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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Bruno Mezenga resolve, faz dois e o Água Santa derrota o Ramalhão

Texto e fotos: Fernando Martinez


Não foi aqueeela partida dos sonhos, mas ver o Campeonato Paulista dentro de campo sempre vale a pena. Estive na quinta-feira no ABC pelo segundo dia seguido, desta vez acompanhando o duelo regional - clássico não, por favor - entre Santo André e Água Santa no Estádio Bruno José Daniel, válido pela sétima rodada. Os dois estão na luta pela classificação nos seus grupos e por uma vaga na Série D de 2024.

Vale registrar que essa foi a minha estreia com o Água Santa na principal divisão do estado de São Paulo. Com isso completei toda a sequência do que poderia ver do Netuno. Apenas na internet existem registros do clube jogando o Desafio ao Galo em 2005, o Amador do Estado em 2009, o primeiro ano em competições de base da FPF em 2012, a estreia no profissionalismo em 2013 e várias outras apresentações desde então. Quase com 19 anos de vida, é fato que não tem nada como o Jogos Perdidos na grande rede.


A marra do Santo André para fazer a foto oficial foi incrível. Primeiro que posaram sem o goleiro. Quando o arqueiro foi chamado, o time simplesmente desistiu de fazer a imagem. Parecia que estávamos pedindo 10 mil reais emprestado para a rapaziada tamanha a má vontade


EC Água Santa - Diadema/SP


Quarteto de arbitragem escalado com Matheus Delgado Candançan, Fabrini Bevilaqua Costa, Bruno Silva de Jesus e Ricardo Bittencourt da Silva e os capitães

Peleja às seis da tarde de uma quinta-feira não é para qualquer um, então apenas 970 pessoas pagaram ingresso. De novo contando com a presença do Milton, que, por já ter superado a marca dos sessentinha, não paga ingresso na casa andreense, vimos um confronto muito interessante de duas equipes com momentos bons. O Netuno, que somou apenas dois pontos nos quatro primeiros compromissos, se achou e vinha de dois triunfos, 2 a 1 contra a Portuguesa e um 3 a 0 sensacional em cima do Ituano. O Santo André faz campanha razoável, pena que o grande problema é estar no grupo do Palmeiras, favorito de tudo.

No domingo os mandantes foram bem contra o São Paulo e o 1 a 0 do Tricolor foi conquistado nos acréscimos. É, mas a sorte mudou na quinta. O Ramalhão foi mal e não conseguiu fazer frente ao clube de Diadema. O Água Santa, se não jogou o fino da bola, foi bastante superior e emplacou a terceira vitória seguida.

O bom começo visitante deu resultado aos 15 minutos. Júnior Todinho fez grande jogada pelo lado direito e tocou para Bruno Mezenga. O atacante acertou um belo chute e colocou o Netuno na frente. O Santo André estava mortinho e se livrou de tomar mais gols em seguida. A torcida não curtiu muito a fraca atuação da equipe. O único ataque local no tempo inicial foi aos 41 com Dudu Vieira arriscando de longe.






Imagens do primeiro tempo de Santo André x Água Santa

Na etapa final o Água resolveu a parada logo cedo. Reginaldo colocou na cabeça de Bruno Mezenga, que fez o segundo. João Vítor respondeu na sequência e mandou no travessão. O Ramalhão buscou pelo menos o gol de honra, só que conforme o relógio andava, o fôlego foi desaparecendo. Nessas, o Netuno quase ampliou com Ronald em finalização na trave.





No tempo final o Água Santa marcou no começo e depois segurou a vitória

O Santo André 0-2 Água Santa marcou o terceiro resultado positivo seguido dos diademenses, vice-líderes do Grupo B com onze pontos, igual o São Paulo. O onze andreense está em terceiro no D, atrás de Palmeiras e o embalado São Bernardo FC. Desse jeito, não lutarão por uma vaga entre os oito melhores do torneio.

Se na quarta teve São Caetano e na quinta Santo André, no sábado devo fechar a trilogia do ABC Paulista em São Bernardo do Campo, minha estreia na cidade pela Série A3. Tem duelo que relembra o grande quadrangular final da segundona de 1986 na pauta e eu não vou perder a deixa.

Até lá!

Ficha Técnica: Santo André 0-2 Água Santa

Local: Estádio Bruno José Daniel (Santo André); Árbitro: Matheus Delgado Candançan; Público: 970 pagantes; Renda: R$ 21.275,00; Cartões amarelos: Moisés Ribeiro, Rodolfo Filemon, Luan Dias, Gabriel Inocêncio; Gols: Bruno Mezenga 15 do 1º e 5 do 2º.
Santo André: Lucas Frigeri; Ricardo Luz, Rodolfo Filemon, Matheus Mancini e Romário; Moisés Ribeiro (Nenê Bonilha), Dudu Vieira, Gerson Magrão (Claudinho) e Léo Ceará (Julio Vitor); Pablo (José Hugo) e Gabriel Taliari (Fernando Viana). Técnico: Vinícius Bergantin.
Água Santa: Ygor Vinhas; Reginaldo, Didi, Rodrigo Sam e Gabriel Inocêncio; Kady (Igor Henrique), Luan Dias (Lelê) e Thiaguinho (Ramon); Júnior Todinho (Ronald), Bruno Xavier (David) e Bruno Mezenga. Técnico: Thiago Carpini.

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