Texto e fotos: Fernando Martinez
Na preliminar, o Ibrachina jogou sem problemas e chegou fácil aos 7 a 0 contra o Barcelona. Fechando a jornada na Ibrachina Arena pintou a estreia de ambos pelo Campeonato Paulista sub-17. O Elefante, que jogou de amarelo no primeiro compromisso, foi a campo com uma bizarra camisa verde fluorescente (!), naquele velho e manjado esquema "era o que tinha na loja".
Para quem não sabe, o sub-17 tem exatamente o mesmo formato e regulamento do sub-15. Então repito o que disse na matéria anterior: São 79 os participantes. Eles foram divididos em 14 grupos, cinco com cinco times e nove com seis. Os dois primeiros de cada chave e os quatro melhores terceiros colocados se garantem na segunda fase. Por motivos óbvios, achava o escrete mandante bem favorito.
Ibrachina FCL (sub-17) - São Paulo/SP
Barcelona ECL (sub-17) - São Paulo/SP
Capitães junto com o quarteto de arbitragem na primeira cobertura do sub-17 em 2023
Assim como no duelo do Infantil, o Ibrachina martelou a zaga do Barcelona durante 95% do tempo, sem exagero nenhum. O grande problema foram as finalizações. A molecada local errou demais e não foi capaz de vencer o goleiro do BEC. Não sei se teve algum salto alto da rapaziada, o que eu sei é que o número de chances jogadas no lixo foi enorme.
O Elefante ficou na dele, na boa, sabendo que a cada minuto que o relógio andava, eles chegavam perto da conquista de um importante ponto pensando na luta por uma vaga na próxima fase. A etapa inicial seguiu nesse panorama e as agremiações foram aos vestiários com o marcador em branco.
Lances do primeiro tempo entre Barcelona e Ibrachina
Na etapa final, o cenário foi idêntico. Ibrachina atacando direto e o Barcelona se defendendo como podia. Teve lance de cabeça, gol perdido na pequena área, bola na trave... um rol de momentos que foram deixando o pessoal da casa desesperado. Aos poucos fui começando a acreditar que um altamente improvável 0 a 0 estava cada vez mais perto.
Nos acréscimos, os locais tiveram duas boas oportunidades... e novamente não fizeram. Aí pintou aquele tipo de coisa que só acontece no futebol. No último ataque, na última bola, um atleta do Barcelona foi lançado na esquerda. Ele se desvencilhou do zagueiro e cruzou. A pelota foi no segundo pau e encontrou Silas. O camisa 11 tocou de leve e fez o gol visitante no ÚNICO ataque em toda a peleja. A comemoração foi digna de final de Copa do Mundo.
O Ibrachina ocupou o campo de defesa do Barcelona, mas não foi capaz de marcar um golzinho sequer
No fim, o Barcelona achou um gol no último lance no primeiro ataque que teve e venceu o Ibrachina. A comemoração foi enorme no gramado do campo da Mooca
O Ibrachina 0-1 Barcelona foi um resultado surreal. Um clube com pelo menos 30 finalizações foi derrotado por outro que teve um ataque em 80 minutos. É aquele velho esquema, pode ter sido injusto, mas o que vale – criei essa expressão agora – é bola na rede. De qualquer forma foi uma sensacional estreia do Elefante. Da minha parte segui com uma sequência de 14 anos sem ver 0 a 0 no Paulista sub-15.
Saímos da Mooca com destino ao ABC pensando em encontrar algum lugar para almoçar. Não rolou. Tudo porque precisava chegar cedo na sessão vespertina. Teve confronto bem legal válido pela segunda fase da Série A3.
Até lá!
Ficha Técnica: Ibrachina 0-1 Barcelona
Local: Ibrachina Arena (São Paulo); Árbitro: Rodrigo Pessutto; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Cléber, Gustavo, Guilherme Gonçalves, Richard; Cartão vermelho: Athos 18 do 2º; Gol: Silas 48 do 2º.
Ibrachina: Miqueias Ferreira; Luis Felipe (Artur Furlan), Guilherme Reis, Augusto e Guilherme Gonçalves; Gustavo Beiço, Francisco, Guigao (Marcos Vinicius) e Gustavo; Lucas e Cléber. Alexandre Seichi.
Barcelona: Matheus Ferreira; Richard, Erick, Athos e Pedro Costa (Enzo); Pedro Olegário (Thallis), Leonardo (Matheus Souza), Cauê (Felipe Luiz) e Jow (Lopes); Matheus Barbosa e Silas. Técnico: Eduardo Costa.
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