Fala, pessoal!
Depois de duas semanas baseadas na vinda do Pearl Jam ao Brasil, quando vi os dois shows em São Paulo e também a apresentação do grupo em Curitiba num bate-volta histórico, volto às páginas virtuais do JP com uma verdadeira experiência científica feita na noite da sexta-feira passada, no último jogo noturno do Campeonato Brasileiro da Série B em 2011.
Como não acompanhei ao vivo o empate que deu o título do certame para a Portuguesa, já que estava prestes a visitar pela segunda vez a capital paranaense, a minha presença na peleja, válida pela penúltima rodada da competição, era mais do que obrigatória. Ainda mais levando em conta que o adversário era o Duque de Caxias, que fez campanha ridícula na Série B e já tinha sido rebaixado para a Série C há mais de um mês. Sabe-se lá quando veremos esse time por essas bandas novamente.
Só que dessa vez resolvi fazer algo diferente, e graças a uma ideia do amigo Renato Rocha, resolvi curtir o jogo final da campeã nacional da Série B em casa no espaço reservado para a torcida visitante. A ideia foi justamente ver o jogo num espaço vazio e sem muvuca, já que tínhamos a certeza que nenhum torcedor viria do Rio de Janeiro para acompanhar a equipe.
Ao chegar no Canindé, nem a bilheteira e nem o policial militar acreditaram que estava ali para ficar no meio da "torcida" do Duque de Caxias. Os olhares incrédulos dos dois vinham com perguntas do tipo "você tem certeza que vai ficar aqui mesmo?". Mas esses olhares de desaprovação não me intimidaram, e sem demora ou empurra-empurra, antes do apito inicial já estava tranquilo no enorme espaço vazio.
Encontrei o amigo Renato por lá, animado com a chance de torcer efusivamente para o Duque. Só que diferente do que esperávamos, dois japoneses e um senhor bastante encapotado em virtude do frio, também estavam no setor. Tudo bem, não éramos os únicos, mas ser 40% da torcida de uma equipe é uma coisa que não acontece sempre.
Após muitas homenagens a atletas lusitanos do passado e com o Hino Nacional Brasileiro sendo executado pelo brilhante maestro João Carlos Martins, o jogo começou. Como todos podem imaginar, o embate entre o melhor ataque contra a pior defesa teve um panorama óbvio. A Portuguesa marcou fácil 2x0 com gols de Renato e Ananias, no ritmo de um verdadeiro amistoso.
Enquanto o jogo rolava, muitos não entendiam como o espaço da torcida dos visitantes não estava completamente vazio. De jornalistas a policiais, passando por fiscais da FPF e também por populares, a dúvida era a mesma: "quem eram aqueles abnegados que estavam ali?". Ao final da primeira etapa, finalmente eu e o amigo nos tornamos 100% da torcida visitante, já que os dois japoneses foram ver o segundo tempo na torcida rubro-verde e o senhor encapotado nada mais era do que o motorista do carro que levou a taça da Série B ao Canindé.
Apesar de sempre torcer para a Portuguesa, e estar torcendo para que o time pudesse ganhar mais três pontos nessa brilhante campanha no nacional em 2011, queria que o Duque de Caxias fizesse pelo menos um gol na segunda etapa. O time se mandou para o ataque e criou várias oportunidades para fazer o tento de honra, mas esbarrou numa ótima atuação do goleiro Wéverton. Quando o arqueiro deixava passar, a trave ajudava.
E mostrando o futebol que levou o time a ser chamado de "Barcelusa" pelos seus fiéis torcedores, o rubro-verde marcou mais duas vezes no tempo final, através de Guilherme e Edno, e fechou o placar em Portuguesa 4-0 Duque de Caxias. Foi o 20ºjogo de invencibilidade da equipe, que agora é o time com maior número de gols (80) numa Série B na era dos pontos corridos. Ah, e essa foi a oitava vitória por uma diferença igual ou maior de três gols no certame. Uma campanha extremamente espetacular!
Após o jogo a festa foi enorme com a entrega da taça de Campeã Brasileira da Série B de 2011 ao time do Canindé. Depois de ver campanhas bizarras e bisonhas do onze paulistano no segundo escalão nacional, é muito legal ter presenciado o que rolou esse ano. Esperamos agora que o time se estruture para permanecer na Série A por muito tempo.
Depois de duas semanas baseadas na vinda do Pearl Jam ao Brasil, quando vi os dois shows em São Paulo e também a apresentação do grupo em Curitiba num bate-volta histórico, volto às páginas virtuais do JP com uma verdadeira experiência científica feita na noite da sexta-feira passada, no último jogo noturno do Campeonato Brasileiro da Série B em 2011.
Como não acompanhei ao vivo o empate que deu o título do certame para a Portuguesa, já que estava prestes a visitar pela segunda vez a capital paranaense, a minha presença na peleja, válida pela penúltima rodada da competição, era mais do que obrigatória. Ainda mais levando em conta que o adversário era o Duque de Caxias, que fez campanha ridícula na Série B e já tinha sido rebaixado para a Série C há mais de um mês. Sabe-se lá quando veremos esse time por essas bandas novamente.
Só que dessa vez resolvi fazer algo diferente, e graças a uma ideia do amigo Renato Rocha, resolvi curtir o jogo final da campeã nacional da Série B em casa no espaço reservado para a torcida visitante. A ideia foi justamente ver o jogo num espaço vazio e sem muvuca, já que tínhamos a certeza que nenhum torcedor viria do Rio de Janeiro para acompanhar a equipe.
Ao chegar no Canindé, nem a bilheteira e nem o policial militar acreditaram que estava ali para ficar no meio da "torcida" do Duque de Caxias. Os olhares incrédulos dos dois vinham com perguntas do tipo "você tem certeza que vai ficar aqui mesmo?". Mas esses olhares de desaprovação não me intimidaram, e sem demora ou empurra-empurra, antes do apito inicial já estava tranquilo no enorme espaço vazio.
Encontrei o amigo Renato por lá, animado com a chance de torcer efusivamente para o Duque. Só que diferente do que esperávamos, dois japoneses e um senhor bastante encapotado em virtude do frio, também estavam no setor. Tudo bem, não éramos os únicos, mas ser 40% da torcida de uma equipe é uma coisa que não acontece sempre.
No primeiro tempo, essa foto representou 40% da torcida do Duque de Caxias no jogo contra a Portuguesa. Já para a segunda etapa, essa foi toda a torcida visitante. Foto: Arquibancada do Canindé.
Após muitas homenagens a atletas lusitanos do passado e com o Hino Nacional Brasileiro sendo executado pelo brilhante maestro João Carlos Martins, o jogo começou. Como todos podem imaginar, o embate entre o melhor ataque contra a pior defesa teve um panorama óbvio. A Portuguesa marcou fácil 2x0 com gols de Renato e Ananias, no ritmo de um verdadeiro amistoso.
Comemoração da Portuguesa no primeiro gol, marcado por Renato. Foto: Fernando Martinez.
Agora a comemoração do segundo gol rubro-verde. Foto: Fernando Martinez.
Enquanto o jogo rolava, muitos não entendiam como o espaço da torcida dos visitantes não estava completamente vazio. De jornalistas a policiais, passando por fiscais da FPF e também por populares, a dúvida era a mesma: "quem eram aqueles abnegados que estavam ali?". Ao final da primeira etapa, finalmente eu e o amigo nos tornamos 100% da torcida visitante, já que os dois japoneses foram ver o segundo tempo na torcida rubro-verde e o senhor encapotado nada mais era do que o motorista do carro que levou a taça da Série B ao Canindé.
No espaço destinado ao time visitante, uma proporção de 4 policiais para cada torcedor. Nunca estive tão bem protegido num estádio na minha vida. Foto: Fernando Martinez.
Apesar de sempre torcer para a Portuguesa, e estar torcendo para que o time pudesse ganhar mais três pontos nessa brilhante campanha no nacional em 2011, queria que o Duque de Caxias fizesse pelo menos um gol na segunda etapa. O time se mandou para o ataque e criou várias oportunidades para fazer o tento de honra, mas esbarrou numa ótima atuação do goleiro Wéverton. Quando o arqueiro deixava passar, a trave ajudava.
Visão geral do Canindé e a faixa da torcida da Portuguesa na sua posição normal. Foto: Fernando Martinez.
E mostrando o futebol que levou o time a ser chamado de "Barcelusa" pelos seus fiéis torcedores, o rubro-verde marcou mais duas vezes no tempo final, através de Guilherme e Edno, e fechou o placar em Portuguesa 4-0 Duque de Caxias. Foi o 20ºjogo de invencibilidade da equipe, que agora é o time com maior número de gols (80) numa Série B na era dos pontos corridos. Ah, e essa foi a oitava vitória por uma diferença igual ou maior de três gols no certame. Uma campanha extremamente espetacular!
Jogadores dentro da área da Portuguesa em escanteio para o Duque no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
As arquibancadas "lotadas" comigo sendo acompanhado pela família do Sumiro na torcida "ferrenha" para o time do Rio de Janeiro e um vendedor ambulante que faliu devido à falta de público na torcida visitante. Foto: Renato Rocha.
Após o jogo a festa foi enorme com a entrega da taça de Campeã Brasileira da Série B de 2011 ao time do Canindé. Depois de ver campanhas bizarras e bisonhas do onze paulistano no segundo escalão nacional, é muito legal ter presenciado o que rolou esse ano. Esperamos agora que o time se estruture para permanecer na Série A por muito tempo.
Independente disso, fizemos a nossa "boa ação" do mês de novembro ao fazer número na torcida de uma equipe que, para muitos, não fará a menor falta para a Série B do Brasileirão. Se formos levar em conta o tamanho da torcida, essa é uma afirmação que dificilmente tem como ser contestada.
Até a próxima!
Fernando
Durante o jogo fiquei pensando quem eram esses caras!!!! Hahahahaha Incrível ter lido esse post!! Parabéns por mais essa cobertura
ResponderExcluirOpa! A verdade sempre aparece! E estou na espera do meu Duque voltar a Série B. Em 2011 não deu, mas 2010 foi 2x0 Duque no Canindé... Ouvi tudo pelo velho amigo rádio.
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