem nem saber o motivo real de estar fazendo isso. Porém, quando cheguei lá lembrei: é sempre muito legal estar ali dentro de campo pois sempre será o local que assisti meu primeiro jogo de Copa do Mundo.


SC Corinthians P (feminino) - São Paulo/SP


SC Internacional (feminino) - Porto Alegre/RS


As capitãs alvinegra e colorada junto com a árbitra Francielly Fernanda Lima de Castro (MG), as assistentes paulistas Fabrini Bevilaqua Costa e Juliana Vicentin Esteves e o quarto árbitro, também paulista, Lucas Canetto Bellote

O Corinthians mudou sua comissão técnica em 2024 e também perdeu sua diretora. Será uma missão dura manter a hegemonia que já dura alguns anos. Apesar de todas e importantes alterações no comando, a equipe foi campeã da Supercopa Feminina e ganhou os três compromissos iniciais no nacional. O Inter começou mal o certame e tinha apenas dois pontos sem nenhum triunfo.

Quando a bola rolou, o Corinthians mostrou quem manda jogando na Arena. Sem nunca ter perdido lá, não foi dessa vez que o tabu foi quebrado. Sim, é verdade que o time de Lucas Piccinato não foi a oitava maravilha do mundo, só que o domínio foi grande de qualquer jeito. Aos 10 minutos Yasmim acertou na trave uma belíssima cobrança de falta e essa foi a melhor chance em bastante tempo.

Somente aos 38 que o marcador foi inaugurado, meio sem querer. Em cruzamento da direita, a zaga desviou, a goleira pegou no susto e Duda Sampaio completou a sobra. Foi com o 1 a 0 que o intervalo chegou e eu segui no mesmo lado, agora de olho nas atacantes coloradas. Como precisava ir embora correndo, era o melhor lugar para ficar. Vi as maiores oportunidades de gol de longe.

O Corinthians retornou melhor e chegou perto de ampliar a vantagem em vários momentos. Gabi Portilho, Jheniffer e duas vezes Duda Sampaio foram as donas das chances. O Inter teve Isa Haas com conclusão boa aos 27 e só. Aos 33 Vic Albuquerque acertou o travessão. Aos 38 Yasmim cobrou falta com perfeição e finalmente anotou outro tento alvinegro. Antes do último trilar do apito Vic Albuquerque fechou o resultado de cabeça.







Foi um primeiro tempo animado, mas as redes balançaram apenas uma vez





No tempo final o Corinthians chegou à quarta vitória no Brasileirão Feminino 2024

O Corinthians 3-0 Internacional foi a quarta vitória mosqueteira em quatro jogos. O primeiro lugar, agora com 12 pontos, tem São Paulo, Ferroviária e Red Bull Bragantino na cola com oito. As Gurias Coloradas caíram uma posição e estão em 14º. A primeira fase vai até o fim de junho.

Voltei ao QG da Zona Oeste na correria pois não podia vacilar, caso contrário perderia o trem da Linha Amarela do metrô. Deu tudo certo, peguei a condução às 23h56, quatro minutos antes do término do horário comercial e cheguei rapidinho. No sábado teve mais futebol com uma belíssima rodada tripla.

Até lá!

Ficha Técnica: Corinthians 3-0 Internacional

Local: Neo Química Arena (São Paulo); Árbitra: Francielly Fernanda de Castro/MG; Público: 11.830 pagantes; Renda: R$ 246.769,50; Cartões amarelos: Ju Ferreira, Letícia Santos, Mariza, David da Silva, Belén Aquino, Bruna Benites, Capelinha e Carla; Gols: Duda Sampaio 38 do 1º, Yasmim 39 e Vic Albuquerque 50 do 2º.
Corinthians: Kemelli; Isabela (Letícia Santos), Mariza, Tarciane e Yasmim; Ju Ferreira (Yaya), Duda Sampaio e Vic Albuquerque; Gabi Portilho (Eudimilla), Millene (Jheniffer) e Jaqueline (Thamires). Técnico: Lucas Piccinato.
Internacional: Mari Ribeiro; Carla, Bruna Benites e Isa Haas; Capelinha (Yenny Acuña), Marzia (Giulia Giovanna), Tamara, Katrine (Thaíni) e Letícia Monteiro (Pati Llanos); Belén Aquino (Soll) e Priscila. Técnico: David da Silva.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Histórico! Nicolau Alayon vê um 5 a 3 depois de 80 anos!

Texto e fotos: Fernando Martinez


É, a gripe chegou a parou. Na quarta-feira cheguei ao quinto dia doente, mas, na base da teimosia, voltei ao Estádio Nicolau Alayon para outro compromisso do Nacional no Campeonato Paulista da Série A4. O adversário da vez era o lanterna América, em duelo que os ferroviários só podiam pensar em vitória.

Depois do péssimo empate por 0 a 0 com o Audax, eu não esperava nada do Nacional, porém o que vimos durante principalmente a etapa inicial surpreendeu a todos. Ninguém podia imaginar que estava perto de acompanhar um dos melhores jogos em terras paulistas na atual temporada futebolística.


Nacional AC - São Paulo/SP


América FC - São José do Rio Preto/SP


O árbitro Tiago de Mattos da Silva, os assistentes Rafael de Souza Penatte e Maria Eduarda Silva Pires, o quarto árbitro Martinho Menck da Silva Junior e os capitães

O Nacional começou a partida com tudo, algo que não estamos acostumados a ver. Se aproveitando da postura perdida da defesa americana, Victor Teister abriu o placar aos sete minutos e Paolo ampliou aos 14. O América buscou equilibrar as coisas e teve um ou outro ataque perigoso. Começava aí a grande tarde de Maurício, arqueiro local.

Aos 27, Nicollas marcou o terceiro em cobrança de pênalti e Paolo fez 4 a 0 aos 32. Se fosse um outro time a gente até esperaria que poderia virar um massacre por uma diferença mais elástica... só que não era o caso. Historicamente o Nacional adora aprontar com a sua torcida. Foi o que aconteceu na sequência.

O América diminuiu aos 34 minutos com um gol de Vinícius Caveira. O tento desestabilizou os mandantes e o alvirrubro sentiu que era a sua hora. Juan anotou o segundo e de novo Vinícius Caveira converteu, agora em belíssimo toque de calcanhar, e fez o terceiro. Se tivesse mais cinco minutos, não duvido que o intervalo chegaria com um 4 a 4.

Nunca tinha visto um tempo tão insano na Comendador Souza em 28 anos de jogos ali. E se a segunda etapa não teve tanto gol, ela seguiu eletrizante. O América foi bem e encurralou a equipe da casa em busca do empate. Maurício acabou se tornando o nome dos 45 minutos finais com pelo menos quatro intervenções sensacionais. Enquanto sofria na defesa, o Naça colocava as manguinhas de fora em bons contra-ataques.

A partida seguiu sem alterações no placar até os acréscimos. O alvirrubro de São José do Rio Preto tentou, porém quem fez foi o onze local. Em bola lançada ao campo de ataque, Talisca ganhou no corpo do defensor e acertou um chutaço no canto esquerdo, fechando o marcador e dando importante vitória ao escrete ferroviário.


O Nacional começou com tudo o jogo no Alayon. Aqui detalhe do segundo gol




De pênalti, Nicollas fez o terceiro



Em reação espetacular, o América fez três em nove minutos




No segundo tempo, o América chegou perto do empate, mas Maurício salvou a pátria local


A comemoração de Talisca no quinto gol paulistano


Um 5 a 3 que não acontecia na Comendador Souza desde 1944 (!). Histórico demais

O Nacional 5-3 América manteve os paulistanos na luta por uma vaga nas quartas de final da Série A4. O clube agora está em 11º com 16 pontos, três abaixo do G8. Resta vencer os dois compromissos restantes e torcer contra quem está em cima. Já o Diabo segue na lanterna e precisa de um milagre para evitar a queda.

Um 5 a 3 é difícil de se ver e esse foi muito mais histórico do que pensei. O Naça não vencia por esse placar desde 1994 (contra o Bernô no Baetão), na capital paulista desde 1962 (contra o saudoso Nitro-Química em São Miguel Paulista) e no Nicolau Alayon desde 1944.

O confronto em questão foi contra o Santos (!), que tinha Teleco, ídolo do Corinthians e um dos jogadores preferidos do meu avô, no ataque. Ou seja, há oito décadas o clube ferroviário não fazia o que fez quarta-feira no seu estádio. Levando em conta que na época ainda se chamava São Paulo Railway AC, quem foi ao campo da Zona Oeste na quarta-feira acompanhou algo inédito em 105 anos de história. Isso que dá graça a tudo que fazemos.

Apesar da alegria em ver a história sendo escrita, voltei ao QG com um mal-estar tremendo. Tive que abortar a sessão noturna e só voltarei aos campos quando melhorar de vez. Não tem como ficar vacilando.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Nacional 5-3 América

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Tiago de Mattos da Silva; Público: 153 pagantes; Renda: R$ 2.040,00; Cartões amarelos: Matheus Serraglia, Hugo Gil, Pedro Estevam, Kayque Pereira, Vinícius Dutra, Rhyann e Wallace; Gols: Victor Teister 8, Paolo 15, Nicollas (pênalti) 27, Paolo 32, Vinícius Caveira 34, Juan 39 e Vinícius Caveira 44 do 1º, Talisca 48 do 2º.
Nacional: Maurício; Luan, Pedro Estevam, Matheus Serraglia (Kevin Leonardo) e Hugo Gil; Biel, Marcus Vinícius (Diogo Bolt) e Nicollas (Vitinho); Paolo (Kayque Pereira), Talisca e Victor Teister (Vinícius Dutra). Técnico: Diego Souza
América: Gabriel Chaves; Juan, Wallace (Victor Lopes), Rhyann e João Neto (Kleberson); Bruno, Victor Lima (Victor Santos) e Léo Matos; Afonso, Vinícius Caveira e Rikelmy (Matheus Gomes). Técnico: Anderson Nascimento.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Em jogo muito ruim, Nacional e Audax não saem do zero

Texto e fotos: Fernando Martinez


Ainda baqueado por causa da sexta-feira e de uma noite pessimamente dormida, na tarde de sábado enfrentei de novo o calor do cão do pior verão da história e fui ver um joguinho do Campeonato Paulista da Série A4. No Estádio Nicolau Alayon, duelo "de seis pontos" entre Nacional e Audax. Os donos da casa precisavam vencer de qualquer jeito.

Foram apenas seis confrontos entre os dois na história e neles aconteceram apenas oito gols. O último válido por alguma divisão de acesso foi em 2018, ainda quando estavam na A2. Na tarde de 10 de março daquele ano o empate por 0 a 0 foi marcado por um gol bisonhamente perdido por um atleta nacionalista. O tento fez falta para uma equipe que tinha todas as chances de conquistar o acesso.


Nacional AC - São Paulo/SP


GO Audax EC - Osasco/SP


Capitães com o quarteto de arbitragem da peleja liderado pelo árbitro Antônio Carlos de Sousa Junior junto dos assistentes Paulo Cesar Modesto e Bruno Henrique Mascarenhas Moura e o quarto árbitro Lucas Bovi Baptistella

Quem foi à Comendador Souza no sábado viu dois times longe do seu melhor potencial e que ocupam apenas posições intermediárias na tábua de classificação. O ótimo público de 254 pagantes foi "presenteado" com um dos piores jogos do ano. Porém eu não sofri sozinho, e contei com a companhia do trio Milton, Pucci e Vítor, amigo do Rio com a sua namorada.

No primeiro tempo o negócio foi feio. O Audax teve mais a bola nos pés, só que não conseguiu transformar o domínio em vantagem no marcador. O Nacional pouco fez e foi dominado. Agora, fica difícil escrever algo de 45 minutos tão fracos. Zoado e com dor de cabeça, saí do campo e acompanhei na numerada a etapa final.

Aos dois minutos Vitinho mandou uma na trave em tiro da entrada da área a assustou a rapaziada da casa. No rebote a finalização passou por cima da meta. Na sequência Talisca, sempre ele, foi derrubado dentro da área. Na minha opinião, pênalti claro. O mesmo Talisca chegou perto de abrir a contagem pouco depois. E foi só.







Em jogo ruim fica difícil até salvar foto. Nacional e Audax foi um dos piores do ano. Com gripe, fica tudo ainda pior

Um óbvio Nacional 0-0 Audax foi o resultado da fraca partida que vimos no Alayon. Ruim para ambos e que os manteve fora da zona de classificação. O Audax é o atual 11º colocado com 14 pontos, enquanto os ferroviários somam 12, ocupam a 12ª posição e se afastam cada vez mais das quartas.

Já não estava legal durante a peleja e quando cheguei no QG da Zona Oeste a coisa complicou de vez. Pintou uma febre alta que ficou comigo até segunda-feira. Sigo mal e vamos ver se consigo uma brecha para ver o próximo duelo do Naça na A4 quarta-feira. Cruzando os dedos.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Nacional 0-0 Audax

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Antônio Carlos de Sousa Junior; Público: 254 pagantes; Renda: R$ 3.350,00; Cartões amarelos: Kevin Leonardo, Digão, Ifeanyi, Miguel, Robertinho e Pedro Medeiros.
Nacional: Maurício; Luan, Kevin Leonardo, Pedro Estevan (Alexsander) e Hugo Gil; Biel (Marcos Vinícius), Digão (Matheus Moreno) e Nicollas; Paolo, Victor Teister (Vitinho) e Talisca (Kayque Pereira). Técnico: Diego Souza.
Audax: Arthur Gazze (Diego Rodrigues); Fabrício (Pedro Medeiros), Robertinho, Ifeanyi e João Victor; Miguel, Caio e Caique (Ewerthon); Bruninho, Vitinho (Leonnan) e Higor (Igor). Técnico: Robertinho.

domingo, 17 de março de 2024

Ska derrota a ex-líder Francana e ganha a quarta seguida na A4

Texto e fotos: Fernando Martinez


Sexta-feira foi dia de acompanhar, de novo, o líder do Campeonato Paulista da Série A4. Há algumas rodadas, vi o então primeiro colocado XV de Jaú em campo em Osasco, agora foi a vez da gloriosa Francana. No Estádio Gabriel Marques da Silva, em Santana de Parnaíba, a Veterana visitou o Ska Brasil, que estava em total recuperação e ocupava o 10º lugar.

Desde que caiu para a então Segundona, ficou difícil ver a Francana pela região. Vi a equipe pela última vez em 2017, em derrota por 4 a 1 contra o São Bernardo no Baetão. Na história, assisti apenas 11 partidas do clube alviverde e a última vitória foi em 2009, um 4 a 1 contra o Nacional na minha única visita do Lancha Filho até hoje.

É, só que chegar na peleja foi insano. Junto com a dupla Estevan e Pucci, foram quase duas horas e meia de trajeto entre o Metrô Belém e a cidade da Grande São Paulo debaixo, de novo, de um calor insuportável que vem junto com mais uma das incontáveis ondas de calor do atual verão. O carro do amigo santista virou uma estufa e passei muito mal. Bastou desembarcar na frente do estádio a pressão desabou. Fui até ser atendido pelos médicos de plantão, algo inédito em 41 anos de futebol. Paciência. Acontece nas melhores famílias.


FC Ska Brasil - Santana de Parnaíba/SP


AA Francana - Franca/SP


O quarteto de arbitragem com Flávio Nascimento Flores Helena, Hélio Antonio Salvia de Sá, Anna Beatriz Scagnolato e Luiz Renato Cafundó Soares com os capitães dos times

O calor estava absurdo, mesmo assim acabei assistindo uma das melhores partidas de 2024. Foram 90 minutos acima da média com as duas equipes inspiradíssimas e criando chances de gol de todos os tipos, cores e formatos. A Francana começou melhor, o Ska aos poucos equilibrou a coisa toda e o zero teimava em permanecer no marcador. Tudo mudou aos 33 minutos com o gol local de Guilherme Vieira.

Porém a Francana não virou líder por acaso e deixou tudo igual aos 41 minutos. João Pedro aproveitou bola zanzando na área após rebote na trave e empatou. Detalhe: nunca tinha visto parada técnica em uma peleja no horário noturno. O calor estava tão feio que até isso aconteceu. Sinceramente? Eu não aguento mais o tal El Niño.

Na etapa final segui no ataque da casa e o confronto foi ainda melhor. Ska Brasil e Francana foram alternando momentos de domínio e ambos chegaram perto de marcar pela segunda vez. O gol poderia ter saído de qualquer lado, mas foram os locais que chegaram às redes. Allan recebeu na direita, trocou passes com Rafael e Renato e chutou colocado, no canto direito de Marquinhos. Um golaço!

A Francana sentiu o golpe e por pouco não tomou o terceiro na sequência. Empurrado pela animadíssima torcida que não se importou com o calor e a total ausência de vento, o Ska Brasil manteve a importante vantagem e venceu pela quarta vez seguida na competição.





Momentos do primeiro tempo de Ska Brasil x Francana





O Ska Brasil criou vários bons momentos na etapa final, assim como a Francana


Detalhe do segundo gol local, que deu a quarta vitória seguida na A4

O Ska Brasil 2-1 Francana colocou o clube parnaibano dentro do G8, algo inédito até então. Estão em oitavo lugar com 16 pontos e uma vitória a mais do que o União Barbarense. A Veterana perdeu a liderança, que agora é do Grêmio São-Carlense. Faltam três rodadas para o término da primeira fase.

Voltei a acompanhar a quarta divisão no sábado, mas, ainda zoado por conta da péssima noite, acompanhei um dos piores jogos de 2024. Não tem como vencer sempre.

Até lá!

Ficha Técnica: Ska Brasil 2-1 Francana

Local: Estádio Gabriel Marques da Silva (Santana de Parnaíba); Árbitro: Flávio Nascimento Helena; Público: 151 pagantes; Renda: R$ 1.410,00; Cartões amarelos: Sérgio Dias, Mateus Perri, Ricardo Batista, Rodrigo Melo, João Queiroz, Victor Hugo; Gols: Guilherme Vieira 33 e João Pedro 42 do 1º, Alan 30 do 2º.
Ska Brasil: Lucas Bergantin; Renato Marola (Ricardo Batista), Caio Henrique, Zé Mendes e Mateus Petri; Sérgio Dias, Rafael Lucas, Victor Zaga (Rodrigo Melo) e Felipe Urbano (Arthur Macaé); Ueslei Júnior (Razera) e Guilherme Vieira (Alan). Técnico: Edmílson Abel.
Francana: Marquinhos; Lucas Melo, João Queiroz, Victor Hugo e Breno (Marcelinho); João Pedro, Marcus Vinícius (Luquinha), Vinícius Oliveira (Lucas Oliveira) e Lucas Pelé (Gustavo Lacerda); Bruno Henrique e Andrey (Cauã Rocha). Técnico: Wantuil Rodrigues.

sexta-feira, 15 de março de 2024

União São João vai bem e complica a luta do Azulão contra a queda

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sessão noturna da última quarta-feira, também pelo Campeonato Paulista da Série A3, reuniu ameaçados. O São Caetano, penúltimo colocado, recebeu o União São João, 10º lugar, e precisava vencer de qualquer jeito para não chegar ainda mais perto da Série A4 de 2025. Uma situação crítica de um clube que chegou tão perto do topo há cerca de 20 anos.

Falando de história, São Caetano e União São João jogaram quatro vezes no estadual até então, todas pela A1. Curiosamente os quatro duelos foram em Araras. Ou seja, embora sejam times manjados, foi a primeira vez que jogaram no Estádio Anacleto Campanella. Na história o União só tinha atuado ali na João Havelange de 2000, o primeiro grande momento do Azulão nacionalmente falando.


São Caetano Futebol S/A - São Caetano do Sul/SP


União São João EC - Araras/SP

Estive no Anacleto duas vezes em 2024 e vi as únicas duas vitórias do vice-campeão da Libertadores-02 no torneio. Em ambas - 4 a 1 em cima da Matonense e 2 a 0 contra o Marília - o time foi bem e eu sinceramente imaginava que as boas atuações poderiam se repetir. Me enganei totalmente. Recém-chegado da quarta divisão, o União foi senhor do jogo e muito, mas muito melhor do que os locais.

O São Caetano foi dominado sem nenhuma cerimônia ou piedade por parte do clube verde e branco. Toninho abriu a contagem de cabeça aos 20 minutos e o camisa 9 repetiu a dose aos 27 completando escanteio da direita. A zaga do Azulão ficou assistindo. O União seguiu melhor e não marcou mais uma ou duas vezes antes do intervalo por puro azar.

No segundo tempo, junto com o trio Pucci, Estevan e Vítor, direto do Rio de Janeiro, vi das arquibancadas a sequência da ótima atuação visitante. Enquanto conversávamos, o União se manteve no campo de ataque e Wermeson ampliou a vantagem aos 24. O Azulão descontou com um belo gol de Sávio aos 28... e parou por aí.





O São Caetano não fez uma boa partida e foi dominado totalmente pelo União


Detalhe do segundo gol ararense, ainda no primeiro tempo






A derrota complicou de vez a situação do Azulão na A3


O genial mural com os adversários do Azulão em 2024 feito pela Bengala Azul. Destaque para o CA Marília e o Sertonzinho. Maravilhoso!

O São Caetano 1-3 União São João complicou de vez a vida do campeão paulista de 2004 na A3. Levando em conta que a Matonense vai seguir fora da competição perdendo seus dois compromissos restantes por WO, o Azulão precisa fazer seis pontos contra Itapirense e Sertãozinho e torcer para que o União Suzano derrote a equipe de Itapira na última rodada. Agora é na base do milagre. Já o União, que está em 9º com 19 pontos, vai disputar uma vaguinha nas quartas.

A missão futebolística do JP vai seguir na sexta-feira com rodada noturna da A4 na nossa pauta livre.

Até lá!

Ficha Técnica: São Caetano 1-3 União São João

Local: Estádio Anacleto Campanella (São Caetano do Sul); Árbitro: Caio Carvalho Pereira; Público: 915 pagantes; Renda: R$ 3.720,00; Cartões amarelos: João Gabriel, David Braw, Alex Jhone, Kadir, Felipe Rosalen, Ronaldo, Toninho e Igor Maduro; Gols: Toninho 20 e 27 do 1º, Wermeson 24 e Sávio 28 do 2º.
São Caetano: João Gabriel (Fernando Caixeta); Alex Jhone (Allan), Kanu, Diego Leandro e Douglas DG (Maikon); Rafael, Marlon Bica (Enzo Adriano) e David Braw; Jean Filder (Márcio Jonatan), Sávio e Kadir. Técnico: Rogério Zimermann.
União São João: Igor; Ronaldo (Ramirez), Flávio Boaventura, Matheus Fernando (Felipe Rocha) e Tallys; Ruan, Borges (Igor Maduro) e Felipe Rosalen; Matheus Lu (Clever), Toninho e Wermeson (Gabriel Cunha). Técnico: Edson Vieira.