Texto e fotos: Fernando Martinez
Na quarta-feira o Campeonato Paulista da Série A4 reservou uma rodada dupla muito legal na Grande São Paulo. Abrindo a jornada, o primeiro confronto entre Nacional e Grêmio São-Carlense na história. O duelo, válido pela 11ª rodada e disputado no Estádio Nicolau Alayon, era crucial para as intenções ferroviárias.
Vindo de quatro compromissos sem vitória, o Nacional se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento e estava na hora de voltar a vencer. Jogando contra o vice-líder e ajeitado time do São-Carlense, era a oportunidade perfeita de ganhar uma partida importante e tentar buscar um lugarzinho no G8. Até então, eram apenas duas vitórias em nove pelejas.
Nacional AC - São Paulo/SP
GD São-Carlense - São Carlos/SP
O árbitro Rafael Gomes Felix da Silva, os assistentes Viviane Pereira Lopes e Renan Gonçalves Braz, o quarto árbitro Alester Clauli da Costa Tambelli e os capitães dos times
Essa foi a primeira vez que o onze paulistano enfrentou o novato clube de São Carlos. O Grêmio Desportivo São-Carlense foi fundado em 2016 tentando resgatar as memórias do falecido GE Sãocarlense, de 1976, que chegou inclusive a disputar a primeirona estadual. Por ser novo, foi apenas a quinta partida deles na minha lista.
Como curiosidade, o antigo Sãocarlense, falecido em 2004, foi adversário do Naça em 16 oportunidades por diferentes divisões de acesso entre 1977 e 2003. Foram sete triunfos paulistanos, cinco empates e quatro vitórias do escrete do interior. Fui em dois (2001 e 2003) e não tenho nenhuma memória deles.
Teve quórum alto apesar de ser quarta-feira. Entre os cerca de 150 pagantes, os amigos Pucci, Milton, Caio, Nílton e o glorioso Jurandyr - ou Jandir como o pessoal mais íntimo o chama - marcaram presença. Também estava lá o ex-técnico Muricy Ramalho, alvo de inúmeras fotos e abordagens durante os 90 minutos. Pena que o primeiro tempo não tenha sido bom.
A peleja foi bastante fraca na etapa inicial. O Nacional chegou com perigo duas vezes dentro da área visitante e só. O São-Carlense pouco fez e não mostrou o futebol que o deixou na segunda posição do campeonato. Cenário com poucas emoções em que o bate-papo na arquibancada foi bem mais animado do que aquilo que rolou dentro das quatro linhas.
Já no segundo tempo tudo mudou. O jogo melhorou bastante, muito por conta da pintura de Talisca aos cinco minutos. O camisa 9 do Nacional recebeu na intermediária, teve espaço suficiente e arriscou de longe. Ele acertou um chute sensacional e colocou a pelota no ângulo direito de Gustavo Belli. Um golaço.
O São-Carlense se mandou em busca do empate e encurralou os locais em vários momentos. O goleiro Maurício, que dá arrepios na torcida, foi acionado e mostrou serviço em dois tiros de longe. Diferente de outros compromissos, a zaga nacionalista teve sucesso em segurar a pressão do adversário. Nos acréscimos o Naça chegou a ampliar sua vantagem, mas a assistente número 1 anulou o tento por impedimento. Na hora achei que a posição era legal, opinião que confirmei depois assistindo a transmissão.
Lances do fraco primeiro tempo na Comendador Souza
Falta a favor dos donos da casa no começo da etapa final
Talisca comemorando o seu golaço aos cinco do segundo tempo
No fim, ótima vitória nacionalista contra o então vice-líder
Acabou que, por sorte, o gol anulado não fez falta. O Nacional 1-0 São-Carlense fez o clube da capital subir para a nona posição com 12 pontos, dois abaixo do Rio Branco, o oitavo colocado. Os visitantes agora estão na terceira posição com os mesmos 19. Faltam cinco rodadas para o término da primeira fase.
Boa parte dos amigos se mandou e sobrou apenas o Milton na jornada noturna. Encontramos o Victor, recém-chegado a São Paulo novamente após décadas retornando ao mundo universitário (assim como o que vos escreve), e fomos em outro duelo da antiga Segundona.
Até lá!
Ficha Técnica: Nacional 1-0 São-Carlense
Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Rafael Gomes Felix da Silva; Público: 154 pagantes; Renda: R$ 1.900,00; Cartões amarelos: Vynicius, Maurício e Gustavo Belli; Gol: Talisca 5 do 2º.
Nacional: Maurício; Luan; Matheus Serraglia, Pedro Estevam e Fabão (Vynicius); Biel (Matheus Moreno), Digão e Nicollas (Murilo); Paolo (Gustavo), Victor Teister (Ryan Carlos) e Talisca. Técnico: Diego Souza.
São-Carlense: Gustavo Belli; Eduardo Ribeiro, Welton (Diego), João Victor e Severo; Vitor Ferezin (Felipe Estrella), Jesus e Cauã Andrade (Luís Felipe); Emerson (Capixaba), Vinícius (Gabriel Argentino) e Fabrício. Técnico: Rafael Sundermann.
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