Texto e fotos: Fernando Martinez
A quarta-feira reservou mais uma rodada da Copa Paulista, a quarta do returno, no Estádio Nicolau Alayon. Vindo de duas derrotas, o Nacional recebeu o lanterna Taboão da Serra com amplo favoritismo para voltar a vencer e chegar perto do G4. Foi o 35º jogo seguido do onze ferroviário como mandante que contou com a minha presença. Dois anos de sequência e contando.
Esse foi o nono confronto entre os dois na história, e os quatro realizados na Comendador Sousa tiveram cobertura do JP: 1x1 em 22 de maio de 2010, 2x1 para os paulistanos em 18 de setembro de 2010, triunfo local pela contagem mínima em 19 de abril de 2014 e o empate por um gol em 25 de fevereiro de 2017. O retrospecto geral até então de cinco triunfos do escrete da capital, dois empates e apenas uma vitória do CATS.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Clube Atlético Taboão da Serra - Taboão da Serra/SP
Quarteto de arbitragem para a peleja com Willer Fulgêncio Santos, Claudenir Donizeti da Silva, Guilherme Holanda Lima e Luiz Carlos Júnior junto aos capitães dos clubes
Nada indicava que o Taboão da Serra pudesse surpreender e a esperança era que o Nacional pudesse fazer uma apresentação mais razoável do que vimos, principalmente nas duas últimas derrotas em casa, contra Juventus e Portuguesa. Só que dentro de campo o fraco futebol se repetiu na maior parte do cotejo.
Durante o primeiro tempo vimos pouco futebol no histórico gramado da Água Branca. O CATS se defendia e o Naça tentava atacar de forma insípida. Os locais não chutavam, não acertavam os passes e perdiam a bola facilmente para os zagueiros visitantes. Nesse cenário, um gol só poderia sair numa falha... e foi justamente isso que aconteceu.
Decorridos 31 minutos, a zaga do CATS bateu cabeça e Bruno Nunes, sempre ligeiro, roubou, invadiu a área e tocou na saída do goleiro. Foi o primeiro tento do atacante nacionalino nacionalista desde que ele voltou do São Bento. Tirando uma falta a favor do Taboão da Serra, nada mais aconteceu.
Bruno Nunes tentando o chute pela esquerda, porém a zaga conseguiu travar
Defensor do CATS tentando roubar a bola
Mais um ataque nacionalino nacionalista pelo lado esquerdo do campo
No tempo final a partida melhorou com um Nacional mais disposto. Aos 14 minutos o camisa 11 Léo Cereja ampliou num chutaço da intermediária que morreu no canto esquerdo do arqueiro. Detalhe: o gol saiu numa cobrança de escanteio curto, um verdadeiro milagre.
Com 2x0 a favor, o Naça ficou na boa e parecia que a peleja estava decidida, afinal, o ímpeto ofensivo do CATS era inexistente. Aos 24 minutos, Otacílio Neto, ele mesmo, entrou com a jaqueta 17 do onze paulistano. No primeiro lance do veterano atleta, ele cobrou escanteio e Fernando cabeceou na trave. No segundo, ele completou cruzamento pela direita e a pelota também bateu no travessão.
Naldinho teve a chance dos 3x0 numa oportunidade clara, cara-a-cara com o camisa 1 taboanense, porém o gol não saiu. Aos 26, no primeiro ataque perigoso do CATS, os comandados de Sandro Sargentim diminuíram com Allan completando cruzamento da direita. O que se viu a partir daí foi um sufoco que parecia impossível poucos minutos antes.
O Nacional recuou e chamou o adversário para seu campo de defesa. Os visitantes se mandaram na base do bumba-meu-boi e os atletas locais torciam para o relógio passar mais rápido. Após duas ou três chances ótimas, o Taboão da Serra se aproveitou de uma bobeada monstra da zaga e do arqueiro locais e deixou tudo igual aos 44 minutos. O autor do tento foi Allan, o artilheiro da tarde.
João Lucas cobrando escanteio pela direita
Detalhe do segundo gol do Nacional na partida. O goleiro Alan voou bonito, mas não conseguiu defender o belíssimo chute de Léo Cereja
Otacílio Neto, ele mesmo, um dos destaques do time da capital bandeirante
Bola que bateu na trave em cabeçada de Fernando
Final de jogo: Nacional 2-2 Taboão da Serra. Um triunfo teria recolocado o escrete ferroviário no G4 do Grupo 4. Como o time vacilou, a equipe está em penúltimo lugar com 13 pontos, dois abaixo da Portuguesa, a quarta colocada. Agora o Naça tem dois compromissos complicados longe dos seus domínios e precisa vencer pois depois de ter jogado fora oito dos últimos nove pontos disputados no Nicolau Alayon a vaga na segunda fase pode ter ficado longe demais.
Saí do presente e voltei ao passado, mais precisamente ao ano de 1966, depois do apito final. Fui bater meu cartão na Biblioteca Mário de Andrade com as intermináveis pesquisas sobre a história do futebol. Saber mais nunca é demais.
Até a próxima!
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