Procure no nosso arquivo

quinta-feira, 30 de março de 2017

No apagar das luzes, Portuguesa derrota o Penapolense

Texto e fotos: Fernando Martinez


O fraco jogo entre Nacional e Matonense na tarde de quarta-feira somado a uma preguiça monstro quase me deixou de fora da sessão noturna de futebol. Quase. No fim, arranjei forças sobrenaturais e me mandei pro Estádio Oswaldo Teixeira Duarte para mais uma apresentação da Portuguesa no Campeonato Paulista da Série A2, dessa vez contra o Penapolense.

Antes dessa rodada, a 14ª da primeira fase, os rubro-verdes estavam na 11ª posição com 16 pontos, sete atrás da Pantera da Noroeste, quinta colocada na classificação geral e brigando ponto a ponto por uma vaga no G4 da competição. Por conta de todo o drama lusitano na A2, essa foi mais uma decisão num compromisso aonde só a vitória importava.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


Clube Atlético Penapolense - Penápolis/SP


Capitães dos times, o árbitro Alessandro Darcie, os assistentes Fausto Augusto Moretti e Diogo Correia dos Santos e o quarto árbitro Luiz Carlos Júnior

Cheguei ao Canindé na companhia do amigo Mílton Haddad e do mestre do bom humor, Paulo Shrek. Enquanto eles foram para as arquibancadas, eu fui pro gramado e fiquei ali durante todo o tempo inicial. Detalhe: essa foi a primeira vez que o Penapolense se apresentou na casa lusitana.

Pena que os primeiros 45 minutos tenham sido, mais uma vez, de baixo nível técnico. A Portuguesa irritou sua torcida com mais um festival de passes errados, lançamentos sem direção e jogadas equivocadas. O melhor com a camisa rubro-verde foi Leandro Domingues, ele o responsável pela melhor chance local numa belíssima cobrança de falta com grande defesa de Samuel.

O Penapolense não foi assim uma Brastemp, mas chegou a assustar o setor defensivo local mais de uma vez. Ricardo Berna mostrou serviço e fez três boas defesas, duas em chutes de longe e uma quando o próprio zagueiro tentou cortar e mandou contra o seu gol. Além disso, a zaga salvou uma bola em cima da linha.


Ataque lusitano pela direita e a forte marcação do setor defensivo do CAP


Guilherme desperdiçando uma grande oportunidade do time visitante abrir o marcador


Disputa de bola na linha de fundo


O goleiro Samuel fez grande defesa em cobrança de falta de Leandro Domingues

No tempo final subi na área de imprensa, afinal, ficar sem blusa no vento gelado de 17 graus é gripe na certa. Me instalei confortavelmente numa das cabines e vi a equipe da casa voltar ao gramado mais ligada e disposta. O CAP finalmente começou a sofrer pressão, ainda que tímida.

Quando os visitantes tentavam começar a atacar, merecidamente a Lusa abriu o marcador aos 13 minutos. Leandro Domingues dominou na intermediária e tocou para Fernando na esquerda. O camisa 8 fez um cruzamento primoroso e Adílson apareceu entre os zagueiros, cabeceando firme para fazer o primeiro.

Após sofrer esse gol, o Penapolense retornou ao ataque e aos 23 minutos igualou o placar. Na primeira chance real de gol da segunda etapa a bola foi levantada na área e Gilvan subiu mais alto, colocando a pelota no canto esquerdo de Ricardo Berna, que falhou no lance.

Ele se redimiu da falha e segurou bem o ataque adversário nos minutos seguintes. Quando os acréscimos chegaram eu achava que o empate estava consolidado. É, só que a estrela de Leandro Domingues brilhou no último lance. Luizinho fez boa jogada pela esquerda e cruzou. Foram alguns segundos de um bate-rebate na pequena área antes da pelota sobrar pro camisa 10. Ele encheu o pé e marcou o segundo gol lusitano para o completo delírio da maior parte dos 436 pagantes.


Boa saída do arqueiro do Penapolense no começo do segundo tempo


Lance do gol de empate do CAP aos 23 minutos


Ataque da Portuguesa em busca da virada

O placar final de Portuguesa 2-1 Penapolense manteve os 100% de aproveitamento da Lusa no seu estádio. A equipe permanece na 11ª posição, agora cinco pontos acima da zona de rebaixamento faltando cinco partidas para o final da primeira fase. Já o CAP continua em quinto, dois pontos atrás do Batatais, atual quarto colocado.

Após assistir doze jogos nos últimos doze dias, nada mais justo do que um merecido descanso. Além disso, o lance foi descolar tempo suficiente para continuar com as pesquisas para uma nova publicação que contará as histórias das divisões de acesso paulistas através dos tempos. Um sonho antigo será realizado em breve. 😊

Até a próxima!

Nacional derrota a SEMA com gol relâmpago e volta ao G8

Texto e fotos: Fernando Martinez


Voltando com a programação normal depois da classificação brasileira pra Copa, na quarta-feira rolou uma rodada dupla pelas divisões de acesso do estado. Na parte da tarde, mantive meus 100% de aproveitamento nos compromissos do Nacional como mandante no Campeonato Paulista da Série A3. O adversário foi a sempre legal equipe da Matonense.

Esse duelo era essencial pro Nacional voltar a subir na tábua de classificação, já que depois dele, o time vai atuar três vezes longe de casa e apenas uma vez na capital. Tantos pontos perdidos na Comendador Souza podem fazer a diferença ao final das 19 rodadas. A Matonense também luta por uma vaga na segunda fase e era sexta colocada antes da rodada.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Sociedade Esportiva Matonense - Matão/SP

Retrospecto não entra em campo, mas se dependesse somente da história o onze da Água Branca era ultra-favorito. Em sete jogos disputados entre os dois na Comendador Souza, o time paulistano nunca perdeu um ponto sequer e derrotou a SEMA em todas as partidas. Na história do blog, cobrimos dois deles: o massacre de 6x1 em 2005 e o 4x0 no ano passado.

Nem bem a partida tinha começado e o time da casa já abriu o marcador. Os visitantes deram o pontapé inicial porém perderam o domínio da bola logo em seguida. Ela então foi tocada em profundidade para o camisa 9 Luciano, que avançou pelo setor defensivo adversário e tocou na saída do goleiro Marcelo. Com cerca de 30 segundos disputados, provavelmente foi um dos tentos mais rápidos da história nacionalina.

Essa acabou sendo a única chance de gol local em todo o primeiro tempo. Aos poucos a Águia Azul foi se soltando e levou relativo perigo à meta defendida por Felipe Lacerda. O goleiro apareceu bem e fez duas ou três defesas importantes, levando o jogo pro intervalo ainda com o 1x0 no marcador.



Luciano chegando perto da área antes de chutar para abrir o marcador, depois a comemoração pelo gol marcado


Jobson, camisa 8 sob firme marcação da zaga da SEMA


Disputa de bola pela esquerda no fim do primeiro tempo

A segunda etapa começou bem parecida com a primeira e na primeira investida local quase a vantagem foi ampliada. Depois, a equipe recuou e com isso a SEMA voltou a dominar a peleja, dando muito trabalho para a zaga mandante. Agora, chance clara de gol que é bom, praticamente nenhuma.

O Nacional só voltou a se aventurar no ataque depois dos trinta minutos. Foram dois ataques mais ou menos lúcidos, um deles com a bola zanzando perdida na pequena área sem ninguém pra completar pra rede. A Matonense teve mais a bola no pé, só que sem finalizar não há como marcar.


Troca de passes na esquerda do ataque nacionalino


Saída de bola a favor o Nacional


A melhor oportunidade do tempo final a favor dos locais foi essa, só que a bola ficou zanzando na pequena área sem ninguém aparecer para completar

No fim, quem chegou no primeiro minuto perdeu tudo que aconteceu. O placar final de Nacional 1-0 Matonense, se não foi numa atuação brilhante dos locais, pelo menos fez o time voltar a vencer. O escrete paulistano agora é o sexto colocado com 25 pontos, enquanto a SEMA está em 11º com os mesmos 22.

Após o apito final fui rapidinho até a Estação Água Branca da CPTM seguir meu caminho para casa. Juro que a vontade de ficar de boa no meu sofá durante a noite era enorme, mas no fim me apeguei ao fio de ânimo que ainda existia e encarei uma sessão noturna de futebol com 17 graus na moleira no Canindé.

Até lá!

quarta-feira, 29 de março de 2017

Brasil classificado para a Copa do Mundo 2018

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de uma segunda-feira com um merecidíssimo descanso, na noite da terça voltei aos estádios para uma peleja que foi tudo, menos perdida. A pedida foi ver meu 17ª jogo do Brasil em todos os tempos, o primeiro do time profissional desde o bisonho 3x0 da Holanda na Copa do Mundo, contra a seleção do Paraguai, time 652 da Lista, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia.

Já tinha visto todas as integrantes da Conmebol menos duas, Uruguai e o próprio Paraguai. Por sorte a CBF colocou o selecionado comandado pelo ex-lateral Arce para atuar na Arena Corinthians, no primeiro compromisso deles na capital bandeirante desde 1962 (!). Na história, essa foi apenas a quarta vez que os paraguaios se apresentaram por aqui (as outras duas foram em 1950 e 1954).


Telão da Arena Corinthians e os escudinhos das duas seleções

Fazendo uma pesquisa rápida na Lista vi que esse foi meu sexto jogo de Eliminatórias entre os dez já realizados em São Paulo até hoje. Os três primeiros foram no ano 2000 contra Equador, Argentina e Colômbia. Em 2001 o confronto foi contra o Peru e em 2004 contra a Bolívia. Infelizmente perdi o duelo contra os uruguaios em 2007 por conta do péssimo sistema de venda de ingressos montado naquela ocasião.

Voltando a 2017, impossível não relembrar o que vivi durante a Copa do Mundo de 2014 no caminho de ida pro estádio. Ver o time verde e amarelo jogar uma partida oficial em Itaquera sempre estará relacionado a tudo que vivi no saudoso Brasil x Croácia realizado há três anos atrás. De pegar o trem na Luz até dar a volta em todo o estádio... essas referências serão eternas.

Dito isso, preciso registrar novamente que não é fácil ir em jogo do Brasil (já falei disso por aqui no post do amistoso contra a África do Sul em 2012), porém o segredo é nem se importar com a maioria de bobagens que somos obrigados a ver. O horror vai da horrenda música do "mil gols", da insuportável menção que são "brasileiros com muito orgulho", passando pelo ridículo grito de "bicha" a cada tiro de meta batido pelo goleiro adversário e chegando no número enorme de turistas presentes nas arquibancadas. No fim, o que importa de verdade é ver as camisas em campo e pensar na parte histórica.

Falando na parte histórica, o Brasil chegou a essa partida ostentando uma inédita série de sete vitórias seguidas nas Eliminatórias e com chance de se classificar matematicamente pra Copa da Rússia dependendo de uma combinação de resultados. Quem me conhece sabe que não torço pra seleção desde 1998, mas que dá gosto de ver o time de Tite atuando, isso dá.


Visão geral da Arena Corinthians para o confronto Brasil x Paraguai


Ataque brasileiro pela direita no complicado primeiro tempo


Grande defesa do goleiro paraguaio em chute de longe


Pênalti perdido por Neymar, que se redimiu minutos depois e fez um golaço


Placar final do jogo que colocou de forma oficial o Brasil na Copa da Rússia

Quem assistiu a peleja viu que, mesmo tendo dificuldades, o escrete canarinho atuou mais uma vez muito bem sob o comando do técnico campeão do mundo em 2012. Com gols de Philippe Coutinho, Neymar e Marcelo (esse zerando o saldo pessoal de gols na Arena graças ao gol contra que fez na abertura do último mundial), o placar final de Brasil 3-0 Paraguai, somado à derrota uruguaia contra o Peru, colocou de forma oficial os penta-campeões na Copa de 2018.

A única coisa que me incomoda nisso tudo é saber que as boas atuações e o bom trabalho feito pela atual comissão técnica simplesmente tirou o foco dos reais problemas do futebol nacional e que também hoje muitos já nem se lembram mais do 7x1, algo que não pode ser esquecido de forma alguma. Outro ponto que me deixa triste: a renda foi de mais de 12 milhões de reais (!). Um dinheirão, né? É, mas será que ele será utilizado para fomentar o futebol ou para a organização de campeonatos como Série C, D ou até mesmo o Brasileiro Feminino? Pra mim, a resposta é óbvia.

Na saída do estádio ainda consegui armar um esquema ninja e fiz o caminho do meu lugar até a plataforma da estação de trem em menos de vinte minutos, salvando por completo a minha chegada em casa. Na quarta-feira voltei à programação normal com uma rodadinha dupla com as Séries A2 e A3 na pauta.

Até lá!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Portuguesa vence o União e se afasta (um pouco) do Z6 da A2

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na tarde do último domingo o Estádio Oswaldo Teixeira Duarte foi palco de mais um capítulo da via crucis da Portuguesa no Campeonato Paulista da Série A2. O time recebeu o lanterna União Barbarense não pensando em outra coisa senão conquistar os três pontos para se afastar um pouquinho da zona de rebaixamento.

Vale registrar que essa foi a nona partida que acompanhei em nove dias seguidos, uma marca que a partir de agora será praticamente impossível de ser batida, já que duvido que haja uma nova sequência assim novamente. Que cansa, cansa (e muito), mas é legal fazer esse tipo de insanidade... afinal, alguém tem que segurar a onda disso aqui, certo?

Outro ponto que precisa ser mencionado é que ao ver o Leão da 13 in loco, eu trouxe aos amigos do blog a cobertura de pelo menos uma partida de cada um dos vinte participantes da Série A2 de 2017, isso em apenas 13 rodadas disputadas. Podem procurar pela grande rede, mas algo assim você só vê aqui no Jogos Perdidos. O Projeto 40 agora conta com 39 times vistos e falta apenas um para eu completar o álbum pelo quinto ano consecutivo.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


União Agrícola Barbarense Futebol Clube - Santa Bárbara D'Oeste/SP


O árbitro José Cláudio Rocha Filho, os assistentes Fernando Afonso de Melo e Patrick André Bardauil, o quarto árbitro Luiz Carlos Júnior e os capitães dos times

Falando do jogo, a Lusa contava com os 100% de aproveitamento no Canindé como grande aliado para conquistar a vitória. Não que o triunfo fosse certo - o União havia surpreendentemente derrotado o Bragantino fora de casa na rodada anterior e a cautela era necessária - mas era um tanto quanto óbvio que o favoritismo era rubro-verde.

Pouco mais de mil pessoas pagaram ingresso e viram um primeiro tempo simplesmente assustador de tão ruim. Como era esperado, o time visitante pouco fez, só que o que deixou a torcida irritadíssima foi a absurda apatia da maioria dos atletas lusitanos. Sério, o negócio foi tenebroso.

Os comandados de Estevam Soares erravam passes de dois metros, praticamente não chutavam a gol e faziam lançamentos para a bandeirinha de escanteio e para as placas de publicidade. Parece exagero falar assim, mas acreditem, o negócio foi exatamente como estou descrevendo. O único lance digno de registro foi uma cabeçada de Bruno Silva que passou pertinho do gol defendido por Jerfesson aos 26 minutos. Só.


O camisa 7 Luizinho tentando o domínio com a marcação de Ewerton, camisa 3


A única chance digna de registro no primeiro tempo aconteceu nessa cabeçada de Bruno Silva


Ewerton afastando o perigo com a marcação de Bruno Silva

No tempo final o comandante rubro-verde promoveu duas alterações, uma delas tirando o argentino Mateo Bustos de campo, e a Portuguesa melhorou. Aos seis minutos, Leandro Domingues, mais uma vez sendo o destaque do time, cobrou falta com precisão e Jerffeson mandou pela linha de fundo. Na cobrança, a pelota foi alçada na área e Vinícius Gouveia testou firme entre os zagueiros e marcou o primeiro gol da tarde.

Jerffeson acabou se tornando o grande nome da tarde ao fazer pelo menos cinco difíceis defesas, impedindo que a Portuguesa ampliasse sua vantagem. As finalizações de Dinho, Bruno Xavier e Bruno Silva foram brilhantemente neutralizadas pelo arqueiro do União. Os visitantes também tiraram uma casquinha, obrigando Ricardo Berna a aparecer com destaque em duas oportunidades.


Jerffeson manda para escanteio uma bela cobrança de falta de Leandro Domingues



Vinícius Gouveia, meio sumido na imagem, sobe para abrir o marcador no Canindé e depois parte para uma comemoração sem muito alarde


Zagueiro do União se preparando para dominar a pelota


Chute de longe de Bruno Silva. No segundo tempo a Portuguesa mostrou muito mais vontade

No fim, o marcador ficou mesmo em Portuguesa 1-0 União Barbarense. Com o triunfo, o quarto em quatro pelejas realizadas no Canindé, os rubro-verdes subiram para a 11ª posição com 16 pontos ganhos, dois acima do Z6. O Leão da 13 manteve os sete pontos e está cada vez mais perto de voltar à A3, campeonato que não disputa desde 2008.

Foi isso. Voltei pra casa para finalmente poder descansar após a absurda maratona feita em nove dias. Se tudo der certo, o futebol volta à pauta já na terça-feira com seleção nova na Lista num jogo que pode ser tudo, menos perdido.

Até lá!

Nacional e Desportivo Brasil ficam no empate pela Série A3

Texto e fotos: Fernando Martinez


No último sábado, o oitavo dia seguido de futebol, rolou novo compromisso do time que mais aparece no blog nos últimos tempos, o glorioso Nacional AC. O time ferroviário recebeu o Desportivo Brasil, o time 38 do Projeto 40, no Estádio Nicolau Alayon pela 14ª rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A3.

O Data Fernando informa que esse foi o terceiro confronto entre ambos na história. Os dois primeiros aconteceram na Segunda Divisão de 2012 e tanto em Porto Feliz quanto na capital, o time ferroviário venceu pela contagem mínima (aliás, vale lembrar que a partida realizada em São Paulo teve cobertura do blog).

A maior novidade da tarde foi a re-estreia de Tuca Guimarães, o técnico que dirigiu a Portuguesa em nove rodadas da Série A2, no banco de reservas local. Ele foi o comandante do time da Água Branca durante os 16 jogos realizados na Copa Paulista de 2015 e retorna tentando melhorar a performance da equipe que havia vencido apenas dois dos últimos sete compromissos.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Desportivo Brasil Participações Ltda - Porto Feliz/SP


Capitães dos times junto ao árbitro Júnior César Lossávaro, os assistentes Leandro Almeida dos Santos e José Lucas de Souza e o quarto árbitro Luciano Silva

Fui até a Comendador Souza na boa e sem pressa, com tempo de fazer meu café da manhã de forma bastante tranquila no bar que fica na porta do estádio. Enquanto estava ali um temporal inesperado deu as caras. Felizmente o dilúvio terminou antes de ir ao gramado e captar as fotos oficiais, como de praxe, exclusivas.

Credenciado pela sequência de cinco jogos sem derrota, o Desportivo Brasil foi superior ao time da casa na maior parte da peleja. A primeira chance foi aos 18 minutos do tempo inicial em cobrança de falta de Pio. Aos 22 bola na trave do camisa 1 paulistano após cobrança de falta. O goleiro Felipe Lacerda teve bastante trabalho para segurar o ataque adversário.

O Nacional não conseguia entrar dentro da área adversária, muito por conta da segura atuação de todo o setor defensivo do Desportivo. Aos 29, aconteceu a última boa oportunidade visitante no tempo inicial, novamente sem resultar em gol. Com o placar em branco, a partida chegou ao seu intervalo.


A marcação do Desportivo Brasil funcionou durante a maior parte do jogo no Alayon


Ataque aéreo a favor dos donos da casa


Boa intervenção de Felipe Lacerda em chute de longe do Desportivo


Anderson Luís, camisa 6 do time de Porto Feliz, levitando no gramado nacionalino

Fui até a parte coberta da velha cancha paulistana e dali vi todo o tempo final na companhia dos amigos presentes. Até os trinta minutos, praticamente nada aconteceu. Como num estalo de dedos, tudo mudou a partir do minuto 31. Johnny, camisa 16 do Desportivo, recebeu bom passe no meio, avançou por todo o campo de defesa, cortou pra esquerda e chutou forte no canto sem chances para Felipe Lacerda.

Os atletas nem tiveram tempo de comemorar já que na saída de bola o Nacional deixou tudo igual. Depois de cruzamento da direita, Thiaguinho apareceu entre os zagueiros pra fazer seu primeiro gol na Série A3. Antes do apito final a emoção finalmente apareceu e os dois times criaram importantes momentos para a marcação do segundo gol. Apesar disso, o placar não foi mais alterado.


Lance do gol do Desportivo Brasil em belo chute de Johnny


Negueba atacando pela esquerda


O goleiro do Nacional voando para mandar a bola pra escanteio

Final de jogo: Nacional 1-1 Desportivo Brasil. Esse empate recolocou a equipe da Água Branca no G8, mais precisamente na oitava colocação, agora com 22 pontos, mesma pontuação dos portofelicenses, que estão em sétimo. Faltando cinco rodadas pro término da primeira fase, o Naça simplesmente vai enfrentar quatro clubes que estão acima dele na tábua de classificação, a começar pela Matonense, quarta-feira, também no Alayon. Não será nada fácil garantir um lugar na segunda fase.

Continuei a jornada com um passeio no centro da cidade antes de voltar pra casa e ficar o tempo todo no sofá curtindo o sábado. Fechando a maratona futebolística, na tarde de domingo, o nono dia seguido com futebol, retornei ao Canindé para mais um capítulo do sofrimento lusitano na Série A2.

Até lá!

sábado, 25 de março de 2017

São Caetano empata no ABC mas ainda é líder da Série A2

Texto e fotos: Fernando Martinez


Após assistir jogos em seis dias seguidos e igualar meu recorde histórico, quebrei essa marca com a sétima peleja em sete dias na noite de sexta-feira no ABC. Abrindo a 13ª rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A2, São Caetano e Oeste, dois habitués do blog, se enfrentaram no Estádio Anacleto Campanella.

Já estou nessa de curtir o futebol dos "menores" há muito tempo, e confesso que não me recordo se uma sequência com tantas partidas marcados em dias consecutivos já tinha acontecido alguma vez. Justamente por isso não dava pra perder a oportunidade de emplacar um recorde desses, mesmo num duelo com dois times "de perto".


Associação Desportiva São Caetano - São Caetano do Sul/SP


Oeste Futebol Clube - Barueri/SP


Trio de arbitragem com o árbitro Kleber Canto dos Santos e os assistentes Orlando Coelho Junior e Enderson Emanoel da Silva junto aos capitães dos times

Marcado para as nove da noite, um horário não muito aprazível (que foi alterado por conta da televisão), 652 pessoas pagaram ingresso para ver o confronto que tinha favoritismo total a favor dos donos da casa, atuais líderes do certame, afinal os onze pontos de diferença entre os dois definitivamente não eram pouca coisa.

O público esperava uma atuação parecida com a de terça-feira (o massacre de 6x0 em cima do Mogi Mirim), só que ela não aconteceu. O São Caetano teve enorme dificuldade em impor seu melhor futebol durante a maior parte da peleja. Jogando contra o rebaixamento, o Oeste foi um adversário bastante digno e deu muito trabalho.

Os locais dominaram o primeiro tempo, porém chances de gol de verdade foram poucas, mais precisamente três. As duas primeiras em tiros de longe que obrigaram o arqueiro Rodolfo fazer grandes defesas e a última no derradeiro lance do tempo inicial quando Paulinho Santos, cara-a-cara com o camisa 1, mandou a bola na lua. O rubro-negro teve apenas uma isolada oportunidade em bola na trave numa cobrança de falta.


Ataque do Azulão pela esquerda no começo da peleja


Rodolfo saindo para cortar cruzamento na área


Uma das duas boas defesas do camisa 1 rubro-negro no tempo inicial

No tempo final, o Oeste voltou a campo muito diferente e disposto a complicar a vida do São Caetano. Aos três minutos Rafael Luz acertou o travessão e aos seis o rubro-negro abriu o marcador. Da Matta avançou pela esquerda e acertou um chutaço, colocando a pelota no ângulo direito do goleiro Paes.

Com a vantagem parcial, o onze visitante recuou e chamou o Azulão para seu campo. Foram mais de 40 minutos de enorme pressão local. Mas era aquela pressão efêmera e sem objetividade, e com isso a torcida foi se preocupando cada vez mais. A dupla de ataque Carlão e Ermínio, os dois maiores artilheiros da A2 até aqui com sete gols cada, não conseguiam acertar o alvo.

Foi somente aos 36 minutos que a torcida pôde respirar aliviada. Num lance que contou com dois passes meio sem querer, a bola sobrou dentro da área para Lincom, livre de marcação, chutar no canto direito de Rodolfo e deixar tudo igual no marcador.

A pressão daí até o apito final foi enorme, e por muito pouco os locais não viraram o placar. Aos 48 minutos, Lincom teve a oportunidade de ouro num chute à queima-roupa. Para sorte do Oeste, Rodolfo estava bem colocado e defendeu de forma primorosa, garantindo um importante ponto.


O Azulão sofreu e ficou atrás do marcador por quase todo o segundo tempo


Bola perigosa alçada dentro da área visitante


Mais um ataque aéreo do time do ABC no final da peleja

No fim, o placar de São Caetano 1-1 Oeste frustou a torcida presente que contava com mais uma vitória. Mesmo com o empate, o Azulão continuou líder após os outros jogos da rodada e sem sombra de dúvida é candidatíssimo ao acesso. Já o rubro-negro luta contra o descenso e está apenas um ponto acima do Z6.

O meu recorde pessoal foi batido com sucesso, só que isso não significou descanso no final de semana. Na tarde de sábado acompanhei novo compromisso do Nacional dentro de casa na A3 com direito a volta do Projeto 40 e estreia no banco do time ferroviário.

Até lá!