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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Na melhor apresentação da Portuguesa no Paulistão, empate contra o Corinthians

Texto e fotos: Fernando Martinez


O segundo jogo da rodada dupla do "Sábado dos Fundadores" foi no recauchutado Estádio Paulo Machado de Carvalho (vale lembrar que aqui não usarei o bisonho nome novo). A Portuguesa, mesmo sendo mandante, foi colocada de escanteio, enquanto a torcida do Corinthians retornou ao velho/novo estádio após quase seis anos. Foi um bom clássico válido pelo Campeonato Paulista, e essa foi a minha quarta partida ali desde a reabertura, a primeira com a torcida corintiana no local.

Meu saudoso avô sempre dizia que os duelos entre alvinegros e rubro-verdes no campo mais tradicional da capital eram os mais propensos a confusões. Hoje a coisa mudou bastante, não tem como negar. Mesmo assim, é um clássico, por mais que a galerinha novata (além dos "especialistas" de plantão) que ama falar bobagens em rede social ache que não.

Saí do Nicolau Alayon na correria e, mesmo passando por falta de energia elétrica na Estação Luz, consegui chegar ao Pacaembu sem crise, a tempo de credenciamento. Passei pelas intermináveis obras do prédio que substituirá o tobogã e logo estava no gramado.


Não sou de postar esse tipo de foto aqui, mas essa ficou bastante legal. Essa vista do Pacaembu é das antigas

Vale comentar que o pessoal da Portuguesa foi deixado nas laterais, enquanto os corintianos ocuparam o restante do estádio. Não custava nada colocar a torcida da Lusa na parte coberta e na lateral, a antiga arquibancada visitante, para que ficassem todos juntos. Essa separação foi uma bizarria. Bom, mas de bizarrice a Allegra entende bem. O que eles não sabem é como organizar uma partida de futebol de forma decente.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


Sport Club Corinthians Paulista - São Paulo/SP


A árbitra Daiane Muniz, os assistentes Evandro de Melo Lima e Daniel Luís Marques, o quarto árbitro Murilo Tarrega Victor e os capitães

Como não tinha mais chance de ficar atrás do ex-gol do tobogã, graças às intermináveis e novíssimas escadas construídas, fui pegar meu lugar no gol da entrada e decidi ficar lá durante toda a peleja. O Corinthians vinha com o time inteiro reserva, enquanto a Portuguesa, invicta há quatro jogos, estava afim de ampliar essa marca.

O primeiro tempo teve a Portuguesa um pouco melhor, enquanto o Corinthians não conseguia produzir. Jajá criou o melhor momento aos 34, com um chute de longe que caprichosamente bateu na trave. Aos 48, Cristiano ajeitou de peito para o mesmo Jajá, que acertou um tiro no canto esquerdo de Matheus Donelli. Era o primeiro da Lusa. Assim, o intervalo chegou.

Na etapa final, os alvinegros voltaram com tudo e bem mais dispostos. Aos sete, Matheus Bidu empatou com um chute da esquerda. Aos 19, Talles Magno virou em cobrança de pênalti. Como estava atrás do gol, fiz fotos das comemorações. Para um moleque que se formou no futebol ouvindo jogos do estadual no Paulo Machado de Carvalho pelo rádio, estar ali registrando esse tipo de momento teve um gosto bastante especial.

Mas quem esperava que a Portuguesa fosse sentir a virada se enganou. O time acordou e respondeu à altura. Na entrada da área, a bola sobrou para Maceió, que bateu de primeira e deixou tudo igual novamente. No restante do tempo, as duas equipes chegaram bem perto de marcar o terceiro gol, mas não conseguiram.



Duas grandes chances da Portuguesa na primeira etapa. Na segunda foto, bola na trave de Matheus Donelli


Detalhe da primeira etapa no Pacaembu




Detalhe do gol de empate corintiano e da comemoração de Matheus Bidu


Ataque alvinegro pela esquerda




Talles Magno em três momentos: sofrendo pênalti, virando a partida e comemorando o seu gol





O 2 a 2 acabou sendo justo por tudo que os times produziram

No fim, o empate em Portuguesa 2-2 Corinthians foi justo pelo que ambos fizeram. Foi, certamente, a melhor apresentação da equipe do Canindé no Paulistão e, apesar de estarem fora da zona de classificação, não dá para duvidar que isso possa mudar. O rebaixamento ficou mais distante e a vaga na Série D de 2026 ficou mais próxima.

Eu tinha me esquecido como era voltar para casa após um jogo lotado no Pacaembu. O ônibus que precisava não passou, e somente após uma hora um outro me levou até a Doutor Arnaldo. Dali, finalmente, pude retornar ao QG da Zona Oeste. Disso, eu não tinha saudade. E o calor foi tanto que peguei uma gripe braba no sábado à noite, que me tirou da rodada de domingo. Vamos ver se na semana consigo me recuperar.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Portuguesa 2-2 Corinthians

Local: Estádio Paulo Machado de Carvalho (São Paulo); Árbitra: Daiane Muniz; Público: 17.087 pagantes; Renda: R$ 1.914.620,00; Cartões amarelos: Gustavo Henrique, Lucas Hipólito, Cacá e Félix Torres; Gols: Jajá 38 do 1º, Matheus Bidu 7, Talles Magno (pênalti) 19 e Maceió 29 do 2º.
Portuguesa: Rafael Santos; Talles, Eduardo Biazus, Gustavo Henrique e Lucas Hipólito; Tauã, Fernando Henrique (Hudson) e Cristiano (Rildo); Jajá (Éverton Messias), Maceió (Pedro Henrique) e Renan Peixoto (Barba). Técnico: Cauan de Almeida.
Corinthians: Matheus Donelli; Mana (João Vítor), Félix Torres, Cacá e Matheus Bidu; Alex Santana (Bahia), Ryan (Pedro Raul), Charles (Maycon) e Igor Coronado; Romero e Talles Magno (Héctor Hernández). Técnico: Ramón Díaz.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Após 45 anos, Nacional volta a vencer o Jabaquara no Alayon

Texto e fotos: Fernando Martinez


Em meio a uma terrível onda de calor, o sábado reservou uma rodada dupla simplesmente genial, com quatro times fundadores da FPF e muita tradição em campo. Iniciei os trabalhos no bom e velho Estádio Nicolau Alayon com um tradicionalíssimo duelo entre Nacional e Jabaquara, confronto que acontece desde 1934 e que, hoje, foi válido pelo Campeonato Paulista da Série A4.

O Jabuca é um dos adversários mais comuns do Nacional ao longo da história, com um total de 72 confrontos. A primeira partida ocorreu em 1934, pela primeira divisão, quando o antigo São Paulo Railway venceu. A maioria dos duelos entre os dois aconteceu entre 1934 e 1959 (ano em que o Naça foi rebaixado), com uma boa sequência também entre 1964 e 1967 (logo após a queda do rubro-amarelo, em 1963).


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Jabaquara Atlético Clube - Santos/SP


Quarteto de arbitragem para Naça x Jabuca com Rafael Gomes Felix da Silva, Claudenir Donizeti da Silva, Pedro Pedro Aparecido Grivol Filho e Pietro Dimitrof Stefanelli, além dos dois capitães

Depois, breves encontros entre 1980 e 1982 e entre 2010 e 2011. De 2023 para cá, foi o quarto encontro. Na história, eram 32 triunfos nacionalistas, 28 do Jabaquara e 12 empates. No sábado, havia um tabu em jogo: desde 1980, o Naça não ganhava jogando na capital. Embora tenham sido apenas quatro jogos, isso não deixa de ser significativo.

Os paulistanos ocupavam a 10ª posição com sete pontos, enquanto o Leão da Caneleira era o 14º, com cinco. Entre as opções de jogos disponíveis no sábado à tarde, essa era de longe a mais interessante. Não à toa, um alto quórum de amigos se fez presente na parte coberta do campo da Rua Comendador Souza: o sumido Matheus Trunk, a fênix seu Natal, o maior anfitrião de Brasília, Raul, os figurinhas carimbadas Caio, Milton e Nilton, além dos "novatos" Gustavo e Vinícius, este direto do Rio. Quem não estava e nem vai estar mais é o sumidaço (agora para sempre) Jurandyr, que foi para Portugal de navio e não fará mais parte das jornadas no país verde e amarelo.

Com um bom público e expectativa alta, a animação rapidamente se esvaiu das arquibancadas. Nacional e Jabaquara fizeram uma partida muito ruim, bastante abaixo da média e praticamente sem chances de gol. O primeiro tempo foi tão terrível que as conversas entre os torcedores acabaram sendo o grande destaque da calorenta tarde.

Na etapa final, pouco mudou. Mas, aos 15 minutos, brilhou a estrela de Gustavo Índio, atacante local. Ele recebeu um passe livre na direita, entrou na área e chutou em cima do goleiro. Por sorte, o rebote voltou em sua direção e, de cabeça, colocou o Nacional em vantagem. O Jabaquara tentou reagir, mas a reação ficou apenas na vontade. Mesmo com a zaga paulistana falhando bastante, o Leão não conseguiu chances claras para empatar. O Nacional poderia ter feito o segundo em um chute cruzado da direita, que encontrou a trave. E só.







Lances de Nacional x Jabaquara, duelo com 91 anos de história


Placar final de um jogo ruim, mas com importante vitória nacionalista

O Nacional 1-0 Jabaquara recolocou o clube da capital no G8, ocupando agora a oitava posição, com 10 pontos. Com a vitória do Audax sobre o Barretos, a primeira do onze osasquense na A4, o rubro-amarelo santista entrou na zona de rebaixamento. Os comandados de Marcos Bruno precisarão melhorar a performance para não serem rebaixados em 2026.

Sem tempo a perder, saí correndo, eu e minha fascite plantar, gloriosa companheira desde dezembro, pois não podia vacilar. Tinha clássico às 18h30 e um caminho que, se não era longo, era complicado. Tudo para ver outro confronto de fundadores da FPF, desta vez pelo Paulistão-25.

Até lá!

Ficha Técnica: Nacional 1-0 Jabaquara

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Rafael Gomes Félix da Silva; Público: 215 pagantes; Renda: R$ 2.930,00; Cartões amarelos: Kléber Balotelli e Daltro; Gol: Gustavo Índio 13 do 2º.
Nacional: Luiz Carlos; Cauan, Tallyson, César Augusto e Natan; Rômulo, Ronaldy (Paulo Vítor), João Braga (Renan) e Emmanuel Manu (Alexandre Abreu); Gustavo Índio (Kléber Balotelli) e Nicollas (Gustavo Caires). Técnico: Tuca Guimarães.
Jabaquara: Luigy; Carlos, Samuel, Otávio e Hatz (Arthur); Daltro, Léo (Vini), Nicolas e Darlyson (Pereira); João e Jhonathan (Bahia). Técnico: Marcos Bruno.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Tudo igual entre Audax e VOCEM no Rochdale

Texto e fotos: Fernando Martinez


A gente é teimoso, não tem jeito. Depois do show de horrores da tarde com o tenebroso jogo em Barueri, fui acompanhar uma quente sessão noturna no Estádio José Liberatti, em Osasco, pelo Campeonato Paulista da Série A4. Apesar dos insanos 29 graus sem vento, não tinha como deixar passar um Audax x VOCEM, válido pela sexta rodada. Sempre achei o time de Assis um dos mais legais desde que comecei a acompanhar as divisões de acesso nos anos 80.

Ambos não vinham fazendo uma boa campanha. O VOCEM ocupava a 14ª posição antes da rodada, com cinco pontos e apenas uma vitória em cinco apresentações. O Audax era o 15º, sem nenhum triunfo e apenas dois pontos. Os osasquenses, vice-campeões paulistas em 2016, correm sérios riscos de jogar a Segundona em 2026.


Grêmio Osasco Audax Esporte Clube - Osasco/SP


Vila Operária Clube Esporte Mariano - Assis/SP


No Rochdale, capitães dos times e o quarteto composto pelo árbitro Pietro Dimitrof Stefanelli, os assistentes Claudenir Donizeti da Silva e Raffael Arderi e o quarto árbitro Rafael de Souza

O Rochdale, para variar, estava vazio. Somente 93 pagantes viram um primeiro tempo em que a inspiração passou longe do gramado. Os visitantes foram levemente superiores, mas nada assim uma Brastemp. O Audax seguiu com suas apresentações ruins e não fez nada. Nesse cenário árido de emoções, o 0 a 0 era óbvio.

A maior emoção foi a expulsão dos dois técnicos aos 36 minutos. Ambos saíram de campo se xingando. Quando subiram para os vestiários, a coisa esquentou de vez. Ouvimos tapas, gritos e boa parte dos atletas reservas correu para tentar ver o que estava acontecendo. A peleja chegou a ser interrompida por breves minutos.

Na etapa final — ufa! — a coisa melhorou. Nem bem o jogo tinha recomeçado e o Audax pulou à frente do marcador com o gol de Prates. Embora os dois times tenham criado vários momentos de perigo, foi o Vila Operária que marcou aos 31, em uma cabeçada perfeita de Jonatan da Ora, deixando tudo igual.






Primeiro tempo ruim, segundo tempo muito melhor. Essa foi a tônica em Osasco



Gol e comemoração de Jonatan da Ora no empate do VOCEM



O 1 a 1 no Liberatti foi ruim para os dois

A partida seguiu animada, porém terminou em Audax 1-1 VOCEM. O onze visitante subiu uma posição graças à derrota do Jabaquara e agora ocupa o 13º lugar. Os osasquenses seguem na zona da degola, à frente apenas do super lanterna Matonense e suas seis derrotas em seis compromissos. Parece que essa vaga na Segundona de 2026 já está garantida.

Como estava um calor do cão, me dei ao luxo de voltar ao QG da Zona Oeste de Uber, sem crise e sem pressa. Após sofrer tanto à tarde e suar igual um condenado, eu merecia fazer esse pequeno mimo comigo mesmo. No final de semana, a programação reserva uma jornada dupla no sábado, apenas com fundadores da FPF em campo.

Até lá!

Ficha Técnica: Audax 1-1 VOCEM

Local: Estádio José Liberatti (Osasco); Árbitro: Pietro Dimitrof Stefanelli; Público: 93 pagantes; Renda: R$ 735,00; Cartões amarelos: João Farias, Vitinho, Robertinho, Caio Henrique, Caio, Lacerda e Ibson; Cartões vermelhos: Roberto Martins e Marcos Campagnollo 36 do 1º; Gols: Prates 1 e Jonatan da Ora 31 do 2º.
Audax: Diego; Pagé (Pablo), Robertinho, Thiago Passos e Cande; João Farias (Caio), Caio Henrique (Matheo), Prates e Athos (Caíque Barbosa); Badola e Vitinho. Técnico: Roberto Martins.
VOCEM: Matheus; Diogo, Garbelini (Thales Santiago), Antenor e Gustavo; Pedro (Vinícius), Chileno (Pelé), Ibson e Lacerda (Nicolas); Rafael Tanque e Alef (Jonatan da Ora). Técnico: Marcos Campagnollo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Oeste 0-0 Rio Claro: Jogo nota 1 em Barueri

Texto e fotos: Fernando Martinez


Se na quarta-feira, dia 12, eu abri mão do futebol, na última eu me meti a fazer uma rodada dupla. Troquei uma tarde inteira no ar-condicionado por uma sessão vespertina no Campeonato Paulista da Série A2. Na Arena Barueri, acompanhei o duelo entre Oeste e Rio Claro pela 12ª rodada da primeira fase. Minha esperança era que ambos não me fizessem arrepender amargamente da escolha feita.

Agora, fica difícil, muito difícil, falar algo de bom sobre o que (não) vi nos 90 minutos no gramado sintético do reformado estádio. Tudo bem, o Rio Claro era o lanterna, ainda sem nenhuma vitória em oito rodadas, mas o Oeste estava em quarto lugar e, mesmo com a sequência ruim, não esperava o show de horrores apresentado pelos locais.


Oeste Futebol Clube - Barueri/SP


Rio Claro Futebol Clube - Rio Claro/SP


O árbitro Salim Fende Chavez, os assistentes Mauro André de Freitas e Fausto Augusto Moretti, o quarto árbitro Pablo Rodrigo de Oliveira e os capitães dos times

O calor estava insano. Uma coisa de maluco, de doente. Eu aguentei fazer as fotos posadas e me mandei para as cabines. Não havia vento, não tinha brisa, não tinha nada. No gramado, não aconteceu um único lance digno de registro. Zero. Sofri com o bafo que vinha de fora e com a atuação tenebrosa das duas equipes.

Na etapa final, uma salvadora funcionária da Arena me ajudou e ligou o ar-condicionado da cabine. Com uma temperatura decente, consegui prestar mais atenção na peleja... mas me arrependi. Oeste e Rio Claro poderiam estar jogando até agora que o gol não teria saído. Não tem como escrever mais nada sobre a falta de inspiração dentro das quatro linhas.





Jogo ruim, foto ruim. Nem imagem teve como salvar direito


Resultado final do meu pior jogo de 2025 e um dos piores da história

Por todo o contexto, Oeste 0-0 Rio Claro entrou no meu Top 10 pessoal de piores jogos da vida. Pode ser um exagero? Creio que não, pois o combo calor horroroso + partida tenebrosa é um negócio simplesmente imbatível. Não tenho planos de voltar lá tão cedo.

O retorno, ainda debaixo de uma temperatura criminosa, reservou uma parada na padaria perto da Estação Jardim Belval antes de pegar os trilhos da antiga CPTM até a cidade de Osasco. Fui acompanhar a visita de um dos preferidos da casa ao Rochdale.

Até lá!

Ficha Técnica: Oeste 0-0 Rio Claro

Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitro: Salim Fende Chavez; Público: 184 pagantes; Renda: R$ 1.304,00; Cartões amarelos: Thiago Nunes, Flávio Henrique e Emanuel; Cartão vermelho: Flávio Henrique 39 do 2º.
Oeste: Klever; Hytalo Lira (Tite), Thiago Nunes, Pedro Vítor e Matheus Albino; Ferreira, Gabryel Freitas (Flávio Henrique), Vítor Lima e Alex Reinaldo (Lucas Alvim); Henry (Geuvânio) e Paulinho (Guilherme Tavares). Técnico: Lelê.
Rio Claro: Passarelli; Fabinho (Caíque), Nílson, Gustavo e Mateus Vedrani; Bruno Luiz, Éder Lima (Fábio Magrão), Yamada (Coutinho) e Cesinha; Thalisson (Emanuel) e Luizinho (Jacó). Técnico: Fahel Júnior.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Em péssima apresentação, Nacional é superado pelo Colorado em Caieiras

Texto e fotos: Fernando Martinez


Quando o Nacional joga, fica difícil escolher outro jogo para acompanhar. Assim, no último sábado, fui até a cidade de Caieiras para ver o time ferroviário pela primeira vez fora de casa no Campeonato Paulista da Série A4. O adversário dos paulistanos foi o recém promovido Colorado (com sua bela camisa), que queria fazer valer o papel de mandante.

Por ser o time profissional mais novo do estado, o confronto era inédito. Na história, o Nacional, quando ainda se chamava São Paulo Railway, havia atuado em Caieiras apenas uma vez, no longínquo ano de 1944, quando ganhou do União Melhoramentos por 3 a 1. Na época, a cidade ainda era um distrito de Juqueri e se emancipou apenas em 1958. Longos 81 anos se passaram desde então.


Colorado Caieiras Futebol Clube Ltda. - Caieiras/SP


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Leandro Carvalho de Oliveira, Lucas Lascasas Junior, Bruno Henrique Mascarenhas Moura, Rodrigo Santos e os dois capitães

Encarei sozinho essa jornada e não foi fácil suportar o calor que fez no Estádio Carlos Ferracini. Depois de um mês de janeiro relativamente tranquilo em relação ao verão, fevereiro está absolutamente insuportável, e bate um leve desespero (alô, Capital Inicial) de saber que vai piorar nas próximas semanas. É, gente, o mundo está acabando e tá cheio de animal fazendo graça.

Dentro de campo, o Nacional ocupava a oitava colocação, com seis pontos, enquanto o Colorado era o décimo, com quatro. Vindo de uma ótima vitória contra o Araçatuba, esperava uma atuação razoável do clube da capital, mas não foi isso que aconteceu. Na etapa inicial, até houve um certo equilíbrio, e foram poucas as chances de gol.

O que complicou mesmo foi a assombrosa atuação nos 45 minutos finais. O Nacional foi dominado completamente pelo Colorado, que enfileirou vários bons momentos e não deu nenhuma chance aos visitantes. Aos 14, Matheus Arcanjo abriu a contagem. Escobar ampliou na sequência, e Matheus Arcanjo anotou o terceiro.

Os heroicos torcedores nacionalistas que marcaram presença, já acostumados com atuações bisonhas da equipe, pouco reclamaram, a não ser um antigo frequentador do Nicolau Alayon, que passou a etapa final inteira xingando atletas e o técnico Tuca Guimarães. O gol de honra feito nos acréscimos não sossegou o moço.









O Nacional foi dominado pelo Colorado, principalmente no segundo tempo, e sofreu outra derrota na A4. Nem o gol de honra (última foto) salvou a tarde do onze paulistano


Placar final no Carlos Ferracini. Detalhe para o número 1 desenhado na placa. Genial!

O placar de Colorado 3-1 Nacional ficou barato diante do amplo domínio local. Após o término da peleja, o treinador do onze ferroviário foi tirar satisfação com o torcedor, e se não tivesse a grade, talvez teriam ido às vias de fato. Clima quentíssimo, assim como a temperatura em Caieiras.

Derretido, cozido e com uma dor de cabeça gigantesca, retornei ao QG da Zona Oeste para fazer fotossíntese no restante do sábado e no domingo. Vamos ver se a agenda futebolística reserva alguma rodada no meio de semana. É a ideia.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Colorado 3-1 Nacional

Local: Estádio Carlos Ferracini (Caieiras); Árbitro: Leandro Carvalho de Oliveira; Público: 103 pagantes; Renda: R$ 1.710,00; Cartões amarelos: Rayan, Misael, João Braga e Tuca Guimarães; Gols: Matheus Arcanjo 14, Escobar 26, Matheus Arcanjo 39 e Alexandre Abreu (pênalti) 47 do 2º.
Colorado: Nathan; Vila Nova, Freitas, David (Lucas) e Dudu Brasil; Victtor, Rayan (Aldana) e Misael (Derik); Marquinhos, Matheus Arcanjo e Escobar (Bruno Dantas). Técnico: Wagner Souza.
Nacional: Luiz Carlos; Cauan, Tallyson, Renan e Natan; Rômulo, João Braga (Diogo Bolt) e Emmanuel Manu (Alexandre Abreu); Ronaldy (Gustavo Caires), Nicollas (Paulo Vítor) e Kléber Balotelli (Vítor Wandeur). Técnico: Tuca Guimarães.