Texto e fotos: Fernando Martinez
No sábado, como de praxe, fui cobrir a última apresentação do classificado Nacional no Estádio Nicolau Alayon na primeira fase do Campeonato Paulista da Série A4. O inédito confronto contra o VOCEM na capital foi o primeiro desde que o time ferroviário garantiu vaga entre os oito melhores do torneio.
A classificação veio com o triunfo por 2 a 0 sobre o Audax no meio de semana, algo raro considerando a história de sufoco e perrengue do antigo SPR nas divisões de acesso. Difícil ver uma vaga assegurada com duas rodadas de antecedência. Esse foi apenas o segundo duelo entre Naça e o glorioso Vila Operária. No primeiro, em 2024, os grenás venceram por 4 a 3 em Assis.
Um quórum de amigos como há muito não se via compareceu à Rua Comendador Souza para acompanhar a peleja. O sumidaço Luiz, recém-convertido à igreja evangélica, o homem-carnaval Bruno, os sempre presentes Milton e Pucci, Paulo "Shrek", presidente do maior fã-clube do Guns N' Roses no Brasil, o Mário, maior consumidor de vídeos gravados no sudeste asiático, o aniversariante Raul e o novato guarulhense Gustavo.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Vila Operária Clube Esporte Mariano - Assis/SP
Os capitães do Nacional e do VOCEM junto com o árbitro Jose Luiz Aparecido Miranda, os assistentes Luiz Henrique Rodrigues Pimentel e Elias Cedraz Santiago Carneiro e o quarto árbitro Rodrigo Santos

A cambada de criminosos presente no Alayon para Nacional x VOCEM
Além da rapaziada, o Alayon recebeu um público razoável. Pena que todos assistiram a uma das piores atuações do Nacional nos últimos tempos, certamente a pior de 2025, superando até a derrota para o Colorado em Caieiras. Não sei se a classificação desconcentrou o elenco, mas o fato é que o time foi aniquilado pelos visitantes, comandados pelo técnico Paulinho McLaren, presença obrigatória nos meus campeonatos de futebol de botão no começo dos anos 90.
No primeiro tempo, inoperância ampla, total e irrestrita dos mandantes. O VOCEM, ainda lutando contra a queda, não quis saber e chegou fácil aos 2 a 0. Poderia ter feito mais e decidido sua sorte na etapa inicial. Ela acabou selada no primeiro bom ataque do tempo final, quando Nikolas ampliou a vantagem.
O Nacional até tentou reagir. Teve uma bola na trave e alguns ataques mais ou menos pelo lado direito, nenhum digno de registro. O que valeu, como sempre, foi o papo maroto e cheio de picardia com os amigos presentes. Tardes de sábado no Nicolau Alayon com essa turma sempre valem a pena.
Paulinho McLaren, ícone dos anos 90, no banco de reservas do VOCEM
O Nacional, já classificado, foi atropelado pelo VOCEM. Fica o alerta para não desconcentrarem no mata-mata. Se jogarem parecido, caem nas quartas
No fim, Nacional 0-3 VOCEM derrubou os paulistanos da terceira para a quinta colocação. A surra pode custar a realização do jogo de volta da segunda fase na capital, um vacilo imperdoável. Resta ver se contra o São-Carlense, na rodada derradeira, o time voltará a jogar bem. Já o clube assisense se livrou da queda e pulou para o 11º lugar com 17 pontos. Em 2026, estarão novamente na quarta divisão do Paulistão.
Parte do grupo foi embora após o apito final, mas eu, Luiz e Pucci seguimos com Raul para comemorar o aniversário do maior anfitrião do Distrito Federal. Fomos à Pizzaria Castelões, mesmo local que há quase 100 anos batizou um dos times de várzea da região do Brás. Além de nós quatro, duas amigas do aniversariante se juntaram à celebração. Uma noite muito legal com os amigos, algo que não fazemos sempre. Futebol? Só na semana que vem.
Até a próxima!
Ficha Técnica: Nacional 0-3 VOCEM
Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: José Luiz Aparecido Miranda; Público: 254 pagantes; Renda: R$ 3.290,00; Cartões amarelos: Rômulo, Tallyson e Antenor; Gols: Jonatan da Ora 23 e Gustavo 46 do 1º, Nikolas 3 do 2º.
Nacional: Luiz Carlos; Cauan (Felipe), César Augusto, Tallysson e Lucas (Natan Pereira); Rômulo, Ronaldy, Renan (João Vítor) e Nicollas; Victor Sales (Kléber) e Paulo Vitor (Nathan). Técnico: Tuca Guimarães.
VOCEM: Rafael Cristino; Fernandinho, Dudu Bahia, Antenor e Gustavo; Pedro (Diogo), Jonatan da Ora, Ibson (Giovani) e Chileno (Diego); Rafael Tanque (Alexandre) e Nikolas (Vinícius). Técnico: Paulinho McLaren.
Nenhum comentário:
Postar um comentário