Fala, pessoal!
O Campeonato Paulista da Série A3 chegou a um terço da primeira fase no meio dessa semana e o JP foi até o Estádio Nicolau Alayon para ver o Nacional jogar na sua casa pela primeira vez em 2015. O adversário foi o Rio Preto, a equipe #14 do "Projeto 40" e que vem flertando perigosamente com a zona de rebaixamento.
No sábado passado o time ferroviário foi surpreendido pelo Cotia e acabou sendo derrotado naquela que foi sua estreia na Comendador Souza. Jogando contra um time da parte de baixo da tábua de classificação, o Nacional não cogitava outro resultado que não a vitória.
Além de querer a reabilitação, o Nacional também precisava quebrar a incômoda marca que ainda não ter vencido como mandante nessa A3. Em três jogos realizados até então (dois na Rua Javari), o time empatou um contra o CAV e saiu derrotado de campo duas vezes por equipes que estão lutando contra o rebaixamento, Grêmio Barueri e Cotia.
Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
Essa foi a primeira vez que as duas equipes se enfrentaram em oito anos. O último confronto havia acontecido em 20 de janeiro de 2007 na primeira rodada da Série A2 daquele ano. O Naça aniquilou o Jacaré por 5x1, mas o campeonato terminou de forma bem diferente para os dois. Enquanto os paulistanos foram rebaixados, o alviverde conquistou o acesso para a A1 pela primeira vez na sua história.
Rio Preto EC - São José do Rio Preto/SP. Foto: Fernando Martinez.
Para esse, que foi meu primeiro jogo do NAC no Nicolau Alayon pela A3 em seis anos, saí cedo da Zona Norte com destino a Zona Oeste. O que não estava no script era ficar dez minutos embaixo de um verdadeiro dilúvio que já me deixou ensopado antes mesmo de chegar no metrô. Cheguei cedo na Barra Funda com tempo de fazer de varal uma das cabines de imprensa.
Um pouco menos molhado fui a campo apenas para captar os instantâneos dos times, já que o dilúvio da ZN tinha chegado na ZO nesse exato momento. Voltei para as cabines e acompanhei a peleja junto do trio Colucci, Ricardo Espina e Victor de Andrade, esse curtindo merecidas férias.
A forte chuva caiu por cerca de 20 minutos, tempo em que o Rio Preto foi levemente superior ao time da casa. Levemente pois nenhuma das equipes chegou a criar "aquela" chance para abrir o placar. Quando São Pedro fechou momentaneamente a torneira, o Nacional melhorou e começou a ocupar mais o campo do Rio Preto.
Gustavo Henrique (9) se mandando para o ataque com a marcação do zagueiro Guilherme. Foto: Fernando Martinez.
Aos 32 minutos aconteceu o primeiro gol. A bola foi levantada dentro da área do Jacaré pela direita e a zaga falhou feio. A pelota sobrou livre para o zagueiro Rodrigo, mesmo se atrapalhando um pouquinho, chutar para deixar os locais na frente do marcador.
Bola no fundo das redes do Rio Preto no gol de Rodrigo. Foto: Fernando Martinez.
O gol trouxe a visita do astro rei para o Nicolau Alayon e até o final do tempo inicial ficamos sob a luz do sol (valeu, Paulo Ricardo!). Os times foram para os vestiários com a vantagem mínima local e até voltarem a campo o tempo fechou novamente.
Carlão cortando cruzamento dentro da área do Nacional. Foto: Fernando Martinez.
Vale destacar que durante o intervalo da peleja fomos brindados com piadas (!) marotas no sistema de som do estádio. Sim, você leu certo, piadas. O comandante do microfone incorporou o espírito do Costinha e leu uma espécie de coletânea de anedotas para entreter o público de 145 pessoas que pagou ingresso para estar ali. Um momento surreal e inédito para mim em quase 2500 jogos vistos in loco.
Completamente satisfeitos com tanta graça, vimos o Rio Preto voltar para o segundo tempo até tentando esboçar uma reação, mas seus atletas claramente não estavam numa tarde inspirada. Os jogadores do Nacional também não tiveram tantos momentos incríveis e o jogo ficou um tanto quanto arrastado, melhorando apenas depois dos trinta minutos.
Rueda, camisa 5 do Jacaré, disputando bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.
Foi aí que o onze ferroviário matou a partida com o gol de Didi. Depois de grande jogada pela direita a bola foi cruzada na área e o camisa 16, em jogada de grande habilidade, fez o giro em cima do zagueiro e chutou no canto direito de Gauther. Os minutos finais da peleja foram disputados sob a maior chuva que vi no último ano.
Chegada tímida do Rio Preto dentro da área local. Foto: Fernando Martinez.
Ataque nacionalino no final da partida. Foto: Fernando Martinez.
O resultado de Nacional 2-0 Rio Preto marcou a sexta vitória seguida dos paulistanos na história contra o time do interior paulista. O triunfo também colocou o NAC na sétima posição após sete rodadas disputadas com onze pontos ganhos. O Jacaré agora é o 16º colocado, fora da zona rebaixamento apenas por conta de ter um saldo de gols maior do que o Cotia.
Placar final no Nicolau Alayon com a primeira vitória nacionalina como mandante em 2015. Além disso, foi o primeiro triunfo do time em casa na Série A3 desde os 5x0 contra o União Mogi em fevereiro de 2009. Foto: Fernando Martinez.
A chuva piorou de forma absurda depois do apito final, e isso fez com que ficássemos ilhados no Nicolau Alayon por cerca de uma hora. Quando ela diminuiu de intensidade até conseguimos sair dali, mas chegar em casa foi uma tarefa hercúlea e altamente complicada, já que a cidade de São Paulo estava intransitável.
Com a paciência ensinada pelo glorioso Pai Mei cheguei no Bom Retiro salvo dos alagamentos por volta das sete e meia da noite. Nada que desanimasse a minha pessoa para a rodada de futebol e basquete pela televisão até o começo da madrugada.
Até a próxima!
Fernando