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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

São Bernardo FC supera o gramado ruim e volta a vencer no Paulistão

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de uma rodada dupla bem fraca no sábado, as opções do domingo eram quase nulas. Acabou que fui até o ABC para o abençoado duelo entre São Bernardo FC e São Bento no Estádio Primeiro de Maio. Quando pinta chance de ver o Campeonato Paulista de perto, sempre é uma boa pedida.

Teve uma verdadeira volta ao passado antes da peleja pois eu e o decano Milton fomos até o velho campo com a carona do inexorável Jurandyr, o grande JR. De volta a terras paulistanas desde o fim do ano, o velho amigo deu uma pausa na vida familiar e resolveu encarar a jornada como nos velhos tempos. Apesar de quase sessentão, as 40 histórias que conta em loop desde 1996 seguem imbatíveis.

O Tigre do ABC tinha apenas uma vitória em quatro rodadas e vinha de uma paulada sofrida contra o Mirassol por 4 a 1 no meio da semana. Já o glorioso escrete interiorano estava invicto com dois triunfos e dois empates. Se conseguissem um pontinho, certamente ficaria de bom tamanho.


São Bernardo FC - São Bernardo do Campo/SP


EC São Bento - Sorocaba/SP


Arbitragem liderada por Douglas Marques das Flores com os assistentes Neuza Ines Back e Henrique Perinelli Oliveira e o quarto árbitro Pablo Rodrigo Soares de Oliveira além dos capitães dos dois times

Quando me credenciei o céu estava carregado e a previsão dizia que teríamos chuva forte. Já estava de olho durante o aquecimento e no exato momento em que os atletas foram ao gramado para aquele cerimonial chatíssimo, as primeiras gotas começaram a cair. Escutei o hino já com chuva forte e tirei as fotos oficiais equilibrando a câmera com o guarda-chuva. O temporal veio naquele esquema destruição total e me restou buscar proteção na área coberta perto dos vestiários.

A bola rolou... ou melhor, quase rolou, por 14 minutos. O árbitro então interrompeu a peleja pois não tinha a menor condição de ter futebol com tanta água de caía do céu. O negócio foi feio. Cheguei a achar que não teríamos mais jogo no domingo pois a tempestade não dava sinais de trégua. Foi uma longa espera de 46 minutos, porém felizmente a partida recomeçou. O grande problema foi que praticamente nada aconteceu em virtude do gramado estar completamente arriado com tantas poças. Chances de gol na etapa inicial foram apenas duas. Uma do São Bento, em escanteio cobrado por Ivan, e outra do Tigre do ABC, em finalização cruzada de Rodrigo Souza. Nada além.

Na etapa final o futebol finalmente apareceu junto com o sol e a melhora no estado do gramado. O São Bernardo FC não demorou para tomar conta de tudo e aos 10 minutos abriu o placar. João Carlos e Léo Jabá fizeram boa troca de passes que terminou com o gol do primeiro. Aos 22, outro gol, agora anulado pela arbitragem. O segundo acabou saindo aos 36 em pênalti após toque de mão de Victor Pereira, não o VP português campeão de trairagem, dentro da área. Rafael Vaz bateu firme e fechou o ótimo triunfo do Tigre.



O técnico Márcio Zanardi molhando a alma no começo do jogo no ABC e a peleja paralisada por conta do dilúvio







No primeiro tempo pouco aconteceu pois o campo estava repleto de poças d'água



Rafael Vaz conrou pênalti com força e fechou a vitória do Tigre do ABC, a primeira em três rodadas

O São Bernardo FC 2-0 São Bento marcou o reencontro do Tigre com as vitórias depois de três compromissos e quebrou a invencibilidade do onze sorocabano na competição. O campeonato começou outro dia, mas está quase na metade. Aliás, torço muito pelo dia em que a fórmula bisonha e tenebrosa da Série A1 seja alterada pela FPF e pelos 16 integrantes do certame. Entra ano, sai ano e essa anomalia não muda. Tenho fé que um dia a ficha geral possa cair.

Voltamos de boa na carona do bom e velho JR (ex-Jandir) com direito a dois dias de descanso antes da próxima cobertura. No meio da semana tem A2 na pauta livre do JP com nova sessão na Arena Barueri.

Até lá!

Ficha Técnica: São Bernardo FC 2-0 São Bento

Local: Estádio Primeiro de Maio (São Bernardo do Campo); Árbitro: Douglas Marques das Flores; Público: 659 pagantes; Renda: R$ 15,700,00; Cartões amarelos: Rodrigo Souza, Marcos Nunes, Bruno Aguiar; Gols: João Carlos 10 e Rafael Vaz (pênalti) 38 do 2º.
São Bernardo FC: Alex Alves; Jeferson (Bruno Azevedo), Helder (Romércio), Matheus Salustiano e Arthur Henrique; Rafael Vaz, Léo Jabá (Felipe Marques), Rodrigo Souza e Henrique Lordelo; João Carlos (Felipe Diogo) e Chrystian Barletta (Jhony Douglas). Técnico: Márcio Zanardi.
São Bento: Zé Carlos; Victor Pereira, Léo Silva (Marlon) e Bruno Aguiar; Caio Hila (Foguinho), Lucas Lima (Rafael Chorão), Carlos Jatobá (Marquinhos) e Ivan; Fernandinho, Marcos Nunes (Renan Mota) e Rubens. Técnico: Paulo Roberto Santos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Jogo mais ou menos com triunfo do RBB II contra o Audax

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sessão vespertina do último sábado reservou um jogo que tinha outra cara há alguns anos. Pelo Campeonato Paulista da Série A3, Audax e Red Bull Bragantino II, o Retorno, duelaram no Estádio José Liberatti, o glorioso Rochdale. Não faz muito tempo que os dois ficavam frente a frente como Pão de Açúcar x Red Bull Brasil. Outro mundo...

Ambos fizeram confrontos históricos desde a Segundona, no final dos anos 2000. Em 2013 a rivalidade alcançou o seu ápice quando definiram uma vaga na Série A1. Na época que ainda tinha sede na capital, o Audax (foi o primeiro ano que usou essa denominação) fez 2 a 1 no então campineiro Red Bull Brasil e conquistou o acesso ao Paulistão, com direito a cobertura do Jogos Perdidos em matéria do Orlando "Ferris Bueller" Lacanna, sempre curtindo a vida adoidado.

Depois que a empresa de energéticos comprou o velho Bragantino, ela ganhou de tabela o Red Bull Brasil. O nome foi mantido até o começo da A3 deste ano. Aí algum gênio decidiu renomear a equipe como Red Bull Bragantino II, a Vingança. Podiam ter colocado "B" ou algo do tipo, mas não fizeram isso. Não sei o que acho a respeito, agora, que é estranho, não há dúvida. Esse foi um dos motivos principais da minha ida.


Grêmio Osasco Audax EC - Osasco/SP


Red Bull Futebol e Entretenimento Ltda "II" - Bragança Paulista/SP


A árbitra Marianna Nanni Batalha, os assistentes João Petrúcio dos Santos e Ricardo Luis Buzzi, o quarto árbitro Paulo Santiago de Medeiros e os capitães dos clubes

Estive nessa com os amiguinhos Milton e Bruno. Após o horroroso empate entre Oeste e Comercial na A2, fizemos uma pit stop com bela refeição no centro de Osasco e aí seguimos ao Liberatti em um táxi, debaixo de chuva. Ao chegar no campo osasquense, aquela muvuca de espaços vazios deixava claro que o público seria bastante pequeno. Para piorar, não deixaram a dupla ficar na parte coberta. Com o espírito de James Dean, um revoltado Milton desafiou as autoridades e foi garantir seu lugar no espaço mesmo sem autorização. Basicamente um Tuff Turf, o Rebelde, do século 21.

Voltando ao futebol, nas duas rodadas iniciais o Audax foi derrotado pela Itapirense e ganhou do Sertãozinho. O clube de Bragança Paulista também venceu o Sertãozinho e perdeu para o Desportivo Brasil. Estava traumatizado pelo horror em Barueri e um golzinho já me faria feliz. E foi apenas isso que aconteceu.

O primeiro lance agudo foi do Red Bull Bragantino II em cabeçada de Dentinho e defesa tranquila de Paulo Victor. Aos poucos, o clone do antigo Massa Bruta foi se encontrando e aos 19 minutos ele abriu o placar. Everton recebeu lindo passe na esquerda, entrou na área e tocou com classe, encobrindo o goleiro osasquense e colocando o escrete visitante em vantagem.

Com o gol tudo ficou mais aberto, O RBB II tentou buscar o segundo e o Audax aproveitou os espaços deixados pelo setor defensivo adversário. Aos 32 minutos, em uma escapada rápida da equipe da casa, Andrey sofreu pênalti. Só que Wesley Bolinha desperdiçou a chance do empate mandando a cobrança pela linha de fundo. Depois do lance, o Red Bull voltou a controlar o jogo e só não ampliou pois Paulo Victor pegou cabeçada de Everton.





Detalhes do antigo Pão de Açúcar x Red Bull Brasil, agora Audax x Red Bull Bragantino II, a Volta


A comemoração de Everton no gol visitante


Wesley Bolinha teve a chance do empate, mas jogou o pênalti pela linha de fundo

Na etapa final, o Audax voltou pressionando, mas parou na boa atuação dos zagueiros visitantes. Aos 23 minutos quase pintou o empate em ótima cobrança de falta de Andrey que tirou tinta da trave direita. O time de Osasco pressionava bastante pelo gol de empate e foi dono da ação na metade final. Quem quase fez, porém, foi o Massa Bruta Cover, com Everton parando em Paulo Victor no último lance da tarde.







O Audax tentou bastante, porém não conseguiu vencer a defesa do RBB II. Derrota que pode fazer falta no fim da primeira fase

No fim, o Audax 0-1 Red Bull Bragantino II - a Revanche foi bom? Não. Foi melhor do que o jogo da manhã? Muito melhor. Entre mortos e feridos, a peleja ganhou uma nota 4.8 e passou de ano raspando. O sábado, graças à nota ruim do Oeste x Comercial, terminou com média de nota 3.2, sendo reprovado sem cerimônia alguma. Ossos do ofício, senhores.

Sem paciência de fazer toda aquela via crucis de ônibus, trem e metrô, pegamos um Uber na porta do Rochdale direto até a zona oeste da capital. Da minha parte, retornei aos gramados no domingo no ABC com Série A1 na pauta e muita, muita chuva.

Até lá!

Ficha Técnica: Audax 0-1 Red Bull Bragantino II

Local: Estádio José Liberatti (Osasco); Árbitra: Marianna Nanni Batalha; Público: 176 pagantes; Renda: R$ 1.950,00; Cartões amarelos: Lucas, Cassius, Dija, Everton, Léo Aragão, Deverlan; Cartão vermelho: Robertinho 47 do 2º; Gol: Everton 19 do 1º.
Audax: Paulo Vítor; Wesley, Cassius, João Paulo (Lucas) e Pedro Vítor; Altair, Wesley Bolinha, Ifeanyi (Rossales) e Willian (Kendy); Ramazotti (Tibúrcio) e Andrey (Dudu). Técnico: Alex Alves.
Red Bull Bragantino II: Léo Aragão; Dija (Jhonny), Deverlan, Kauan e Jonathan (Renílson); Léo Ribeiro, Diogo, Yani (Chumbinho) e Viniegra (Caetano); Everton e Dentinho (Marcelinho). Técnico: Fábio Matias.

Jogo fraquíssimo e empate sem gols entre Oeste e Comercial

Texto e fotos: Fernando Martinez


Terminada a Copinha, agora temos divisões de acesso em São Paulo como foco até começo de abril pelo menos. Iniciei essa fase menos corrida e com bastante intervalo entre os jogos na manhã do sábado com outra apresentação do Oeste na Arena Barueri pelo Campeonato Paulista da Série A2. O rubro-negro recebeu o Comercial, recém promovido da A3.

Dessa vez não rolou o percurso metrô + trem pois o Raul, o maior anfitrião de Brasília, também deu as caras e deu uma carona para mim e a dupla Milton e Bruno. De carro o trajeto é percorrido em um tempo bem menor e chegamos na Arena sem nenhum problema. De novo os amigos foram até as tribunas e eu peguei o caminho do gramado.


Oeste FC - Barueri/SP


Comercial FC - Ribeirão Preto/SP


Os capitães de Oeste e Comercial, o árbitro Michel de Camargo, os assistentes Anderson Jose de Moraes Coelho e Denis Matheus Afonso Ferreira e o quarto árbitro Giovanni Domenico Canneto Venturini

O Oeste vinha de três jogos sem vencer e o Bafo da primeira vitória, contra a Briosa no meio de semana. O confronto tinha boa expectativa, transmissão na TV aberta... pena que ele definitivamente não correspondeu. As equipes maltrataram a bola sem nenhuma piedade, sem nenhuma compaixão. Foi triste acompanhar o que (não) rolou no gramado.

Na etapa inicial ainda teve alguma coisa de bom. O clube do interior começou melhor, levou certo perigo à defesa local e os donos da casa tinham dificuldades de armar as jogadas. Aos 26 minutos, o Bafo até chegou a ficar em vantagem, porém a arbitragem marcou falta no goleiro Gledson. o Bafo quase abriu o placar. Em jogada de Alan Mineiro, Thiago Moura desviou de cabeça e mandou na trave. Aos 40, o Oeste respondeu em chute perigoso de Paulinho.





Momentos do primeiro tempo entre Oeste e Comercial

Não foi assim uma Brastemp, mas quebrou o galho. Agora, no tempo final... que horror. Foram 53 minutos de um péssimo futebol, sem nada digno de registro. O que valeu foi ficar batendo papo com o pessoal nas cabines, pois dentro das quatro linhas realmente nada aconteceu. Oeste e Comercial poderiam ter jogado por 72 horas que o gol não sairia de jeito nenhum.





Aqui, destalhes da tenebrosa etapa final na Arena Barueri

Eis que depois de tantas coberturas na Copa São Paulo com pelo menos um golzinho, eu vi meu primeiro jogo em branco em 2023: Oeste 0-0 Comercial. Empate ruim para ambos em partida que ganha nota 1.6, com todos ficando de recuperação cheios de vergonha e sem chance de conselho de classe. O Rubrão ficou na oitava posição e o Bafo caiu para 12º.

Mesmo desanimadíssimo com uma peleja tão fraca, saí do estádio e confirmei minha ida na sessão da tarde junto com o Milton e o Bruno. O inoxidável Raul nos deixou na Estação Jardim Belval e de lá seguimos de trem até Osasco. Teve time antigo com nome novo na pauta livre do JP.

Até lá!

Ficha Técnica: Oeste 0-0 Comercial

Local: Arena Barueri (Arena Barueri); Árbitro: Michel de Camargo; Público: 343 pagantes; Renda: R$ 3.430,00; Portões abertos; Cartões amarelos: Reifit, Lucas Rodrigues, Thiago Moura, Rafael Ibiapino.
Oeste: Gledson; Lucas Rodrigues (Danilo), Léo Gobo, Diego Jussani e Di Maria; Paulinho, Reifit (Ítalo), Bonifácio (Diogo) e Motta (Bruno Gonçalves); Marcelo Toscano (Tite) e Guilherme Portuga. Técnico: Sérgio Alecsandro.
Comercial: Jeferson Souza; Luís Roberto, Maycon Douglas, Thiago Moura e Brayan; Romário, Guilherme Pitbull, Alan Mineiro (Victor Bolt) e Túlio (Lucas Serafini); Wendel (Lineker) e Kadu Barone (Rafael Ibiapino). Técnico: Gustavo Mariano.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Palmeiras bicampeão da Copa São Paulo 2022/2023

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foram bons dias de descanso até que, na quarta-feira de feriado de aniversário da capital paulista, marquei presença na grande final da edição 2023 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Direto do Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, Palmeiras e América Mineiro decidiram qual dos dois chegaria ao seu segundo título.

A partida estava certa de que seria disputada no Allianz Parque, mas, de última hora, tudo mudou para o bom e velho Canindé, que viu a sua quinta final de Copinha na história. Não estive em 1979 e 1984 nos títulos do Marília e do Santos, porém fui em 1997 ver o Lousano Paulista ganhar do Corinthians nos pênaltis e em 2002 acompanhar o bi da Portuguesa em cima do Cruzeiro.

No geral, a final de 2023 foi a minha 14ª em todos os tempos. Contando a época do Jogos Perdidos, foi a oitava. Antes, marquei presença em 1995, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2002. Já com o blog na ativa, vi o Corinthians ganhar em 2005, o América de São José do Rio Preto em 2006, Figueirense em 2008, Santos em 2013, de novo o Corinthians em 2015 e, devidamente credenciado, os títulos do Internacional em 2020 e do Palmeiras em 2022.

Foi uma zona entrar no estádio lusitano, uma zona federal. Como a FPF está apaixonada pelo mundo de subcelebridades e influencers, o que mais tinha no gramado era gente que não deveria estar lá. A entidade repetiu o que fez na decisão do Paulista Feminino e montou um cercadinho de deslocados atrás do gol de fundo. Isso sem contar funkeiros, aspones, dirigentes e "autoridades", entre aspas, fora de campo. Uma bizarria que atrapalha o trabalho de profissionais sérios e que passou a ser o padrão em confrontos importantes no estado. Ao invés de fazer tabelas decentes, a FPF se preocupa em fazer graça. Paciência.


SE Palmeiras (sub-20) - São Paulo/SP


América FC (sub-20) - Belo Horizonte/MG


O árbitro Fabiano Monteiro dos Santos, os assistentes Raphael de Albuquerque Lima e Henrique Perinelli Oliveira, o quarto árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo e a quinta árbitra, sim tem isso na final, Juliana Vicentin Esteves. Na imagem, também os capitães dos times


A taça para o campeão da Copinha 2023, igual a todas as outras de torneios organizados pela FPF

Palmeiras e América chegaram na decisão com campanhas perfeitas: oito jogos e oito vitórias. Eu cobri dois compromissos do Coelho, o sofrido 1 a 0 em cima do Red Bull Bragantino e o fácil 3 a 0 contra o Ituano. Do alviverde eu vi só um, a semifinal contra o Goiás. Se tinha alguém que podia tirar o bi palmeirense, esse era o onze americano. Quem foi ao Canindé viu um duelo muito bem disputado, confirmando a expectativa de bastante equilíbrio.

O América deu trabalho desde os primeiros movimentos e não aproveitou as chances que teve, a principal delas aos 11 minutos em uma sequência de três oportunidades. O Palmeiras, fatal, abriu o placar aos 17. Vitinho foi lançado e cruzou na área. Ruan Ribeiro tocou e colocou os paulistas na frente. Aos 26 os mineiros mandaram uma trave em chute de longe de Adyson.

Enquanto a etapa inicial rolava, eu estava espremido em uma das bandeiras de escanteio do ataque visitante. Isso com PM na frente de um lado e um cinegrafista com câmera portátil passeando do outro. Foi difícil salvar foto com a dupla achando que estava sozinha, sem ninguém trabalhando logo atrás. É aquilo, partida grande é assim mesmo. Não à toa eu prefiro ver jogo perdido.

Tentando desviar do moço zanzando na frente dos fotógrafos, vimos o árbitro anotar um pênalti para o América depois que Alyson foi derrubado dentro da área por Léo. Renato Marques cobrou, o goleiro defendeu, porém o juizão não tinha autorizado. Na segunda cobrança, aos 41, não teve chabu e ele deixou tudo igual. A comemoração foi praticamente em cima de mim e nela consegui pegar umas imagens legais.




Três lances no começo da decisão da Copinha no Canindé




Renato Marques deixou tudo igual em cobrança de pênalti. A comemoração foi em cima da reportagem do Jogos Perdidos

Permaneci no mesmo lugar na etapa final pois não tinha como me mexer no concorrido gramado. O América retornou melhor e durante 15 minutos dominou a peleja. Luan chegou a marcar o segundo aos cinco minutos, só que o tento foi anulado por posição de impedimento. Jonathan assustou em cabeçada aos oito e Aranha trabalhou, de novo.

Aí o Palmeiras acordou. Aos 17 Kevin mandou no travessão e ninguém aproveitou a sobra e Cássio defendeu tiro de Vitinho aos 19. Conforme o relógio andava, o 1 a 1 parecia que seria o placar final, apesar de chances de ambos os lados. A torcida, apreensiva, seguia apoiando o verde. Tudo seguiu igual até os acréscimos. O árbitro deu sete minutos e os pênaltis eram quase certeza.

Mas quando um time está com estrela, não tem jeito. Aos 47, o Palmeiras teve um escanteio pela direita. Ele foi batido na primeira trave, a defesa americana afastou mal, Thalys finalizou e a pelota sobrou para Patrick, de um jeito meio estranho, cabecear na pequena área e recolocar os paulistas em vantagem. Nos minutos restantes, os americanos não foram capazes de igualar outra vez.




No segundo tempo seguiu o equilíbrio entre Palmeiras e América Mineiro



O lance do segundo gol palmeirense e a comemoração dos atletas. O título alviverde estava garantido

O Palmeiras 2-1 América/MG foi confirmado em jornada que os mandantes suarem sangue. O bicampeão da Copinha agora soma 18 partidas invictas com absurdas 17 vitórias e um empate. Enquanto os adversários seguirem vacilando, o alviverde certamente vai colocar mais taças na sua galeria. Dinheiro disponível + trabalho muito bem-feito = troféus garantidos.

Se já tinha aspone a dar com pau no gramado antes da final, imagina depois. O número de gente ali foi coisa de maluco. Pintou vereador, deputado, delegado e até a gloriosa dupla composta pelo prefeito da capital que ninguém sabe o nome e o governador recém-eleito. Fiquei pertinho dos dois e posso garantir que a sensação não foi boa. Contrastando com a ala política, os blogueiros e influencers também compunham uma bizarra fauna de subcelebridades. Poucas vezes me senti tão deslocado.



O exato momento do apito final no Canindé e o lamento dos atletas americanos com a festa palmeirense ao fundo


O América fez belíssima campanha e merece todos os parabéns por ter feito jogo igual com a melhor base do país



Cena comum nos últimos tempos, o Palmeiras levantando taça de campeão

Fiquei ali para pegar aquelas imagens da comemoração mineira e do bicampeão. Da minha parte, nova cobertura gigante na Copinha. 26 jogos, nenhum 0 a 0 e onze sedes visitadas. Se não fiz aquelas viagens monstro de 2020 e 2022, pelo menos mantive uma boa sequência. Ano que vem esperamos a 54ª edição com o Almanaque nas mãos. Basta tudo dar certo com todos os envolvidos. Vamos aguardar.

No final de semana vamos começar aquela sequência de pelejas da A2 e A3 até março, diminuindo o ritmo até começar a loucura de novo em abril. No sábado pretendo ir em Barueri em novo compromisso do Oeste na luta pelo acesso.

Até lá!

Ficha Técnica: Palmeiras 2-1 América/MG

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos; Público: 17.552 pagantes; Renda: R$ 683.610,00; Cartões amarelos: Léo, Pedro Lima, Estevão, Luan Campos, Theo; Gols: Ruan Ribeiro 18 e Renato Marques (pênalti) 41 do 1º, Patrick Silva 47 do 2º.
Palmeiras: Aranha; Talisca, Gustavo Mancha (David Kauã) e Henri; Léo (Patrick Silva), Pedro Lima e Edney; Estevão (Gilberto), Ruan Ribeiro (Thalys), Kevin (Daniel Silva) e Vitinho. Técnico: Paulo Victor.
América/MG: Cássio; Samuel, Jonathan (Rafa Barcelos), Júlio e Paulinho (Yago); Breno (Heitor), Luan Campos, Mateus Henrique (Jurandir) e Theo (Kanté); Renato Marques e Adyson. Técnico: Mairon César.