Fala povo!
Nessa quarta-feira que se passou voltamos a ter um jogo noturno aqui na capital de São Paulo com a cobertura do JOGOS PERDIDOS. Mesmo não sendo perdido, de novo fui ver um jogo do Campeonato Brasileiro 2008 no Estádio do Canindé. Sozinho, já que ninguém se aventurou em cair da noite fria da capital, acompanhei a partida entre Portuguesa e Náutico. Partida que lembrou bastante as noites frias de junho e julho nos anos de tormento da Lusa na Série B. Inclusive pelo público, que não compareceu em massa, deixando os incontáveis cambistas tendo que vender os ingressos pelo preço facial. E o melhor, ingressos fáceis, sem fila!
Cheguei cedo, então já me direcionei às arquibancadas para ver o jogo. Eu já via que parte da torcida organizada da Lusa já estava querendo a cabeça do técnico Benazzi antes mesmo da bola rolar. Com a bola rolando, a Portuguesa até que não começou mal, mas não conseguiu traduzir seu domínio inicial em gols. O clima complicou aos 13 minutos, quando depois de furada da defesa, o atacante Felipe abriu o placar para os pernambucanos.
Foi a senha para que parte da torcida que estava do outro lado das arquibancadas se dirigisse para atrás do banco de reservas da Lusa para as tradicionais homenagens e cânticos gentis com o nome "Benazzi" em todos eles. Aí percebi algo estranho, já que o pessoal da numerada e o restante da arquibancada perto do banco passou a questionar esses xingamentos de parte da torcida. Ou seja, parte do pessoal xinga, a outra não quer que xingue.
Estranhamentos à parte, o clima pesou e o bicho pegou ainda mais quando o Náutico fez o segundo gol com o jogador Gilmar escorando cruzamento da direita. O Náutico fazia o que queria e a Lusa não via a cor da bola. A massa então foi à loucura pedindo a cabeça do técnico. O intervalo veio com o pessoal completamente indignado nas arquibancadas. Nem a galera que reclamou dos xingamentos ao Benazzi retrucou.
Pensando com meus botões, percebi que a coisa iria piorar bastante em caso de uma derrota, e o segundo tempo teria que ser de superação absoluta para o time rubro-verde. E lá fui eu para um lugar mais tranquilo das arquibancadas para ver o tempo final. Ele começou muito bem, com a Lusa diminuindo aos 3 minutos, em grande cobrança de falta de Edno.
Mas a Portuguesa não acertava os passes e via seu domínio territorial não adiantar muita coisa. O povo continuava xingando, o Náutico fazendo cera e a torcida do Timbu comemorando. O filme do jogo contra o Vitória, também no Canindé e com derrota de 2 a 1, parecia que iria se repetir. O time não chutava, e sem chutar não tem como marcar gols.
O Náutico ainda assustava em duas ótimas chances para ampliar. Numa delas, a bola bateu caprichosamente na trave e por pouco não fecha o jogo. Mas aos 38, numa das únicas vaciladas da defesa do Náutico no jogo, veio o empate. A bola foi tocada para a direita, a zaga dormiu e o jogador Fabrício encheu o pé. Empate no Canindé e agora era tudo ou nada.
De tanto insistir, a Portuguesa conseguiu o milagroso gol aos 46 minutos. O jogador Carlos Alberto chutou rasteiro para corte da zaga. Mas a bola foi parar nos pés do estreante Jonas, que encheu o pé e colocou a bola no canto direito de Eduardo. Festa completa no Canindé e uma emoção imensurável por lá.
Aí que veio o mais estranho perto de onde eu estava. Parte dos torcedores começou a gritar o nome do técnico Benazzi. Outra parte então veio com tudo e impediu que o nome do técnico fosse gritado. Com a turma do "deixa disso" ligada o pior acabou não acontecendo, mas foi muito estranho. Acredito em formas livres de expressão e nem entrarei no mérito de xingar ou não o técnico, mas é inegável que a Portuguesa conseguiu se reerguer paulista e nacionalmente por causa dele e se tirarem o cara, quem colocarão no lugar?
Final de jogo: Portuguesa 3-2 Náutico. Grande vitória da Lusa, que afasta momentaneamente o perigo da zona de rebaixamento e garante uma vitória épica no Canindé. Mas ainda faltam 26 rodadas e muita água vai passar debaixo dessa ponte... Depois do jogo, voltei para meu QG no Pari aguardando mais uma esperadíssima noite de sono!
Até a próxima!
Fernando
Nessa quarta-feira que se passou voltamos a ter um jogo noturno aqui na capital de São Paulo com a cobertura do JOGOS PERDIDOS. Mesmo não sendo perdido, de novo fui ver um jogo do Campeonato Brasileiro 2008 no Estádio do Canindé. Sozinho, já que ninguém se aventurou em cair da noite fria da capital, acompanhei a partida entre Portuguesa e Náutico. Partida que lembrou bastante as noites frias de junho e julho nos anos de tormento da Lusa na Série B. Inclusive pelo público, que não compareceu em massa, deixando os incontáveis cambistas tendo que vender os ingressos pelo preço facial. E o melhor, ingressos fáceis, sem fila!
Cheguei cedo, então já me direcionei às arquibancadas para ver o jogo. Eu já via que parte da torcida organizada da Lusa já estava querendo a cabeça do técnico Benazzi antes mesmo da bola rolar. Com a bola rolando, a Portuguesa até que não começou mal, mas não conseguiu traduzir seu domínio inicial em gols. O clima complicou aos 13 minutos, quando depois de furada da defesa, o atacante Felipe abriu o placar para os pernambucanos.
Ataque do Náutico no primeiro tempo de horror da Lusa. Foto: Fernando Martinez.
Escanteio para o Náutico durante a primeira etapa. Foto: Fernando Martinez.
Foi a senha para que parte da torcida que estava do outro lado das arquibancadas se dirigisse para atrás do banco de reservas da Lusa para as tradicionais homenagens e cânticos gentis com o nome "Benazzi" em todos eles. Aí percebi algo estranho, já que o pessoal da numerada e o restante da arquibancada perto do banco passou a questionar esses xingamentos de parte da torcida. Ou seja, parte do pessoal xinga, a outra não quer que xingue.
Estranhamentos à parte, o clima pesou e o bicho pegou ainda mais quando o Náutico fez o segundo gol com o jogador Gilmar escorando cruzamento da direita. O Náutico fazia o que queria e a Lusa não via a cor da bola. A massa então foi à loucura pedindo a cabeça do técnico. O intervalo veio com o pessoal completamente indignado nas arquibancadas. Nem a galera que reclamou dos xingamentos ao Benazzi retrucou.
Galera atrás do banco de reservas e enquanto o técnico Vágner Benazzi ia para o intervalo. Ânimos exaltados no Canindé. Fotos: Fernando Martinez.
Pensando com meus botões, percebi que a coisa iria piorar bastante em caso de uma derrota, e o segundo tempo teria que ser de superação absoluta para o time rubro-verde. E lá fui eu para um lugar mais tranquilo das arquibancadas para ver o tempo final. Ele começou muito bem, com a Lusa diminuindo aos 3 minutos, em grande cobrança de falta de Edno.
Num ângulo aberto, o primeiro gol da Portuguesa em cobrança de falta. Foto: Fernando Martinez.
Mas a Portuguesa não acertava os passes e via seu domínio territorial não adiantar muita coisa. O povo continuava xingando, o Náutico fazendo cera e a torcida do Timbu comemorando. O filme do jogo contra o Vitória, também no Canindé e com derrota de 2 a 1, parecia que iria se repetir. O time não chutava, e sem chutar não tem como marcar gols.
O atacante Diogo tentou, mas o dia não era dele. Foto: Fernando Martinez.
O Náutico ainda assustava em duas ótimas chances para ampliar. Numa delas, a bola bateu caprichosamente na trave e por pouco não fecha o jogo. Mas aos 38, numa das únicas vaciladas da defesa do Náutico no jogo, veio o empate. A bola foi tocada para a direita, a zaga dormiu e o jogador Fabrício encheu o pé. Empate no Canindé e agora era tudo ou nada.
De tanto insistir, a Portuguesa conseguiu o milagroso gol aos 46 minutos. O jogador Carlos Alberto chutou rasteiro para corte da zaga. Mas a bola foi parar nos pés do estreante Jonas, que encheu o pé e colocou a bola no canto direito de Eduardo. Festa completa no Canindé e uma emoção imensurável por lá.
Zaga do Náutico afastando o perigo ainda com o jogo empatado. Foto: Fernando Martinez.
Aí que veio o mais estranho perto de onde eu estava. Parte dos torcedores começou a gritar o nome do técnico Benazzi. Outra parte então veio com tudo e impediu que o nome do técnico fosse gritado. Com a turma do "deixa disso" ligada o pior acabou não acontecendo, mas foi muito estranho. Acredito em formas livres de expressão e nem entrarei no mérito de xingar ou não o técnico, mas é inegável que a Portuguesa conseguiu se reerguer paulista e nacionalmente por causa dele e se tirarem o cara, quem colocarão no lugar?
Final de jogo: Portuguesa 3-2 Náutico. Grande vitória da Lusa, que afasta momentaneamente o perigo da zona de rebaixamento e garante uma vitória épica no Canindé. Mas ainda faltam 26 rodadas e muita água vai passar debaixo dessa ponte... Depois do jogo, voltei para meu QG no Pari aguardando mais uma esperadíssima noite de sono!
Até a próxima!
Fernando
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