Fala pessoal!
Na última quarta-feira, eu e o Emerson resolvemos enfrentar um dilúvio e seguimos até o litoral paulista para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Seguindo pela Via Anchieta debaixo de muita neblina, pista molhada e um trânsito complicado, chegamos com muita luta no Estádio Ulrico Mursa, para o jogo entre o Jabaquara e o CAL Bariri, nome "atual" do tradiconal Clube Atlético Lençoense.
Graças ao temporal que caiu na quarta de manhã, o gramado (?) do estádio estava praticamente um charco, e muitas dúvidas em relação à realização da partida ainda pairavam pelo ar. Mas conforme o tempo foi passando, a arbitragem nos confirmou que o jogo iria acontecer sim. Bom, seria tudo, menos jogo de futebol.
Fomos então para o gramado do Ulrico Mursa tentar encontrar algum caminho que nos deixasse tirar as fotos oficiais das equipes. Olha, foi dureza... molhei tênis, meia e calça, mas consegui quase como um troféu as fotos dos times. Ah, dessa vez não teremos a foto do trio com os capitães.
Esperávamos um jogo muito bom no Ulrico Mursa, com os dois times vindo de empates na primeira rodada e buscando os primeiros três pontos na Segunda Fase da Segundona. Mas com aquele campo ficava difícil qualquer prognóstico. O estado do gramado era lastimável, e tudo poderia acontecer. E para sorte dos donos da casa, o time amarelo já marcou o primeiro aos 4 minutos, com o veterano Axel escorando cruzamento da direita.
Um golzinho no começo da partida era tudo que o Jabuca queria, e agora o time de Bariri teria que superar a desvantagem no marcador e superar ainda o charco que se transformou o campo da Portuguesa local. E a partida foi bastante equilibrada, com os jogadores tentando driblar os adversários e as poças d'água sempre.
Mas aos 20 minutos um lance que fez a diferença no jogo. Ataque rápido do CAL Bariri e a bola foi lançada ao camisa 14 Maurício. Mas a foto do lance abaixo deixa claro a posição absurda de impedimento do jogador do time do Bariri quando do lançamento. O auxiliar número 1 acabou indeciso se corria ou não para o centro do gramado, tanto que acabou nem correndo. O Jabuca acabou bastante prejudicado nesse lance.
Empate no placar e o jogo sem maiores emoções pois os times ainda não conseguiam driblar o estado do gramado. Mas o CAL mostrou um bom time, e parecia que tinha se adaptado melhor às condições do tempo. O Jabuca não conseguia mais chegar, e os seus atacantes carregavam demais a bola. Sentíamos que o gol só sairia em algum lamce isolado.
E esse lance isolado aconteceu aos 39 minutos, quando o CAL Bariri teve um pênalti a seu favor. Numa rápida chegada pela esquerda, o atacante do time foi derrubado dentro da área por um zagueiro do Jabuca. O campo atrapalhou, pois ele tirou a bola sem falta, mas por continuar escorregando no gramado encharcado acabou derrubando mesmo o atleta adversário. Na cobrança, Ronivaldo bateu com classe e virou o marcador para os visitantes.
O primeiro tempo então chegou ao final com a vitória parcial dos visitantes. Nesse intervalo conversei bastante com o Orlando, que estava em Jacareí e aproveitei para fazer minha boquinha na simpática lanchonete do Ulrico Mursa. Também vi jogadores dos meus tempos de escola, como o Paulinho Kobayashi e o ex-zagueiro Fernando, atual dirigente da Portuguesa local e autor do gol que deu o título da Copa do Brasil 1990 ao Flamengo.
Para o segundo tempo, a esperança da torcida jabaquarense era que o time acordasse e conseguisse marcar logo. Mas a equipe não estava num dia bom, e por mais que tivesse maior posse de bola não conseguia criar chances claras para deixar tudo igual. Já o CAL mostrava um time melhor adaptado às condições adversas e não corria riscos.
Aos 23 minutos mais um lance polêmico na partida. O jogador Mariola esticou demais o pé e, segundo a arbitragem, acertou o goleiro do CAL na cabeça. Na hora o atleta do Jabuca foi expulso e todos se mostraram preocupados pois o goleiro estava desacordado. depois de alguns minutos no gramado, o goleiro foi retirado de campo e levado de ambulância até o hospital que fica próximo ao Ulrico Mursa.
Aí que vimos o segundo absurdo do jogo. Entre o tempo que ficou desmaiado no gramado, o tempo para levá-lo até a ambulância, o tempo em que o jogo ficou paralisado até que a ambulância retornasse foi por volta (sendo extremamente generosos) de 15 minutos. Escrevo isso pois estávamos cronometrando a partida, então temos como dizer com propriedade. Mas depois que o jogo ficou paralisado, o árbitro encerrou a peleja com 55 minutos. (Na súmula foi relatado que a partida ficou interrompida por 8 (!) minutos. A lógica não tem como explicar esses 8 minutos não.)
Tirando os quinze minutos de paralisação, o jogo não teve nem 40 minutos no segundo tempo! Tudo bem que o Jabaquara estava naqueles dias que poderia ficar jogando por mais quatro ou cinco horas que acho que não sairia o gol, mas pelo menos mais 8 ou 9 minutos de partida seriam necessários. E foi prejudicial aos dois times, pois o CAL também poderia ter feito mais gols e ficaria com maior saldo, o que pode definir alguma classificação no final dessa segunda fase.
No final ficou mesmo Jabaquara 1-2 CAL Bariri. O time não esteve bem, mas com a arbitragem polêmica que tivemos o pessoal ficou bastante irritado com os homens de preto. Com o resultado, o Jabuca agora vai ter que ganhar algum jogo fora caso queira a classificação. Para o bom time do CAL Bariri, a vitória foi essencial, e agora a equipe vai definir a classificação nas partidas nos seus domínios.
Após o jogo voltamos correndo para São Paulo, com muito mais chuva e neblina, e eu ainda iria até a cidade de São Bernardo do Campo para mais um jogo, mas a chuva venceu e acabei voltando para casa.
Até mais!
Fernando
Na última quarta-feira, eu e o Emerson resolvemos enfrentar um dilúvio e seguimos até o litoral paulista para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Seguindo pela Via Anchieta debaixo de muita neblina, pista molhada e um trânsito complicado, chegamos com muita luta no Estádio Ulrico Mursa, para o jogo entre o Jabaquara e o CAL Bariri, nome "atual" do tradiconal Clube Atlético Lençoense.
Graças ao temporal que caiu na quarta de manhã, o gramado (?) do estádio estava praticamente um charco, e muitas dúvidas em relação à realização da partida ainda pairavam pelo ar. Mas conforme o tempo foi passando, a arbitragem nos confirmou que o jogo iria acontecer sim. Bom, seria tudo, menos jogo de futebol.
Fomos então para o gramado do Ulrico Mursa tentar encontrar algum caminho que nos deixasse tirar as fotos oficiais das equipes. Olha, foi dureza... molhei tênis, meia e calça, mas consegui quase como um troféu as fotos dos times. Ah, dessa vez não teremos a foto do trio com os capitães.
Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.
CAL Bariri - Bariri/SP. Foto: Fernando Martinez.
Esperávamos um jogo muito bom no Ulrico Mursa, com os dois times vindo de empates na primeira rodada e buscando os primeiros três pontos na Segunda Fase da Segundona. Mas com aquele campo ficava difícil qualquer prognóstico. O estado do gramado era lastimável, e tudo poderia acontecer. E para sorte dos donos da casa, o time amarelo já marcou o primeiro aos 4 minutos, com o veterano Axel escorando cruzamento da direita.
Um golzinho no começo da partida era tudo que o Jabuca queria, e agora o time de Bariri teria que superar a desvantagem no marcador e superar ainda o charco que se transformou o campo da Portuguesa local. E a partida foi bastante equilibrada, com os jogadores tentando driblar os adversários e as poças d'água sempre.
Zaga do Jabaquara afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.
Mas aos 20 minutos um lance que fez a diferença no jogo. Ataque rápido do CAL Bariri e a bola foi lançada ao camisa 14 Maurício. Mas a foto do lance abaixo deixa claro a posição absurda de impedimento do jogador do time do Bariri quando do lançamento. O auxiliar número 1 acabou indeciso se corria ou não para o centro do gramado, tanto que acabou nem correndo. O Jabuca acabou bastante prejudicado nesse lance.
Exato momento do lançamento ao camisa 14 Maurício do CAL Bariri. Notem ele muito à frente, em impedimento. Foto: Fernando Martinez.
E aqui a bola entrando nas redes do Jabuca, com o time de Bariri deixando tudo igual no marcador. Foto: Fernando Martinez.
Empate no placar e o jogo sem maiores emoções pois os times ainda não conseguiam driblar o estado do gramado. Mas o CAL mostrou um bom time, e parecia que tinha se adaptado melhor às condições do tempo. O Jabuca não conseguia mais chegar, e os seus atacantes carregavam demais a bola. Sentíamos que o gol só sairia em algum lamce isolado.
Chegada do time da casa pela esquerda de seu ataque. Foto: Fernando Martinez.
E esse lance isolado aconteceu aos 39 minutos, quando o CAL Bariri teve um pênalti a seu favor. Numa rápida chegada pela esquerda, o atacante do time foi derrubado dentro da área por um zagueiro do Jabuca. O campo atrapalhou, pois ele tirou a bola sem falta, mas por continuar escorregando no gramado encharcado acabou derrubando mesmo o atleta adversário. Na cobrança, Ronivaldo bateu com classe e virou o marcador para os visitantes.
Segundo gol do CAL Bariri, virando o jogo em cima do Jabaquara. Foto: Fernando Martinez.
O primeiro tempo então chegou ao final com a vitória parcial dos visitantes. Nesse intervalo conversei bastante com o Orlando, que estava em Jacareí e aproveitei para fazer minha boquinha na simpática lanchonete do Ulrico Mursa. Também vi jogadores dos meus tempos de escola, como o Paulinho Kobayashi e o ex-zagueiro Fernando, atual dirigente da Portuguesa local e autor do gol que deu o título da Copa do Brasil 1990 ao Flamengo.
Para o segundo tempo, a esperança da torcida jabaquarense era que o time acordasse e conseguisse marcar logo. Mas a equipe não estava num dia bom, e por mais que tivesse maior posse de bola não conseguia criar chances claras para deixar tudo igual. Já o CAL mostrava um time melhor adaptado às condições adversas e não corria riscos.
Uma das chances perigosas para o Jabuca no segundo tempo, mas na cobrança de falta nada aconteceu. Foto: Fernando Martinez.
Aos 23 minutos mais um lance polêmico na partida. O jogador Mariola esticou demais o pé e, segundo a arbitragem, acertou o goleiro do CAL na cabeça. Na hora o atleta do Jabuca foi expulso e todos se mostraram preocupados pois o goleiro estava desacordado. depois de alguns minutos no gramado, o goleiro foi retirado de campo e levado de ambulância até o hospital que fica próximo ao Ulrico Mursa.
O goleiro do CAL Bariri foi atingido e precisou ser levado ao hospital. Mas nada de grave aconteceu. Foto: Fernando Martinez.
Aí que vimos o segundo absurdo do jogo. Entre o tempo que ficou desmaiado no gramado, o tempo para levá-lo até a ambulância, o tempo em que o jogo ficou paralisado até que a ambulância retornasse foi por volta (sendo extremamente generosos) de 15 minutos. Escrevo isso pois estávamos cronometrando a partida, então temos como dizer com propriedade. Mas depois que o jogo ficou paralisado, o árbitro encerrou a peleja com 55 minutos. (Na súmula foi relatado que a partida ficou interrompida por 8 (!) minutos. A lógica não tem como explicar esses 8 minutos não.)
Tirando os quinze minutos de paralisação, o jogo não teve nem 40 minutos no segundo tempo! Tudo bem que o Jabaquara estava naqueles dias que poderia ficar jogando por mais quatro ou cinco horas que acho que não sairia o gol, mas pelo menos mais 8 ou 9 minutos de partida seriam necessários. E foi prejudicial aos dois times, pois o CAL também poderia ter feito mais gols e ficaria com maior saldo, o que pode definir alguma classificação no final dessa segunda fase.
Zaga do CAL Bariri tira de dentro da sua área de bicicleta. Foto: Fernando Martinez.
No final ficou mesmo Jabaquara 1-2 CAL Bariri. O time não esteve bem, mas com a arbitragem polêmica que tivemos o pessoal ficou bastante irritado com os homens de preto. Com o resultado, o Jabuca agora vai ter que ganhar algum jogo fora caso queira a classificação. Para o bom time do CAL Bariri, a vitória foi essencial, e agora a equipe vai definir a classificação nas partidas nos seus domínios.
Após o jogo voltamos correndo para São Paulo, com muito mais chuva e neblina, e eu ainda iria até a cidade de São Bernardo do Campo para mais um jogo, mas a chuva venceu e acabei voltando para casa.
Até mais!
Fernando
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