Procure no nosso arquivo

domingo, 10 de agosto de 2014

JP na Copa (parte 10): Quando a genialidade é o que basta

Salve amigos!

Dando sequência a narração de minhas peripécias pela Copa do Mundo, narrarei minha breve passagem pela capital mineira, para acompanhar mais uma partida pela segunda rodada do Mundial, desta vez valendo pelo Grupo F, entre a Argentina e o Irã.


Chegada ao Mineirão. Foto: Estevan Azevedo.

Depois de deixar Manaus à 1h00, e fazer uma conexão em Campinas, cheguei bem cedo no aeroporto de Confins, que estava coalhado de Hermanos. Após deixar minha bagagem no guarda volume improvisadaço em uma sala do aeroporto, peguei o busão expresso para o Mineirão.

 

Ilustre presença papal na partida e antes da partida, aproveitei para degustar a indispensável iguaria: o famoso Tropeiro do Mineirão. Fotos: Estevan Azevedo.

Minha passagem por BH foi muito rápida, pois logo depois do jogo embarquei com destino a Porto Alegre, e devo dizer que o transporte Confins-Mineirão funcionou muito bem e a um preço bastante razoável.


Visão panorâmica do novo Mineirão por ocasião da partida. Foto: Estevan Azevedo.

Bom, voltando à partida, a expectativa era de uma grande goleada. A Argentina havia vencido seu adversário teoricamente mais difícil, na primeira rodada, e tinha pela frente a frágil seleção asiática, que vinha de um inesperado empate diante da Nigéria, em um dos piores jogos de toda a Copa.


Exibição taticamente perfeita dos asiáticos, que tinham sempre dois jogadores cercando o argentino com a bola. Foto: Estevan Azevedo.

Mas o que se viu em campo passou longe de ser um massacre. Os latinos penaram muito para conseguir furar a retranca iraniana e estiveram muito perto de sofrer um gol.


Confusão na área argentina. Foto: Estevan Azevedo.

Na primeira etapa, a Argentina levou 21 minutos para furar a retranca iraniana e conseguir exigir uma boa defesa do arqueiro Haghighi: Di Maria e Higuain tabelaram pelo lado esquerdo e Aguero finalizou. Antes disso, Higuain chegou a receber um lançamento de frente para o goleiro, mas acabou perdendo a dividida.


Detalhe da primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.


Chance da Argentina na primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.

Aos 23, foi a vez de Rojo cabecear com perigo, para fora. Aos 32, Messi teve sua primeira boa chance, cobrando falta por cima do travessão. No minuto seguinte o Irã teve sua primeira subida ao ataque, mas sem grande perigo ao gol de Romero.


Messi cobrando falta. Foto: Estevan Azevedo.

Aos 36, Messi cobrou outra falta, e Garay cabeceou para fora. Aos 41, após escanteio, Hosseini cabeceou para fora, na melhor chance iraniana até então. A Argentina teve mais posse de bola e volume de jogo, mas não conseguiu encontrar espaços para abrir o placar e o jogo foi para o intervalo sem gols, e sem grandes emoções.


Mais uma chance argentina na primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.

A segunda etapa reservou inúmeros sustos aos milhares de argentinos presentes, e muitas alegrias aos poucos iranianos. Aos 7 minutos, a defesa iraniana tomou a bola e Shojaei comandou um belo contra ataque, tocou para Montazeri, que cruzou da direita para a cabeçada de Ghoonchannejad, exigindo muito reflexo de Romero. A Argentina só conseguiu responder a altura aos 14 minutos, em chute de Messi que saiu à direita do gol.


Ataque argentino na primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.

O Irã começou a explorar os erros argentinos e a investir perigosamente nos contra ataques. Aos 18 Haji Safi chutou de fora da área, e a bola desviou em um jogador argentino. Na cobrança do escanteio, confusão na área argentina, e faltou habilidade e presença de área para os iranianos definirem.

Aos 22 minutos Montazeri cruzou da direita e Dejagah cabeceou ao gol com muito perigo; Romero fez bela defesa e mandou para escanteio. As melhores chances de gol, definitivamente, não eram argentinas.


Romero trabalhou bastante na segunda etapa. Foto: Estevan Azevedo.

Aos 28, a Argentina voltou a ter uma boa chance, mas foi mesmo de bola parada, com Messi cobrando falta com muito perigo. A bola chegou a balançar a rede pelo lado de fora, e teve gente que gritou gol. No minuto seguinte, a bola sobrou para Di Maria, pelo lado esquerdo, bater cruzado em cima do goleiro iraniano.


Defesa iraniana mostrou bastante solidez. Foto: Estevan Azevedo.

Aos 39 minutos, Palacios correu pra alcançar um longo lançamento e cabeceou com muito perigo, para grande defesa de Haghighi. Dois minutos depois, no contra ataque, o Irã perdeu a grande chance de matar o jogo. Ghoonchannejad foi lançado, mas quando sentiu que não ganharia dos zagueiros na corrida resolveu bater de longe, e Romero acabou espalmando.


Árbitro teve boa atuação e segurou o nervosismo argentino. Foto: Estevan Azevedo.

A Argentina foi para o abafa nos acréscimos, e aí brilhou a estrela de Messi. O atacante apareceu com a bola na entrada da área e teve todo o espaço pra ajeitar para o pé esquerdo. Aí, não teve jeito, viu o espaço entre os jogadores e mandou no fundo das redes. O Irã segurou a Argentina durante 90 minutos, teve três ou quatro boas chances de marcar na segunda etapa, e acabou se entregando.


E tome bola na área argentina! Foto: Estevan Azevedo.

Fim de jogo, Argentina 1x0 Irã, placar apertado que garantiu a seleção bicampeã na segunda fase e encheu os iranianos de esperança pela classificação contra a eliminada Bósnia, o que acabou não acontecendo.


Galera acompanhando Alemanha x Gana na Fun Zone de Confins. Foto: Estevan Azevedo.

Saindo de BH, fiz uma conexão em Curitiba, visitando mais uma sede do Mundial, e dormi em Porto Alegre, onde fiz muitos amigos também, e acompanhei uma inesperada chuva de gols. O fim de semana terminou numa correria absurda pra conseguir dormir em Fortaleza ainda no domingo, mas tudo acabou bem, depois de cortar o país de norte a sul duas vezes em pouco mais de 48 horas!

Até a próxima!

Estevan Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário