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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Tudo em branco entre Nacional e Noroeste no Alayon

Texto e fotos: Fernando Martinez


O Campeonato Paulista da Série A3 chegou na fase de quartas de final e mesmo naquele esquema meio besta de portões fechados, o que vale é que duas vagas na A2 de 2021 estão em disputa. Na bacia das almas o Nacional conquistou sua classificação ao vencer o Primavera na rodada derradeira e se garantiu entre os oito melhores. O adversário nacionalista era simplesmente o dono da melhor campanha da primeira fase, o Noroeste.

O leitor amigo do JP certamente se lembra que fiz uma caravana genial durante o Carnaval (parece que o mês de fevereiro foi há uns cinco anos). Uma das cinco coberturas foi justamente o duelo ferroviário da primeira fase, realizado no sábado da folia e com triunfo vermelho e branco por 2x0. Incrivelmente foi a primeira vez que vi um Noroeste x Nacional na história.



Desta vez a carona rendeu as fotos oficiais do Noroeste e do quarteto de arbitragem com os capitães. Pena que ninguém se dignou a fazer a foto do Nacional

Falando sobre história, podemos dizer que o Nacional é um freguês histórico do Norusca. Contando dois amistosos em 1938 e 1951, foram 26 jogos e apenas três (!) triunfos paulistanos, dois na primeira divisão em 1958 e 1959 e outro na Série A3 de 2016. O alvirrubro venceu 15 vezes e aconteceram oito empates. O encontro mais famoso foi a final da segunda divisão de 1970, quando os bauruenses venceram o desempate e foram campeões. Foi a última vez que o Nacional chegou tão perto de voltar à elite.

Ainda invicto no futebol pandêmico, o Nacional apostava nas boas atuações pensando em surpreender o líder da A3. Acabou que não fizeram uma apresentação inesquecível, mas foram seguros e levaram perigo algumas vezes. Mesmo sem mostrar o futebol que o levou ao primeiro lugar na fase inicial, o Noroeste também teve seus momentos.

Antes dos 10 minutos, cada lado assustou a zaga adversária uma vez: primeiro o Naça aos oito com Gabriel e depois o Noroeste com Guilherme aproveitando escanteio cobrado por Richarlyson e cabeceando para fora. A chance mais clara saiu aos 46. Tavares chutou da entrada da área e Pablo defendeu com a ponta dos dedos, salvando a pátria visitante.

No tempo final o Noroeste foi levemente superior, só que nada que possamos dizer "nossa, que coisa maravilhosa". Os locais mandaram uma bola na trave em cruzamento pela esquerda aos nove e se seguraram a partir de então. Aos 17 a zaga local vacilou, Pedro roubou e, dividindo com o camisa 1 paulistano, tocou por cobertura. A pelota passou muito perto do gol.

Aos 35 o Noroeste quase abriu o placar em duas oportunidades seguidas. Primeiro Douglas Lima, arqueiro do Naça, afastou e França não conseguiu completar com o gol aberto. Na sequência, após levantamento da direita, novamente o camisa 15 França escorou no segundo pau e Diego Chiclete salvou em cima da linha. Foi o último lance digno de registro da agradável tarde de domingo.



O jogo começou com pressão do Nacional. O time paulistano fez jogo duro contra o Noroeste


André Rocha (5) em ataque local pela esquerda


Ótima chance do onze bauruense em cabeçada pela esquerda. A bola tocou do lado de fora na rede


Richarlyson, aquele mesmo, em ataque pela direita


Aquela visão aberta de uma investida nacionalista no fim do jogo


O 0x0 deixou a situação em aberto para o duelo em Bauru. Novo empate leva a decisão aos pênaltis

O resultado final de Nacional 0-0 Noroeste ganhou uma nota 5.5, passou de ano sem muita folga e deixou a vaga na semifinal totalmente em aberto. Tudo bem, o alvirrubro vai jogar em casa, mas o antigo SPR precisa aproveitar o fato que a fanática torcida de Bauru não estará presente. Por atuar no Alfredo de Castilho, a Locomotiva é um pouco favorita, porém não podemos duvidar da capacidade do glorioso onze da capital do estado.

Agora minha agenda pandêmica futebolística conta com uma cobertura apenas semana que vem, novamente no Nicolau Alayon. No fim, se vou sair de casa, o ideal é usar o menor número possível de conduções. Com isso, a Comendador Souza sempre é a melhor opção.

Até lá!

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Ficha Técnica: Nacional 0-0 Noroeste

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Adriano de Assis Miranda; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: André Rocha, Guilherme Lobo, Gabriel, Gabriel Vieira, Maranhão, Igor Pimenta, Jonatas Paulista.
Nacional: Douglas Lima; Alanderson, Gabriel, Diego Chiclete (Julio) e Matheus Barros (Léo Machado); André Rocha, Welington, Mauricio Teta (Gabriel Vieira) e Guilherme Lobo; Tavares e Luquinha (Vinicius Faria). Técnico: Tuca Guimarães.
Noroeste: Pablo; Matheus, Jean Pierre, Guilherme e Renan; Maranhão (França), Jonatas Paulista, Igor Pimenta e Richarlyson (Denilton); Fidel Rocha (Leleco) e Pedro Felipe. Técnico: Luiz Carlos Martins.
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