Texto e fotos: Fernando Martinez
Na tarde do sábado passado começou a disputa da semifinal da Copa Paulista em sua edição 2020. Ainda mantenho a ideia de ver basicamente jogos perto de casa, contudo de vez em quando abro uma exceção. Caso do São Bernardo FC x Portuguesa no Estádio Primeiro de Maio. É uma bela caminhada ir até o ABC, mas como ver um duelo decisivo em ida e volta é algo bastante raro, não tinha como ficar de fora.
Os times entrando em campo, o São Bernardo FC posado e o detahe do árbitro, assistentes e capitães das duas equipes
Até o meio da semana passada a Portuguesa fazia uma Copa Paulista irretocável. Ficou na liderança do seu grupo na fase inicial, venceu o Nacional duas vezes nas oitavas e abriu as quartas de final com um triunfo fora de casa contra o Água Santa. No Canindé ganhavam de 1x0 até o intervalo. No segundo tempo os 93% de aproveitamento nada significaram e a equipe sofreu um apagão. Tomaram a virada e a vaga foi decidida nos pênaltis. Ganharam, só que o fantasma da eliminação assustou a torcida e acendeu a luz amarela. A ideia é usar o blecaute como exemplo do que NÃO fazer até a final.
Sabendo que o menor vacilo pode ser fatal, a Lusa sabia que tinha que entrar em campo no ABC com a concentração em dia. O adversário na semi era o último invicto do torneio - o Tigre somava seis vitórias e quatro empates - e com certeza a missão de retornar a uma competição nacional em 2021 não seria nada fácil. A lamentar, como acontece em todo o futebol pandêmico - a ausência de público nas arquibancadas.
O tempo inicial demorou a engrenar. O calor estava forte e os times não se acertaram. Foram poucos os momentos realmente importantes até os 36 minutos. Patrick, atleta rubro-verde, tropeçou sozinho dentro da sua área e na queda derrubou Grafite. O árbitro marcou pênalti (!). Eu estava do outro lado e vi que não tinha sido nada. A reclamação nada adiantou e Johnny colocou o São Bernardo FC em vantagem.
A Portuguesa não se abateu e aos 44 teve uma falta marcada a dois passos da grande área. Geovani cobrou de forma primorosa, colocou no canto esquerdo de Gabriel Gasparotto e deixou tudo igual. Depois de tudo que aconteceu contra o Netuno três dias antes, nada melhor do que superar a marcação de um penal inexistente com o empate logo na sequência.
Lances do movimentado primeiro tempo entre São Bernardo FC e Portuguesa
Johnny abriu o placar a favor dos locais em cobrança de pênalti. De falta, Geovani deixou tudo igual antes do intervalo chegar
Na segunda etapa os visitantes jogaram melhor e o Tigre poucas vezes se aventurou no ataque. Aos três minutos a virada não saiu por detalhe quando Raphael Luz cabeceou na trave após escanteio cobrado por Geovani. O escrete paulistano teve a posse de bola durante quase todo o tempo, porém não foi capaz de marcar. No final, o empate foi justo.
Primeiro lance da segunda etapa e bola na trave do Tigre em boa chegada lusitana pelo alto
A Portuguesa foi bem até o fim e conseguiu levar a decisão da vaga na final para o Canindé em situação confortável
Fim de jogo: São Bernardo FC 1-1 Portuguesa. Um novo empate no Canindé leva a decisão para a marca de cal. Triunfo de qualquer lado coloca o vencedor ou na Copa do Brasil ou na Série D em 2021. Por jogar em casa a Lusa não vai querer dar sopa ao azar. Sinto que teremos uma boa partida na casa lusitana.
Até a próxima!
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Ficha Técnica: São Bernardo FC 1-1 Portuguesa
Local: Estádio Primeiro de Maio (São Bernardo do Campo); Árbitro: Vinicius Furlan; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Souza Junior (goleiro reserva do SBFC), Danilo Baia, Bahia, Jussani, Fabrício; Gols: Johnny (pênalti) 37 e Geovani 44 do 1º.
São Bernardo FC: Gabriel Gasparotto; Lucas Mota, Ferreira, Leandro Amaro (Guilherme Mattis) e Pará; Rodrigo Souza, Natan e Thiago Primão (Léo Jaime); Grafite (Marcelinho), Gionnotti e Johnny (Toninho). Técnico: Sérgio Ricardo (interino).
Portuguesa: Dheimison; Danilo Baia, Jussani, Patrick e Vinicius; Caíque, Walfrido (Raphael Toledo) e Raphael Luz (Roger Gaúcho); Lucas Douglas (Fabrício), Bahia (Luan) e Geovani (Joãozinho). Técnico: Fernando Marchiori.
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