Opa,
Fazia tempo, mas no sábado voltei a programar uma grande rodada dupla pro JP. Como o jogo da noite - falarei dele em breve - era a prioridade absoluta do dia, armei algo próximo na parte da tarde. Fui até o Estádio Nicolau Alayon para conferir de pertinho o "clássico" entre Nacional e Portuguesa valendo pelo Campeonato Paulista sub20 da 1ª divisão.
Escolhi a partida pela logística e também pra ver o time ferroviário num jogo do estadual de juniores depois de seis anos. Desde o rebaixamento de 2009 o Naça estava fora da principal divisão e é bom demais ver o retorno da tradicional agremiação. Nos dois jogos que o time disputou até o sábado, uma vitória contra o Bragantino e um empate na estreia contra o Guaratinguetá.
Nacional AC (sub20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
A Portuguesa de D (sub20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
Capitães dos times e trio de arbitragem. Foto: Fernando Martinez.
Apesar de toda a tradição, os dois escretes paulistanos se enfrentaram apenas cinco vezes (uma em 1988, duas em 1999 e mais duas em 2009) pelo sub20 desde que a FPF reorganizou os campeonatos de base em 1980. Nos cinco jogos realizados, duas vitórias nacionalinas e três lusitanas. Um deles, Portuguesa 3x2 em 26/09/09, teve cobertura do JP.
Diferente do que vi na sexta-feira, essa foi uma ótima partida, principalmente no tempo inicial. A Portuguesa começou com tudo e iniciou os trabalhos com um belo chute na trave aos nove e uma grande chance de Piauí minutos depois. O Nacional, ainda sem sofrer gols no campeonato, respondeu aos 20 com uma chance cara-a-cara perdida pelo camisa 9 Fábio.
Aos 34 outro lance sensacional do time da casa. Igor fez brilhante jogada pela esquerda e tocou para o meio da área. Gu, livre de marcação, isolou a bola nos campos sintéticos ao lado do Nicolau Alayon. O time rubro-verde respondeu quatro minutos depois quando Thauan tocou de cabeça pra fora mesmo com o goleiro Iago fora de combate.
Faltando dois minutos para o fim do tempo inicial, Igor avançou pelo campo defensivo do time visitante e foi derrubado por Caíque. Como a situação era clara de gol, o camisa 7 lusitano foi expulso. Com 45 minutos a serem jogados e com um atleta a mais em campo, esperava um Nacional ainda mais efetivo no tempo final.
Zagueiro da Portuguesa desarmando atacante do Nacional. Foto: Fernando Martinez.
Disputa de bola dentro da área lusitana. Foto: Fernando Martinez.
Mais uma chegada dos donos da casa. Foto: Fernando Martinez.
Troca de passes no setor esquerdo do ataque ferroviário. Foto: Fernando Martinez.
Israel, jogador que havia entrado no intervalo, já mostrou serviço com apenas 15 segundos de peleja. Ele avançou pela direita e chutou a bola na trave, fazendo parecer que o Naça sairia vitorioso de campo. É, mas essa acabou sendo a única chance de perigo real a favor dos donos da casa em quase quarenta minutos.
Para piorar, a Lusa abriu o placar depois de um perfeito contra-ataque pela esquerda. Thauan invadiu a área e tocou na saída de Victor. Com a vantagem no marcador os visitantes recuaram e chamaram o Nacional para seu campo. É, mas nada adiantou, já que os atacantes locais não conseguiam criar nada.
A partida foi seguindo nesse esquema e só por uma vez os ferroviários chegaram perto do empate, novamente com Israel, aos 37 minutos. A Lusa foi levando o jogo em banho-maria e conquistou sua segunda vitória em três jogos disputados no sub20.
Nos últimos 45 minutos, o Nacional ocupou o campo de defesa lusitano na maior parte do tempo. Foto: Fernando Martinez.
Zaga atenta da Portuguesa em passe pelo alto. Foto: Fernando Martinez.
Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.
O Nacional tentou, tentou, tentou, mas perdeu a primeira no Paulista sub20. Foto: Fernando Martinez.
O Nacional 0-1 Portuguesa quebrou a invencibilidade ferroviária, mas ainda é cedo, muito cedo, para dar qualquer prognóstico no certame. Faltam ainda nada menos do que 17 rodadas (!) para o fim dessa fase e muita coisa ainda vai mudar na tábua de classificação. Como sempre, estarei de olho na competição.
Nem bem a sessão vespertina acabou e eu segui para o cada vez mais abandonado centro da capital paulista para bater aquela xepa na esquina da São João com a Ipiranga antes de seguir para um dos jogos mais esperados por todos até aqui em 2015. Teve Série C no Pacaembu pela primeira vez em todos os tempos.
Até lá!
Fernando
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