Opa,
A quarta-feira, 19 de dezembro, reservou o que provavelmente foi a última rodada futebolística nesse ano de 2012. Numa temporada cheia de marcas históricas alcançadas pelo que vos escreve, essa derradeira jornada fez com que atingisse outro fato importantíssimo. O duelo entre Portugal e México, válido pela disputa do terceiro lugar do Torneio Internacional Cidade de São Paulo, foi meu centésimo jogo no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.
Portugal e México alinhados momentos antes do apito inicial do meu centésimo jogo no Estádio do Pacaembu em todos os tempos. Foto: Fernando Martinez.
Demorou demais para chegar nessa marca, já que é "apenas" o sexto estádio que entra no "clube dos 100" da minha Lista (a saber, os outros são a Rua Javari, Canindé, Nicolau Alayon, Palestra Itália e o Antônio Soares de Oliveira, em Guarulhos), mas não é difícil saber o motivo. Nos anos 80/90 só ia em jogos do Corinthians (vi 61 vezes o alvinegro ali) e como atualmente não tenho mais o hábito de ver pelejas do atual Campeão Mundial, ficou cada vez mais raro ir ao Pacaembu.
E para deixar a peleja com um ar ainda mais histórico, a chegada ao estádio foi simplesmente surreal. Fui para o Metrô Clínicas fazer uma boquinha antes da peleja e ali fiquei durante cerca de trinta minutos. Nesse meio-tempo começou a chover, mas nada que chegasse a preocupar. Encontrei os amigos Sérgio e Renato e por volta das 18 horas resolvemos descer a famosa ladeira da Rua Major Natanael e ir para o jogo.
O problema é que foi só colocarmos o pé no asfalto que São Pedro resolveu pregar uma peça nos três. A chuva antes tranquila se transformou num verdadeiro dilúvio e nenhuma capa ou guarda-chuva foram capazes de segurar a bronca. Resultado: em pouquíssimo tempo nós já estávamos molhados até a alma e durante os 180 minutos da rodada dupla ficamos secando ao relento.
Encharcado dos pés à cabeça finalmente entrei no Pacaembu e então fui ver o começo de jogo nas numeradas cobertas. Dessa vez não deu tempo de captar as imagens posadas de longe, já que o jogo estava para começar e eu estava mais preocupado em tentar diminuir o estrago causado pela chuva. Em campo, as portuguesas buscavam repetir o milagre do domingo e com um empate garantiriam um lugar no pódio do certame. Para as mexicanas, o jogo servia como uma espécie de revanche.
Início de ataque mexicano pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.
E assim como aconteceu no primeiro jogo entre os dois selecionados, o México foi muito melhor, mas irritou sua torcida por perder muitos gols. Já Portugal procurou mais se defender e tentar arriscar oportunidades em esparsos contra-ataques. Só que a camisa 19 Sofia Huerta estava disposta a evitar qualquer tipo de surpresa.
O México criou várias oportunidades de gol durante os 90 minutos, mas marcou apenas duas vezes. Foto: Fernando Martinez.
A boa jogadora mexicana marcou duas vezes no primeiro tempo, aos 23 e aos 44 minutos, e levou o jogo para o intervalo com uma boa vantagem para sua equipe. No segundo tempo, apesar do marcador não ter sido alterado, vimos uma bela partida com muita animação dos dois lados. Foi uma despedida em alto astral.
Outra investida ofensiva das meninas norte-americanas. Foto: Fernando Martinez.
Ao apito final, o marcador mostrava Portugal 0-2 México. Com esse triunfo, as conterrâneas do Chapolin Colorado ficaram em terceiro lugar no certame e as meninas ibéricas terminaram em quarto. Agora era a hora da grande final, e para fechar o ano com chave de ouro, vivi mais momentos surreais durante os 90 minutos.
Até lá!
Fernando
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