Texto e fotos: Fernando Martinez
No quarto dia seguido do meu cronograma zanzando pelas divisões de acesso de São Paulo, fui até o Estádio Nicolau Alayon para ver o Nacional na sua busca pela terceira vitória consecutiva no Campeonato Paulista da Série A3, a primeira dentro de casa. O adversário foi o Independente de Limeira, time 16 do Projeto 40 e que vem muito mal das pernas nessa temporada.
O Data Fernando informa que esse foi o 27º duelo entre os dois times na história do estadual em todos os tempos, porém apenas o segundo nesse século. Nos 26 anteriores, o time ferroviário venceu nove vezes, o Independente dez e aconteceram sete empates. No último confronto, 2x1 a favor do Nacional na A3 de 2008. Hora perfeita para o Nacional igualar o retrospecto.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Independente Futebol Clube - Limeira/SP
Fernando e Carlão, capitães dos times, e quarteto de arbitragem definido para a partida com o árbitro Clayton de Oliveira Dutra, os assistentes Claudenir Donizeti da Silva e Roberto Silva Dantas e o quarto árbitro Gilmar Pedroso Rocha
Tivemos um quórum muito bom de amigos e conhecidos para mais essa sessão de futebol na Comendador Souza. Como o calor era intenso, uma má notícia no verão que até então não estava tão cruel assim, passei o primeiro tempo junto dessa rapaziada ishperta nas arquibancadas. A expectativa de todos era de boa apresentação nacionalina.
Logo no terceiro minuto os locais por pouco não abriram o marcador quando Negueba recebeu bom passe pela direita e chutou forte na trave. É, mas foi só isso. Após esse lance o jogo ficou concentrado no meio-campo por quase quarenta minutos, fazendo com que a maior parte dos presentes ficassem mais entretidos com conversas paralelas do que com o que rolava no gramado.
O Naça só acordou nos últimos três minutos com uma cabeçada perigosíssima de Luiz Henrique que obrigou o goleiro Fernando a fazer boa defesa. Meu xará ainda tomou mais um susto com o chute de Everton logo na sequência que tirou tinta da trave. Foi com o placar em branco que os times seguiram aos vestiários.
Bola voando dentro da área do Nacional no primeiro tempo
Disputa de bola no meio-campo
Grande defesa de goleiro Fernando no final do tempo inicial
No segundo tempo resolvi encarar o bafo e fui ao gramado acompanhar o onze da Água Branca mais de perto. E os comandados de Alex Alves voltaram mais ligados e muito mais objetivos. Emerson Mi teve a primeira oportunidade aos quatro minutos, outra vez para boa defesa do camisa 1 visitante.
O Galo da Vila Esteves tentou assustar o gol defendido pelo veterano Carlão, porém sem nenhum sucesso. E para colocar mais crise na realidade limeirense, aos 23 minutos o Nacional abriu o marcador. Depois de escanteio da esquerda, a bola foi escorada no primeiro pau e sobrou para Jóbson tocar de coxa e, quase sem querer, estufar as redes.
O gol tranquilizou o onze ferroviário, que chegou perto de ampliar a vantagem por três ou quatro vezes, a melhor delas num chute que bateu na trave esquerda após boa triangulação. No fim, os visitantes não foram capazes de assustar o setor defensivo local. Foi questão apenas de esperar o apito final para a torcida da casa comemorar a vitória.
O time ferroviário voltou muito melhor para o tempo final
Fabiano, camisa 7 do Independente, fazendo pose para mandar a bola longe
Bola perigosamente viajando dentro da área limeirense
O placar de Nacional 1-0 Independente colocou os paulistanos na quarta colocação da competição após quatro rodadas com direito a três triunfos consecutivos. Foi também a sexta partida invicta contra o time de Limeira no estadual. Já a derrota colocou o Galo na última colocação ainda sem vencer e também sem nenhum gol marcado. Se o pessoal não acordar rápido, a Segundona não será algo tão distante assim.
Na hora de ir embora rolou aquela mesa-redonda para definir o que a rapaziada iria aprontar. A decisão escolhida, mais uma vez, foi seguir pro centro da capital e mandar brasa no sanduíche de mortadela mais sensacional da cidade. Algum tempo depois, fui pra casa pensando apenas em boas horas de sono.
Menos de 24 horas depois dessa jornada, fui de novo até a casa do Nacional Atlético Clube, agora com uma peleja completamente perdida válida pela Série A2. Um daqueles que não podemos perder e que são a razão da existência desse blog.
Até lá!
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