Texto e fotos: Fernando Martinez
Fevereiro começou e, com ele, veio a segunda apresentação do Nacional no Estádio Nicolau Alayon pelo Campeonato Paulista da Série A4. Pela quarta rodada do certame, os ferroviários receberam nada menos que o Araçatuba, líder do torneio, que veio à capital disposto a manter a ponta.
Levando em conta que a campanha nacionalista não tem sido brilhante, nem eu acreditava que os donos da casa poderiam aprontar algo. Os amigos presentes, o trio Caio, Milton e Nílton, compartilhavam da mesma opinião. Eu tinha visto a vitória da AEA contra o Audax na semana anterior e considerava o time amarelo e azul favorito.
Esse foi o oitavo jogo entre os dois na história, o primeiro desde 2002. No retrospecto, total equilíbrio: três vitórias para cada lado e um empate. O último duelo no campo da Rua Comendador Souza havia sido em 21 de abril de 2001, um inapelável 7 a 1 para os mandantes. Na época, troquei essa partida por um Guapira 1-1 Lemense. Me arrependi naquele momento, mas hoje agradeço por ter optado por um confronto entre dois times que não existem mais.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Associação Esportiva Araçatuba - Araçatuba/SP

Capitães dos times junto com o árbitro Pietro Dimitrof Stefanelli, os assistentes Claudenir Donizeti da Silva e Luiz Henrique Pimentel e o quarto árbitro Leandro Carvalho de Oliveira.
Na primeira etapa, o Araçatuba foi melhor, mas pecou nas finalizações. Criou duas ótimas oportunidades, uma delas com a meta aberta após falha do goleiro Luiz Carlos, e desperdiçou ambas. O Nacional passou ileso e, aos 15 minutos do segundo tempo, abriu o placar com um gol de cabeça de Gustavo Índio.
A comemoração durou pouco, pois, no minuto seguinte, foi marcado um pênalti a favor do time da casa. David, que tinha acabado de entrar, cobrou muito mal e mandou a bola quase no campo sintético atrás do gol da entrada do Alayon. O grande número de torcedores do clube interiorano, sempre presente nos jogos, não gostou nada.
Aos 26, entrou o camisa 19, Alexandre Abreu, que rapidamente se tornou um pesadelo para a defesa visitante. Aos 35, ele pegou a bola no campo de defesa, avançou livre, driblou três zagueiros e rolou para Kléber Balotelli, que só teve o trabalho de empurrar para as redes. Foi o gol que definiu o placar.
Há 23 anos não acontecia um Nacional x Araçatuba
David mandando a cobrança de pênalti longe da meta
Ótima vitória paulistana, quebrando os 100% de aproveitamento do clube visitante
Fim de jogo: Nacional 2-0 Araçatuba. A vitória levou o time paulistano à oitava posição, com seis pontos em quatro rodadas. Já o Canário da Noroeste caiu do primeiro para o quarto lugar, ficando atrás, respectivamente, de Paulista, Inter de Bebedouro e São Caetano. Mas uma coisa é certa: a missão do Nacional para garantir vaga nas quartas de final não será nada fácil.
A retomada do futebol veio já no domingo, com um jogo da Série A2, um campeonato que, no papel, é muito interessante, mas que, infelizmente, costuma ter confrontos de baixo nível técnico.
Até lá!
Ficha Técnica: Nacional 2-0 Araçatuba
Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Pietro Dimitrof Stefanelli; Público: 242 pagantes; Renda: R$ 3.450,00; Cartões amarelos: Gustavo Índio, Natan, Kléber, Alexandre Abreu, Pablo, Esdras, David, Kayo Bahia e Felipe Bortolucci; Gols: Gustavo Índio 11 e Kléber Balotelli 35 do 2º.
Nacional: Luiz Carlos; Cauan (Gustavo Caires), Tallyson, Renan e Natan; Rômulo, Ronaldy, João Braga (Diogo) e Emmanuel Manu (Paulo Vítor); Gustavo Índio (Kléber Balotelli) e Nicollas (Alexandre Abreu). Técnico: Tuca Guimarães.
Araçatuba: Henrique; Ryan (Judá), Pablo, Felipe Bortolucci e Caio Augusto; Moysés (Rodrigues), André e Diego (Esdras); Kayo Bahia, Tarik (David) e Luan Carioca (Mendes). Técnico: Helinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário