Texto e fotos: Fernando Martinez
Na noite da última segunda-feira finalmente a Portuguesa voltou a atuar na sua casa pelo Campeonato Paulista da Série A2 depois de 38 dias. O rubro-verde pisou no gramado do Estádio Osvaldo Teixeira Duarte para um confronto complicadíssimo contra o último invicto do certame, o Rio Claro, time 36 a entrar na lista do Projeto 40.
O último jogo da Lusa no Canindé foi no dia 10 de fevereiro, uma vitória por 1x0 contra o Sertãozinho que colocou o time em nono lugar. A situação naquele momento já não era das melhores e desde então ela só vem piorando numa crise que parece não ter fim. Nos últimos quatro compromissos, quatro derrotas e a entrada na zona de rebaixamento.
Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP
Rio Claro Futebol Clube - Rio Claro/SP
O árbitro Thiago Luis Scarascati, os assistentes Daniel Luis Marques e Luís Felipe Silva e o quarto árbitro André Luiz Cozzi posam para as lentes do blog junto com os capitães dos times
Para deixar a missão ainda mais complicada, o adversário simplesmente era o último invicto do futebol paulista na atual temporada e o vice-líder da A2 após dez rodadas, o Rio Claro. Páreo duro para os paulistanos na minha primeira peleja do Azulão depois da final da A2 de 2013, também contra a Portuguesa, também no Canindé.
836 pessoas pagaram ingresso na fria noite paulistana e viram um primeiro tempo que surpreendeu de forma positiva. A peleja começou com um susto na torcida pois logo aos quatro minutos o Rio Claro saiu na frente. Depois de escanteio da esquerda, Daniel Bueno se infiltrou entre os defensores locais e completou de cabeça, colocando o Azulão em vantagem.
Diferente do que vem apresentando na competição, os atletas da Portuguesa não se assustaram e mostraram muita raça, se dedicando por completo em busca da virada. Aos oito minutos, o estreante Leandro Domingues recebeu bom passe na direita e foi derrubado dentro da área. Bruno Silva cobrou o pênalti no canto direito de Paulo Vítor e empatou.
E foi justamente o ex-atleta do Vitória, Cruzeiro e Kashiwa Reysol o maior destaque da noite. Ele colocou ordem no meio-campo e criou as melhores chances pro time do Canindé. Aos 25 minutos, o argentino Mateo Bustos deu um passe açucarado para o camisa 10, que entrou na área e bateu na saída de Paulo Vítor.
Agora na frente do placar, a Lusa levou o restante do tempo inicial na boa e sem dar espaços ao adversário. Ricardo Berna praticamente não teve trabalho e viu o intervalo chegar com a vitória local por 2x1. Certamente esses foram os melhores 45 minutos rubro-verdes em toda a competição.
Lance do gol do Rio Claro apenas aos quatro minutos de partida
Bola estufando as redes no empate da Portuguesa
Ricardo Berna cortando cruzamento na área
Chegada do Azulão no final do tempo inicial
Já no tempo final a coisa mudou de figura. Os times voltaram a campo com um futebol mais cadenciado e com praticamente nenhum ataque digno de registro até por volta dos 25 minutos. A partir daí, como que num passe de mágica o Rio Claro acordou.
O Azulão teve duas ótimas chances em chutes de longe de Hudson e Danilo Lopes aonde Ricardo Berna defendeu com segurança. É, só que o arqueiro quase se torna o vilão da noite em duas péssimas saídas do gol nos últimos minutos. Vinícius Corrêa, salvador zagueiro lusitano, salvou dois gols rio clarenses certos em cima da linha.
Leandro Domingues batendo escanteio pela esquerda no segundo tempo
Bruno Silva preparando tiro de fora da área
Ataque lusitano pela esquerda
O Rio Claro chegou muito perto de deixar tudo igual no placar, mas o time rubro-verde estava com a sorte ao seu lado
Bruno Silva ainda quase fez o terceiro no último lance e dessa vez foi a zaga visitante que salvou. Para o alívio geral o jogo terminou com o placar do primeiro tempo: Portuguesa 2-1 Rio Claro. O emocionante triunfo tirou a Lusa do Z6 e agora o clube ocupa a 13ª posição com 14 pontos. Óbvio que a situação está bem longe do ideal, mas quem sabe essa vitória não seja o início da salvação. Já o Azulão saiu do G4 e perdeu a invencibilidade, porém é certamente candidato ao acesso.
Esse foi o terceiro de nove dias seguidos com futebol pela capital e redondezas. Na terça-feira teve o início da 12ª rodada da A2 e dessa vez encarei sozinho uma ida até a cidade de Barueri.
Até lá!
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