Texto e fotos: Fernando Martinez
Foram dois dias de descanso mais do que merecido, mas em nome do Projeto 40 o cronograma não pode parar. No sábado passado me mandei até a cidade de Jundiaí para outra peleja do Campeonato Paulista da Série A3. Fui acompanhar o encontro entre Paulista e Matonense, respectivamente as figurinhas 22 e 23 do álbum, pela sexta rodada da primeira fase.
Vem fazendo muito calor em São Paulo nos últimos tempos, porém quente mesmo estava o clima fora de campo no Estádio Doutor Jayme Cintra. Tudo por conta da péssima campanha do Galo e pior, a falta de transparência da diretoria do clube e várias confusões de bastidores. Algo muito triste pensando que em 2014 o time estava na A1 e hoje está ocupando as últimas posições na tábua de classificação, perigosamente perto da última divisão em 2018.
Paulista Futebol Clube - Jundiaí/SP
Sociedade Esportiva Matonense - Matão/SP
Capitães dos times ao lado do árbitro Danilo da Silva, os assistentes Danilo Nogueira da Silva e Weverton Soares de Sousa e o quarto árbitro Marcelo Fabiano Mingoranci
Faixas com protestos da torcida contra a diretoria do Paulista. Só que elas ficaram pouco na arquibancada, já que foram tiradas pela PM
Os jundiaienses haviam vencido apenas um dos cinco compromissos disputados e os três pontos eram mais do que necessários. Só que a Águia Azul chegou à Terra da Uva com uma campanha levemente melhor e disposto a se aproveitar do momento ruim do onze local. Aliás, em toda a história o time de Matão havia vencido o Paulista apenas uma vez, isso em 1993. No total, foram realizados seis jogos entre os dois com quatro vitórias do Galo e um empate.
Agora, de todos os times que já vi ao vivo e contando também os que assisti pela televisão, o onze jundiaiense infelizmente é um dos mais fracos. Foram poucas as oportunidades reais de gol criadas pelos atacantes durante os 90 minutos apesar da maior posse de bola. A SEMA atuou na boa e apostando nos erros do time da casa.
Nem bem a partida havia começado direito e os visitantes criaram o primeiro bom momento da tarde, numa cobrança de falta de João Lucas que obrigou João Paulo e fazer ótima defesa. O Galo criou talvez a melhor chance aos 16 minutos, quando Marcelo Henrique fez grande intervenção em chute de Douglas pela esquerda.
No restante do tempo inicial o tricolor ficou mais tempo com a bola nos pés, porém apesar do esforço, a técnica deixou a desejar e foram vistos muitos passes errados. Não foi estranho ver a partida chegar ao intervalo sem a abertura do marcador. Desisti de sofrer debaixo do sol e me mandei para a parte coberta do Jayme Cintra e dali acompanhei os últimos 45 minutos.
Ataque local pelo lado esquerdo do ataque
Disputa de bola pelo alto com direito a careta de jogador da SEMA
A zaga da Matonense marcou firme o ataque do Galo durante todo o jogo
Mais um ataque do Paulista no tempo inicial
Logo no primeiro ataque a Matonense aproveitou com sucesso um belo ataque pela direita. Denner avançou e cruzou na área. A pelota passou por todo mundo mas não por Everton Tiziu, que apareceu livre no segundo pau para completar tranquilamente e abrir o marcador.
Como desgraça pouca é bobagem, Paulinho fez falta boba aos nove minutos e recebeu o segundo cartão amarelo. Se já não estava fácil jogando com onze, imagina com dez em campo. A tônica a partir de então foi o onze local atacando de forma estéril e a Águia apostando alto nos contra-ataques.
Os visitantes criaram muito e o momento mais agudo foi quando o camisa 18 Éverton perdeu praticamente um gol sem goleiro depois de cruzamento na pequena área. Quando parecia que o placar não seria mais alterado, a SEMA marcou o segundo e fechou a fatura aos 51 minutos. Ademir recebeu passe na intermediária e chutou de longe para vencer o goleiro Iago.
Bola levantada na área da Matonense
Desarme preciso de atleta da Águia no campo de defesa
Gol feito desperdiçado por Éverton no segundo tempo
Comemoração pelo segundo gol da Matonense
No fim, o Paulista 0-2 Matonense marcou a segunda vitória do alvi-azul em cima do Galo em todos os tempos e colocou o time na nona colocação, agora com nove pontos. O time de Jundiaí permanece na preocupante 18ª posição com os mesmos três pontos de um total de dezoito disputados. Triste ver aonde o campeão da Copa do Brasil de 2005 - numa final aonde eu estive presente - pode chegar em breve.
Apesar de todo o calor e um cansaço por ter dormido pessimamente de sábado para domingo, o Projeto 40 continuou no dia mais quente do verão 2017 na cidade de Barueri, dessa vez com joguinho da Série A2.
Até lá!
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