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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Ceilândia e Água Santa deixam decisão para o jogo de volta

Texto e fotos: Fernando Martinez


Sábado foi um dia muito especial, pois tive a chance de colocar na Lista uma equipe que sempre quis ver ao vivo desde moleque, quando colecionava os volantes da Loteria Esportiva. Falo do glorioso Ceilândia Esporte Clube, time do Distrito Federal, que veio à Grande São Paulo pela primeira vez. O adversário foi o Água Santa, e o palco do duelo, o Estádio Distrital do Inamar.

De todos os integrantes do Grupo A5 da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série D, o que eu mais torcia para vir para cá era o Gato Preto. O nome “Ceilândia” sempre me chamou a atenção, mas nunca tive a chance de ver o clube ao vivo. Nem quando estive na cidade satélite consegui vê-los em ação — na ocasião, assisti ao Ceilandense. Por isso, para a estreia do alvinegro na região, minha presença era obrigatória.

Junto comigo, estiveram nessa o trio Milton, Nilton e Pucci. Como ir até o Inamar é um horror, talvez o estádio mais complicado dessas bandas, pegamos um Uber na Estação Jabaquara que nos deixou na porta do campo. Lá encontramos o mauaense Eduardo, também de olho em ver o CEC pela primeira vez. Na primeira fase, eles ficaram na vice-liderança da chave com 28 pontos e ótima campanha de oito vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas. Já o Netuno foi terceiro no Grupo A6, com 21 pontos, seis triunfos, três empates e cinco reveses.


Ceilândia Esporte Clube SAF - Ceilândia/DF


Trio paranaense para Água Santa x Ceilândia com o árbitro José Mendonca da Silva Júnior e os assistentes Nathan Martins e Heitor Alex Eurich, além do quarto árbitro paulista Gabriel Furlan e os capitães dos times

Um destaque negativo antes da peleja: o Água Santa simplesmente se recusou a posar para a foto oficial, algo comum quando falamos do onze diademense. Uma atitude antipática, para dizer o mínimo. Já o Ceilândia posou sem nenhum problema, e foi muito legal registrar a imagem oficial de um clube tão tradicional do futebol candango, aparecendo pela primeira vez no Jogos Perdidos.

Fui acompanhar o ataque local no primeiro tempo e vi 45 minutos muito fracos, bem abaixo da média. Os times não criaram nenhuma chance clara de gol, e o jogo se concentrou no meio de campo. Foi bem chato ver o que (não) acontecia no gramado. O negócio estava tão feio e eu com tanto sono que acabei cochilando sentado no meu banquinho por uns cinco minutos. Dormir sentado atrás do gol é coisa para poucos.

Na etapa final, o panorama melhorou. O Ceilândia voltou mais ligado, talvez por ter percebido que o bicho não era tão feio assim. Os visitantes ficaram em vantagem aos 14 minutos, com gol de Romarinho. O Água Santa, como era de se esperar, se lançou em busca do empate, deixando espaço para os contra-ataques. Em um deles, quase saiu o segundo.

Aos 27, a defesa do Ceilândia não conseguiu evitar o gol de João Guilherme, de cabeça, após escanteio da direita. O empate animou os locais, que cresceram em busca da virada. A expulsão do próprio João Guilherme não desanimou o onze paulista. No fim, Edmar Sucuri fez grande defesa em chute de longe e salvou o Gato Preto.





Lances do primeiro tempo do duelo de ida da segunda fase no Inamar







Detalhes da etapa final. Na última foto, grande defesa do goleiro visitante nos acréscimos

O 1 a 1 manteve tudo em aberto para a definição de um dos classificados às oitavas. Novo empate no Distrito Federal leva a decisão para os pênaltis e vitória no tempo normal garante a vaga. Creio que o Ceilândia seja favorito por atuar em casa.

O quarteto fantástico que foi de Uber até Diadema provavelmente sofreria para voltar para a capital. Por sorte, o amigo Eduardo salvou a turma e nos deixou na Estação Santos-Imigrantes, na Linha Verde. Carona mais do que bem-vinda. Eu acabei desistindo da rodada de domingo e pretendo ter uma semana mais light, porque tantos jogos em sequência cansaram a minha beleza. A ideia é retornar na penúltima rodada do Paulista sub-20, na quarta-feira.

Até lá!

Ficha Técnica: Água Santa 1-1 Ceilândia

Local: Estádio Distrital do Inamar (Diadema); Árbitro: José Mendonça da Silva Junior/PR; Público: 2.187 pagantes; Renda: R$ 10.815,00; Cartões amarelos: Villian, João Guilherme, Bruno Vinícius, Carlão (AS), Joílson, Regino, Romarinho e Júnior Timbó; Cartão vermelho: João Guilherme 35 do 2º; Gols: Romarinho 13 e João Guilherme 27 do 2º.
Água Santa: Luan Ribeiro; Eduardo Ribeiro, Joílson, Gabriel Vidal e Willian Bahia; Villian (Marquinhos), Cesinha e João Guilherme; Bruno Vinícius (Alison), Lucas Duni (Luan Santos) e Felipinho. Técnico: Alan Dotti.
Ceilândia: Edmar Sucuri; Paulinho, Euller, Lagoa e Batchuga; Tarta, Regino (Júnior Timbó) e Lucas Piauí; Kennedy (Válter Bala), Lucas Silva e Romarinho (Natan Bahia). Técnico: Adelson de Almeida.

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