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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Portuguesa empata e está de volta à Série A1

Texto e fotos: Fernando Martinez


O sábado da tarde foi especial para a torcida da Portuguesa e, de lambuja, para todo mundo que gosta da gloriosa agremiação. Foi o dia que o clube decidiu seu retorno à elite do estado contra o Rio Claro. Após sete anos lutando para voltar ao lugar de onde nunca deveria ter saído, tinha chegado o grande momento.

Estava nessa com o Luigi, o Jovem Promissor, e chegamos no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte depois da rodada matutina em Campo Limpo Paulista sem nenhum problema. Tinha muita gente nas redondezas da casa rubro-verde, mas nenhuma confusão foi registrada. A promessa era de recorde de público.

Logo me credenciei e fui ao gramado. Faltava pouco menos de uma hora para o apito inicial e a atmosfera era incrível. Desde os jogos decisivos na reta final da Série C de 2015 isso não acontecia. Gente nova, gente mais velha, pessoal que bate cartão e pessoal que não visitava o Canindé há anos, essa era a mistura que se via na arquibancada.

Após a vitória na partida de ida, a expectativa era de que o azar dos últimos anos no Campeonato Paulista da Série A2 seria afastado. A Lusa caiu em 2015. De 2016 a 2019 não passou da primeira fase. Em 2020, já no meio da pandemia, foi eliminada pelo XV de Piracicaba nas quartas com direito à polêmica dos drones. Ano passado, nova eliminação nas quartas contra o Água Santa.

2022 começou com técnico Sérgio Soares no banco de reservas. Uma contratação temerária para muitos e ótima para outros, eu incluído. Quando o torneio começou, uma sequência de bons resultados com uma invencibilidade que durou até a 11ª rodada. O fato de ser líder desde o início manteve a tranquilidade até quando a performance deu uma caída no fim da primeira fase.

Nas quartas, duas vitórias contra o Primavera. Na semi, o reencontro com o Rio Claro, o responsável pela única derrota lusitana. No duelo de ida, 1x0 no Schimitão e a vantagem do empate conquistada. Nada poderia dar errado... ou poderia? Quase 13 mil torcedores pagaram ingresso para ver a história ser escrita de uma forma ou de outra.



Portuguesa e Rio Claro: apenas um deles estaria na A1 de 2023


O árbitro Douglas Marques das Flores, os assistentes Alex Ang Ribeiro e Leonardo Tadeu Pedro, o quarto árbitro Rodrigo Pires de Oliveira e os capitães dos times

No primeiro tempo, o Rio Claro foi melhor, mas nada assim uma Brastemp. Chance de gol mesmo pintou do lado lusitano. Caio Mancha criou bom lance aos 29. Aos 33, a vantagem rubro-verde foi ampliada com o gol de Gustavo França, aproveitando belo passe de Daniel Costa em chute cruzado. O Azulão até chegou perto da meta de Thomazella nos minutos finais, porém não empatou.





Momentos do primeiro tempo de Portuguesa e Rio Claro. Na última foto, uma briguinha sem consequências antes da ida aos vestiários

Faltavam 45 minutos para o sonho virar realidade. A torcida sofreu como ainda não tinha sofrido. Na primeira chance rio-clarense, o empate. Bruno Moraes recebeu na esquerda, acertou um belo chute e fez um golaço. Se fizesse outro, a decisão seria nos pênaltis. A Portuguesa teve a melhor oportunidade aos 25 com Carlos Henrique. Já na reta final, Pará chegou perto de calar a torcida e virar o marcador. Ficou no "quase".





No segundo tempo, a Portuguesa criou seus momentos, mas não marcou. No fim, nem precisou

Alberto Félix, técnico do Azulão, encheu a equipe de atacantes na caça pela vitória, sem sucesso. A expectativa da torcida, os momentos de tensão, o nervosismo e os sete anos de espera chegaram ao fim quando o árbitro apitou pela última vez. O Portuguesa 1-1 Rio Claro decretou o fim do sofrimento. A Lusa está de volta à Série A1 do Paulistão em 2023.

Foi uma linda festa, repleta de emoção, lágrimas e muita, muita comemoração. O grito que estava preso na garganta de todos pôde sair em altíssimo volume. Ano que vem a Lusa estará entre os grandes, como nunca deveria deixar de ter acontecido. Que seja um grande recomeço.




Após o apito final, confirmada a volta da Portuguesa ao lugar de onde nunca deveria ter saído

Fiquei um bom tempo no gramado vendo a festa de perto e quando saí encontrei Paulo Shrek com seu cotovelo biônico feliz da vida pelo acesso. Papo vai, papo vem, ele ficou na festa na área das antigas piscinas enquanto eu e o Jovem Promissor seguimos até a Estação Armênia com aquele sentimento de dever cumprido. Três jogos vistos no sábado com um acesso e um time novo na Lista. Nada mal.

Até a próxima!

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Ficha Técnica: Portuguesa 1x1 Rio Claro

Em breve
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