Texto e fotos: Fernando Martinez
Por conta do já saudoso frila que estava fazendo até o final de abril, ainda não tinha visto nenhum jogo do Campeonato Brasileiro Sub-20 da Série A. Na última quarta-feira, finalmente rolou minha estreia em 2025. Após uma ausência de nove meses (!), voltei ao Estádio Alfredo Schurig para acompanhar o duelo entre Corinthians e Atlético Goianiense, válido pela 10ª rodada da primeira fase.
Uma das grandes mudanças da competição é a introdução do acesso e rebaixamento. Os três últimos colocados vão disputar a nova Série B, criada neste ano, em 2026, enquanto os três primeiros da segundona estarão na elite. Até o ano passado, os 20 participantes eram definidos pela posição no Ranking da CBF. Em meio a tantas iniciativas ruins da entidade, achei bem legal a inclusão do famoso "mecanismo de acesso" no torneio.
Sport Club Corinthians Paulista (sub-20) - São Paulo/SP

Atlético Clube Goianiense (sub-20) - Goiânia/GO

Capitães e quarteto de arbitragem na Fazendinha
Dito isso, o Corinthians entrou em campo seriamente ameaçado pelo rebaixamento. O alvinegro do Parque São Jorge ocupava a 15ª posição, com apenas nove pontos, um acima da zona da degola, aberta justamente pelo Dragão, que estava em 18º com oito. Jogando em casa, a vitória era obrigação.
Fui nessa jornada com o paulistaníssimo Victor, futuro doutor e ex-correspondente mineiro do JP. O amigo não via uma partida na Fazendinha desde os tempos do saudoso Corinthians B, lá pelos idos de 2001 ou 2002, quando o Jogos Perdidos não existia nem como ideia. Agora, feliz residente da capital bandeirante novamente, entre uma aula e outra, ele consegue acompanhar suas pelejas na cidade. Também estavam lá o decano Milton e o amigo homônimo Victor. No gramado, o grande nacionalista Giulio Cesare estava de olho nos atendimentos médicos mais uma vez.
O Corinthians começou a partida afobado: teve mais posse de bola, mas não conseguiu transformar isso em chances claras de gol. O Atlético apenas se defendia, mas, como quem não quer nada, foi se soltando e chegou ao ataque. Aos 25 minutos, Yuri abriu o placar para os visitantes. O alvinegro só melhorou nos minutos finais da etapa inicial, mas não conseguiu empatar.
No primeiro lance do segundo tempo, o Corinthians deixou tudo igual com o gol de Bahia, uma boa revelação, apesar de tudo que acontece de ruim nas categorias de base do clube. Só que nem deu tempo de comemorar: aos quatro, João Gabriel recolocou o Dragão na frente.
O que se viu a partir daí foi um verdadeiro ataque contra defesa. Os donos da casa enfileiraram bons momentos, mas nenhum virou gol. O placar já estava bem injusto quando, aos 36, Gui Negão teve a chance do empate em cobrança de pênalti. Bateu mal e o goleiro defendeu. Na sequência, ele mesmo aproveitou escanteio bem cobrado e aí sim anotou o dele.
Lances do primeiro tempo de Corinthians x Atlético/GO

Comemoração do gol de Bahia no início da etapa final

O pênalti perdido por Gui Negão aos 36 do segundo tempo
O Corinthians foi melhor nos 45 minutos finais, mas não conseguiu vencer

Placar final do jogo no Parque São Jorge e resultado ruim para ambos
Nos minutos finais, o Timão até teve chances de virar, porém não conseguiu. O Corinthians 2-2 Atlético/GO acabou sendo um resultado ruim para ambos. O alvinegro segue em 15º, enquanto o Dragão pelo menos deixou a zona da degola, agora ocupada por ninguém menos que Atlético Mineiro, Grêmio e Internacional. Vai ter time grande jogando a Série B em 2026...
Saímos rapidinho da Fazendinha e peguei o caminho do QG da Zona Oeste. Fiz uma janta rápida e saí de novo, já que tinha rodada noturna do JNP, o Jogos Nada Perdidos, pela Libertadores, com time que não via há 19 anos.
Até lá!
Ficha Técnica: Corinthians 2-2 Atlético/GO
Local: Estádio Alfredo Schurig (São Paulo); Árbitro: Caio Carvalho Pereira/SP; Público: 228 presentes; Renda: portões abertos; Cartões amarelos: Lorenzo, João Gabriel, Pimenta e Neto; Gols: Yuri 25 do 1º, Bahia 1, João Gabriel 4 e Gui Negão 38 do 2º.
Corinthians: Cadu; Gabriel Caipira, Gama, Lorenzo e Denner (Gustavo Baiano); Caraguá (Lucão), Bahia (Yago), Dieguinho (Pires) e Araújo (Jesse); Nicollas (Léo Agostino) e Gui Negão. Técnico: Orlando Ribeiro.
Atlético/GO: Martins; Lira, Erick, Pimenta e Luiz Guilherme; Klebert, Neto (Arthur), João Neres (Jonathan) e Yuri; João Vítor (Jampierre) e João Gabriel. Técnico: Rafael Premiska.
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