Fala pessoal!
Depois de um final de semana muito sem graça, aonde não vi NENHUM jogo de futebol, a semana (que promete bastante) começou cedo e já na terça-feira tive uma partida para acompanhar aqui para o JOGOS PERDIDOS. Tudo bem que nem o jogo era perdido e muito menos o campeonato é perdido, mas para aumentar a nossa Lista vale o sacrifício. Fui ver na Vila Belmiro o jogo entre Santos e San José da Bolívia pela Taça Libertadores da América 2008. E o time boliviano foi meu 450º visto em campo, o 450º incluído na Lista, uma marca difícil de ser alcançada.
Dessa vez não tive a companhia de nenhum membro do JP, tampouco algum amigo avulso. E como não tenho carro, me aventurei de ônibus mesmo até a baixada para ver um time novo. Não tinha como perder o jogo do time boliviano, só visto antes pelo Jurandyr no longínquo 1992, quando o time jogou contra o São Paulo (que seria o campeão daquele ano) no Morumbi. Voei do serviço até o Terminal Jabaquara e num combo metrô-ônibus-táxi, cheguei com tempo suficiente para ver a partida desde seus primeiros momentos.
Vale registrar a facilidade para comprar o ingresso antes da partida. Faltando cerca de 15 minutos para a partida, as filas eram pequenas e a tranqüilidade reinava nas bilheterias. Sendo um jogo da Libertadores, me surpreendi positivamente no momento, e mais ainda na hora de entrar, já que nenhuma fila era vista. Isso para um público total de quase 9 mil pessoas. Bem que no jogo contra o Cúcuta podia estar assim também...
Bom, dentro da Vila Belmiro, já descolei um lugar estratégico para ver o jogo em que o Santos prometia devolver a derrota contra os bolivianos no jogo de ida em Ururo. Geralmente os times da Bolívia jogam com 12 jogadores em casa (a altitude vem como bônus) e fora dificilmente fazem algo digno de registro. E para delírio de toda a torcida santista, o jogo foi fácil demais.
O San José demonstrou que fora de casa não joga um Paulista da Série A3 direito. Perderia fácil para o Linense em Lins, para a Francana em Franca, para o União Barbarense em Santa Bárbara, entre outros. O time não viu a cor da bola e o Santos, mesmo não tendo o time dos sonhos da torcida, destruiu qualquer chance dos bolivianos fazerem algo de útil no jogo.
O time da casa também aproveitou uma noite inspirada do seu atacante Molina, que embalado pela trilha sonora do Creedence Clearwater Revival cantando a música que leva seu nome, foi a referência da noite no ataque santista. Mas foi o zagueiro Domingos quem abriu o placar depois de ótima cobrança de falta aos 17 minutos. Então Molina, aos 22 e 32, ampliou fácil para 3 a 0. O jogo ficou ainda mais fácil quando Palácios foi expulso ainda na primeira etapa. O jogo então foi para o intervalo com festa da torcida do Peixe.
Intervalo que contou ainda com a constante chegada de torcedores bolivianos. Desfalcando as confecções e bares da região do Pari e do Brás em São Paulo, cerca de 2 mil torcedores visitantes ocuparam completamente o espaço destinado a eles e marcaram presença. Mesmo tomando uma goleada, os felizes bolivianos não pararam de gritar olé, até mesmo nos 15 minutos de descanso.
Na volta para o segundo tempo, o Santos voltou pensando mais em tocar a bola e deixar o tempo passar. Sem forçar a barra, deixou o San José tentar alguns ataques, mas eles foram completamente sem perigo, tanto que o goleiro Fábio Costa nem tocou na bola, a não ser em cobranças de tiro de meta.
Quando o jogo seguia nesse ritmo, mais um gol de Molina aos 18 minutos. Na toada dos 4 a 0, parecia que nada mais aconteceria. Mas faltava ainda para a festa da torcida o gol do atacante Kléber Pereira. Ele fez o dele, impedido, aos 36 e começou mais uma blitz santista. Em seis minutos o time chegou ao placar histórico. Aos 36, Michael Jackson Quiñonez deixou a zaga boliviana parecendo os zumbis do "Thriller" e fez o sexto. E para fechar a festa, aos 41 mais um gol do artilheiro da noite Molina. Seu quarto gol no jogo e sétimo do Peixe.
Final de jogo: Santos 7-0 San José. Resultado que devolve com juros e correção monetária a derrota santista na Bolívia e coloca o time em segundo lugar do grupo. Falando agora em números, essa foi a sétima goleada de 7x0 na história da Libertadores e a maior goleada brasileira na competição desde o 9 a 1 do Santos no Cerro Porteño em 1962 (igualando um 7x0 do Palmeiras no El Nacional em 1995) e a segunda maior goleada brasileira da história.
Foi também a maior goleada na Libertadores desde 1985, quando o Blooming ganhou do Deportivo Italia de 8 a 0, igualando um Boca Juniors 7-0 Bolívar do ano passado. E para fechar, foi a sétima maior goleada de toda a história da Libertadores desde 1960. A maior delas? Um surreal Peñarol 11-2 Valencia em 1970. Ufa!
Bom, depois do jogo voltei até a Rodoviária de Santos aonde num confortável ônibus pude seguir novamente até a cidade de São Paulo. E agora perto do metrô Jabaquara, cheguei em casa rapidinho, já pronto para o trabalho nosso de cada dia e para mais um jogo na quarta à noite!
Até lá e abraços à todos!
Fernando
Depois de um final de semana muito sem graça, aonde não vi NENHUM jogo de futebol, a semana (que promete bastante) começou cedo e já na terça-feira tive uma partida para acompanhar aqui para o JOGOS PERDIDOS. Tudo bem que nem o jogo era perdido e muito menos o campeonato é perdido, mas para aumentar a nossa Lista vale o sacrifício. Fui ver na Vila Belmiro o jogo entre Santos e San José da Bolívia pela Taça Libertadores da América 2008. E o time boliviano foi meu 450º visto em campo, o 450º incluído na Lista, uma marca difícil de ser alcançada.
Dessa vez não tive a companhia de nenhum membro do JP, tampouco algum amigo avulso. E como não tenho carro, me aventurei de ônibus mesmo até a baixada para ver um time novo. Não tinha como perder o jogo do time boliviano, só visto antes pelo Jurandyr no longínquo 1992, quando o time jogou contra o São Paulo (que seria o campeão daquele ano) no Morumbi. Voei do serviço até o Terminal Jabaquara e num combo metrô-ônibus-táxi, cheguei com tempo suficiente para ver a partida desde seus primeiros momentos.
Vale registrar a facilidade para comprar o ingresso antes da partida. Faltando cerca de 15 minutos para a partida, as filas eram pequenas e a tranqüilidade reinava nas bilheterias. Sendo um jogo da Libertadores, me surpreendi positivamente no momento, e mais ainda na hora de entrar, já que nenhuma fila era vista. Isso para um público total de quase 9 mil pessoas. Bem que no jogo contra o Cúcuta podia estar assim também...
Times alinhados para o começo do jogo em que matei meu 450º time ao vivo. Foto: Fernando Martinez.
Bom, dentro da Vila Belmiro, já descolei um lugar estratégico para ver o jogo em que o Santos prometia devolver a derrota contra os bolivianos no jogo de ida em Ururo. Geralmente os times da Bolívia jogam com 12 jogadores em casa (a altitude vem como bônus) e fora dificilmente fazem algo digno de registro. E para delírio de toda a torcida santista, o jogo foi fácil demais.
O San José demonstrou que fora de casa não joga um Paulista da Série A3 direito. Perderia fácil para o Linense em Lins, para a Francana em Franca, para o União Barbarense em Santa Bárbara, entre outros. O time não viu a cor da bola e o Santos, mesmo não tendo o time dos sonhos da torcida, destruiu qualquer chance dos bolivianos fazerem algo de útil no jogo.
Ataque do Santos no começo do jogo, já destruindo o time do San José. Foto: Fernando Martinez.
Jogadores do Santos se preparando para bater a falta ensaiada que originaria o primeiro gol. Foto: Fernando Martinez.
O time da casa também aproveitou uma noite inspirada do seu atacante Molina, que embalado pela trilha sonora do Creedence Clearwater Revival cantando a música que leva seu nome, foi a referência da noite no ataque santista. Mas foi o zagueiro Domingos quem abriu o placar depois de ótima cobrança de falta aos 17 minutos. Então Molina, aos 22 e 32, ampliou fácil para 3 a 0. O jogo ficou ainda mais fácil quando Palácios foi expulso ainda na primeira etapa. O jogo então foi para o intervalo com festa da torcida do Peixe.
Intervalo que contou ainda com a constante chegada de torcedores bolivianos. Desfalcando as confecções e bares da região do Pari e do Brás em São Paulo, cerca de 2 mil torcedores visitantes ocuparam completamente o espaço destinado a eles e marcaram presença. Mesmo tomando uma goleada, os felizes bolivianos não pararam de gritar olé, até mesmo nos 15 minutos de descanso.
Para desfalque dos bares e confecções do Pari e do Brás, detalhe da enorme caravana boliviana na Vila. Foto: Fernando Martinez.
Mais um ataque perigoso do time da casa no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.
Na volta para o segundo tempo, o Santos voltou pensando mais em tocar a bola e deixar o tempo passar. Sem forçar a barra, deixou o San José tentar alguns ataques, mas eles foram completamente sem perigo, tanto que o goleiro Fábio Costa nem tocou na bola, a não ser em cobranças de tiro de meta.
Jogador do San José tenta algo, mas estava difícil. Foto: Fernando Martinez.
Quando o jogo seguia nesse ritmo, mais um gol de Molina aos 18 minutos. Na toada dos 4 a 0, parecia que nada mais aconteceria. Mas faltava ainda para a festa da torcida o gol do atacante Kléber Pereira. Ele fez o dele, impedido, aos 36 e começou mais uma blitz santista. Em seis minutos o time chegou ao placar histórico. Aos 36, Michael Jackson Quiñonez deixou a zaga boliviana parecendo os zumbis do "Thriller" e fez o sexto. E para fechar a festa, aos 41 mais um gol do artilheiro da noite Molina. Seu quarto gol no jogo e sétimo do Peixe.
Ataque (?) do San José no segundo tempo. Mas nenhum perigo para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez.
Final de jogo: Santos 7-0 San José. Resultado que devolve com juros e correção monetária a derrota santista na Bolívia e coloca o time em segundo lugar do grupo. Falando agora em números, essa foi a sétima goleada de 7x0 na história da Libertadores e a maior goleada brasileira na competição desde o 9 a 1 do Santos no Cerro Porteño em 1962 (igualando um 7x0 do Palmeiras no El Nacional em 1995) e a segunda maior goleada brasileira da história.
Foi também a maior goleada na Libertadores desde 1985, quando o Blooming ganhou do Deportivo Italia de 8 a 0, igualando um Boca Juniors 7-0 Bolívar do ano passado. E para fechar, foi a sétima maior goleada de toda a história da Libertadores desde 1960. A maior delas? Um surreal Peñarol 11-2 Valencia em 1970. Ufa!
Bom, depois do jogo voltei até a Rodoviária de Santos aonde num confortável ônibus pude seguir novamente até a cidade de São Paulo. E agora perto do metrô Jabaquara, cheguei em casa rapidinho, já pronto para o trabalho nosso de cada dia e para mais um jogo na quarta à noite!
Até lá e abraços à todos!
Fernando
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