Opa!
Depois do post do jogo da Lusa, agora segue o post da nossa epopéia acontecida no último sábado. Foi algo que nunca tinha visto e algo que achei que nunca iria passar. Presentes na viagem, eu e o Mílton. Tínhamos muitas opções de jogos (Comendador Souza, Barueri, CT Pão de Açúcar, Alumínio), mas acabamos decidindo ir de ônibus mesmo para a cidade de Campinas, assistir a um jogo mais do que especial: Campinas x SE Itapirense, valendo pelo Campeonato Paulista sub-20 da Segunda Divisão.
Depois do post do jogo da Lusa, agora segue o post da nossa epopéia acontecida no último sábado. Foi algo que nunca tinha visto e algo que achei que nunca iria passar. Presentes na viagem, eu e o Mílton. Tínhamos muitas opções de jogos (Comendador Souza, Barueri, CT Pão de Açúcar, Alumínio), mas acabamos decidindo ir de ônibus mesmo para a cidade de Campinas, assistir a um jogo mais do que especial: Campinas x SE Itapirense, valendo pelo Campeonato Paulista sub-20 da Segunda Divisão.
O porquê de irmos lá? Só por causa da Itapirense, pois seu último ano como profissional foi 1969, quando se sagrou Campeã da 4ª divisão da época e parou no ano seguinte. Não podíamos perder, de jeito nenhum, a volta desse time depois de 36 anos.
Pegamos o ônibus da Cristália no Tietê às 13:15, e em uma hora e meia chegamos em Campinas. Tudo bem a tempo para tirarmos as fotos dos times posados juntamente com a foto do trio de arbitragem (que por sinal já conhecia o JP. Um abraço a eles pela simpatia conosco e pela lembrança):
Até aí tudo bem: times em campo, árbitro e auxiliares nos seus lugares, comissões técnicas, policiamento, imprensa, ambulância. Só que na hora em que a bola iria rolar, todos deram falta de uma figura mais do que importante: Aonde estava o médico do Campinas???
Então, ninguém sabia aonde ele estava. Com isso a bola acabou não rolando, e começou uma sequência de ligações e contatos que nem consigo descrever direito. Por volta das três e quinze, alguma voz perdida no Cerecamp descobriu que o médico estava no meio de uma operação (!?!?!). Isso mesmo, ele estava no meio de uma operação e não teria como ir para o estádio.
Nesse exato momento, eu e o Mílton entramos em desespero. Gastar 30 pilas, dinheiro que ainda não estamos queimando para ir num lugar longe, para ver um time fantástico que não veremos tão cedo, e ainda por cima não ter jogo? Era uma coisa difícil de entender. Não compreendemos como uma equipe igual a do Campinas, com toda a sua estrutura, não pode ter um plano B, C ou D, caso seu médico oficial não possa aparecer. Para isso uso uma frase que foi dita pelo próprio árbitro do jogo: "Não importa a categoria ou campeonato que você jogue, você tem que jogar com profissionalismo".
Por volta das três e meia o cenário era desolador: times no banco de reservas, comissão técnica do Campinas sentada num canto e o juiz esperando o tempo regulamentar para ver o que iria fazer. Daí apareceu uma figura que ajudou a mudar o ritmo da quase improvável partida. O funcionário do clube, Roberto, não cansava de ligar para o médico do Campinas para que ele aparecesse. Nesse meio tempo a galera da Itapirense já estava mais interessada em se mandar e deixar o caso para o TJD, mas o seu Roberto fez o que era possível para arranjar o médico.
À três e trinta e cinco, o juiz já tinha dado prazo até as quatro horas para aparecer o médico. Numa jogada milagrosa, o seu Roberto garantiu que o médico iria aparecer. Quando eu e o Mílton já estávamos desolados no centro do gramado, no meio da confusão, faltando menos de dez minutos para acabar o tempo dado pelo árbitro, surge no estacionamento do Cerecamp, com seus braços levantados como um salvador e levando a arquibancada aos gritos de exaltação, o médico do Campinas!! Aquela foi uma das visões mais esperadas que já vi em um estádio de futebol, e levou todos a um alívio tremendo.
Depois de tanta angústia e sofrimento, finalmente teríamos o jogo tão aguardado. E exatamente às 15 horas e 55 minutos, começou a partida... Ufa! Na primeira etapa, foi uma partida com algumas emoções. A maioria por causa da equipe do Campinas, que tomou conta do jogo e não marcou porque ainda faltava um algo mais, alguém que pudesse incendiar o time. A Itapirense só se defendeu, e perdeu a chance mais incrível de marcar depois de uma belíssima intervenção do arqueiro campineiro. Final de primeiro tempo: 0 a 0.
No intervalo, o funcionário do Clube, o seu Roberto nos levou nas profundezas e salas perdidas do antigo estádio do Esporte Clube Mogiana. Detalhes históricos que aposto que a maioria das pessoas que vão ao Cerecamp não conhecem. Registramos devidamente tudo isso, e teremos um post especial com essas fotos em breve... fiquem ligados!
Na segunda etapa, logo de cara o Campinas já marcou um a zero, numa bela jogada pela esquerda. Mas na saída de bola, a Itapirense, na sua segunda chance do jogo empatou. Com a partida novamente empatada, o Campinas continuou mais efetivo e buscou muito mais a marcação do segundo tento. O volume de jogo era muito maior, e por volta dos 20 minutos acabou marcando o segundo gol, numa belíssima jogada do jogador Maranhão, que entrou no intervalo e foi a peça que faltava para o ataque do time do Campinas.
Com o gol, a Itapirense morreu de vez, e deixou o Campinas fazer miséria. Foi fácil marcar o terceiro gol (de pênalti, após bela jogada do mesmo Maranhão) e o quarto gol, numa belíssima jogada de contra-ataque e bola de pé em pé. Destaque para o jogador Maranhão: bela partida e com todas as bolas perigosas passando por ele... belíssima atuação!
Final da partida: Campinas 4-1 Itapirense. Belíssimo jogo, belíssimo estádio e depois que tudo acabou, até toda aquela apreensão e angústia da falta de médico viraram história. Foi a primeira vez que corri esse risco de viajar e perder o jogo, e posso garantir que é um sofrimento e tanto.
Com a famosa sensação do dever cumprido, voltamos à Rodoviária de Campinas (que fica do lado do estádio) e pegamos o busão com destino a SP novamente. Nem o frio e o cansaço nos tiraram a ótima sensação que tivemos durante o agradabilíssimo sábado que passamos. Agora só falta domingo. Daqui a pouco tem a terceira parte da série Domingos Extremos.
Até lá!
Fernando
Pegamos o ônibus da Cristália no Tietê às 13:15, e em uma hora e meia chegamos em Campinas. Tudo bem a tempo para tirarmos as fotos dos times posados juntamente com a foto do trio de arbitragem (que por sinal já conhecia o JP. Um abraço a eles pela simpatia conosco e pela lembrança):
Campinas FC (sub-20) - Campinas/SP. Foto: Fernando Martinez.
SE Itapirense (sub-20) - Itapira/SP. Foto: Fernando Martinez.
Trio de arbitragem, liderado pelo árbitro Adalton William da Cunha e auxiliares Reinaldo Rodrigues dos Santos e Silas Henrique da Silva, juntamente com os capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.
Até aí tudo bem: times em campo, árbitro e auxiliares nos seus lugares, comissões técnicas, policiamento, imprensa, ambulância. Só que na hora em que a bola iria rolar, todos deram falta de uma figura mais do que importante: Aonde estava o médico do Campinas???
Então, ninguém sabia aonde ele estava. Com isso a bola acabou não rolando, e começou uma sequência de ligações e contatos que nem consigo descrever direito. Por volta das três e quinze, alguma voz perdida no Cerecamp descobriu que o médico estava no meio de uma operação (!?!?!). Isso mesmo, ele estava no meio de uma operação e não teria como ir para o estádio.
Já preocupados com o possível adiamento da partida, mas ainda esbanjando esperança. Mílton, debaixo de uma placa ainda dos tempos do EC Mogiana. E o que vos escreve, sentado nas 'tribunas' do Estádio. Fotos: Fernando Martinez e Mílton Haddad.
Nesse exato momento, eu e o Mílton entramos em desespero. Gastar 30 pilas, dinheiro que ainda não estamos queimando para ir num lugar longe, para ver um time fantástico que não veremos tão cedo, e ainda por cima não ter jogo? Era uma coisa difícil de entender. Não compreendemos como uma equipe igual a do Campinas, com toda a sua estrutura, não pode ter um plano B, C ou D, caso seu médico oficial não possa aparecer. Para isso uso uma frase que foi dita pelo próprio árbitro do jogo: "Não importa a categoria ou campeonato que você jogue, você tem que jogar com profissionalismo".
Sem expectativa de jogo: Na foto da esquerda, vemos o seu Roberto no celular, procurando algum médico por aí. Na foto à direita vemos a satisfação e a alegria do Mílton com a quase não-partida, bem no olho do furacão. Fotos: Fernando Martinez.
Por volta das três e meia o cenário era desolador: times no banco de reservas, comissão técnica do Campinas sentada num canto e o juiz esperando o tempo regulamentar para ver o que iria fazer. Daí apareceu uma figura que ajudou a mudar o ritmo da quase improvável partida. O funcionário do clube, Roberto, não cansava de ligar para o médico do Campinas para que ele aparecesse. Nesse meio tempo a galera da Itapirense já estava mais interessada em se mandar e deixar o caso para o TJD, mas o seu Roberto fez o que era possível para arranjar o médico.
À três e trinta e cinco, o juiz já tinha dado prazo até as quatro horas para aparecer o médico. Numa jogada milagrosa, o seu Roberto garantiu que o médico iria aparecer. Quando eu e o Mílton já estávamos desolados no centro do gramado, no meio da confusão, faltando menos de dez minutos para acabar o tempo dado pelo árbitro, surge no estacionamento do Cerecamp, com seus braços levantados como um salvador e levando a arquibancada aos gritos de exaltação, o médico do Campinas!! Aquela foi uma das visões mais esperadas que já vi em um estádio de futebol, e levou todos a um alívio tremendo.
O ex-jogador e atual técnico do Campinas Edmar, batendo um plá com o trio de arbitragem. Depois da chegada do médico, o árbitro dá entrevistas mil para a rádio de Itapira e a alegria no ar. Fotos: Fernando Martinez.
Depois de tanta angústia e sofrimento, finalmente teríamos o jogo tão aguardado. E exatamente às 15 horas e 55 minutos, começou a partida... Ufa! Na primeira etapa, foi uma partida com algumas emoções. A maioria por causa da equipe do Campinas, que tomou conta do jogo e não marcou porque ainda faltava um algo mais, alguém que pudesse incendiar o time. A Itapirense só se defendeu, e perdeu a chance mais incrível de marcar depois de uma belíssima intervenção do arqueiro campineiro. Final de primeiro tempo: 0 a 0.
Cobrança de escanteio para o Campinas na primeira etapa. Foto: Fernando Martinez.
No intervalo, o funcionário do Clube, o seu Roberto nos levou nas profundezas e salas perdidas do antigo estádio do Esporte Clube Mogiana. Detalhes históricos que aposto que a maioria das pessoas que vão ao Cerecamp não conhecem. Registramos devidamente tudo isso, e teremos um post especial com essas fotos em breve... fiquem ligados!
Detalhes necessários: seu Roberto, como gandula, trocando idéia numa sala de bate-papo. E a arquibancada genial da Mogiana. Fotos: Fernando Martinez.
Na segunda etapa, logo de cara o Campinas já marcou um a zero, numa bela jogada pela esquerda. Mas na saída de bola, a Itapirense, na sua segunda chance do jogo empatou. Com a partida novamente empatada, o Campinas continuou mais efetivo e buscou muito mais a marcação do segundo tento. O volume de jogo era muito maior, e por volta dos 20 minutos acabou marcando o segundo gol, numa belíssima jogada do jogador Maranhão, que entrou no intervalo e foi a peça que faltava para o ataque do time do Campinas.
Lance do primeiro gol do Campinas. Como o sol estava de frente para mim, a foto saiu escura... mas vale como registro do lance. Foto: Fernando Martinez.
Com o gol, a Itapirense morreu de vez, e deixou o Campinas fazer miséria. Foi fácil marcar o terceiro gol (de pênalti, após bela jogada do mesmo Maranhão) e o quarto gol, numa belíssima jogada de contra-ataque e bola de pé em pé. Destaque para o jogador Maranhão: bela partida e com todas as bolas perigosas passando por ele... belíssima atuação!
Terceiro gol do Campinas. Foto: Fernando Martinez.
Num belo contra-ataque, o quarto gol campineiro. Foto: Fernando Martinez.
Final da partida: Campinas 4-1 Itapirense. Belíssimo jogo, belíssimo estádio e depois que tudo acabou, até toda aquela apreensão e angústia da falta de médico viraram história. Foi a primeira vez que corri esse risco de viajar e perder o jogo, e posso garantir que é um sofrimento e tanto.
Com a famosa sensação do dever cumprido, voltamos à Rodoviária de Campinas (que fica do lado do estádio) e pegamos o busão com destino a SP novamente. Nem o frio e o cansaço nos tiraram a ótima sensação que tivemos durante o agradabilíssimo sábado que passamos. Agora só falta domingo. Daqui a pouco tem a terceira parte da série Domingos Extremos.
Até lá!
Fernando
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