Texto e fotos: Fernando Martinez
Hoje tenho o prazer de publicar um post aqui no JP, mas que bem poderia ser uma matéria do JNP, o Jogos Nada Perdidos, com clube novo na pauta. Na noite da última terça-feira, fui até a Neo Química Arena para uma partida da Copa Sul-Americana. Mas não fui para ver o Corinthians em campo e sim para, finalmente, acompanhar de perto um jogo do genial América de Cáli, time que entra na Lista após exatos 30 anos.
Em 1995, o alvirrubro colombiano também enfrentou o alvinegro, naquela ocasião pela extinta Copa Conmebol. Eu ia naquela peleja, mas um temporal caiu justamente quando estava saindo do meu saudoso lar no bairro do Pari. No alto dos meus 19 anos (#saudade), até esperei um tempo o dilúvio passar. Como não passou, fiquei em casa e não fui ao Pacaembu. Desde então, nunca mais tinha tido a chance de vê-lo em ação... até terça.
Sport Club Corinthians Paulista - São Paulo/SP

Sociedad Anónima Deportiva América S/A - Cáli/COL
Quarteto de arbitragem e capitães dos times
Times perfilados para o Hino Nacional
O sorteio dos grupos feito pela Conmebol foi bem ruim. As chaves de Palmeiras e São Paulo não trouxeram nenhum clube novo. Já o Corinthians, apesar de ter jogado contra o perdidaço Universidad Central da Venezuela na fase preliminar da Libertadores, só teve um estreante na Sul-Americana: o América. Depois de um 2024 com tanto clube legal vindo pra cá, 2025 ficou devendo. De qualquer forma, o escrete americano virou o 826º na Lista.
Partida às 21h30 em Itaquera é sempre complicado, mas pelo menos dá para pegar o trem na Estação da Luz sem estar abarrotado. Cheguei ao estádio de boa, sem correria, e ainda deu tempo de comer uma besteirinha antes do apito inicial. Agora, uma coisa é certa: gosto de jogo perdido, de preferência só comigo de fotógrafo, mas é legal de vez em quando estar presente numa peleja grandona.
O Corinthians vem fazendo uma campanha bem sem-vergonha na competição e precisava vencer para manter vivas as chances de avançar à segunda fase. O América, ainda invicto, buscava pelo menos um ponto. Quando a bola rolou, a nhaca alvinegra seguiu. O time até abriu o placar com um bonito chute de Memphis Depay, mas a atuação foi bem meia-boca.
Ataques corintianos no começo da partida
Não é toda hora que pinta a chance de ter foto do segundo maior artilheiro da seleção holandesa tão de perto por aqui, então vamos a ela
Falando nele, a bola estufando as redes do América no gol de Memphis Depay e a comemoração dos atletas corintianos
No início da etapa final, os visitantes deixaram tudo igual e passaram a pressionar. Criaram bons momentos e só não viraram o marcador por azar. Deles, não do Corinthians. Em mais uma performance abaixo da média em competições continentais, o alvinegro não foi capaz de vencer.
O 1 a 1 complicou a situação mosqueteira no torneio. Agora, a equipe precisa vencer os dois compromissos restantes e torcer por uma combinação de resultados. Mais triste do que a atuação em si é ver parte da torcida — e boa parte da "mídia especializada" — desdenhar de um torneio tão importante. Dizer "ah, não vale nada" mostra como o pensamento da rapaziada é completamente limitado. Taça é taça.

Detalhe da numerosa presença da torcida do time colombiano em Itaquera
No começo do segundo tempo, o América deixou tudo igual em Itaquera
Mais lances da etapa final de Corinthians x América de Cáli
Como acontece sempre que a bola rola às 21h30, fui obrigado a sair do estádio aos 40 do segundo tempo. Saí correndo, peguei o trem no exato momento em que pisei na plataforma e, mesmo assim, cheguei na Linha Amarela às 23h59. Foi passar o portão e deu meia-noite. Os adoráveis seguranças encerraram as atividades ali mesmo. Por 30 segundos, eu não me ferrei. Ufa!
Até a próxima!
Ficha Técnica: Corinthians 1-1 América de Cáli
Local: Neo Química Arena (São Paulo); Árbitro: Juan Gabriel Benitez/PAR; Público: 39.543 pagantes (39.846 presentes); Renda: R$ 2.762.633,00; Cartões amarelos: André, Carillo, Yuri Alberto, Charles, André Ramalho e Pestaña; Gols: Memphis Depay 20 do 1º e Navarro 1 do 2º.
Corinthians: Hugo Souza; Léo Mana (Héctor Hernández), André Ramalho, Cacá e Fabrizio Angileri; Maycon, José Martínez (Charles), André Carrillo (Igor Coronado) e Breno Bidon (Talles Magno); Memphis Depay e Yuri Alberto (Romero). Técnico: Dorival Júnior.
América de Cáli: Soto; Candelo, Bocanegra, Pestaña e Mena; Carrascal, Navarro (Cavadía), Barrios (Lucumi), Quintero e Vergara; Holgado (Ramos). Técnico: Jorge da Silva.
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