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sábado, 30 de junho de 2018

Barcelona volta a vencer em casa depois de dois anos

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de acompanhar 48 jogos durante 15 dias seguidos, na sexta-feira tivemos a primeira folga na Copa do Mundo. Para não deixar a peteca cair, curti o descanso do futebol do mundial com futebol do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. No Estádio Conde Rodolfo Crespi, o Barcelona Capela teve a última chance de ganhar uma peleja em casa na temporada 2018 enfrentando o Elosport de Capão Bonito pela penúltima rodada do Grupo 5.

Como vocês acompanharam aqui no JP, com essa cobertura, fecho quatro anos seguidos vendo todos os compromissos do escrete paulistano com o mando de campo: as temporadas de ano ímpar no Nicolau Alayon e as de ano par na Rua Javari. Nos 28 jogos realizados, apenas três triunfos, todos eles em 2016, o último em 5 de julho daquele ano (um antológico 3x2 em cima do hoje afastado CA Lemense). Resumo da ópera: há quase dois anos - ou catorze pelejas - o Barça não conquistava um triunfo como mandante. Nada indicava que o triunfo poderia acontecer num confronto contra o terceiro colocado da chave, e que se vencesse, se classificaria para a segunda fase.


Barcelona Esportivo Capela Ltda - São Paulo/SP


Elosport Capão Bonito - Capão Bonito/SP


O árbitro José Guilherme Souza, os assistentes Alex Alexandrino e Orlando Coelho Junior e os capitães dos times

Um público de 82 pagantes viu uma partida boa e bastante movimentada, talvez a mais animada na Javari nessa Segundona. O Elosport, empurrado pela boa campanha no segundo turno, confirmou seu favoritismo e aos 16 minutos teve a grande oportunidade de abrir o placar numa cobrança de pênalti. Só que a batida foi pra fora e o zero permaneceu no marcador. O Barça sabia que era inferior tecnicamente e buscou compensar isso com muita vontade, algo que nos acostumamos a assistir em 2018.

O tempo inicial ficou no 0x0 e no segundo o Elo não quis dar sopa pro azar. Nos primeiros 15 minutos os comandados do decano Luis Carlos Vilela criaram três ótimas oportunidades, porém em todas elas o gol não saiu. Para a surpresa coletiva de todos os presentes na velha cancha grená, quem abriu o placar foi o Barcelona. Aos 20, o camisa 9 Felipe Reis fez o primeiro dos paulistanos. É, pena para a rapaziada local que três minutos depois o Elo tenha deixado tudo igual com Andrey Marcos.

A partida continuou com um domínio visitante, mas sabe quando algo te diz que uma surpresa pode acontecer? Estava com essa sensação muito forte a cada minuto que passava e o amigo Milton Haddad estava nessa comigo. O onze de Capão Bonito criava, criava, criava e o Barça só se defendia. O empate não era um bom resultado, porém ainda deixava os visitantes com boa chance de classificação.

Contrariando a lógica e a expectativa de todos, foi aos 44 minutos que a zebraça se concretizou. O camisa 16 Gerson, que tinha entrado no primeiro tempo, avançou pela intermediária e chutou forte. A bola passou por Wagner e só parou no fundo das redes. A festa foi no melhor clima de Copa do Mundo, e mesmo com o Elosport se lançando com todos seus jogadores pro campo de ataque nos acréscimos, o tabu de quase dois anos foi quebrado.


Com essa cobertura, fechei quatro temporadas vendo todos os jogos do Barcelona Capela como mandante. Um feito, sem sombra de dúvida


Pênalti perdido do Elosport no primeiro tempo... o lance fez muita falta


Disputa de bola no meio de campo


O Elosport criou várias chances no segundo tempo, mas foi difícil acertarem o pé


Chute de longe no ataque visitante


A enorme comemoração dos jogadores do Barcelona pela primeira vitória em casa em quase dois anos


Grande confusão nos acréscimos que terminou com a expulsão de Lucas e Buchecha, jogadores do Elefante e do Elo

O placar final de Barcelona 2-1 Elosport manteve inalterada a posição do escrete da capital bandeirante na tábua de classificação do Grupo 5. Mas pelo menos fez a equipe voltar a conquistar um triunfo na Segundona. Já o Elo... ah, o Elo. A derrota complicou demais a situação pensando em classificação. Na rodada derradeira eles conquistarão os três pontos contra o desistente Guarujá, só que terão que torcer contra o Mauá FC, que visita o Primavera. Caso o novato vença. eles estarão eliminados. A torcida pelo radinho será enorme.

Foi isso. No sábado, dia 30, a Copa iniciou a sua fase de oitavas-de-final e eu voltei a imergir no mundial. Quando voltarei aos gramados? Não tenho a menor ideia.

Até a próxima!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Barcelona empata e quebra a série de sete derrotas seguidas

Texto e fotos: Fernando Martinez


A Copa do Mundo começou de forma brilhante na quinta-feira e na sexta já rolou a primeira rodada tripla. Dos três jogos do dia, o clássico ibérico entre Portugal e Espanha foi a primeira peleja "imperdível" do mundial. Só que ao invés de ficar em casa, botei o pé na rua e fui até o Estádio Conde Rodolfo Crespi. Lá rolou a penúltima apresentação do Barcelona Capela no Campeonato Paulista da Segunda Divisão como mandante. O adversário foi o Primavera de Indaiatuba, em encontro do Grupo 4.

Não sou de abrir mão de Copa a favor de um jogo in loco na maior parte dos casos, mas esse mereceu uma exceção, já que não podia quebrar a escrita de ver todos os compromissos do Elefante com o mando de campo desde sua volta em 2015. Essa foi a 28ª partida consecutiva e se tudo der certo fecharei a temporada 2018 com louvor no dia 29, data em que não haverá nada na programação oficial.


Barcelona Esportivo Capela Ltda - São Paulo/SP


Esporte Clube Primavera - Indaiatuba/SP


Capitães dos times e o quarteto de arbitragem composto pelo árbitro Thiago Lourenço de Mattos, os assistentes Leonardo Augusto Villa e Jony Shin Iti Kamakura e o quarto árbitro Eleandro Pedro da Silva

O borderô oficial do duelo mostrou um total de 210 pagantes, porém não tínhamos nem um quarto disso nas arquibancadas da casa grená. Por conta da Copa e do frio, poucos realmente se interessaram pelo encontro, deixando aquele ar de jogo perdido ainda mais forte. Agora, o mais legal da tarde foi que o apito inicial foi dado de forma simultânea com o Portugal x Espanha. A mais de 11.500 quilômetros de distância, em Sochi estava em campo o maior nome da curta história do Barcelona, o atacante Diego Costa.

Revelado pelo escrete paulistano, ele atuou pela equipe entre 2004 e 2005. Vendido ao Penafiel, o sergipano passou por vários clubes, entre eles Atletico de Madrid e Chelsea, pela seleção brasileira até chegar na Fúria no começo de 2014. Claro que o jogador nem imaginava que o time que o trouxe para o cenário futebolístico estava em campo ao mesmo tempo em que ele debutava no seu segundo mundial, mas certamente esse detalhe tornou a experiência absolutamente genial.

Tive a companhia de Milton Haddad e do bissexto Emerson Ortunho, aparecendo nos campos da vida uma vez a cada quatro anos. Mesmo com sua cidadania espanhola ele preferiu acompanhar a Segundona. Apesar de tudo, obviamente não deixamos de lado o encontro entre a última campeã europeia e a penúltima campeã do mundo. Graças ao meu celular emprestado, conseguimos ficar com um olho no gato e o outro no peixe. Abençoada tecnologia!

O Fantasma chegou na Javari embalado pela boa campanha e a terceira colocação da chave com 20 pontos ganhos, atrás apenas de Itararé e Mauá FC. Jogando contra uma equipe que não venceu dentro das quatro linhas - os dois únicos triunfos foram os WO em cima do Guarujá - e com sete derrotas seguidas, a vitória era dada como certa.

Só que foi a bola começar a rolar que a história não foi bem assim. O Primavera teve uma atuação apática e sem qualquer inspiração. O Barcelona mostrou aquele futebol já bem conhecido: cheio de vontade e com praticamente nenhuma qualidade técnica. Junta as duas coisas e temos 90 minutos em que absolutamente nada aconteceu.

Enquanto isso, lusitanos e espanhóis faziam uma peleja absolutamente sensacional e repleta de emoções. Diego Costa fez dois gols e ajudou a sua seleção a buscar um genial empate por três gols. Na Javari, Felipe Reis usava a camisa 9 que Diego usou há pouco mais de dez anos e pouco fez. Fica difícil escrever sobre um jogo aonde nada aconteceu. Nesse esquema, o placar final não poderia ser outro.


Goleiro do Elefante subindo no terceiro andar para evitar o tento do Primavera


Jogador do Fantasma levantando a pelota dentro da área local


A bola rolando na Rua Javari e ao mesmo tempo em Sochi. Não tem como ficar longe da Copa do Mundo


Atacante primaverino tentando mandar uma bicicleta, mas não deu certo


Oportunidade boa a favor dos visitantes no tempo final


Início de mais uma tentativa de gol do Primavera

O resultado de Barcelona 0-0 Primavera quebrou a sequência de sete derrotas seguidas dos paulistanos, que agora somam oito pontos, ainda na lanterna do Grupo 5 (não conto o desistente Guarujá na parada). O onze indaiatubano subiu para liderança da chave por causa das derrotas de Itararé e Mauá. Faltando três rodadas, os três já estão garantidos na segunda fase.

Como diria aquele famoso jornalista, saí da Javari "no pique" pois era dia de labuta. A partir do sábado imergi por completo na Copa do Mundo e até o final da primeira fase, que será dia 28, não me permitirei fazer nada além de ver as partidas pela TV e ir trabalhar. Só voltarei aos gramados com a despedida do Elefante no dia 29... isso se tudo der certo.

Até lá!

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Portuguesa perde o quinto jogo seguido no Brasileiro Feminino

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quarta-feira pintou folga e com isso marquei presença na última sessão futebolística antes do início da Copa do Mundo. Em duelo antecipado da primeira rodada do returno do Grupo 2 do Campeonato Brasileiro Feminino, a Portuguesa, flertando perigosamente com o desastre, recebeu o Flamengo no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte. Mais uma vez, um público diminuto assistiu o confronto: por volta de 25 almas.

Na semana passada o Fla recebeu a Lusa e meteu 6x0 jogando no Rio de Janeiro. Por conta de tudo que vem acontecendo com as meninas rubro-verdes tanto no nacional quando no estadual, nada indicava que elas seriam capazes de surpreender, muito pelo contrário. O rubro-negro, que certamente será um dos quatro classificados da chave, era favoritaço mesmo atuando fora de casa.


Associação Portuguesa de Desportos (feminino) - São Paulo/SP


Clube de Regatas do Flamengo (feminino) - Rio de Janeiro/RJ


O quarteto de arbitragem paulista com a árbitra Fernanda Ignacio de Souza, as assistentes Fabrini Bevilaqua Costa e Leandra Aires Cossette e a quarta árbitra Adeli Mara Monteiro junto com as duas capitãs

Sob uma temperatura agradabilíssima de final de outono vimos uma peleja aonde tudo que esperávamos se concretizou desde os primeiros movimentos. Nem bem o relógio chegou ao primeiro minuto e o Fla quase abriu o placar num chute de longe em que Fabi, camisa 1 local, fez ótima defesa. As visitantes estavam inspiradas e ocuparam o campo de defesa local sem a menor cerimônia.

Demorou para o placar ser inaugurado, mas quando isso aconteceu as meninas do Rio emendaram três tentos num período de quatro minutos. O primeiro saiu aos 23 dos pés de Bárbara, chutando no canto depois de receber bom passe vindo da direita. Aos 25, as visitantes tiveram escanteio pela esquerda. A zaga falhou, a goleira saiu mal e Flávia fez de cabeça. Dois minutos depois, Ju da entrada da área do canto direito de Fabi. Ela ainda tocou na bola, porém não impediu o gol.

Ainda meio grogue com os três golpes seguidos do adversário, aos 30 minutos a Portuguesa criou seu único bom momento em toda a partida em tiro de longe que tocou na trave. O Fla recolocou a ordem no marcador aos 36 com o quarto gol, o primeiro da camisa 27 Danyelle. A pelota sobrou na direita e a atleta emendou um bonito chute na saída da arqueira lusitana. Na boa e sem sustos, o Urubu já tinha conquistado o triunfo com muita antecedência.


Atleta lusitana se esticando toda para fazer o domínio




As meninas do Flamengo levaram enorme perigo para a zaga rubro-verde, várias vezes em lances pelo alto


Detalhe do quarto gol da tarde, marcado pela camisa 27 Danyelle

Assim como vimos o Santos fazer no Canindé no jogo do Brasileiro realizado em 31 de maio, o Flamengo abusou do direito de perder gols no tempo final. Já sabendo que a vitória estava garantida, as avantes mostraram displicência em muitos momentos. Quando não, Fabi foi bastante acionada, como em dois bons ataques aos cinco e aos oito minutos.

Aos 12, Larissa apareceu livre, driblou a goleira e, com o gol aberto, chutou pra fora. Dois minutos depois Danyelle marcou um golaço. A bola foi levantada da direita e a camisa 27 matou e chutou milimetricamente no canto direito. Aos 22 ela chegou ao hat trick num bonito gol de cabeça, o sexto das visitantes. Quase vimos o sétimo aos 30, mas Fabi fez um pequeno milagre em tiro à queima-roupa.


Defensora da Portuguesa tentando o desarme dentro da área


Detalhe do sexto gol flamenguista, marcado por Danyelle, a artilheira da tarde com três tentos


Troca de passes no campo de ataque carioca

Mesmo criando mais oportunidades, o placar da semana passada se repetiu: Portuguesa 0-6 Flamengo. Como disse no começo do texto, é fato que as rubro-negras irão se classificar, assim como é certeza que a Lusa vai ter que suar sangue na luta contra o rebaixamento. A equipe terá mais seis compromissos, um deles uma decisão contra o Vitória/PE, para tentar não ir parar na segundona em 2019. Não será nada fácil.

Após o apito final, e durante o caminho até o QG na capital paulista, o pensamento passou a ser um só: Copa do Mundo. Em menos de 24 horas o campeonato mais genial do planeta iria começar e estava prestes a viver 24 horas por dia o torneio. Terei apenas dois momentos off-mundial, um já na sexta-feira.

Até lá!

terça-feira, 12 de junho de 2018

Nova vitória corintiana pelo Paulista Feminino

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando a rodada dupla do último domingo, me armei para acompanhar mais uma sessão futebolística do Campeonato Paulista Feminino na quinta rodada do segundo turno da primeira fase. No campo sintético da Sede Social, o Juventus recebeu um super favorito Corinthians buscando uma difícil classificação para as quartas-de-final.

Estive presente na partida do turno, realizado no Canindé. No dia 22 de abril, as mosqueteiras golearam as grenás por 8x0 e a chance de acontecer outra goleada era bastante grande, mesmo com o técnico Arthur Elias mandando a campo uma equipe alternativa. Junto comigo nessa jornada a dupla Pucci e Mílton, esse torcendo por uma nova chance de ver o "nove" ao vivo. Será que sairia dessa vez?


Clube Atlético Juventus (feminino) - São Paulo/SP


Sport Club Corinthians Paulista (feminino) - São Paulo/SP


As capitãs dos times junto ao árbitro Willian Rocha Padilha, os assistentes Marcos de Andrade Rossi e Amanda Pinto Matias e o quarto árbitro Rafael de Souza

Chegamos no majestoso clube da Zona Leste sem pressa e deu tempo de bater um almoço esperto, pois saco vazio não pára em pé. Quando nos dirigimos à aprazível cancha, notamos que, assim como no jogo da manhã, o policiamento ainda não havia chegado. Uma zica total, pois como sairia dali e iria pro trabalho, qualquer minuto perdido me complicaria. Foi com 17 minutos de atraso que os policiais resolveram dar as caras.

O Timão atuou com um mistão, desfalcado de quatro atletas. E as jogadoras que foram a campo, talvez sabendo que do outro lado tinham um adversário muito frágil, tiveram uma atuação abaixo do esperado. Foram poucos os momentos de perigo no tempo inicial. No primeiro deles, aos 10 minutos, saiu o gol que inaugurou o placar. Numa falta pela direita, a bola foi cruzada, a goleira Gabrielly caçou uma borboleta monstra e Mimi completou para as redes.

As garotas grenás chegaram a passar do meio-campo algumas vezes, só que levaram pouco perigo à meta defendida pela arqueira Tainá. O Corinthians chegou apenas duas vezes com chances de ampliar nos primeiros 45 minutos: aos 28 Katiuscia apareceu livre no segundo pau e, com o gol livre, chutou pra fora. Aos 41, Nenê chutou forte e a bola passou raspando.

No tempo final fui para as arquibancadas e dali novamente acompanhei de perto o ataque corintiano. As visitantes estavam na base da marcha lenta, mas mesmo assim conseguiram marcar outras duas vezes. O segundo saiu aos nove minutos quando a bola foi cruzada e uma das zagueiras marcou contra. O árbitro deu o gol para a jogadora Kamilla. Aos 21, o terceiro dos pés de Nenê. A pelota foi levantada, a zaga falhou e a a camisa 90 chutou firme no canto esquerdo.


Bola passando diante das avantes corintianas no primeiro ataque perigoso da partida



A falta que originou o cruzamento dentro da área no primeiro gol corintiano. Na segunda imagem, a arqueira grená no meio do caminho antes da cabeçada de Mimi


Dividida na entrada da área juventina


No tempo final, o Corinthians atacou bastante e marcou mais duas vezes


Cacau avançando pela esquerda


A goleira do Juventus fazendo defesa segura após bola levantada na área

As mosqueteiras ainda criaram momentos para marcarem mais três ou quatro gols, porém a pontaria e a inspiração não estavam em alta. No fim, uma vitória tranquila e até certo ponto burocrática: Juventus 0-3 Corinthians. O triunfo manteve as alvinegras na liderança isolada do Grupo 2 do estadual, enquanto as grenás estão numa situação bastante complicada pensando numa classificação. Somente ficarão entre as quatro melhores da chave na base do milagre.

Como o dia estava longe de terminar, saí correndo do Juventus com destino à Vila Prudente, pois era dia de labuta. Mesmo cansado, trabalhar depois de uma rodada dupla faz o astral ficar melhor. Antes da Copa do Mundo começar teremos mais uma peleja no cronograma, de novo com as meninas, voltando ao Brasileiro da categoria.

Até lá!

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Guarulhos faz o dever de casa e derrota o lanterna Atlético Mogi

Texto e fotos: Fernando Martinez


Para aproveitar bem o último domingo antes da Copa do Mundo, armei uma rodada dupla que se iniciou com uma sessão matutina no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Direto do Estádio Antônio Soares de Oliveira, um duelo entre uma das boas equipes do Grupo 4 contra o lanternaço da chave: Guarulhos x Atlético Mogi.

Você viu aqui no Jogos Perdidos duas coberturas do onze mogiano jogando em casa: as derrotas contra o Paulista de Jundiaí e Flamengo de Guarulhos. Em ambas as partidas, um pobre futebol e apesar da entrega total dos atletas da equipe, não houve a menor chance de alguma competitividade. Era de se esperar um novo revés, ainda mais com o onze guarulhense vindo de boas apresentações chegando ao terceiro lugar do grupo com 19 pontos ganhos.


Associação Desportiva Guarulhos - Guarulhos/SP



As duas fotos oficiais do Clube Atlético Mogi das Cruzes de Futebol do domingo. O time entrou em campo com calções e meias azuis, assim como os donos da casa. O árbitro fez a equipe trocar o uniforme


O árbitro André Luis Riquena, os assistentes Wellington Bragantim Caetano e Paulo Cesar Modesto, o quarto árbitro Anderson Aparecido Gomes e os capitães dos times

Fui até Guarulhos na boa e cheguei lá na paz, faltando cerca de meia hora para o apito inicial. Os times já estavam, a ambulância também... só faltava o policiamento. Sem a presença dos PMs, os portões não foram abertos ao público. Quando deu o horário exato do cotejo começar, ainda não tinham aparecido. Foi com treze minutos de atraso que deram o ar da graça. Detalhe: a torcida só entrou na cancha depois de dez minutos jogados, uma zona.

A rapaziada nem estava na arquibancada quando a primeira boa oportunidade pintou... e foi a favor do Atlético. Decorridos oito minutos, um dos atacantes chutou de longe e o arqueiro local mandou pela linha de fundo escanteio com dificuldade. Os locais foram começar o seu domínio aos 13 minutos, num chute de longe que passou perto da trave. Aos 27, Gustavo fez grande jogada individual, driblou dois zagueiros mas sofreu o corte.

Não que o Guarulhos estivesse fazendo o jogo do ano, longe disso, porém aos 44 minutos a equipe abriu o placar com um gol de pênalti do camisa 9 Alan. Nos dois minutos seguintes, o goleiro Victor Meneses salvou o Atlético de sofrer mais dois tentos. O saldo no intervalo até que não foi tão ruim, e no tempo final o ataque do onze da casa conseguiu ser mais perigoso.


O Guarulhos foi muito superior ao Atlético Mogi durante toda a partida


Felipe, camisa 7 da ADG, atacando pelo meio


Rara chegada do time visitante, aqui num tiro livre indireto dentro da área guarulhense cobrado por Everton


Marcação firme na esquerda do ataque local


Em cobrança de pênalti, Alan abriu o marcador aos 44 do tempo inicial

Aos cinco, a defesa cortou um chute cruzado que tinha endereço certo. Aos doze, Gabriel Alves emendou um belíssimo voleio, obrigando o goleiro visitante a intervir e ver a bola bater na trave antes de sair pela linha de fundo. O Atlético conseguiu criar sua melhor oportunidade aos 18 numa cobrança de falta. A bola desviou na barreira e Isac teve trabalho para impedir o empate.

Foi aos 19 que a torcida guarulhense pôde respirar um pouco mais aliviada com o segundo gol de Alan, agora completando de cabeça um cruzamento da direita. Ele mesmo quase emplacou um hat trick aos 24 quando acertou um chutaço e Victor Meneses salvou de forma incrível. A partir desse lance, a peleja caiu de produção e pouco se viu. O Mogi não assustava e o Guarulhos só se segurou para vencer sua sétima partida na competição.


Rodrigo, 3 do Guarulhos, atacando pelo alto


Na primeira metade do segundo tempo a zaga mogiana sofreu demais com as rápidas investidas dos avantes guarulhenses


Capitão do Atlético cortando cruzamento dentro da área

O placar final de Guarulhos 2-0 Atlético Mogi manteve o tricolor na terceira colocação do Grupo 4, mas agora com 22 pontos empatado com o São José e apenas um atrás do Paulista. Faltando quatro rodadas para o final da primeira fase, os três já estão garantidos na segunda fase provavelmente junto com o Flamengo. Agora o lance é azeitar os elencos pois em 14 de julho é outro campeonato que começa.

Não demorei muito para sair do estádio pois não tinha tempo a perder pensando na sessão vespertina. Mais uma vez fui cobrir uma partida do Paulista Feminino com um dos grandes favoritos ao título em campo.

Até lá!