Texto e fotos: Fernando Martinez
Na manhã do último domingo o Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino chegou ao fim numa rodada dupla que acabou sendo um programa de índio monstro, principalmente por tudo o que aconteceu no jogo de fundo. Antes do perrengue, as seleções da Costa Rica e da Argentina decidiram o terceiro lugar. O palco, claro, foi o Estádio Paulo Machado de Carvalho, provavelmente respirando os seus últimos dias como um campo municipal.
A Costa Rica foi derrotada pelo Chile na quinta-feira mesmo merecendo ter melhor sorte e, na minha humilde opinião, eram favoritas ao triunfo contra a esforçada e limitada Argentina. Os 5x0 sofridos pelas hermanas contra o Brasil ficaram até barato por conta do domínio enorme do selecionado tupiniquim. Com um Pacaembu ainda recebendo um público tímido, logo quando a peleja começou ficou claro que colocar as centro-americanas como favoritas não era nenhum absurdo.
Melhor postadas em campo, as costarriquenhas abriram a contagem aos 27 minutos com um gol de Priscila Chinchilla. As argentinas até chegaram a equilibrar as ações após o tento adversário, porém o intervalo chegou com o 1x0 contrário no marcador. Como desgraça pouca é bobagem, nem bem o segundo tempo tinha começado e o segundo tento saiu, novamente dos pés da jovem camisa 14.
A goleira costarriquenha Noelia Bermudez rasgando tudo para afastar a pelota da área
Milagros Menéndez (11) cabeceando em chegada argentina pelo alto
A massa que chegava ao velho estádio torcia em sua totalidade para a Costa Rica, só que Sole James, atleta santista e melhor jogadora da seleção portenha, devolveu a esperança de um melhor resultado diminuindo a contagem aos 12 minutos. O 2x1 deixou o cotejo um pouco mais equilibrado e bastante animado. Teve chance dos dois lados e ambas mereciam pelo menos outro golzinho para animar a manhã.
Na base do abafa as portenhas se mandaram ao setor ofensivo nos minutos finais buscando a todo custo o empate que levaria a decisão para a marca da cal. O problema é que o setor defensivo ficou completamente desguarnecido, e com isso a Costa Rica tinha o contra-ataque todo à sua disposição. Foi aos 51 minutos que as centro-americanas deram o golpe de misericórdia com o tento de Daphne Herrera.
Bola no campo de defesa argentino em lance do segundo tempo
Zagueira portenha fazendo o corte em chegada da Costa Rica
Costa Rica e Argentina, respectivamente terceira e quarta colocadas do Torneio Internacional, posando com as suas medalhas após a partida
O placar de Costa Rica 3-1 Argentina deu o terceiro lugar do mini-certame para a seleção da América Central, enquanto as nossas vizinhas ficaram na lanterna. Resultado justo pelo que as duas apresentaram nas duas partidas. É, só que a rodada dupla que se mostrava promissora se transformou num enorme programa de índio em questão de minutos, mas conto o motivo no próximo post.
Até lá!
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Ficha Técnica: Costa Rica 3-1 Argentina
Competição: Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino; Local: Estádio Paulo Machado de Carvalho (São Paulo); Árbitra: Rejane Caetano da Silva (Bra); Público: 15.047 pagantes; Renda: R$ 174.073,00; Gols: Priscila Chinchilla 27 do 1º e 4 do 2º, Sole James 11 e Melissa Herrera 51 do 2º.
Costa Rica: Noelia Bermúdez; Gabriela Guillén, Carol Sánchez, Stephannie Blanco (Fabíola Sánchez) e Lixy Rodríguez; Daphne Herrera, Mariana Benavides, Raquel Rodríguez e Priscila Chinchilla; Shirley Cruz e Sofía Varela (Maria Paula Salas). Técnica: Amelia Valverde.
Argentina: Solana Pereyra; Gabriela Chávez, Agustina Barroso, Adriana Sachs e Eliana Stábile; Vanesa Santana (Lorena Benítez), Miriam Mayorga (Milagros Díaz), Mariana Larroquette (Milagros Menéndez) e Yamila Rodríguez; Yael Oviedo (Dalila Ippolito) (Micaela Cabrera) e Soledad Jaimes. Técnico: Carlos Borrello.
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