Texto e fotos: Fernando Martinez (exceto a indicada)
Começou na última sexta-feira o mata-mata do Campeonato Paulista sub-20 da Série B, com partidas bem interessantes. Passei a semana me planejando para um jogo, mas, do nada, surgiu um plano B e acabei optando por ele. Pela segunda vez em 2025 fui ao Estádio Thelmo de Almeida. Em campo, o Cosmopolitano recebeu o Nacional.
A chance de retornar a Cosmópolis aconteceu graças ao convite do Alexandre Giesbrecht, grande são-paulino e fã do time nacionalista. Inicialmente eu iria a Itaquá x Linense, mas a proposta do amigo me pareceu mais interessante pela presença do glorioso clube ferroviário. Junto com a gente estava o Daniel, filho mais novo do Alexandre. Vale registrar que nunca tinha visto o sub-20 do Naça tão longe de casa até então.
O Cosmopolitano terminou a primeira fase na terceira colocação do Grupo 3, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Avançou com a 13ª melhor campanha. O Nacional foi o segundo do Grupo 5 e quarto no geral, somando sete triunfos, dois empates e apenas uma derrota por WO. Ou seja, dentro de campo, os paulistanos estavam invictos.
Cosmopolitano Sports Ltda. (sub-20) - Cosmópolis/SP

Nacional Atlético Clube (sub-20) - São Paulo/SP
Capitães e quarteto de arbitragem
Chegamos à casa do Cosmopolitano em cima da pinta e já fui direto ao gramado. Depois de uma semana com temperaturas baixas, a sexta-feira foi particularmente quente na capital... então imaginem como estava no interior. O sol brilhava forte e a sensação térmica era de 31 graus. Não tinha como ficar no gramado por muito tempo.
Fiz as fotos e fiquei pouco no ataque dos donos da casa. De lá, vi o Nacional começar mais bem postado e abrir o marcador aos 13 minutos com Kléber. Então subi até a arquibancada e fiquei na abençoada sombra, acompanhando o restante da peleja. Durante a etapa inicial, os locais ficaram com a bola, mas não souberam o que fazer com ela.
O estádio recebeu cerca de 100 pessoas, e uma delas repetia sem parar: “o futebol do Nacional respira por aparelhos” a cada minuto. Confesso que foi irritante. No intervalo, fiz uma boquinha com o ótimo pastel do local e segui ali no tempo final. O Cosmopolitano voltou com a mesma atitude de buscar o gol com mais afinco, mas o último toque seguia falho.
Detalhes do primeiro tempo no Thelmo de Almeida
Daniel, filho do amigo Alexandre, já acompanhando as aventuras do time sub-20 do Nacional Atlético Clube (Foto: Alexandre Giesbrecht)
O Nacional se aventurou pelo ataque em investidas pela esquerda, principalmente com o ótimo camisa 19, Marcos. Ele infernizou a defesa mandante com dribles secos e muita rapidez. Pena que seus companheiros não estavam na mesma rotação e desperdiçaram todos os bons passes que receberam.
Enquanto o cidadão insistia que o futebol do Nacional respirava por aparelhos, a partida foi se encaminhando para o fim. Nos acréscimos, o Cosmopolitano teve seus melhores lances: primeiro, Paulo Sérgio fez grande defesa em cobrança de falta, e depois evitou o empate dando uma bicuda na bola que quicava na pequena área.
O Nacional sofreu muita pressão dos locais na etapa final, mas chance de gol mesmo foi rara

Uma das melhores oportunidades foi em cobrança de falta nos acréscimos que o goleiro Paulo Sérgio defendeu de forma brilhante
O árbitro encerrou a partida com uma importante vitória visitante pela contagem mínima. O Nacional agora joga pelo empate no Nicolau Alayon no dia 15. Definitivamente ele respira de forma natural e tem boa vantagem. O Cosmopolitano precisa vencer por dois gols de diferença. Se ganhar por um, a decisão irá para os pênaltis. E se tudo der certo, estaremos lá para acompanhar.
Voltamos para a capital enfrentando um baita trânsito na região de Campinas. Cheguei ao QG da Zona Oeste por volta das 21 horas. Sem muito tempo a perder, descansei cedo, pois tinha rodada tripla no sábado com direito a time novo na Lista, um daqueles que eu queria ver desde criança.
Até lá!
Ficha Técnica: Cosmopolitano 0-1 Nacional
Local: Estádio Thelmo de Almeida (Cosmópolis); Árbitro: Rogério Fernando Alves Junior; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Kléber, Davi e Gabriel; Gol: Kléber 13 do 1º.
Cosmopolitano: Guilherme Ferreira; Kauan Previatti (Nathan Vinícius), Pietro Nicolenco, Leonardo Goldner e Jonatan Costa (Luander da Silva); Gabriel Soares, Pedro Aurélio (Vítor Habermann), Leonardo Galanti e Frank Wesley (Pedro D'Andrea); Rafael Godinho (Keven Pereira) e Bruno dos Santos (Gustavo Nista). Técnico: Válter Santos.
Nacional: Paulo Sérgio; Roger, João Paulo, Antônio e Gabriel (Guilherme); Fellipe, Kléber (Gustavo), Felipe Lima (João Pedro) e Willian (Wailacy); Biazon (Luís Henrique) (Estevam) e Davi (Marcos). Técnico: Edson Krusschevscky.