Mágico Negueba arranca três pontos da cartola para o Esquadrão Calunga

Salve amigos! 

Na última quarta-feira estive no simpático Estádio Mansueto Pierotti, na primeira cidade do Brasil, pra acompanhar o embate entre São Vicente AC e CA Guaçuano, válido pela 11ª rodada do Campeonato Paulista da Série A3. 

A bruxa continua solta por lá. Além de, até agora, a vistoria não ter sido providenciada, o clube foi assaltado na madrugada do dia do jogo. O vestiário foi arrombado e bolas e chuteiras reservadas para a partida foram surrupiados. 

Detalhe do estrago causado na porta do vestiário. Foto: Estevan Mazzuia. 

Segundo apurei, a polícia capturou os meliantes, mas não recuperou o material. A equipe vicentina contou com o providencial auxílio do Santos Futebol Clube, que doou todo o material de jogo. Felizmente, as camisas não estavam nos vestiários e se salvaram. 

A chuteira de Neymar ficou com o camisa 10 vicentino, Lutcho, que as exibiu com muito orgulho para as lentes do JP. Fotos: Estevan Mazzuia. 

De quebra, os visitantes tiveram muita dificuldade pra chegar na Baixada. Embora tenham deixado a “Cidade dos Tomates” pouco depois das sete da manhã, sofreram horrores com o problemático Sistema Anchieta- Imigrantes, que viveu mais um coas naquela manhã. Para conseguirem chegar a tempo da partida, abandonaram seu ônibus, e alugaram vans e táxis para São Vicente. 

A comitiva conseguiu chegar pouco antes da partida, e os atletas entraram em campo já durante a execução do hino nacional. Seguem as fotos oficias da partida: 

São Vicente AC - São Vicente/SP. Foto: Estevan Mazzuia. 

CA Guaçuano - Mogi Guaçu/SP. Foto: Estevan Mazzuia. 

Arbitragem formada por Edson Alves da Silva, auxiliado por Daniel Lopes Neto e Leandro Carvalho dos Santos, com os capitães Rodrigo Calchi (SVAC) e Rogério (CAG). Foto: Estevan Mazzuia. 

Ambas equipes entraram em campo com a luz amarela acesa, por conta da ameaça de rebaixamento pra Segundona. Com um clima muito agradável e debaixo de um céu nublado, a partida teve início com muita movimentação e leve domínio anfitrião. 

Atacante vicentino se esforça para alcançar o cruzamento. Foto: Estevan Mazzuia. 

Com o tempo, o São Vicente passou a encontrar muita dificuldade com a forte marcação do Mandi, que passou a ousar com a criação de algumas jogadas, mas mostrava muita tranquilidade com o resultado parcial. 

A partida seguiu movimentada e muito equilibrada até o final da primeira etapa, sem que os goleiros fossem muito exigidos. Duas bolas chutadas pra fora do estádio, uma de cada lado, dão uma ideia de como estava descalibrada a pontaria dos atletas. 

Lance da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia. 

No intervalo, dei um pulinho no banheiro, ao lado dos vestiários, e pude ver a branca que o onze vicentino levou do treinador Wagner dos Anjos. No retorno, o São Vicente tomou um suadouro do Mandi, que mandava em campo. Mas acabou conseguindo duas boas chances de gol, aos 10 minutos, de forma inacreditável com Léo, num lance em que Brenno salvou o gol com os pés, tirando a pelota ainda no ar. 

Mandi explorando a lateral direita. Foto: Estevan Mazzuia. 

A outra boa chance foi com Dodô, ao pegar a sobra de um escanteio e quase encobrir Brenno. Logo depois, Cleber foi levou o segundo amarelo ao dar um carrinho em Leandrão, e deixou com 10 o Mandi. 

Esforço em vão para impedir a saída de bola. Foto: Estevan Mazzuia.

Mesmo assim, o alvi-verde foi ao ataque. Ramon cruzou para Faísca (ambos haviam entrado há pouco tempo), que cabeceou para bela defesa de Calchi. Apesar da vantagem numérica, o São Vicente estava visivelmente envolvido pelo Guaçuano, demonstrando muita dificuldade na armação de jogadas, e arriscando-se em chutões para a frente que, quando encontravam um atacante, esse era facilmente desarmado. 

O goleiro-capitão Rodrigo Calchi foi muito exigido na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia. 

Gilvan entrou no time para dar mais velocidade ao atque vicentino, mas acabou nem participando do lance decisivo da partida. Em rápida jogada pelo lado direito, Negueba teve um lampejo de gênio e bateu cruzado e rasteiro, sem chances para Brenno, aos 31 minutos. 

Lance do gol de Negueba. Foto: Estevan Mazzuia. 

Carlinhos tentou o empate em cobrança de falta, mas Calchi segurou a vantagem milagrosa. O gol deixou o Esquadrão Calunga mais a vontade, e os visitantes começaram a entrar mais duro nas jogadas. 

Mais um ataque perigoso do Guaçuano. Foto: Estevan Mazzuia. 

Como a bruxa está mesmo solta em Mansueto, depois de toda a confusão no jogo contra o Novorizontino, aos 47 minutos o Guaçuano teve um gol anulado pelo auxiliar Leandro Carvalho dos Santos, o que gerou uma enorme reclamação dos jogadores e da comissão técnica da boa equipe, com diversas agressões verbais e ameaças contra a arbitragem, tudo registrado na súmula da partida. 

Confusão no final da partida. Foto: Estevan Mazzuia. 

Fim de jogo, São Vicente 1x0 Guaçuano, resultado que deu novo fôlego aos anfitriões na briga contra o rebaixamento, abrindo as portas até para uma luta por classificação. Já a equipe guaçuana se afundou ainda mais na zona de rebaixamento, e deverá ter dificuldades para escapar da degola, em que pese a boa qualidade de seus atletas. 

Foi isso! 

Abraços 

Estevan

Grêmio Osasco sofre, mas arranca empate contra o Monte Azul

Opa,

Domingo cedo me aventurei sozinho para minha primeira visita ao Estádio José Liberatti no Campeonato Paulista da Série A2 em 2013. Seguindo com meu plano de ver todos os times da segunda e terceira divisão estadual, a pedida foi acompanhar o Grêmio Osasco jogando contra o Monte Azul, time que não via in loco há quatro anos.

Não é fácil sair da Vila Prudente e ir até a cidade da Grande São Paulo num domingo de manhã. Por sorte, os trens da CPTM e do metrô inesperadamente me ajudaram bastante e levei menos tempo do que o esperado. Com um sol pra cada um, cheguei ao bonito estádio faltando bastante tempo para o apito inicial.

Após uma breve conversa com o amigo Luís Pires, fui para as fotos oficiais. E a equipe de Monte Azul Paulista é a 18ª da Série A2 que aparece nas páginas do JP nesse ano. Faltam somente duas para "completar a coleção", e se tudo der certo, ambas aparecerão por aqui após o dia 24 de março.

Grêmio E Osasco - Osasco/SP. Foto: Fernando Martinez.

A Monte Azul - Monte Azul Paulista/SP. Foto: Fernando Martinez.

Quarteto de arbitragem liderado pelo árbitro da FIFA Paulo Cesar de Oliveira junto com os assistentes Luiz Quirino da Costa e William Rogério Turola e o quarto árbitro Paulo Roberto Amorim. Junto a eles, os dois capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.

O GEO começou o campeonato muito bem, só que nas últimas rodadas começou a dar preocupantes rateadas. A equipe buscava a vitória por jogar com o apoio da sua torcida e contra um adversário bastante complicado. O Monte Azul vem fazendo uma campanha digna e com certeza seria um adversário difícil de ser batido.

Ataque local pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Fui acompanhar o ataque local mesmo com o forte sol no José Liberatti. Só que a torcida local não ficou nada feliz com a apresentação do onze osasquense, comandado agora pelo camisa 10 Dodô. O time jogou muito abaixo da média e não mostrou um futebol de qualidade.

Jogadores olhando a bola sair pela linha de fundo. Foto: Fernando Martinez.

Para piorar, além desse fraco futebol local, o Monte Azul fez uma partida segura e muito digna. A equipe chegou perto de abrir o placar por algumas vezes em chances de todos os tipos no tempo inicial. E de tanto insistir, Nerylon conseguiu deixar o time visitante em vantagem aos 40 minutos, após acertar um belo chute de fora da área.

Mesmo de longe, esse é o primeiro gol do Monte Azul na peleja, marcado por Nerylon aos 40 do primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Tentativa do camisa 10 Dodô no final do tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.

Com essa vantagem mínima para o time interiorano, os times foram para os vestiários aproveitar o intervalo da peleja. Esse intervalo merece um destaque especial aqui no JP, pois se alguma vez o termo "show do intervalo" pode ser utilizado com propriedade, isso aconteceu no domingo.

Uma série de eventos simultâneos aconteceu no gramado do José Liberatti para deleite de todos os presentes. É, eles não aconteceram em sequência, e sim ao mesmo tempo. Show de cachorros amestrados, um Lobo (mascote do GEO) dançando insanamente, duas figuras vestidas de Mickey e Donald fazendo micagens para os torcedores, as belas cheerleaders fazendo seu show, quatro dançarinas do ventre também mostrando estilo e um tiozinho desfilando com uma possante motoca cruzando o campo.

 

 

Momentos surreais no intervalo de GEO x Monte Azul: show de um tiozinho com sua motoca, cachorros amestrados, belíssimas dançarinas do ventre e um mascote surreal. Um dos melhores intervalos que já vi em todos os tempos. Fotos: Fernando Martinez.

Não tinha como prestar atenção em uma atração só, e isso transformou o lugar num verdadeiro circo no bom sentido da palavra. Simplesmente sensacional! Tomara que role isso em todos os jogos em Osasco, pois aguentar os modorrentos intervalos sem nada para fazer é complicado.

Ataque osasquense no começo do tempo final. Foto: Fernando Martinez.

Após tudo isso o segundo tempo começou e no primeiro minuto a situação local se complicou ainda mais. O time voltou ainda sonolento e o Monte Azul fez o segundo com Juca. Ele invadiu a área pela direita e chutou forte para ampliar. Se a situação do GEO já era complicada, a partir desse momento ficou dramática.

Chute de longe na tentativa do primeiro gol local. Foto: Fernando Martinez.

Apesar de tentar ao menos diminuir o placar, o Grêmio jogava de forma desordenada e sem nenhuma tática. A equipe teve mais posse de bola e ocupou o campo de defesa do Monte Azul, porém sem nem chegar perto de fazer o primeiro. A peleja foi seguindo nesse ritmo e nada fazia crer que os locais teriam melhor sorte.

Conforme o segundo tempo chegava ao seu final, o Grêmio aumentou a pressão, e a partir dos 39 minutos o que era improvável aconteceu. Depois de um chute forte pela esquerda, o goleiro André tentou a defesa, mas deu rebote. Alan Carlos foi rápido e apareceu para chutar a bola pro fundo das redes.

Chute que originou o primeiro gol do GEO. Foto: Fernando Martinez.

O gol animou a torcida e encheu de disposição o time vermelho. O clima era eletrizante e agora não dava pra duvidar mais que o empate viria. Após algumas tentativas, a mística da camisa 10 apareceu aos 44 minutos quando Dodô chutou na pequena área após rebote do arqueiro Era o gol de empate do GEO após muita luta.

Dodô no exato momento em que tocava para empatar o jogo no José Liberatti. Foto: Fernando Martinez.

Comemoração dos atletas do Grêmio Osasco para as lentes do JP. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo Grêmio Osasco 2-2 Monte Azul. O resultado, injusto para os visitantes, foi heroico para o onze local. Só que a equipe vem dando sopa pro azar faz tempo e se não abrir o olho, vai ficar pelo meio do caminho sem conquistar um lugar na A1 do ano que vem. Já o Monte Azul, assim como alguns outros times que fazem parte do G8, é candidato sim a acesso.

Até a próxima!

Fernando

Flamengo vence o "extinto" Palmeiras B na Rua Javari

Opa, 

Uma especulação de muito tempo se tornou verdade nessa semana quando José Carlos Brunoro anunciou a extinção do Palmeiras B após o término do Campeonato Paulista da Série A3 2013. Pra falar a verdade, eu gostava do time e fico triste com sua descontinuação. Com isso, será difícil deixar de acompanhar os últimos passos da equipe jogando na sua "casa" desde o ano passado, o Estádio Conde Rodolfo Crespi. 

No último sábado fui para a cancha grená assistir o duelo do mais novo extinto contra o Flamengo de Guarulhos, valendo pela 10ª rodada da primeira fase. Foi a segunda vez em todos os tempos que o onze palmeirense enfrentou o rubro-negro da Grande São Paulo. Na primeira, em 12 de abril de 2008, vitória flamenguista por 4x1, também na Rua Javari. 

SE Palmeiras B - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 

AA Flamengo - Guarulhos/SP. Foto: Fernando Martinez. 

Trio de arbitragem composto pelo árbitro Andre Luis Riquena e os assistentes Celso Barbosa de Oliveira e Silvia Aparecida da Silva junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

Apesar da vitória palmeirense contra o América jogando fora de casa na rodada anterior, o time paulistano vem passando maus bocados nessa que é sua última participação em campeonatos paulistas. Se cair ou não, nada vai mudar, mas os atletas querem honrar a tradicional camisa e pelo menos terminar a história de 13 anos da equipe "B" sem outro rebaixamento. 

Ataque palmeirense pela esquerda. Foto: Fernando Martinez. 

Já o Flamengo começou mal o certame e vem se recuperando aos poucos. Na rodada anterior goleou a Francana com cinco gols de Jackson... Ou melhor, Jackson "Five" (o JP esteve presente nessa peleja). Depois de uma semana de "celebridade", o camisa 9 do rubro-negro queria mais gols e outra vitória da sua equipe. 

Jogador do Fla roubando a pelota de atleta local. Foto: Fernando Martinez. 

Marcação firme da zaga rubro-verde. Foto: Fernando Martinez. 

Mas até os trinta minutos do tempo final o jogo foi fraco, muito fraco. Praticamente não aconteceu nenhuma emoção positiva no gramado da Javari. Somado isso ao insuportável calor, imaginem que beleza. Menos mal que fiquei jogando conversa fora e atualizando o paiol de bobagens com os amigos Nílton, Cosme e Colucci. 

Investida palmeirense na entrada da área. Foto: Fernando Martinez. 

Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez. 

A peleja foi capengando até o momento em que o colombiano de 18 anos Brayan pegou rebote e chutou forte da entrada da área. A bola bateu no braço de um dos zagueiros palmeirenses... Pênalti. Após bastante reclamação ele, Jackson "Five" chutou forte para abrir o marcador de um jogo que estava com forte cheiro de 0x0. Eram decorridos 30 minutos do segundo tempo. 

Momento em que o Bryan chutou e o zagueiro do Palmeiras B cometeu pênalti. Foto: Fernando Martinez. 

Mais um gol de Jackson "Five", artilheiro da A3 2013. Foto: Fernando Martinez. 

O time local até tentou um improvável empate, mas se lançou com muita força no setor ofensivo e deixou toda a zaga desguarnecida. Aos 47 minutos, num contra-ataque preciso, o colombiano fez seu primeiro gol com a camisa do Flamengo após tocar na saída do goleiro Rafael Alemão. 

Detalhe do segundo gol do Flamengo contra o Palmeiras B. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: Palmeiras B 0-2 Flamengo. Na embolada Série A3 de 2013, a vitória deixou o Flamengo mais próximo do G8, enquanto fez o time paulistano continuar na zona de rebaixamento. Faltam ainda nove jogos para cada equipe nessa primeira fase da competição. 

Após o jogo fomos fazer uma boquinha esperta na Esfiha Juventus. Depois de nos saciarmos, saímos do local para seguir a pé até a estação Mooca da CPTM. O céu estava carregadíssimo e nem bem chegamos na estação o mundo desabou como há muito eu não via. Demorei mais de duas horas esperando a boa vontade da chuvarada passar, mas ao final desse tempo cheguei em casa são e salvo. 

Rio Tamanduateí quase transbordando na Avenida do Estado, próximo ao meu atual QG. São as águas de março fechando o verão... Foto: Fernando Martinez. 

Domingo teve mais, com um jogo da Série A2 na minha primeira visita ao José Liberatti nesse certame. 

Até lá! 

Fernando

São Paulo no Pacaembu e Arsenal na Lista

Opa, 

Na quinta-feira fui novamente ao Estádio Paulo Machado de Carvalho para outro jogo nada perdido válido pela Libertadores da América. Após 39 anos, o São Paulo mandou um jogo no Pacaembu (perdeu um mando em virtude da confusão na final da Sul-Americana) contra um time estrangeiro, dessa vez o genial Arsenal de Sarandí. 

Arsenal FC - Sarandí/ARG. Foto: Fernando Martinez. 

Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

Desde o longínquo 12 de outubro de 1974, quando recebeu o Independiente na grande decisão da Libertadores daquele ano, o time do Morumbi disputou 13 vezes a competição e mandou todas suas pelejas no Morumbi. A única vez que pisou no gramado do Paulo Machado de Carvalho em todo esse tempo foi como "visitante" num duelo contra o Palmeiras em 1994. 

Só que por motivos óbvios eu fui ao estádio com a ideia de incluir o time argentino na minha Lista, a 22ª equipe do país vizinho que assisti in loco (sem contar a própria seleção bi-campeã mundial) e a 553ª no geral. Fundado em 1957, o Arsenal Fútbol Club manda suas pelejas no Estádio Julio Humberto Grandona. Na saudosa série "Fútbol Argentino" do Emerson, publicadas nos primórdios do JP, ele visitou a cancha do "El Viaducto". 

Participando do Grupo 3 da edição 2013 da Libertadores, São Paulo e Arsenal estão acompanhando o desfile tranquilo do Atlético-MG, deixando apenas uma vaga para três equipes. Por jogar "em casa", o tricolor precisava vencer. O problema é que o onze paulistano ainda vem rateando em jogos decisivos. 

Ataque do Arsenal no começo da peleja. Foto: Fernando Martinez. 

E mesmo após tomar uma surra de 5x2 jogando dentro dos seus domínios contra o Galo, o Arsenal jogou direitinho contra o atual campeão da Copa Sul-Americana. O São Paulo foi instável demais e deixou sua torcida irritada. O primeiro tempo correu com o time dominando as ações, mas sem criar tantas chances. Na única vez que chegou, o Arsenal quase abriu o marcador. 

Agora investida do São Paulo. Foto: Fernando Martinez. 

No apagar das luzes do tempo inicial o time local finalmente tirou o zero do placar com o gol de Jádson. Com 1x0, os times foram para os vestiários e todos os torcedores imaginaram que o segundo tempo seria tranquilo para a equipe brasileira. Ledo engano... 

Visão geral de São Paulo x Arsenal pelo Grupo 3 da Libertadores 2013. Foto: Fernando Martinez. 

Logo no terceiro minuto do tempo final, o árbitro viu toque de mão de Cortez dentro da área. Pênalti. Na cobrança, Benedetto encheu o pé e deixou tudo igual. Com a nova igualdade, os argentinos se seguraram ainda mais no campo defensivo. O São Paulo fazia uma débil pressão e contando com a noite ruim do seu ataque, não conseguiu furar esse bloqueio. 

Gol de empate do Arsenal de Sarandí no Pacaembu. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: São Paulo 1-1 Arsenal. Esse resultado deixou o tricolor com quatro pontos conquistados e o time argentino com três. Nessa quinta acontece o jogo de volta, primeiro do returno, na acanhada "cancha" do onze portenho. Se o time do Morumbi não ganhar, a situação ficará muito complicada. 

Placar final no marcador eletrônico do Pacaembu. Foto: Fernando Martinez. 

Saindo do estádio encontrei o Estevan Mazzuia, também se fazendo presente para matar o Arsenal. Dali seguimos para as redondezas da Avenida Paulista conversando sobre histórias de um passado bem distante... 

Até a próxima! 

Fernando

Portuguesa faz o vira no Capivariano e segue líder na A2

Opa, 

Quando a Portuguesa foi rebaixada para o Campeonato Paulista da Série A2 em 2012, nós, adoradores de pelejas insólitas, começamos a imaginar a série de jogos geniais que aconteceriam no Canindé durante esse ano. No domingo passado rolou uma das partidas mais aguardadas por todos nós. Afinal de contas, quem imaginaria o time rubro-verde jogando oficialmente contra o Capivariano dentro dos seus domínios? 

Há dois anos atrás a Lusa ainda estava na A1 e o Leão da Sorocabana começava mais uma disputa da segundona estadual sem muitas perspectivas positivas depois de vários anos seguidos com campanhas ruins. Com dois acessos seguidos e com a queda lusitana, esse inédito jogo finalmente tomou forma. Claro que não iríamos perder essa. 

Saí de Guarulhos na companhia dos amigos Mílton e Colucci e logo fomos para o bairro do Pari caçar algum lugar para fazer uma boquinha. O calor era fortíssimo, então a pedida foi ir para uma tradicionalíssima padaria da região (ponto de encontro dos meus pais lá pelos idos dos anos 60) bater uma xepa esperta. O ar condicionado do lugar fez com que ficássemos ali por quase duas horas antes de irmos em definitivo para o estádio. 

Chegando no Osvaldo Teixeira Duarte, encontramos o Nílton, dessa vez fazendo rodada apenas de um jogo, e o Paulo "Shrek". Enquanto eles foram para as arquibancadas, eu fui para o campo de jogo captar as imagens das equipes. 

A Portuguesa de D - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 

Capivariano FC - Capivari/SP. Foto: Fernando Martinez. 

Depois de ficar nove jogos invicto, a Portuguesa perdeu na rodada anterior para o Red Bull jogando em Campinas. Nada melhor do que atuar no Canindé para a equipe voltar a vencer. Mas do outro lado o Capivariano, que vem fazendo uma campanha muito digna, prometia complicar o jogo e deixar ainda mais animada a grande torcida que veio de Capivari. 

Escudo do Capivariano FC utilizado em 2013. São poucos detalhes, mas existem algumas diferenças em relação ao logo tradicional. Foto: Fernando Martinez. 

E seguindo a tônica da maioria dos jogos que vi no final de semana, o Canindé foi palco de uma ótima partida. O Leão da Sorocabana não se intimidou e jogou bem diante de uma Portuguesa que parece ter engrenado na busca pelo bi da A2. A peleja foi bastante equilibrada. 

Marcador do Capivariano encarando atacante da Lusa. Foto: Fernando Martinez. 

O time local criou boas chances nos primeiros 10 minutos, depois disso o onze visitante passou a colocar as manguinhas de fora e deu trabalho ao goleiro Glédson. A boa atuação foi premiada aos 19, com o belo gol de Romão. Ele recebeu na área, driblou o zagueiro e tocou no canto. 

Comemoração dos jogadores do Leão da Sorocabana pelo primeiro da partida. Foto: Fernando Martinez. 

Poucos minutos depois quase o goleiro Maurício engole um frangaço em cobrança de falta de Lima. Ao tentar encaixar a pelota, ela passou por debaixo do arqueiro, bateu na forquilha e inacreditavelmente voltou ao campo de jogo. Esse chute tirou o famoso "uuhhh" da torcida lusitana. O grito de gol só veio aos 34, com o belo gol de Lucero, tocando por cobertura na saída do camisa 1. 

O "quase" frangaço de Maurício. Notem que a bola está quase toda encoberta pela trave... Mas não entrou. Foto: Fernando Martinez. 

Ataque do camisa 10 Souza pela esquerda. Na área, até o gandula estava se arriscando para tentar fazer o segundo gol. Foto: Fernando Martinez. 

O intervalo chegou com o marcador do Canindé marcando 1x1. Na etapa final vimos outro jogo, com o Capivariano se encolhendo na defesa e a Portuguesa tomando conta dos ataques. Mas de novo aconteceu o que já cansamos de ver nessa A2: uma enxurrada de gols perdidos. 

Um dos gols mais perdidos do ano nos pés do camisa 10 Souza. Foto: Fernando Martinez. 

Saindo bonito na foto, Maurício voa para fazer a defesa. Foto: Fernando Martinez. 

Confesso que parecia que o gol não sairia de jeito nenhum. Para salvar a pele dos atacantes, quem acabou resolvendo a partida foi o zagueiro e capitão Valdomiro. Aos 38 do segundo tempo a Lusa teve falta pela direita. A bola foi alçada na área e no primeiro pau o camisa 4 chutou de bate-pronto e finalmente virou o marcador. 

Livre de marcação, Valdomiro aparece para virar o placar. Foto: Fernando Martinez. 

Agora a comemoração do capitão rubro-verde com coraçãozinho para as lentes do JP. Foto: Fernando Martinez. 

Daí até o final o time da casa conseguiu segurar o marcador, conquistando outro triunfo na A2: Portuguesa 2-1 Capivariano. O time do Canindé luta pela liderança cabeça-a-cabeça com o Audax, outra equipe que começou o campeonato rateando, mas que engrenou com o tempo. Para o Leão da Sorocabana, que continuou no G8, fica a lição que se continuar assim pode beliscar um novo acesso. Para quem estava na segundona há dois anos, não podemos duvidar de nada. 

Placar final do jogo no Canindé. Foto: Fernando Martinez. 

E foi isso... Passei um calor absurdo mas assisti cinco jogos no sábado e domingo. Tudo bem que essa pequena maratona me deixou num estado tão horrível que só fui voltar aos campos na quinta-feira à noite. De qualquer forma, mais uma vez ficou a sensação de dever cumprido. 

Até a próxima! 

Fernando