Texto: Fernando Martinez; Fotos: Fernando Martinez e Alê Vianna (equipe do Nacional)
Depois de duas semanas sem futebol, voltei aos gramados com um duelo absolutamente imperdível valendo pelo Campeonato Paulista da Série A2. Depois de 59 anos sem se enfrentarem pelo estadual no Estádio Nicolau Alayon, Nacional e Portuguesa estiveram frente à frente na tradicional cancha paulistana.
Foi no dia 20 de dezembro de 1959 a última partida entre os dois na casa ferroviária pela primeira divisão. Poucos dias antes de ser rebaixado (e nunca mais voltar), o Nacional perdeu por 3x1. No ano anterior, a última vitória nacionalina em jogos oficiais (4x2 em 17 de julho de 1958) até hoje.
Contando todos os confrontos, os rubro-verdes não sabem o que é perder pro time da Água Branca desde um amistoso em 15 de setembro de 1977. Desde então, cinco encontros com três triunfos e dois empates. Aqui no JP, três coberturas: o 5x2 lusitano no Canindé pela A2 de 2007 e os dois compromissos na Copa Paulista do ano passado: 0x0 também na Comendador Souza e o triunfo da Lusa por 2x1 no seu campo.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP
O árbitro Marcelo Aparecido de Souza, os assistentes Eduardo Vequi Marciano e William Trufelli Malaquias, o quarto árbitro Camilo Morais Zarpelão e os capitães dos times
Esse foi o meu 27º compromisso seguido do onze ferroviário como mandante e dessa vez a presença foi confirmada em cima da pinta, mais precisamente na madrugada do sábado. contando mais uma vez com a ajuda incondicional dos amigos verdadeiros. A viagem entre o litoral e a capital foi feita na boa e segui direto até a Água Branca arranjando espaço no metrô entre os foliões do pós-carnaval paulistano.
Algo impensável há alguns anos, não era exagero dizer que o Nacional levava um certo favoritismo pelo fato de jogar em casa e por ter uma campanha melhor do que o adversário. Aliás, a Portuguesa está fazendo um enorme esforço para jogar a A3 em 2019, em mais um capítulo da série "como destruir um time de futebol" dirigido pelos comandantes lusitanos.
Apesar dos pesares, foi a Portuguesa quem atuou melhor no tempo inicial. O goleiro nacionalino Maurício segurou bem a onda e foi responsável pelo marcador permanecer intacto ao final dos primeiros 45 minutos. A primeira boa chance aconteceu aos 28 em finalização de Bruno Duarte. Logo depois ele mesmo chutou e tirou tinta da trave.
Chegada nacionalina pela esquerda
Pelota levantada dentro da área lusitana
Disputa de bola no meio de campo
Cobrança de escanteio a favor do Nacional. Ao fundo, a parte coberta do Nicolau Alayon novamente azul
Nas arquibancadas, as 1.060 pessoas que pagaram ingresso não se entusiasmaram com a peleja e a única manifestação que se ouvia era a de torcedores lusitanos revoltados (com razão) com a situação lastimável da agremiação. Nem as boas chances de gol animaram os rubro-verdes.
Já no tempo final o Nacional voltou melhor ao gramado e foi a vez do goleiro João Lopes trabalhar para evitar o gol local, principalmente num ataque agudo de Bruno Xavier. Depois Rodrigo Souza quase marcou num lance em que a zaga salvou em cima da linha. Isso sem contar as várias finalizações pela linha de fundo.
No segundo tempo, o Nacional atacou mais, porém não conseguiu marcar
Marcação firme de atleta rubro-verde
Ofensiva aérea a favor do onze ferroviário
Quando a peleja estava perto do fim, a Portuguesa quase fez num chute de Fernandinho na trave. No final, o Nacional 0-0 Portuguesa (meu primeiro jogo com marcador em branco em 2018) manteve o tabu e não mudou muito a situação de ambos na Série A2. O Naça agora tem 11 pontos e ocupa a 10ª colocação, enquanto a Lusa, que flerta perigosamente com a zona de rebaixamento, tem sete e está dois pontos acima do Z2.
Futebol de novo agora só no meio da semana, em mais uma apresentação rubro-verde no Canindé.
Até lá!
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