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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Volta ao passado com futebol e debut no ABC Paulista

Olá, amigos...

Nesta terça-feira fiz algo que há muito tempo eu não fazia: viajar para ver um jogo de futebol! Claro que não foi uma viagem com V maiúsculo, mas pra quem ficou três anos sem publicar muitas matérias, até que vale a comemoração. Refiro-me a viagens curtas, específicas para o futebol, às quais me acostumei pelos idos de 2006/07. Sem desmerecer as matérias publicadas por advento de minha viagem a Brasília no ano passado, quando pude acompanhar, in loco, times como o genial Bolamense.

O destino foi a cidade de São Caetano do Sul, para colocar na minha Lista o já manjado ASA de Arapiraca, que durante anos ilustrou nossas mais inatingíveis ambições, jogando contra o São Caetano. Então, larguei o batente e meti o pé no acelerador pelas curvas da estrada de Santos, onde eu tento esquecer, um amor que tive e vi pelo espelho na distância se perder e, ao chegar no Estádio Anacleto Campanella me vieram lembranças de dez anos atrás, quando grandes públicos faziam fila nas bilheterias do estádio, palco de importantes duelos pela Libertadores e pelo Brasileirão.


Panorâmica do Anacleto Campanella durante a partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Dessa vez, com grande tranquilidade amarrei meu cavalo em frente um dos portões de entrada, justamente o da torcida visitante. É impressionante como QUALQUER equipe do nordeste tem MUITA torcida em São Paulo. E foi com muita alegria que acompanhei a partida no meio da animação e festa nordestina.

As duas equipes não tem grandes ambições no campeonato. Parecem boas demais pra serem rebaixadas, fracas demais pra serem promovidas. Entram na primeira rodada para cumprirem tabela. Na partida em tela, o Azulão pretendia "confirmar o saque", enquanto os visitantes queriam um pontinho, e “tá bom demais”.


Lance da partida entre São Caetano x ASA. Foto: Estevan Mazzuia.

O que se viu em toda a primeira etapa foi um São Caetano em busca de gols, mas sem conseguir furar a bem postada defesa alvinegra. Os visitantes, por sua vez, eram perigosos nos contra-ataques, principalmente pela esquerda, comandados por seu camisa 7. Mas a primeira chance real de gol só foi acontecer aos 34 minutos de partida, por meio de um chute cruzado da direita, bem defendido pela arqueiro do escrete alagoano.


Disputa de bola na primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

A resposta visitante veio no minuto seguinte, em uma bela jogada armada, como sempre, pela esquerda. A equipe da casa teve outra boa chance de abrir o marcador na primeira etapa, mas o arqueiro rival impediu, novamente, após uma cabeçada certeira de um jogador da equipe azul.


Outro momento da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Durante o intervalo, radialistas alagoanos vieram até a torcida, que fez grande festa, pelo empate até então, e pela oportunidade de contactarem seu povo, mandando mensagens diversas aos microfones das rádios. Acho que é como se eu estivesse no Japão, em um jogo da seleção brasileira, falando para uma rádio brasileira. Uma verdadeira festa de identificação social. Outro destaque foi o fantástico banheiro masculino do setor em que fiquei, com total privacidade.


Boa presença da torcida visitante. Foto: Estevan Mazzuia.


Conforto e privacidade total no sanitário masculino. Foto: Estevan Mazzuia.

Na segunda etapa, o jogo mudou gradativamente. Talvez os visitantes tenham sentido a baixa temperatura que, diga-se de passagem, não foi das piores. O fato é que o panorama até se manteve inicialmente, mas foi se revertendo com as voltas dos ponteiros.

Aos 10 minutos, o São Caetano conseguiu seu primeiro chute a gol. Na metade na segunda etapa, a equipe mantinha a posse de bola, sempre no ataque, mas com pouquíssima objetividade. Por outro lado, o ASA já não causava perigo.


Escanteio para o Azulão, na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Aos 25 minutos, o camisa 2 do Azulão recebeu a bola sozinho, de cara para o gol, mas brilhou, mais uma vez, a estrela do arqueiro, eficiente, ainda, no rebote. Um minuto depois, outra bela defesa, após cruzamento da esquerda.

O gol acabou saindo aos 30 minutos, após uma boa jogada pela direita, o camisa 3 tentou de cabeça, mas a defesa interceptou e a bola ficou batendo pelos pés de diversos jogadores da defesa, num eletrizante pinball, do qual o jogador Nunes se aproveitou. O goleiro ainda se esticou agilmente pra agarrar a pelota, mas ela já havia cruzado a linha.


Mais um ataque dos anfitriões, no fim do jogo. Foto: Estevan Mazzuia.

O ASA poderia ter empatado aos 37 minutos, depois de uma cobrança de falta da esquerda, mas foi o São Caetano que acabou ampliando, aos 40 minutos. A defesa alagoana parou para apreciar a boa jogada individual de Antônio Flávio, que bateu forte, de fora da área, no canto direito do bom goleiro, que nada pôde fazer. A bola parada era a alternativa dos visitantes, nessa altura da partida, e o gol de honra quase saiu aos 43, novamente de falta, novamente pelo lado esquerdo, mas ficou nisso.

Fim de jogo, São Caetano 2x0 ASA. Nada que mude as pretensões das equipes, ou que não estivesse contabilizado nos planos iniciais de ambas. Um jogo testemunhado por 512 almas que, nem de longe, lembravam os velhos tempos de Anacleto Campanella. Ou, melhor ainda: lembravam sim, mas da época do SAAD e do Lauro Gomes... Foi isso!

Abraços e até a próxima!

Estevan

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