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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

JP no Chile (Parte 7 de 13): Duelo imperdível com triunfo russo

Olá, pessoal!

É fato que um dos motivos da minha ida até Concepción era o de colocar duas seleções simplesmente geniais na minha Lista. Primeiro a Rússia, time que perdi em 2014 e que tive a chance rara de matar novamente nesse ano. Depois, a genial Coreia do Norte, seleção perdidaça demais e que não tinha como deixar de fora da minha turnê futebolística.

Fechando a rodada inicial do Grupo 3, russos e norte-coreanos foram ao gramado do Estadio Municipal de Collao sob de um frio sensacional de oito graus (e sensação de menos ainda) para fechar a primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo sub-17 2015. Cerca de oito mil pessoas acompanharam o duelo.


Visão do Estádio Municipal de Collao antes do confronto que fechou a jornada inicial do Grupo E da Copa do Mundo sub-17 do Chile. Foto: Fernando Martinez.


Bandeiras de Coreia do Norte e Rússia, mais dois times geniais a fazerem parte da Lista. Foto: Fernando Martinez.


Os dois selecionados perfilados pros hinos nacionais. Foto: Fernando Martinez.



Aqui, em mais uma carona providencial, as fotos oficiais das duas seleções. Fotos: Fernando Martinez.

A seleção asiática disputou o torneio pela quarta vez e teve como melhor resultado a chegada nas quartas-de-final em 2005. Já a Rússia se classificou pro torneio pela primeira vez com essa denominação. Juntando as presenças com a falecida União Soviética, foi apenas a segunda participação. A primeira foi em 1987, quando conquistaram o título.

Confortavelmente instalado no anel de cima da cancha vi uma peleja razoável onde só deu Rússia. O elenco comandado por Mikhail Galaktionov mostrou um futebol coeso e logo aos três minutos marcaram o primeiro gol da noite. Depois de cruzamento da esquerda, a bola ficou zanzando dentro da área e sobrou para Ivan Galanin chutar e marcar.

A Coreia do Norte chegou a empatar minutos depois, porém o tento marcado por Ryang Hyon Ju foi anulado de forma correta por causa de posição irregular. No decorrer do tempo inicial o arqueiro Chol Song foi o destaque ao fazer duas defesas muito complicadas e impedir que a Rússia ampliasse.


Escanteio a favor da Rússia pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Yong Gwan, camisa 15 norte-coreano, cobrando falta pra dentro da área adversária. Foto: Fernando Martinez.


Chute russo bloqueado pela zaga asiática. Foto: Fernando Martinez.


Galanin, 6 da Rússia, tentando escorar a pelota, mas perdendo o lance para Ye Bom, 6 da Coreia do Norte. Foto: Fernando Martinez.

Só que no tempo final foi o camisa 1 da terra de Kim Jong-un o principal responsável pelo segundo gol russo. Ele deu uma furada antológica numa saída do gol aos 7 minutos e Fedor Chalov teve o gol todo aberto à sua disposição. Ele só teve o trabalho de acertar o chute estando fora da área.

Enquanto o delicioso friozinho ficava ainda mais forte, a Rússia foi enfileirando oportunidades e mais oportunidades de aplicar uma goleada. Se redimindo em partes, o arqueiro norte-coreano fez mais três milagres e segurou bem a onda do seu fraco selecionado. Quem sabe ele não seja castigado pelo presidente do país quando voltar pra casa.


Ataque de Kwang Song pela esquerda com a marcação de Matviichuk. Foto: Fernando Martinez.


Bola entrando no gol no segundo tento russo, marcado por Chalov após falha grotesca de Chol Song. Foto: Fernando Martinez.


Boa chegada do time vermelho pela direita, mas a bola foi pra fora. Foto: Fernando Martinez.


Camisa 11 russo, Lomovitskiy chutou de longe e o arqueiro norte-coreano fez grande intervenção. Foto: Fernando Martinez.

No final, o placar eletrônico do belo estádio de Concepción mostrava o resultado de Coreia do Norte 0-2 Rússia. Os meninos da terra da vodca terminaram a rodada inicial na liderança da chave. Ao final da competição, os dois conquistaram vaga nas oitavas-de-final, mas ambos foram eliminados nessa fase.

Fiquei um bom tempo no local após o apito final, naquele lance de curtir até o último segundo as emoções de um lugar que dificilmente irei de novo. Saí do estádio e fui pro hotel localizado no centro da cidade, encerrando a noite comendo uma das melhores pizzas da minha vida. Algo necessário, já que não tinha feito nenhuma refeição decente o dia todo.

O dia seguinte foi meu primeiro momento de folga desde que iniciei o cronograma de jogos, assim consegui carregar um pouco a bateria. Antes de pegar o ônibus até meu novo destino, fui passear numa praça em frente ao hotel. Era a Plaza de Armas, para a minha absoluta surpresa um local histórico pro povo chileno. Foi ali que Bernardo O'Higgins declarou a independência do país em 1º de janeiro de 1818.


Um dos lados da Plaza de Armas, local muito bonito no centro de Concepción. Foto: Fernando Martinez.


Outra visão da praça com o principal monumento, dentre vários construídos ali. Foto: Fernando Martinez.


Marco da independência chilena indicando que foi ali que Bernardo O'Higgins libertou o país da Espanha. Foto: Fernando Martinez.

Nem preciso dizer como foi sensacional ter passado um tempo nesse lugar. Um local tão significativo para todo um povo e tão bem cuidado pelos administradores, já que não tinha lixo jogado na rua, pichações ou algo do tipo. Os 223 mil habitantes de Concepcíon tem motivo de se orgulharem do centro da sua cidade.

Feliz com minha descoberta voltei pro hotel e às duas da tarde voltei à estrada rumo ao norte do Chile. O destino era a cidade de Talca, pois na quarta-feira era dia de nova rodada dupla pela Copa do Mundo sub-17.

Até lá!

Fernando

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