Texto e fotos: Fernando Martinez
O dia 11 de agosto, uma quinta-feira, foi o primeiro com a Olimpíada do Rio de Janeiro já rolando em que parei para descansar. Descanso merecidíssimo, pois foram sete dias de competições e sete dias em que fiquei na ativa. Voltei à ativa na sexta-feira, com mais uma rodada de futebol na Arena Corinthians, agora com as quartas-de-final do torneio feminino.
O terceiro jogo da segunda fase colocou frente a frente a França, segunda colocada do Grupo G e o Canadá, grande surpresa e país com melhor campanha na fase inicial da competição com três vitórias em três pelejas (dois deles mostrados aqui no JP, o 2x0 contra a Austrália e o 3x1 contra o Zimbabwe).
Times perfilados para os Hinos Nacionais. Sou obrigado a confessar que ouvir a Marselhesa ao vivo num evento esportivo foi algo de arrepiar a alma. Sensacional!
Como de praxe, um ótimo público marcou presença na casa alvinegra: 38.688 pagantes. Pena que apesar de ser um duelo decisivo, ele tenha sido tão truncado e com poucas emoções. As duas seleções concentraram as ações no meio-campo, e mesmo com uma boa movimentação confesso que fiquei com sono a maior parte do tempo.
No tempo inicial a França foi melhor e o Canadá se preocupou mais em se defender, só que chance de gol que é bom, só uma, já nos acréscimos numa cabeçada da capitã do selecionado europeu Wendie Renard. Tirando isso, sono, muito sono. Fica difícil até falar algo sobre uma partida tão modorrenta assim.
Kadeisha Buchanan (3) e Amel Majri (7) em lance de ataque francês no começo da partida
A atacante Eugenie le Sommer no meio de duas defensoras canadenses
Bom ataque europeu pela esquerda no final do primeiro tempo
A esperança era que os times descolassem inspiração nos vestiários. Bom, melhorou um pouquinho, mas nada que entusiasmou por completo a torcida presente. O maior lance da noite aconteceu aos dez minutos em jogada magistral da canadense Janine Beckie. Ela recebeu passe na direita, chapelou uma defensora e cruzou na área. Sophie Schmidt apareceu no segundo pau para encher o pé e abrir o marcador.
Três minutos depois aconteceu a melhor chance a favor a França deixar tudo igual. Em bola alçada na área, a mesma Beckie que fez a brilhante assistência no gol canadense jogou contra o patrimônio e quase fez gol contra, acertando a bola na trave em toque de cabeça. Na meia hora final muita pressão francesa, porém nenhuma oportunidade realmente perigosa contra o gol defendido pela goleira Stephanie Labbe.
Comemoração do Canadá depois do gol de Schimdt
A França teve a bola no pé durante a maior parte do tempo, mas não traduziu o domínio em gols
Disputa de bola pelo alto no meio-campo
Placar final da partida na Arena Corinthians com a classificação canadense
E assim como aconteceu na decisão da medalha de bronze de Londres-2012, o placar final ficou em Canadá 1-0 França. Com o triunfo, o onze norte-americano se garantiu entre as quatro melhores seleções do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos. A seleção perdeu a semi-final contra a Alemanha e na disputa do bronze venceu o Brasil e conquistou a segunda medalha na sua história. Além disso, levou para casa a simpatia da torcida tupiniquim.
As simpáticas canadenses agradecendo o público pela fiel torcida durante todo o jogo
No dia seguinte voltei à Arena Corinthians para curtir os embalos de sábado a noite com outra partida das quartas-de-final, agora do torneio masculino. Teve clássico sul-americano na parada e presença brasileira no meu genial cronograma na Olimpíada 2016.
Até lá!
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