Sexta-feira santa. Dia perfeito para confraternizar, ficar de boa, descansar bastante depois da semana corrida, curtir o friozinho e o tempo nublado sem precisar fazer nada e ainda por cima assistir pela televisão o importantíssimo clássico Brasil x Uruguai em confronto válido pelas Eliminatórias, fechando então a data de forma perfeita, certo?
Bom, no último dia 25 eu não fiz nada disso e, em mais uma sessão futebolística digna de intervenção médica, armei um bate-volta solitário e debaixo de muita, mas muita chuva até a cidade de Sorocaba, cortesia do Projeto 40 que se aproxima do fim. Lá, o claudicante Atlético, o 33º time a entrar na lista, recebeu o bom Batatais tentando o milagre de escapar do rebaixamento no Campeonato Paulista da Série A2.
CA Sorocaba - Sorocaba/SP. Foto: Fernando Martinez.
Batatais FC - Batatais/SP. Foto: Fernando Martinez.
Quarteto de arbitragem composto pelo árbitro Luiz Vanderlei Martinucho, os assistentes Luiz Fernando de Moraes e Orlando Massola Junior e o quarto árbitro Ricardo Bittencourt da Silva junto com os capitães dos dois times. Foto: Fernando Martinez.
Todo mundo sabe que gosto de futebol, ainda mais no estádio, só que por muito pouco eu não desisti dessa insana jornada. A chuva caiu durante a maior parte do dia, e justamente quando faltava pouco para sair de casa ela apertou. Me molhei bastante para chegar na Barra Funda e dali seguir via Cometão até a Manchester Paulista.
Cheguei no Estádio Wálter Ribeiro e poucos torcedores marcavam presença nas arquibancadas. Desânimo natural pois, além do cenário que descrevi, a campanha do Sorocaba não é nada boa, muito pelo contrário. A equipe ocupava a penúltima posição antes do jogo contra o Fantasma e uma derrota poderia significar o rebaixamento com duas rodadas de antecedência.
A situação no alvirrubro é bem diferente. A equipe ocupava a quinta posição com 27 pontos e caso vencesse poderia até garantir a sonhada vaga nas quartas-de-final dependendo de outros resultados. Depois de tantos anos perambulando sem sucesso pela terceira e quarta divisão, acho legal demais ver o clube com chances de acesso para a principal divisão do estado.
Quando a peleja começou, nenhuma surpresa. O Fantasma foi melhor e logo aos sete minutos abriu o placar com o gol de cabeça de Felipe Gregory. Até os 20 minutos só deu o time visitante, para a tristeza da maior parte dos 337 pagantes. O Atlético foi se soltando aos poucos e equilibrou tudo na segunda metade do tempo inicial.
Primeiro ataque do Batatais no jogo. Foto: Fernando Martinez.
Lance do gol que abriu o marcador em Sorocaba. Foto: Fernando Martinez.
Claudir cobrou pênalti para a boa defesa de Matheus. Foi a maior chance do Galo na partida. Foto: Fernando Martinez.
Chegada do Batatais pela esquerda num dos últimos lances do tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.
Aos 24, a melhor chance para deixar tudo igual. Volpe tocou na bola com o braço dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Pena para a torcida sorocabana que a cobrança de Claudir não teve sucesso e Matheus defendeu o chute no canto direito. Apesar de atacar bastante, principalmente pelas laterais, o onze local viu o jogo chegar no intervalo com a vantagem parcial do alvirrubro.
Na segunda etapa o Batatais praticamente passou todo o tempo se segurando na defesa, enquanto o Sorocaba teve mais a bola nos pés. Billy e Claudir tiveram as melhores chances para empatar, porém foram infelizes. Jogando um futebol seguro e confirmando a expectativa, o Fantasma viu a partida chegar ao seu final com mais um triunfo conquistado na disputa da Série A2.
Três ataques do Atlético durante a segunda etapa. A equipe sorocabana tentou o empate durante todo o tempo mas não teve sucesso... agora jogará a A3 em 2017. Fotos: Fernando Martinez.
Se em 2015 vi no Wálter Ribeiro o rebaixamento da Matonense, o Atlético Sorocaba 0-1 Batatais me fez acompanhar in loco a queda do Galo para a A3, campeonato que o CAS não disputa desde 2001, no ano que vem depois do término da rodada. Pelos lados do Fantasma, o triunfo não garantiu a vaga na próxima fase, mas ela está devidamente encaminhada e deve se confirmar nos dois próximos compromissos.
Dessa vez não teve carona como em Jundiaí, o que significa que voltei para a capital no esquema de sempre: esperando ônibus na avenida próxima ao estádio, uma hora e pouco de viagem e mais um trecho de metrô. O problema é que nem deu pra descansar direito pois tuve que levantar cedo no sábado, afinal, a conclusão do Projeto 40 sempre fala mais alto.
Até lá!
Fernando
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