Fala, povo!
O terceiro jogo do sábado marcou a primeira cobertura do JP no Campeonato Paulista sub-20 da Segunda Divisão. Depois de uma primeira fase inteira sem termos tempo de ver algum joguinho do certame, a agenda coincidiu e fui para a cidade de Osasco conferir o duelo entre o atual campeão Osasco FC e o Taboão da Serra. O palco foi o agradabilíssimo Estádio Cidade de Deus Bradesco.
Osasco FC (sub-20) - Osasco/SP. Foto: Fernando Martinez.
A jornada foi válida pela última rodada da fase inicial. Na disputa do Grupo 4, o time osasquense só seria eliminado com uma derrota por 5x0 para o CATS, uma verdadeira catástrofe. Já a equipe taboanense precisava vencer o Osasco e torcer por uma derrota do Primavera para o já desclassificado Cotia. Tarefa complicadíssima.
CA Taboão da Serra (sub-20) - Taboão da Serra/SP. Foto: Fernando Martinez.
Trio de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.
Independente da dificuldade, o CATS não se intimidou e dominou as ações por todo o tempo. Na etapa inicial O Osasco FC criou apenas chances esporádicas, a melhor delas numa cobrança de falta que encontrou a trave, e viu o adversário ocupar todo o seu campo defensivo.
Cobrança de falta para o Osasco FC que encontrou a trave do goleiro Rubão. Foto: Fernando Martinez.
Mesmo com todo esse domínio o gol demorou para sair. E ele saiu mesmo graças à preciosa contribuição do goleiro local Vágner. O camisa 1 resolveu fazer malabarismo na frente de dois atletas do Taboão da Serra. Claro que tudo deu errado e a bola sobrou livre para o camisa 9 Gustavo marcar o primeiro do time visitante aos 42 minutos.
Ataque local pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.
No segundo tempo a partida esquentou de vez e se tornou uma das mais emocionantes que vi na temporada até aqui. Logo no quarto minuto Gustavo fez novamente e ampliou a vantagem taboanense. Mesmo sem merecer, o Osasco fez o primeiro aos 11 com o gol de Gélson. Ele aproveitou rebote de outra falta cobrada na trave e diminuiu.
Investida ofensiva do Osasco FC. Foto: Fernando Martinez.
Cobrança de falta para os donos da casa no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
Aos 19, a primeira polêmica da tarde. O goleiro osasquense repôs uma bola nas costas do camisa 6 Rodolfo. A pelota bateu nele e foi morrer no fundo das redes. Só que o árbitro anulou o lance alegando que o atleta impediu a reposição. Na reclamação, o atleta foi expulso.
Bola batendo na trave do CATS, agora no segundo tempo. No rebote Gélson fez o primeiro do time da casa. Foto: Fernando Martinez.
Dois minutos depois e mesmo com um a menos, o Taboão da Serra fez o terceiro de novo com o avante Gustavo, completando seu "hat-trick". O CATS jogava o fino da bola e parecia que a vitória estava mais do que certa. Só que o Osasco FC não é o atual campeão do torneio à toa, e a partida estava ainda longe de terminar.
Disputa de bola dentro da área. Foto: Fernando Martinez.
Aos 28 o time da casa teve falta pela direita. A bola foi alçada na área e Lucas Esídio apareceu entre os zagueiros para fazer o segundo do OFC. Com esse gol, os minutos finais ficaram ainda mais dramáticos. O alvinegro fazia uma pressão meio envergonhada e o CATS conseguia se segurar bem com seu sistema defensivo.
Nos acréscimos então aconteceu o lance chave da partida. Num ataque inofensivo pela esquerda, um dos atacantes locais chutou a pelota, que foi desviada na barriga do zagueiro do CATS. Encoberto pelos jogadores, o árbitro marcou penalidade máxima, desencadeando momentos surreais no gramado do Cidade de Deus.
Mesmo um pouco atrasado, esse foi o polêmico gol de empate do Osasco FC contra o Taboão da Serra. Foto: Fernando Martinez.
Na sequência vimos um sem número de empurrões e muita reclamação ao árbitro do jogo. No bololô, o camisa 17 Léo foi expulso. Sem querer saber se foi pênalti ou não, o jogador Gustavo - esse do Osasco, claro - cobrou a penalidade máxima com categoria e deixou tudo igual no marcador. Eram decorridos 49 do tempo final.
Com o placar em Osasco FC 3-3 Taboão da Serra, nem bem o árbitro apitou o fim do jogo, o pau cantou feio. O goleiro Rubão acertou uma covarde voadora no juiz, que também tomou socos, cusparadas, pescoções. Como se não bastasse, o trio completo foi acuado por jogadores, integrantes da comissão técnica e um monte de gente que nós nem sabemos o que eram. A confusão teve direito a arma de choque e revólver apontado pro alto.
Pessoal pressionando o árbitro da partida e depois uma muvuca acuando o trio de arbitragem. O pau cantou no Cidade de Deus. Fotos: Fernando Martinez.
Sofrendo uma pressão absurda, o trio de arbitragem demorou muito tempo para finalmente conseguir chegar aos vestiários. O pessoal de Taboão da Serra continuava sem se conformar com o que tinha acabado de rolar. Fazia tempo que eu não via uma confusão tão grande dentro de um campo de jogo. A sorte do pessoal do CATS foi que o juiz segurou a onda na súmula e não colocou ai nem 20% do que realmente aconteceu. Se tivesse relatado tudo, a chapa iria esquentar para os taboanenses.
Eu e o amigo Mílton ficamos ali mais alguns minutos esperando a poeira baixar antes de seguirmos até o meu quarto jogo do sábado. A sessão noturna de futebol teve despedida na Série C do Brasileiro.
Até lá!
Fernando
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