Opa,
Na última sexta-feira resolvi sair da mesmice e fui fazer uma viagem para matar um time e um estádio, numa cidade que dificilmente aparece aqui no JOGOS PERDIDOS. Acordei cedinho e lá fui para a Rodoviária do Tietê garantir meu lugar num vazio ônibus até a cidade de Ribeirão Preto, para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. A pedida do dia foi ver o jogo entre o Olé Brasil, time recém-profissionalizado, e o tradicionalíssimo Jaboticabal no Estádio Santa Cruz, casa do Botafogo local.
A viagem foi tranqüila, pois com pouco mais de meia hora dentro do busão apreciando a paisagem já caí no sono e só fui acordar na rodoviária de Ribeirão, perdendo a parada para o almoço e também a parada na Mini-Rodoviária, que fica mais perto do Santa Cruz. Mas isso não foi problema, pois como era feriado comemorativo dos 153 anos de Ribeirão Preto, o trânsito estava moleza, moleza. E cheguei no estádio cedo, a tempo de todos os trâmites já comuns aqui no JP.
Entrei logo no gramado no estádio e ainda vi um grande pedaço de um amistoso do futebol feminino, entre o próprio time do Olé Brasil e do PJVV, time de um projeto social da cidade. Pude constatar que o Santa Cruz realmente é um dos grandes estádios do nosso interior, e acho genial poder conhecer esses lugares nunca antes visitados.
O jogo feminino logo acabou, com a vitória do time do Olé por 1x0, e agora era a vez do jogo de fundo rolar. E mais uma vez, com as equipes e o trio de arbitragem em campo, pude fazer as fotos oficiais e exclusivas que são cortesia aqui do JP.
Os dois times estão no difícil Grupo 2 da Segundona 2009, aonde somente o Tigre de Atenas não busca mais nada no campeonato. O time perdeu 18 pontos no TJD e todos seus nove jogos até a peleja de sexta-feira. A equipe mudou todo o time e agora joga com a equipe que vai dusputar o sub-20, para terminar o campeonato mais difícil de sua história de forma digna.
Para o Olé Brasil, a luta por uma vaga está acirrada, pois todos os outros times do grupo tem chance de classificação. Justamente por isso, jogar em casa com o lanterna do grupo era uma chance que não poderia ser desperdiçada em busca da vaga para a fase seguinte da competição. Mas nenhum jogo é ganho antes do apito final.
E numa temperatura extremamente agradável, diferente do que passei em Ribeirão no último mês de fevereiro, fui acompanhar o ataque do time da casa para ver o que iria acontecer. Um bom público também esteve presente no Santa Cruz para ver o jogão. E olha, com certeza o jogo que vi foi um dos meus Top 5 em 2009. Um belíssimo jogo de futebol, com muitas alternâncias no placar e muita raça dentro do gramado.
O Olé começou o jogo em cima do Jaboticabal, tentando marcar logo o primeiro gol para tentar jogar mais sossegado. E a tática deu certo, pois aos 12 minutos o jogador Érico recebeu passe longo e de fora da área chutou com estilo para deixar o Olé na frente do placar. O goleiro ainda tocou na bola, mas não teve como evitar o gol.
Mesmo com a vantagem no marcador, o time da casa continuou jogando com mais posse de bola e chegando mais dentro da área adversária, mas pecava por certa afobação e por algum preciocismo. E conforme o tempo foi passando, o Jaboticabal passou a colocar as manguinhas de fora e também foi chegando dentro da área adversária. O Tigre de Atenas passou a assustar a defesa do Olé com boas chegadas, principalmente pela direita.
E com tantas chances perdidas pelo time da casa, o castigo acabou vindo. Aos 35 minutos, o Jaboticabal chegou ao festejado empate com o jogador Alisson. A bola sobrou na esquerda e ele chutou cruzado no canto direito do goleiro do time de Ribeirão Preto. Tudo igual no placar do Santa Cruz. Mas o time visitante queria mais e conseguiu a inesperada virada aos 45 minutos, em mais um gol de Alisson, agora de voleio no mesmo canto direito.
Intervalo de jogo e vitória parcial para o time do Jaboticabal. Fui então descansar nos simpáticos bancos que ficam à beira do gramado, pois ali eram os únicos lugares com sombra por ali. E para o segundo tempo a certeza era que o Olé viria para cima, pois não estava nos planos da equipe perder pontos em casa para o último colocado do grupo.
E isso mesmo que aconteceu, com o time indo pra cima do Jaboticabal e criando muitas oportunidades de gol. O empate então saiu aos 8 minutos, para a festa da torcida presente. Depois de cruzamento da direita, aconteceu uma grande confusão dentro da área do time visitante, após isso a bola sobrou livre para o camisa 8 Canesin só tocou para o fundo das redes.
Com o empate, o time do Olé viu que daria para virar de novo o jogo e lançou com tudo ao ataque. O time chegava forte, mas a expulsão do camisa 11 Anderson aos 11 minutos deixou o time com a missão ainda mais complicada. E a grande chance para o time passar de novo à frente do marcador veio aos 29 minutos, num pênalti marcado pelo árbitro.
Na primeira cobrança o gol foi marcado, mas em vortude de um atleta do time ter invadido a área, a cobrança teve que ser repetida. Na segunda cobrança, a bola bateu caprochosamente na trave esquerda do goleiro e foi longe do alcance dos atacantes. Mas o time não desanimou, e dois minutos depois mais um pênalti foi marcado.
E agora novamente a estrela do time do Jaboticabal brilhou e ele fez uma espetacular defesa na cobrança da penalidade máxima. Acredito que eu nunca tinha visto um time perder dois pênaltis num espaço de tempo tão curto num jogo em estádio. Essa sequência de lances desanimou um pouco o time do Olé, que tentou, mas sem sucesso chegar ao terceiro gol.
O jogo seguia ao seu final com o empate estampado no placar, e no último lance de ataque do Olé, o time teve um escanteio a seu favor. Todo mundo na área e a bola foi lançada para ver se o time garantia os três pontos. Mas a bola foi interceptada por um zagueiro do Jaboticabal e logo lançada ao jogador Éverton. Ele correu o campo todo com a bola, entrou dentro da área do Olé, driblou o goleiro e colocou a bola dentro do gol do adversário. Um golaço de craque, para a festa absoluta dos jogadores, comissão técnica e torcida do time do Jaboticabal.
Final de jogo: Olé Brasil 2-3 Jaboticabal. Vitória heróica e espetacular do Esquadrão de Aço fora de casa, marcando os primeiros pontos do time na Segundona 2009. Já o Olé Brasil não esperava mesmo perder essa partida, e viu a classificação para a fase seguinte do campeonato ficar bastante ameaçada.
Satisfeito com o belíssimo jogo, só tive que aguardar agora o táxi chegar ao Santa Cruz para me levar até a Mini-Rodoviária da cidade para pegar meu ônibus para retornar à capital paulista. Nove horas de ônibus depois, cheguei à minha casa com a sensação de dever cumprido, mais uma vez. E com meu 488º time na Lista.
Até mais!
Fernando
Na última sexta-feira resolvi sair da mesmice e fui fazer uma viagem para matar um time e um estádio, numa cidade que dificilmente aparece aqui no JOGOS PERDIDOS. Acordei cedinho e lá fui para a Rodoviária do Tietê garantir meu lugar num vazio ônibus até a cidade de Ribeirão Preto, para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. A pedida do dia foi ver o jogo entre o Olé Brasil, time recém-profissionalizado, e o tradicionalíssimo Jaboticabal no Estádio Santa Cruz, casa do Botafogo local.
A viagem foi tranqüila, pois com pouco mais de meia hora dentro do busão apreciando a paisagem já caí no sono e só fui acordar na rodoviária de Ribeirão, perdendo a parada para o almoço e também a parada na Mini-Rodoviária, que fica mais perto do Santa Cruz. Mas isso não foi problema, pois como era feriado comemorativo dos 153 anos de Ribeirão Preto, o trânsito estava moleza, moleza. E cheguei no estádio cedo, a tempo de todos os trâmites já comuns aqui no JP.
Entrei logo no gramado no estádio e ainda vi um grande pedaço de um amistoso do futebol feminino, entre o próprio time do Olé Brasil e do PJVV, time de um projeto social da cidade. Pude constatar que o Santa Cruz realmente é um dos grandes estádios do nosso interior, e acho genial poder conhecer esses lugares nunca antes visitados.
Dois lances do jogo feminino entre Olé Brasil x PJVV, que rolou como preliminar do duelo da Segundona. Fotos: Fernando Martinez.
O jogo feminino logo acabou, com a vitória do time do Olé por 1x0, e agora era a vez do jogo de fundo rolar. E mais uma vez, com as equipes e o trio de arbitragem em campo, pude fazer as fotos oficiais e exclusivas que são cortesia aqui do JP.
Olé Brasil FC S/A - Ribeirão Preto/SP. Foto: Fernando Martinez.
Jaboticabal A - Jaboticabal/SP. Foto: Fernando Martinez.
Quarteto de arbitragem da partida, de novo com o amigo Daniel Marques, e os capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.
Os dois times estão no difícil Grupo 2 da Segundona 2009, aonde somente o Tigre de Atenas não busca mais nada no campeonato. O time perdeu 18 pontos no TJD e todos seus nove jogos até a peleja de sexta-feira. A equipe mudou todo o time e agora joga com a equipe que vai dusputar o sub-20, para terminar o campeonato mais difícil de sua história de forma digna.
Para o Olé Brasil, a luta por uma vaga está acirrada, pois todos os outros times do grupo tem chance de classificação. Justamente por isso, jogar em casa com o lanterna do grupo era uma chance que não poderia ser desperdiçada em busca da vaga para a fase seguinte da competição. Mas nenhum jogo é ganho antes do apito final.
Atacante do Olé Brasil protegendo a bola de marcador do Jaboticabal. Foto: Fernando Martinez.
E numa temperatura extremamente agradável, diferente do que passei em Ribeirão no último mês de fevereiro, fui acompanhar o ataque do time da casa para ver o que iria acontecer. Um bom público também esteve presente no Santa Cruz para ver o jogão. E olha, com certeza o jogo que vi foi um dos meus Top 5 em 2009. Um belíssimo jogo de futebol, com muitas alternâncias no placar e muita raça dentro do gramado.
Chegada forte do ataque do time da casa. Foto: Fernando Martinez.
O Olé começou o jogo em cima do Jaboticabal, tentando marcar logo o primeiro gol para tentar jogar mais sossegado. E a tática deu certo, pois aos 12 minutos o jogador Érico recebeu passe longo e de fora da área chutou com estilo para deixar o Olé na frente do placar. O goleiro ainda tocou na bola, mas não teve como evitar o gol.
Lance que originou o primeiro gol do Olé Brasil no jogo. Foto: Fernando Martinez.
Mesmo com a vantagem no marcador, o time da casa continuou jogando com mais posse de bola e chegando mais dentro da área adversária, mas pecava por certa afobação e por algum preciocismo. E conforme o tempo foi passando, o Jaboticabal passou a colocar as manguinhas de fora e também foi chegando dentro da área adversária. O Tigre de Atenas passou a assustar a defesa do Olé com boas chegadas, principalmente pela direita.
Detalhe do jogo entre Olé Brasil x Jaboticabal. Foto: Fernando Martinez.
E com tantas chances perdidas pelo time da casa, o castigo acabou vindo. Aos 35 minutos, o Jaboticabal chegou ao festejado empate com o jogador Alisson. A bola sobrou na esquerda e ele chutou cruzado no canto direito do goleiro do time de Ribeirão Preto. Tudo igual no placar do Santa Cruz. Mas o time visitante queria mais e conseguiu a inesperada virada aos 45 minutos, em mais um gol de Alisson, agora de voleio no mesmo canto direito.
Goleiro do Jaboticabal sai mais alto para evitar gol do time de Ribeirão Preto. Foto: Fernando Martinez.
Intervalo de jogo e vitória parcial para o time do Jaboticabal. Fui então descansar nos simpáticos bancos que ficam à beira do gramado, pois ali eram os únicos lugares com sombra por ali. E para o segundo tempo a certeza era que o Olé viria para cima, pois não estava nos planos da equipe perder pontos em casa para o último colocado do grupo.
Ótima chance de gol para o time da casa no começo do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
E isso mesmo que aconteceu, com o time indo pra cima do Jaboticabal e criando muitas oportunidades de gol. O empate então saiu aos 8 minutos, para a festa da torcida presente. Depois de cruzamento da direita, aconteceu uma grande confusão dentro da área do time visitante, após isso a bola sobrou livre para o camisa 8 Canesin só tocou para o fundo das redes.
Momento do segundo gol do time do Olé Brasil. Foto: Fernando Martinez.
Com o empate, o time do Olé viu que daria para virar de novo o jogo e lançou com tudo ao ataque. O time chegava forte, mas a expulsão do camisa 11 Anderson aos 11 minutos deixou o time com a missão ainda mais complicada. E a grande chance para o time passar de novo à frente do marcador veio aos 29 minutos, num pênalti marcado pelo árbitro.
Na primeira cobrança o gol foi marcado, mas em vortude de um atleta do time ter invadido a área, a cobrança teve que ser repetida. Na segunda cobrança, a bola bateu caprochosamente na trave esquerda do goleiro e foi longe do alcance dos atacantes. Mas o time não desanimou, e dois minutos depois mais um pênalti foi marcado.
Falta que o zagueiro do Jaboticabal fez no jogador do Olé Brasil dentro da área, no segundo pênalti marcado em dois minutos. Foto: Fernando Martinez.
E agora novamente a estrela do time do Jaboticabal brilhou e ele fez uma espetacular defesa na cobrança da penalidade máxima. Acredito que eu nunca tinha visto um time perder dois pênaltis num espaço de tempo tão curto num jogo em estádio. Essa sequência de lances desanimou um pouco o time do Olé, que tentou, mas sem sucesso chegar ao terceiro gol.
Segundo pênalti perdido pelo Olé Brasil, aqui com defesa espetacular do goleiro. Foto: Fernando Martinez.
O jogo seguia ao seu final com o empate estampado no placar, e no último lance de ataque do Olé, o time teve um escanteio a seu favor. Todo mundo na área e a bola foi lançada para ver se o time garantia os três pontos. Mas a bola foi interceptada por um zagueiro do Jaboticabal e logo lançada ao jogador Éverton. Ele correu o campo todo com a bola, entrou dentro da área do Olé, driblou o goleiro e colocou a bola dentro do gol do adversário. Um golaço de craque, para a festa absoluta dos jogadores, comissão técnica e torcida do time do Jaboticabal.
Final de jogo: Olé Brasil 2-3 Jaboticabal. Vitória heróica e espetacular do Esquadrão de Aço fora de casa, marcando os primeiros pontos do time na Segundona 2009. Já o Olé Brasil não esperava mesmo perder essa partida, e viu a classificação para a fase seguinte do campeonato ficar bastante ameaçada.
Placar final no Santa Cruz, mostrando um resultado totalmente inesperado. Foto: Fernando Martinez.
Satisfeito com o belíssimo jogo, só tive que aguardar agora o táxi chegar ao Santa Cruz para me levar até a Mini-Rodoviária da cidade para pegar meu ônibus para retornar à capital paulista. Nove horas de ônibus depois, cheguei à minha casa com a sensação de dever cumprido, mais uma vez. E com meu 488º time na Lista.
Até mais!
Fernando
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