Texto: Fernando Martinez; Fotos: Fernando Martinez e Luciano Claudino
Depois de colocar o Parnahyba e o Santos do Amapá na Lista, a quinta-feira reservou a chance de ver o terceiro time novo na disputa da Copa do Brasil da atual temporada, algo que não acontecia há oito anos. A agenda marcou um duelo entre a Ponte Preta e o genial Sport Club Genus de Rondônia no Estádio Moisés Lucarelli.
Essa é a estreia do onze Genista na história da Copa do Brasil, cortesia do título estadual conquistado em 2015, o primeiro caneco de um time de Porto Velho no rondoniense desde 2002. Na fase inicial da Copa, os auri-grenás surpreenderam e eliminaram o ASA, se credenciando então para pegar a Macaca.
Associação Atlética Ponte Preta e Sport Club Genus de Porto Velho posados em fotos gentilmente cedidas por Luciano Claudino
O fato curioso é que, apesar de ser a primeira visita profissional do clube ao estado de São Paulo, não é a primeira vez que a equipe disputa um campeonato por aqui. Em 2007 o auri-grená da Capital veio jogar a Copa São Paulo, e enfrentou Rio Branco de Americana, Avaí e a própria Ponte, em jogo que teve cobertura do JP. Como eu não participei dessa matéria, não tinha como perder a chance de ver a equipe ao vivo, meu 633º time na Lista.
Fui para a Cidade das Andorinhas com a carona do ressurgido das cinzas $eu Natal, cada vez mais próximo da aposentadoria definitiva e cada vez mais sumido do nosso radar. Junto com ele, a dupla Mílton e Renato também resolveu encarar o frio campineiro para esse insólito joguinho. Na partida de ida, vitória alvinegra pela contagem mínima, e mesmo atuando com um time reserva, a desclassificação era uma hipótese bastante improvável.
O maior destaque - pelo menos para mim - acabou sendo a presença do Genus atuando perto de casa, pois a peleja em si foi bem sem vergonha. Os rondonienses não tiveram absolutamente nenhuma chance de gol durante os 90 minutos e a Ponte jogou só o suficiente para vencer e ir para a terceira fase.
O onze local teve duas boas chances aos 21 e 26 minutos e o gol acabou saindo aos 32. Matheus Jesus marcou seu primeiro tento como profissional em belo chute de fora da área. Foi com o magro placar de 1x0 que o jogo chegou ao seu intervalo. No segundo tempo a Macaca continuou senhora absoluta das ações ofensivas.
Escanteio a favor da Macaca no começo do jogo
Ataque ponte-pretano pela direita, sob a marcação da zaga rondoniense
Atleta do Genus tentando armar jogada ofensiva
Rara aparição do time visitante no campo de ataque
Aos 23 minutos a Ponte Preta fez o segundo com outro jogador vindo da base: Léo Cereja. Após ele chutar de longe, o goleiro do Genus deu rebote e ele mesmo apareceu para completar. Cinco minutos depois Matheus Jesus foi derrubado dentro da área. Pênalti para os paulistas.
Apesar da torcida ter gritado em peso o nome de Roger - artilheiro do Paulistão jogando pelo Red Bull com 11 gols - a cobrança ficou por conta do contestado Wellington Paulista. Cheio de firula na hora de bater, ele deslocou Alysson e colocou a pelota no canto direito.
Reinaldo, camisa 6 da Ponte, em lance pela esquerda
Léo Cereja iniciando a jogada do segundo gol da Macaca
Carlos Alberto, camisa 8 dos auri-grenás, recebendo passe no campo de defesa
Placar final da partida no Majestoso com a classificação da Ponte para a terceira fase da Copa do Brasil
No fim, o placar final da partida em Campinas ficou em Ponte Preta 3-0 Genus. Na próxima fase da Copa do Brasil os alvinegros irão enfrentar Figueirense ou Sampaio Corrêa. Os catarinenses fizeram 2x1 no Maranhão e o jogo de volta no Sul acontece apenas em julho. Se a avassaladora maioria dos presentes saiu do Majestoso reclamando da vida, para mim o que valeu mesmo foi ver de perto o escrete auri-grená em mais uma chance única para acompanhar um time desse naipe em terras bandeirantes.
Depois da maratona com o absurdo número de dezenove equipes novas vistas no período de um mês, agora o panorama dá uma tranquilizada por aqui. Time novo apenas na Série D, e olhe lá, e um pouquinho depois na Olimpíada. Estaremos de olho.
Até a próxima!
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