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sábado, 6 de janeiro de 2024

A estreia histórica do Aster Itaquá em jogos oficiais

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quinta-feira pintou uma rodada grandona da 54ª Copa São Paulo de Futebol Júnior concentrada na zona leste da região metropolitana. Saí cedo de casa pois tinha longo caminho a percorrer. O destino era o Estádio Ildeu Silvestre do Carmo, em Itaquaquecetuba, em sua estreia histórica no torneio como sede do Grupo 23.

O local foi a casa do inesquecível Itaquaquecetuba Atlético Clube até o ano 2000, mas hoje não é o IAC que vai usar o campo como sua casa, e sim o recém-fundado Estrela Aster Itaquá Brasil SC, mais conhecido como Aster Itaquá. Ele é dos mesmos donos do Aster Brasil do Espírito Santo, que pintou aqui na Copinha em 2022 e 2023.

A estreia em competições da FPF foi contra um velho conhecido da Copa São Paulo, o Santo André, campeão em 2003, 24º na classificação geral de todos os tempos e alcançando a sua 33ª participação. Por conta de tudo que envolveu o escrete debutante, achei que era uma boa a minha presença em uma jornada tão única.

Eu já tinha ido no glorioso Campo do Brasil duas vezes no fim do ano, uma em um amistoso sub-20 contra o São Caetano e outra na semifinal da Paulista Cup contra o Sumaré. Tinha feito um esquema de descer na Estação Aracaré da CPTM e pedir Uber, pois 1.2 km de subida íngreme não é a minha. Testei outra alternativa e ela se mostrou muito melhor. Parei na Estação Itaquaquecetuba e andei a pé por 1.700 metros em terreno praticamente plano. Passa a ser a opção "A" a partir de agora.


Estrela Aster SP FCL (sub-20) - Itaquaquecetuba/SP


EC Santo André (sub-20) - Santo André/SP


A fotinho com o quarteto de arbitragem e capitães

Junto com o Nílton, maior fã do ABC de Natal do estado de São Paulo, chegamos cedo no estádio. Ele ficou na arquibancada e eu fui me credenciar. Por ser a primeira vez na Copinha, o pessoal estava meio atrapalhado, porém deu tudo certo. O que complicou foi o sol que castigou os presentes durante a rodada dupla, algo que não estava previsto na previsão do tempo. Queimei a alma nas horas que fiquei ali.

Cozinhando em cima do gramado sintético, vi um jogo bastante fraco. Foi difícil se manter acordado com tudo que (não) aconteceu. O Aster ainda foi um pouco melhor, só que nada digno de registro. Já o Ramalhão estava pouco inspirado e a partida se arrastou. Os mais de 2 mil presentes nem ligaram e aplaudiam tudo.

Desisti de ficar no campo e fui até a tímida (e salvadora) cabine de imprensa para a etapa final. O espaço ficou pronto em quatro dias e consiste em um telhado de zinco no meio da arquibancada que fica atrás dos bancos de reservas e de uma das principais entradas. Aliás, tinha de tudo ali, menos imprensa. Encontrei o homem-abelha Renato e fiquei espremido em uma cadeira quebrada atrás das câmeras.

Na segunda etapa pouco mudou. Agora, vale registrar que é um crime colocar um jogo de futebol às 11 da manhã em meio a um verão intenso em gramado sintético. Era evidente que a molecada em campo não estava aguentando a temperatura. Assim como aconteceu no Bernô x Briosa do dia anterior, a única chance de gol seria na bola parada... e a história se repetiu.

O Aster Itaquá teve um pênalti marcado a seu favor aos 26 minutos. O camisa 11 Gustavinho cobrou com tranquilidade e anotou o primeiro gol da agremiação na Copinha, ficando à frente do Santo André. Nos minutos restantes, a peleja seguiu insossa e ao término do tempo regulamentar o onze local conquistou um triunfo que vai ficar registrado na memória para sempre.






O calor foi a tônica do duelo entre Aster Itaquá e Santo André


O único gol da tarde saiu em cobrança de pênalti



O Ramalhão tentou, mas não conseguiu evitar a derrota

O placar de Aster Itaquá 1-0 Santo André colocou os itaquaquecetubenses em boa situação pensando na luta pela classificação. Se ganharem o próximo compromisso, ficarão bem próximos de um lugar entre os 64 melhores. Ao Ramalhão resta torcer contra, além de, claro, fazer sua parte.

Mas o jogo mais esperado da rodada era o de fundo, já que tinha time novo na pauta livre do JP.

Até lá!

Ficha Técnica: Aster Itaquá 1-0 Santo André

Local: Estádio Ildeu Silvestre do Carmo (Itaquaquecetuba); Árbitro: Flávio Roberto Ribeiro; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Victor Almeida, Júlio César, Gustavinho, João Vitor Dreger, Gustavo Didonet, Henrique Cayres e Pablo; Gol: Gustavinho (pênalti) 27 do 2º.
Aster Itaquá: Vitor Boin; Pedro Alves (Bruno Moreira), Victor Almeida, Emmanuel e Samuel (Jean Tadeu); Rodrigo Capiva, Gabriel Martins, Júlio César (João Vitor Dreger) e Dieguinho (João Victor); PK (Caio Santos) e Gustavinho (Carlos). Técnico: Válter dos Santos.
Santo André: Renan; Rodrigo, Henrique Cayres, Gustavo Didonet e Anderson (Paulo Henrique); Davison, Gabriel Paz (Rafael), Théo (Maycon) (Jhonatas) e Gabriel Ferreira (Pablo); Dioran e Luiz Gustavo (Paulo Vítor). Técnico: Gabriel Limeira.

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