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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Em Cosmópolis, Nacional larga na frente nas oitavas do Paulista sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez (exceto a indicada)


Começou na última sexta-feira o mata-mata do Campeonato Paulista sub-20 da Série B, com partidas bem interessantes. Passei a semana me planejando para um jogo, mas, do nada, surgiu um plano B e acabei optando por ele. Pela segunda vez em 2025 fui ao Estádio Thelmo de Almeida. Em campo, o Cosmopolitano recebeu o Nacional.

A chance de retornar a Cosmópolis aconteceu graças ao convite do Alexandre Giesbrecht, grande são-paulino e fã do time nacionalista. Inicialmente eu iria a Itaquá x Linense, mas a proposta do amigo me pareceu mais interessante pela presença do glorioso clube ferroviário. Junto com a gente estava o Daniel, filho mais novo do Alexandre. Vale registrar que nunca tinha visto o sub-20 do Naça tão longe de casa até então.

O Cosmopolitano terminou a primeira fase na terceira colocação do Grupo 3, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Avançou com a 13ª melhor campanha. O Nacional foi o segundo do Grupo 5 e quarto no geral, somando sete triunfos, dois empates e apenas uma derrota por WO. Ou seja, dentro de campo, os paulistanos estavam invictos.


Cosmopolitano Sports Ltda. (sub-20) - Cosmópolis/SP


Nacional Atlético Clube (sub-20) - São Paulo/SP


Capitães e quarteto de arbitragem

Chegamos à casa do Cosmopolitano em cima da pinta e já fui direto ao gramado. Depois de uma semana com temperaturas baixas, a sexta-feira foi particularmente quente na capital... então imaginem como estava no interior. O sol brilhava forte e a sensação térmica era de 31 graus. Não tinha como ficar no gramado por muito tempo.

Fiz as fotos e fiquei pouco no ataque dos donos da casa. De lá, vi o Nacional começar mais bem postado e abrir o marcador aos 13 minutos com Kléber. Então subi até a arquibancada e fiquei na abençoada sombra, acompanhando o restante da peleja. Durante a etapa inicial, os locais ficaram com a bola, mas não souberam o que fazer com ela.

O estádio recebeu cerca de 100 pessoas, e uma delas repetia sem parar: “o futebol do Nacional respira por aparelhos” a cada minuto. Confesso que foi irritante. No intervalo, fiz uma boquinha com o ótimo pastel do local e segui ali no tempo final. O Cosmopolitano voltou com a mesma atitude de buscar o gol com mais afinco, mas o último toque seguia falho.






Detalhes do primeiro tempo no Thelmo de Almeida


Daniel, filho do amigo Alexandre, já acompanhando as aventuras do time sub-20 do Nacional Atlético Clube (Foto: Alexandre Giesbrecht)

O Nacional se aventurou pelo ataque em investidas pela esquerda, principalmente com o ótimo camisa 19, Marcos. Ele infernizou a defesa mandante com dribles secos e muita rapidez. Pena que seus companheiros não estavam na mesma rotação e desperdiçaram todos os bons passes que receberam.

Enquanto o cidadão insistia que o futebol do Nacional respirava por aparelhos, a partida foi se encaminhando para o fim. Nos acréscimos, o Cosmopolitano teve seus melhores lances: primeiro, Paulo Sérgio fez grande defesa em cobrança de falta, e depois evitou o empate dando uma bicuda na bola que quicava na pequena área.





O Nacional sofreu muita pressão dos locais na etapa final, mas chance de gol mesmo foi rara


Uma das melhores oportunidades foi em cobrança de falta nos acréscimos que o goleiro Paulo Sérgio defendeu de forma brilhante

O árbitro encerrou a partida com uma importante vitória visitante pela contagem mínima. O Nacional agora joga pelo empate no Nicolau Alayon no dia 15. Definitivamente ele respira de forma natural e tem boa vantagem. O Cosmopolitano precisa vencer por dois gols de diferença. Se ganhar por um, a decisão irá para os pênaltis. E se tudo der certo, estaremos lá para acompanhar.

Voltamos para a capital enfrentando um baita trânsito na região de Campinas. Cheguei ao QG da Zona Oeste por volta das 21 horas. Sem muito tempo a perder, descansei cedo, pois tinha rodada tripla no sábado com direito a time novo na Lista, um daqueles que eu queria ver desde criança.

Até lá!

Ficha Técnica: Cosmopolitano 0-1 Nacional

Local: Estádio Thelmo de Almeida (Cosmópolis); Árbitro: Rogério Fernando Alves Junior; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Kléber, Davi e Gabriel; Gol: Kléber 13 do 1º.
Cosmopolitano: Guilherme Ferreira; Kauan Previatti (Nathan Vinícius), Pietro Nicolenco, Leonardo Goldner e Jonatan Costa (Luander da Silva); Gabriel Soares, Pedro Aurélio (Vítor Habermann), Leonardo Galanti e Frank Wesley (Pedro D'Andrea); Rafael Godinho (Keven Pereira) e Bruno dos Santos (Gustavo Nista). Técnico: Válter Santos.
Nacional: Paulo Sérgio; Roger, João Paulo, Antônio e Gabriel (Guilherme); Fellipe, Kléber (Gustavo), Felipe Lima (João Pedro) e Willian (Wailacy); Biazon (Luís Henrique) (Estevam) e Davi (Marcos). Técnico: Edson Krusschevscky.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Somente o JP registrou: Meia Noite derrota o Urawa em Louveira

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na terça-feira tivemos o prazer de ver um insólito jogo na cidade de Louveira, perdidaço mesmo. Só que na quinta-feira a alternatividade atingiu níveis estratosféricos com uma peleja que entrou no Top 10 das mais perdidas da vida. De novo no Estádio José Silveira Nunes, ficaram frente a frente os elencos sub-15 do Meia Noite de Patrocínio Paulista e do Urawa Red Diamonds do Japão. Nem no saudoso Elifoot era possível algo tão randômico assim.

Como disse na matéria do duelo dos japoneses contra a Ponte Preta, a equipe do Urawa veio ao Brasil para passar um período treinando em Louveira a convite de um empresário de Itatiba. O detalhe mais curioso da tarde foi que o duelo marcou o primeiro compromisso internacional da história do Meia Noite. O clube se filiou este ano na FPF e viu a chance de estrear contra um adversário estrangeiro. Somente o Jogos Perdidos cobriu esse confronto histórico.


Os capitães do Meia Noite e do Urawa Red Diamonds trocando camisas antes da peleja


Esporte Clube Meia Noite SAF (sub-15) - Patrocínio Paulista/SP


Urawa Red Diamonds (sub-15) - Saitama/JAP


Os capitães e o árbitro do amistoso internacional em Louveira

A caravana da quinta-feira teve a direção do amigo Caio, a presença de Renato "Bee-man" Rocha — ambos também presentes contra a Ponte — e, vendo pela primeira vez o Urawa, a dupla Pucci e Rodrigo Colucci, o maior galã da Lapa. Saímos mais cedo para emendar um almoço no Pizza Hut da estrada. Para minha decepção, aguentei pouco e não consegui acompanhar o farto apetite dos amigos.

Chegamos ao estádio e, desta vez, não teve muito atraso. As duas equipes já estavam a postos e a arbitragem também. A única diferença foi a ausência do pessoal da prefeitura local. Também tivemos o pontapé inicial dado pelo Renato, o Homem-Abelha. Cerca de cinquenta pessoas, se muito, acompanharam a peleja.

O Meia Noite, atualmente na segunda fase do Paulista sub-15, fez uma atuação sólida contra os asiáticos. Perdeu duas chances claras até abrir o placar com um gol de Derick. O Urawa chegou a marcar duas vezes, mas o assistente — nada mais do que um integrante da comissão técnica com uma camiseta na mão — anulou ambos os tentos por impedimento.

Na etapa final, fui dar uma volta ao redor do campo e relembrar as calorentas rodadas duplas que acompanhei ali nas Copinhas de 2010 e 2013, esta última com direito a uma baita insolação. O sol estava forte, mas nada absurdo como no mês de janeiro. Dentro das quatro linhas, o Urawa buscou o empate desde os primeiros movimentos, sem sucesso. A molecada japonesa perdeu pelo menos duas oportunidades que, se bobear, até eu no estado físico atual faria.

O Meia Noite colocou as manguinhas de fora e anotou o segundo gol numa pintura de Edu Bernardes. Ele avançou pela esquerda, tirou do zagueiro e colocou no ângulo esquerdo do arqueiro visitante. O Urawa sentiu o gol e foi a vez dos locais desperdiçarem bons momentos. No fim, o triunfo por 2 a 0 ficou de bom tamanho. Uma honra o JP ter sido o único veículo de imprensa a registrar o fato.


O Meia Noite começou seu primeiro amistoso internacional assustando o onze japonês



Detalhe do primeiro gol brasileiro em Louveira, marcado por Derick, camisa 19




Mais lances do primeiro tempo no José Silveira Nunes



Na etapa final, o Meia Noite seguiu mais perigoso



Edu Bernardes acertou um belo chute no ângulo esquerdo e marcou o segundo tento local





No fim, o Meia Noite saiu de campo com a vitória em seu primeiro compromisso internacional na história

O melódico Rodrigo Colucci ainda tentou aquele famoso escambo, trocando camisas com a rapaziada do Urawa, mas não teve sucesso. Foi difícil conversar com o pessoal, pois, além de não entenderem o português, também não falavam inglês. Como o amigo ainda não se aventurou a aprender a língua do país oriental, ficou sem levar uma peça original para casa.

Foi isso. Pegamos o caminho de volta até a capital sem trânsito e não demorou para estar no QG da Zona Oeste. Foram duas viagens em três dias… e, na sexta, ainda emendei outra: a abertura do mata-mata do Paulista sub-20 da Série B, onde acompanhei outra apresentação do Nacional.

Até lá!