Para fechar a rodada dupla do sábado no Campeonato Sul-Americano Feminino Sub-20, as seleções do Peru e no Chile foram ao gramado do Estádio Ulrico Mursa em busca da primeira vitória na competição. As peruanas haviam perdido para as paraguaias na primeira rodada do Grupo A, enquanto as chilenas faziam sua estreia.
O histórico dessas seleções na história da competição é bastante tímido. A "La Roja" chegou na quarta colocação por duas vezes - 2008 e 2010 - e a "La Blanquirroja" também chegou em quarto lugar, mas apenas em uma oportunidade, em 2006. Na tábua geral de pontos até hoje, o Chile é quinto lugar e o Peru nono, só á frente do Uruguai.
Seleções do Peru e do Chile posadas antes do jogo no Ulrico Mursa. Fotos: Fernando Martinez.
Trio equatoriano com a árbitra Susana Corella e as assistentes Monica Amboya e Viviana Segura junto com a quarta árbitra equatoriana Sirley Cornejo e as capitãs das seleções. Foto: Fernando Martinez.
Apesar de ser uma competição continental, as arquibancadas da casa lusitana estavam com um público ainda menor para o jogo de fundo. O local só não estava mais vazio porque as delegações do Brasil e da Bolívia foram lá para prestigiar a peleja. O futebol feminino já não tem uma audiência grande, aí junta uma divulgação nula e o resultado é esse. Uma pena.
Após as imagens oficiais, fui acompanhar o ataque chileno. Estava ainda empolgado pelo bom futebol mostrado na preliminar, então foi um anticlímax ver o primeiro tempo desse duelo. A peleja foi bastante fraca e sem nenhuma emoção. As meninas da terra de Pablo Neruda foram superiores, porém não foram capazes de criarem uma única chance de gol sequer durante os 45 minutos iniciais.
Ataque do Chile no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.
Scarleth Lozano, camisa 19 do Peru, e sua marcação implacável. Foto: Fernando Martinez.
Defensoras peruanas trocando passes no campo de defesa. Foto: Fernando Martinez.
As peruanas se preocuparam apenas em se defender e o futebol competitivo mostrado na derrota contra o Paraguai não apareceu novamente. Os selecionados fizeram um jogo tão murcho que o maior destaque ficou por conta das peripécias alucinadas do amigo Renato Rocha em mais um dia de inspiração além do normal, fazendo todos os trocadilhos possíveis e imagináveis com a seleção do Peru.
No tempo final a chuva apertou e subi para as tribunas do Ulrico Mursa. De lá vi o jogo melhorar muito, principalmente por conta da atuação do Chile. A arqueira Maryory Sanchez trabalhou bastante, principalmente em jogadas da camisa 17, Paulina Lara. A atleta de 19 anos foi a maior destaque da sua equipe, deixando a zaga do alvirrubra zonza e sem conseguir pará-la de nenhuma forma.
Só que a cada minuto completado parecia que o gol estava predestinado a não acontecer pois o toque final era falho. Se com os pés não tinha jeito, as chilenas usaram a cabeça para abrirem o marcador. Aos 32 a seleção teve escanteio pela esquerda. A bola foi levantada na área e Katya Ponce, meio sem querer, tocou de cabeça no canto esquerdo de Maryory Sanchez.
Quatro minutos depois a grande atuação de Paulina foi premiada com um belo gol em chute colocado da jovem atleta de fora da área. O Peru não desanimou e aos 44 diminuiu num golaço. Alejandra Ramos recebeu um passe de calcanhar no ar e acertou um belíssimo sem pulo no ângulo direito. Pena para sua seleção que não tinha tempo pra mais nada.
Primeiro lance do tempo final e quase gol olímpico. Foto: Fernando Martinez.
Detalhe do primeiro gol do Chile, em cabeçada de Katya Ponce. Foto: Fernando Martinez.
Paulina Lara, o maior destaque do Chile no jogo. Foto: Fernando Martinez.
Rosario Holley, camisa 11 da La Roja, em lance no fim do jogo. Foto: Fernando Martinez.
O placar final de Peru 1-2 Chile mostrou que as duas seleções podem até arrancar um pontinho de Venezuela, Paraguai e Brasil, mas que provavelmente isso não será suficiente para ambas conquistarem uma vaga na fase final, que começa no dia 29. Somente as duas primeiras colocadas da chave se garantem entre as quatro melhores equipes do certame.
A volta para São Paulo dessa vez não teve nenhum ônibus quebrado e também nenhum escocês bebaço. Cansado por conta dos dois bate-volta seguidos até o litoral, passei o domingo na base da morgação completa no conforto do meu lar. Talvez role de acompanhar a fase final da competição de perto... vamos ver se tudo dá certo.
Até a próxima!
Fernando
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