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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

São Bento vence mais uma e sobe na tábua de classificação

Opa, 

A partida "de fundo" na cobertura JP da oitava rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A3 aconteceu na cidade de Sorocaba, na minha segunda visita à cidade em menos de um mês. De novo fomos ver um jogo do centenário EC São Bento, agora recebendo o sempre legal Batatais FC

Novamente a torcida do time sorocabano deu show e um grande público esteve presente no Estádio Wálter Ribeiro para acompanhar essa pugna. Invicto há seis pelejas (perdeu somente o jogo de estreia), a equipe azul queria os três pontos para se fixar ainda mais no G8 do certame. Só que o Fantasma da Mogiana, também mostrando bom futebol na A3, prometia complicar. 

Chegamos na cidade sem problemas e logo estava dentro de campo para fazer as imagens exclusivas das equipes. Destaque para a mensagem "Força Orlando" levada a campo pela equipe local. Nos próximos jogos teremos faixas com "Força Emerson" e "Força seu Natal"... 


EC São Bento - Sorocaba/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Batatais FC - Batatais/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Quarteto de arbitragem com o árbitro Alessandro da Silva Balieiro, os assistentes Leonardo Augusto Villa e Diego Morelli de Oliveira e o quarto árbitro Willer Fulgencio Santos ao lado dos dois capitães. Foto: Fernando Martinez. 

E como já tinha acontecido na peleja contra o Independente (a outra partida em Sorocaba que teve cobertura do JP), o São Bento jogou bem mesmo enfrentando um adversário complicado. Só que logo nos primeiros minutos um problema crônico do time ficou evidenciado: a enorme quantidade de erros de finalizações. 


Chute de longe no ataque do São Bento. Foto: Fernando Martinez. 


Cobrança de falta perigosa para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez. 

O veterano goleiro Adinan, agora defendendo o Batatais, também apareceu bem quando foi acionado, e a peleja chegou ao seu intervalo sem a abertura do marcador. Para o segundo tempo fui para as sociais do Wálter Ribeiro fazer uma boquinha e ali encontrei o amigo árbitro Guilherme Ceretta de Lima, sempre contando histórias interessantes dos bastidores. Abraço a ele! 


Três espectros vestindo a camisa do Fantasma da Mogiana no Wálter Ribeiro. Foto: Fernando Martinez. 

O panorama do jogo mudou pouco no tempo final. Além de continuar perdendo um monte de gols, o São Bento viu o Batatais quase abrir o marcador em duas cobranças de escanteio. Por pouco não vimos um gol olímpico no CIC. Mas o cheirinho no ar era de 0x0... 


Tiro de meta com a batida do veterano goleiro Adinam. Foto: Fernando Martinez. 


Escanteio para o time azul no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 

Voltei para o gramado com cerca de 20 minutos e o rol de oportunidades desperdiçadas pelos atacantes sorocabanos foi incrível. A torcida estava perdendo a paciência até que aos 34 minutos Gabriel resolveu o problema com o primeiro gol. Após boa jogada pela esquerda, ele avançou até a área e chutou cruzado. A bola passou por baixo de Adinam e morreu no fundo das redes. 


Bola alçada na área do Batatais. Destaque para o belo público no CIC. Foto: Fernando Martinez. 


Início da jogada do gol do São Bento, marcado por Gabriel aos 34 do tempo final. Foto: Fernando Martinez. 

A equipe poderia ter feito o segundo em dois contra-ataques mortais, mas as finalizações continuaram falhas. Menos mal que ao final dos 90 minutos o marcador do Wálter Ribeiro apontava São Bento 1-0 Batatais. A vitória deixou o time azul na terceira colocação do certame após oito jogos disputados. O time alvirrubro caiu para a sétima posição. 

A volta para São Paulo foi digna de um filme de Fellini, tamanha a surrealidade nos diálogos dentro do possante do seu Natal. Demoramos muito, e eu só fui chegar em casa depois de uma da matina. Praticamente um zumbi, nem consegui dormir direito e na manhã seguinte já estava de pé novamente. 

Já no final-de-semana estive presente em cinco pelejas válidas pelas três divisões do campeonato paulista. 

Até lá! 

Fernando

Joseense vira na Javari e derrota o Palmeiras B

Opa, 

Seguindo na rota do Campeonato Paulista da Série A3, nos fizemos presentes em dois jogos válidos pela oitava rodada da primeira fase do certame. A primeira parada foi no Estádio Conde Rodolfo Crespi, aonde o Palmeiras B, que provavelmente e lamentavelmente vive seus últimos momentos, recebeu o recém-promovido Joseense

Apenas 30 torcedores pagaram ingresso para ver essa peleja. Na luta contra o rebaixamento, o alviverde precisava vencer a equipe de São José dos Campos a todo custo. Mas não seria fácil, já que dos quatro promovidos para a A3 em 2013 (além do Tigre do Vale, São Vicente, Votuporanguense e Novorizontino) a equipe auri-negra é a que vem tendo melhor performance. 


SE Palmeiras B - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


CA Joseense - São José dos Campos/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Quarteto de arbitragem com o árbitro Max Venâncio da Silva e os assistentes Eduardo Vequi Marciano e Leandra Aires Cossette ao lado dos dois capitães. Foto: Fernando Martinez. 

Surpreendendo a todos, o time local foi dono do jogo nos primeiros minutos. Esse bom começo teve seu ponto alto com o gol de Índio após boa jogada pela direita aos 9. Disposto a fazer valer sua melhor campanha, o Joseense se mandou para o ataque em busca do empate, equilibrando instantaneamente a peleja. 


Camisa 3 do Palmeiras B mandando a pelota para o ataque. Foto: Fernando Martinez. 

A igualdade aconteceu no vigésimo minuto com o bonito gol de Michel, após ele fazer boa jogada individual. Os visitantes chegaram perto da virada ainda no tempo inicial, mas ao final dos primeiros 45 minutos, o marcador da Rua Javari marcava 1x1. 


Marcação forte da zaga local em cima do camisa 10 do Tigre do Vale. Foto: Fernando Martinez. 


Jogadores espalhados dentro da área paulistana. Foto: Fernando Martinez. 

Para o segundo tempo saí de campo e fui para a parte coberta do estádio jogar conversa fora com os amigos presentes (Luiz, Sérgio e Renato). Estávamos pertinho de integrantes da diretoria do time visitante, todos confiantes numa vitória mesmo fora de casa. Para a alegria deles a virada aconteceu aos 12 minutos com o gol de Amsterdam (!). 


Bom ataque do CAJ ainda no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez. 


Comemoração do segundo gol do Joseense. Foto: Fernando Martinez. 

O Palmeiras B até tentou ocupar o campo de defesa do seu adversário, mas não teve sucesso nas suas investidas. O jogo seguiu bastante movimentado mas sem movimentação no marcador. Já nos acréscimos, numa jogada muito contestada pelos atletas e comissão técnica palmeirenses, o Joseense fechou o placar aos 47. 


Outro ataque perigoso do time visitante. Foto: Fernando Martinez. 

Numa rápida jogada pela direita, a bola foi alçada na área e Bruno Moura, camisa 2 do alviverde, jogou contra o patrimônio e marcou contra. O pessoal pediu impedimento, não marcado pelo assistente número 1. Final de jogo: Palmeiras B 1-3 Joseense. A vitória deixou o time de São José dos Campos mais perto do G8 e o onze paulistano mais perto da zona de rebaixamento. 

Após o apito final, saímos correndo da Javari pois o seu Natal nos aguardava na Barra Funda para seguirmos ao segundo joguinho do dia. O plano inicial era ir para Campinas, mas como o horário estava apertado demais, decidimos ir para a cidade de Sorocaba... 

Até lá! 

Fernando

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Centro Olímpico goleia a Lusa e está nas oitavas da Copa do Brasil

Opa, 

Depois de acompanhar o duelo entre Lusa e Rio Claro, a grande maioria dos torcedores saiu do Canindé e seguiu para os seus respectivos lares. Diferente desse pessoal, eu e os amigos presentes no Estádio Osvaldo Teixeira Duarte (Mílton, Nílton e Cosme) ficamos pelas redondezas pois um esperadíssimo e imperdível jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil de Futebol Feminino estava agendado para as 19:30. 

Além desse seleto grupo de notáveis, apenas alguns torcedores de ocasião ficaram por ali para acompanhar o confronto de ida entre Portuguesa e Centro Olímpico. Infelizmente essa é a tônica do futebol feminino brasileiro: jogos praticamente clandestinos sem a presença da mídia ou de torcedores que gostem mesmo da categoria. O que vale mesmo é que nós do JP temos a consciência tranquila com isso, pois vira e mexe algum joguinho de meninas pinta nas nossas páginas. 

Como já tinha imaginado, só o JP se fez presente para fazer a cobertura do confronto paulistano. De forma exclusiva agora seguem as imagens oficiais. 


A Portuguesa de D (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


AD Centro Olímpico (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Trio de arbitragem e capitãs dos times. Foto: Fernando Martinez. 

Contando com a participação de 32 equipes, a Copa do Brasil Feminina conta com a presença de três equipes de São Paulo. O Centro Olímpico se classificou por ser o atual vice-campeão paulista e a Lusa por terminar o estadual 2012 na quarta posição (o XV de Piracicaba, terceiro colocado, resolveu não participar). O São José, atual campeão, é o outro integrante do estado. 

Na primeira fase as duas agremiações garantiram a vaga sem maiores sustos. O ADECO venceu suas duas partidas contra o Novo Mundo/PR (a primeira por 2x1 fora de casa e a segunda por 1x0 no Pacaembu), enquanto a Portuguesa goleou o Cruzeiro/RS longe do Canindé por 5x0, garantindo a classificação sem precisar do jogo de volta. Mesmo sem ter visto nenhuma equipe em campo, considerava o time da Secretaria Municipal de Esportes favorito, até pela presença das atletas da seleção Maurine e Érika. 


Zagueira do Centro Olímpico fazendo o corte. Foto: Fernando Martinez. 

E tirando uma falta cobrada que bateu na trave, a Portuguesa foi presa fácil para o ótimo time do Centro Olímpico durante todo o tempo. No primeiro tempo os visitantes fizeram 2x0, ficando a um gol de eliminar a Portuguesa já nessa partida (de acordo com o regulamento, vitória por três gols de diferença ou mais nas duas primeiras fases elimina o jogo de volta). 


A única chance de gol perigosa para as donas da casa em todo o jogo. A cobrança de falta bateu na trave. Foto: Fernando Martinez. 

Quem abriu a contagem foi a camisa 10 Gabi em cobrança de pênalti aos 16 minutos. O segundo foi de Debinha aos 26, completando bom passe de Érika. Apesar de jogar em casa o time rubro-verde não esboçou nenhuma reação. O clima da partida era ótimo e a única coisa que preocupava era a chance de chuva. No intervalo não teve jeito e o temporal veio forte. Com isso, fui encontrar os amigos na parte coberta do estádio. 


Primeiro gol do time visitante aos 16 minutos, em cobrança de pênalti de Gabi. Foto: Fernando Martinez. 

Dali acompanhei o segundo tempo, praticamente um treino de luxo para o Centro Olímpico. Logo aos 4 minutos, Debinha fez seu segundo gol e terceiro do time, deixando a equipe livre do jogo de volta. O tento veio após falha da zaga lusitana. Daí até os 30 minutos, o jogo caiu bastante de produção e o que salvou mesmo foi a surreal e animada conversa entre os amigos presentes. 


Visão geral de Portuguesa x Centro Olímpico, pela segunda fase da Copa do Brasil Feminina. Foto: Fernando Martinez. 

Nos minutos finais, o Centro Olímpico voltou a atacar com perigo e marcou mais três vezes. Calan fez o quarto em cobrança de falta aos 32, e a artilheira da noite Debinha fez o quinto (ajudada por lambança da arqueira Dida) e sexto aos 42 e 45 minutos. Ela terminou a peleja com quatro gols e subiu para o topo da tábua de maiores goleadores do certame. 


Bola estufando as redes de Dida no quarto gol do ADECO. Foto: Fernando Martinez. 


Ataque do time visitante pela esquerda. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: Portuguesa 0-6 Centro Olímpico. A vitória nesse "set" colocou o ADECO entre os oito melhores times do país. Na busca pelo título que não veio em 2012 (a equipe perdeu a final para o São José), agora o onze paulistano enfrentará o Kindermann por uma vaga na semi. 


Placar final com a vitória e classificação do Centro Olímpico para as oitavas da Copa do Brasil Feminina. Foto: Fernando Martinez. 

Só que o apito final não significou o término da noite de domingo para nós. Foi só a árbitra apitar o fim da peleja que a chuva voltou de forma assustadora e implacável. Conseguimos ainda sair do Canindé, mas fomos obrigados a nos abrigar debaixo da marquise de uma loja na região do estádio. Ficamos ali pacientemente esperando a boa vontade da chuva chegar ao seu fim. 

Muito tempo depois, e sem que a chuva tivesse acabado de vez, fomos correndo ao metrô Armênia e dali cada um seguiu para seu destino final. De qualquer forma, valeu demais, pois acompanhar uma rodada dupla dessas é sempre algo muito interessante. 

Até a próxima! 

Fernando

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Portuguesa derrota o Rio Claro e é a nova líder da Série A2

Opa, 

Após os jogos de sábado e domingo cedo, válidos pela 10ª rodada do Campeonato Paulista da Série A2, o confronto entre Portuguesa e Rio Claro, respectivamente terceiro e segundo colocados teria um gosto especial. O vencedor se tornaria o novo líder do certame na metade da primeira fase. E claro que fomos ao Estádio Osvaldo Teixeira Duarte acompanhar essa peleja. 

Dessa vez não teve chabu, e as duas equipes posaram para as lentes do JP... E como na maioria das vezes acontece, de forma exclusiva. 


A Portuguesa de D - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Rio Claro FC - Rio Claro/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Trio de abritragem com o árbitro Antonio Rogério Batista do Prado e os assistentes Jumar Nunes Santos e Gustavo Cesar Pedrozo junto com os capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez. 

Só que mesmo jogando em casa e sem perder há oito jogos, a Lusa enfrentaria uma equipe ainda invicta no certame. Aliás, o Rio Claro somava 12 partidas sem derrotas pela A2 (os nove jogos desse ano e mais os últimos três de 2012). Pouco menos de 2 mil torcedores foram ao Canindé para conferir esse jogo. 


Chute de longe para o Rio Claro que bateu na trave. Foto: Fernando Martinez. 

E durante todo o primeiro tempo, as duas equipes jogaram muito bem, mostrando claramente o motivo de ocuparem posições de destaque na tábua de classificação. O Rio Claro não se intimidou e chegou muito perto de abrir o placar em chutes de longe. O goleiro Glédson trabalhou bem e impediu que a Lusa ficasse em desvantagem. 


Escanteio para a Portuguesa. Foto: Fernando Martinez. 

A Portuguesa respondeu à altura com uma bela jogada do camisa 10 Souza aos 24 minutos. Ele driblou um marcador na intermediária e de muito longe chutou forte. O arqueiro Cléber tentou fazer a defesa, mas não teve como. A história do duelo poderia ter tomado outra proporção no minuto seguinte, quando Glédson fez pênalti após derrubar Romarinho dentro da área. Mas o camisa 1 se redimiu e defendeu a cobrança de Alex Afonso. 


Exato momento do chute de Souza, originando o primeiro gol do rubro-verde. Foto: Fernando Martinez. 

O Galo Azul sentiu o lance e reduziu demais suas investidas ofensivas no restante do primeiro tempo. A Portuguesa começou então a série de gols perdidos, irritando parte dos torcedores e levando a peleja para o intervalo com a vantagem mínima local. 


Alex Afonso bateu pênalti para grande defesa de Gledson. Foto: Fernando Martinez. 

Imagino que o técnico rio-clarense Paulo Roberto tenha conversado muito com seus jogadores fazendo toda a esquematização de como a equipe iria jogar no tempo final. Pena que para eles, todo esse papo tenha ido por água abaixo logo no primeiro minuto, com a lambança do goleiro Cléber. Ele recebeu bola recuada e quis tocar de volta para outro zagueiro. Só que o toque foi fraco e a pelota foi parar nos pés de Diego Viana. Ele entrou na área, driblou o arqueiro e tocou calmamente para fazer 2x0. 


Diego Viana segundos antes de marcar o segundo dos donos da casa. Foto: Fernando Martinez. 

A partir daí o Rio Claro se entregou e a Portuguesa criou uma enormidade de chances, todas desperdiçadas impiedosamente. Sem exagero, se o time tivesse feito mais três ou quatro gols, seria totalmente justo. A torcida foi à loucura com esse sem número de gols perdidos, xingando em especial o camisa 7 Henrique. 


O camisa 7 Henrique, o mais xingado no Canindé. Foto: Fernando Martinez. 

Pelo menos o camisa 2 Luís Ricardo resolveu fazer uma jogada individual aos 39 minutos e acabou acalmando a exigente torcida lusitana. Ele pegou a bola no campo de defesa e foi avançando, avançando, avançando, até entrar na área do Rio Claro e tocar com classe por cima do goleiro. Um golaço que fechou a boa vitória da Lusa. 


Uma das inúmeras chances perdidas pela Portuguesa no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: Portuguesa 3-0 Rio Claro. O triunfo levou a equipe paulistana ao primeiro lugar na classificação após 10 rodadas com 21 pontos. Com a mesma pontuação, o Grêmio Osasco fica em segundo por ter um saldo de gols menor. O Galo Azul cai para terceiro ligar com os mesmos 19 pontos. 

Fim de jogo e finalmente pudemos ir para casa... Só que não. De forma brilhante (sem ironia), a CBF foi responsável por termos a chance de acompanhar uma rodada dupla, com o jogo de fundo sendo domingo à noite (!). Não tinha como perder. 

Até lá! 

Fernando

Em tarde marcada por brigas, Santo André vira e derrota o Grêmio Barueri na Arena

Fala, pessoal! 

Saí de casa no sábado com destino à Rua Javari, palco do confronto entre Palmeiras B x São Vicente pela A3. Chegando lá, me deparei com os portões fechados e um recado avisando os torcedores que a partida estava adiada. Motivo: o time do litoral não chegaria a tempo na capital devido ao enorme acidente na Rodovia dos Imigrantes no dia anterior. 

O relógio mostrava que faltavam 15 minutos para as três da tarde, ou seja, não daria tempo de ver mais nada. Um abatimento instantâneo tomou conta de mim, mas com a ajuda dos céus não perdi a tarde, pois o seu Natal apareceu na porta da casa grená logo em seguida e resolvemos então colocar em prática o famigerado "Plano B". Fomos para Barueri, aonde o Grêmio local enfrentaria o Santo André em peleja válida pela 10ª rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A2. Por incrível que pareça, foi a primeira vez que vi um jogo do GRB na Arena por algum campeonato paulista... Surreal. 

O caminho da Mooca até a cidade da Grande São Paulo foi feito com muito trânsito e cheguei na Arena com as equipes já em campo. Na base do laço, consegui heroicamente captar as imagens das duas equipes de forma exclusiva. 


Grêmio R Barueri - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


EC Santo André - Santo André/SP. Foto: Fernando Martinez. 

Passando da metade da fase inicial da A2, os dois times ainda estão devendo. Mas sem dúvida a pior situação é do Grêmio. Em nove jogos disputados, o time somava apenas uma vitória (1x0 contra o Capivariano em 26 de janeiro) antes do confronto contra o Ramalhão. Com uma série de sete jogos sem vitória, o time faz parte da zona de rebaixamento do certame faz um bom tempo. 


Atletas do Santo André e do Grêmio Barueri correndo atrás da bola. Foto: Fernando Martinez. 

Para quem viu a equipe jogar (e ir bem) na Série A do Brasileiro e na A1 do Paulistão, é triste acompanhar a situação atual do time barueriense. Na minha humilde opinião, a ida para Presidente Prudente foi um enorme tiro no pé e as consequências desse infeliz ato político estão sendo vistas nos dias atuais. Após a queda para a Série C em 2012, agora o time é candidatíssimo a voltar para a A3 depois de oito anos. 


Goleiro do Ramalhão voando no gramado da Arena Barueri. Foto: Fernando Martinez. 


Zagueiro visitante se preparando para tirar a bola de perto da sua área. Foto: Fernando Martinez. 

Apesar do restrospecto ruim, o jogo foi bom e bastante movimentado na Arena. O Grêmio me surpreendeu e fez um ótimo primeiro tempo, criando boas chances para abrir o marcador. O time visitante, jogando com sua nova e belíssima camisa da Kappa, também levou relativo perigo à meta local. 


Mais um bom ataque do Grêmio no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez. 

Para alegria da torcida, o camisa 7 Marlon abriu o placar para o onze barueriense aos 32 minutos após chute forte dentro da área. Mesmo tentando chegar à igualdade ainda no tempo inicial, as equipes foram para os vestiários com a vitória parcial dos locais. 


Chute de Marlon que originou o primeiro gol do Barueri. Foto: Fernando Martinez. 

Só que nem bem os times tinham deixado o gramado, presenciei um dos espetáculos mais lamentáveis em mais de 2100 jogos in loco. Por quase 30 minutos, a Arena Barueri se viu palco de brigas generalizadas entre as torcidas organizadas ali presentes. Primeiro, o arranca-rabo entre dois grupos de organizados do Grêmio. O seu Natal quase foi atingido por socos, pois se encontrava entre os ditos "torcedores". 


Primeira confusão do dia: Torcidas "organizadas" do Grêmio Barueri brigando entre si. Foto: Fernando Martinez. 

Para parar essa enorme confusão, os policiais presentes deram vários tiros para o alto (!). Cerca de dez minutos depois, finalmente os ânimos por ali se acalmaram, mas logo em seguida a torcida organizada do Santo André tentou invadir o espaço reservado aos locais. Foram minutos de apreensão, pois se isso tivesse realmente acontecido, o problema poderia ter sido muito pior pois apenas três PMs estavam nas arquibancadas. 


Segunda confusão do dia: Torcida do Santo André prestes a invadir o espaço destinado à torcida local. Foto: Fernando Martinez. 

E como desgraça pouca é bobagem, depois de tudo isso a torcida organizada do Ramalhão resolveu brigar entre si. O segundo tempo já havia começado, mas esses indivíduos estavam mais preocupados em bater nos outros do que acompanhar o que acontecia em campo. A treta só foi interrompida quando os "prestativos" policiais finalmente deram o ar da graça. 


Terceira confusão do dia: Briga entre a própria torcida do Santo André. Foto: Fernando Martinez. 

Não sei o motivo das brigas, mas acredito que não exista motivo suficiente para que uma discussão num jogo desse naipe (com times menores e quase sem torcedores no estádio) vire um quebra-pau como aconteceu. As várias crianças presentes poderiam ter sido atingidas e inocentes (como o seu Natal) poderiam ter sido agredidos sem motivo algum. 

Para terem uma ideia da surrealidade dos fatos, o pessoal do time andreense, mais preocupados com a briga, não viu a equipe do ABC voltar para o tempo final muito melhor do que o Barueri. Não viu também a bonita jogada que originou o gol de empate do Ramalhão aos 10 minutos e que terminou com a conclusão precisa de Gustavo. 


Ataque do time andreense no tempo final. Foto: Fernando Martinez. 

Mesmo após o final de todo o "sururu colossal" (espressão by David Libeskind), o clima no estádio ficou estranho. Poucos conseguiram assistir o segundo tempo despreocupados ou completamente na boa. Triste para quem gosta de ver o futebol jogado dentro das quatro linhas com a torcida fazendo apenas festa. 


Bola alçada dentro da área visitante. Foto: Fernando Martinez. 

O Grêmio tinha deixado o bom futebol no vestiário, e com toda a justiça o Santo André chegou ao segundo gol aos 33 minutos com o camisa 6 Márcio Careca. A efêmera pressão local nos minutos restantes não foi suficiente para evitar outra derrota no certame. 


Bola entrando no gol do Barueri... Era a virada do Santo André. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: Grêmio Barueri 1-2 Santo André. O triunfo deixou o Ramalhão na 11ª posição, agora com 13 pontos ganhos. O Grêmio permanece com nove ocupando a 18º posição, agora com cinco derrotas em dez partidas. Mas ao final da tarde, a maior derrota mesmo foi das torcidas "organizadas" que estiveram presentes na Arena Barueri. 

Saímos do estádio e passei o restante do sábado comemorando uma data bastante importante. Cheguei em casa muito tarde e sem ânimo para fazer uma rodada tripla no domingo. Mesmo abortando o jogo da manhã, acompanhei uma sensacional rodada dupla rubro-verde. 

Até lá! 

Fernando