Texto e fotos: Fernando Martinez
No sábado passado, no segundo e último post da série "eu mereço um troféu", fui ao Estádio Paulo Machado de Carvalho para a grande decisão do Campeonato Paulista sub-20 da Primeira Divisão. De um lado, o favorito Palmeiras e do outro a zebra Ponte Preta. Três dias depois de ver o alviverde ganhar a Copa do Brasil sub-17 em cima do Corinthians no mesmo local, tive nova chance de ver de perto a torcida palestrina gritar "é campeão". É, tudo pelo social.
Os verdes chegaram à final ostentando uma invejável série de 15 pelejas sem perder (a última derrota foi em 12 de agosto, 1x0 contra o time de Parque São Jorge). O empate no confronto de ida credenciou a equipe a atuar por uma nova igualdade para conquistar o quinto título desde a reorganização de 1980 (Em tempo, a equipe levou o caneco em 1992, 1998, 2002 e 2009). Vale lembrar que muitos cometem um erro absurdo de considerarem o título de 2004, mas o campeão daquela temporada foi o Palmeiras B.
Achei que por ser num sábado à tarde, a coletividade verde compareceria em peso no velho Pacaembu para empurrar a molecada. Ledo engano. Pouco mais de 8 mil pagantes - que não é uma presença ruim, porém poderia ser muito melhor - marcaram presença na partida que teve início às 16h30. Aí vale registrar uma das maiores comidas de bola que dei em toda a minha carreira no Jogos Perdidos.
Cheguei no estádio às 15h30, com tempo de sobra para o apito inicial. Fui ao gramado, captei algumas imagens do local ainda vazio, das placas de publicidade e tudo mais. Aí voltei para o túnel de imprensa. Ali fiquei trocando ideia com os fiscais, com os seguranças, só na boa. Passado um bom tempo, voltei pro gramado pensando que faltava meia hora ainda. Porém, para a minha surpresa, quando pisei no relvado vi o árbitro apitando pela primeira vez e os times iniciando o cotejo. O animal aqui se confundiu com o horário e achou que o início seria às 17h00, o que me fez perder as fotos oficiais. Tudo bem que a cabeça está bem bagunçada por conta da minha dura realidade, mas um vacilo assim é imperdoável.
Ainda entorpecido pela burrada resolvi por motivos óbvios acompanhar o ataque do escrete local. Confirmando a expectativa, o primeiro tempo foi de um domínio assombroso do Palmeiras. O goleiro Ivan foi responsável por pelo menos seis ótimas defesas, mas ele não impediu o gol de José Aldo, de pênalti, aos 36 minutos. A Ponte não conseguia passar do meio de campo e o título estava cada vez mais longe.
Finalização palmeirense que tirou tinta da trave da Ponte Preta
Disputa de bola dentro da área campineira
O pênalti muito bem batido por José Aldo e a comemoração dos atletas alviverdes
Aos três do tempo final a Macaca teve o seu camisa 3 Handerson expulso, porém até que ficou mais tempo com a pelota nos pés e tentando pelo menos empatar o jogo a partir de então. O arqueiro palestrino Daniel Fuzato trabalhou de forma segura e impediu a igualdade. Nos contra-ataques os locais chegaram perto do segundo com finalizações de Yan e Fernando, só que o placar não foi mais alterado... mas nem precisou.
O resultado de Palmeiras 1-0 Ponte Preta deu o quinto título do estadual sub-20 ao time de Parque Antarctica desde 1980 numa conquista mais do que merecida. Independente do vice, a Macaca também merece os parabéns por ter chegado na decisão, algo que não acontecia há bastante tempo (mais precisamente desde o bi de 1982/1983). Da minha parte, ao ver toda a festa alviverde ao meu redor, fica a certeza de que eu também merecia uma medalha pelo que passei nas duas últimas coberturas.
Momento em que Handerson, camisa 3 da Ponte, foi expulso de campo
Defensor ponte-pretano cortando cruzamento dentro da área
Marcador da Macaca correndo atrás de atleta do Palmeiras
Zagueiro campineiro tirando a pelota de perto da sua área
Atletas da Ponte Preta recebendo o troféu pelo vice-campeonato
Festa dos jogadores palestrinos com a quinta conquista do clube no sub-20 desde 1980
No domingo voltei à ativa com a Copa de Seleções Estaduais com a decisão da vaga do Grupo 1 no CT de Cotia. Depois de duas rodadas, São Paulo e Maranhão voltaram a campo para definir a seleção que estaria classificada para as quartas-de-final. Não dava pra ficar de fora, né?
Até lá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário