Fala, pessoal!
Quarta-feira aconteceu a penúltima rodada da quarta fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão e o JP foi, de novo, ao Estádio Nicolau Alayon para ver de perto um jogo que poderia ser histórico. O Nacional, líder isolado do Grupo 19, recebeu o bom time do Primavera precisando vencer para subir e também se garantir na final do certame.
Apesar de todo mundo saber que a peleja não seria nada fácil, o clima de esperança estava fortíssimo no ar. Muitos dos amigos e conhecidos que batem cartão na Comendador Souza sabem que dificimente a equipe terá uma chance tão grande voltar para a A3 como essa.
Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
EC Primavera - Indaiatuba/SP. Foto: Fernando Martinez.
O time ferroviário fez um campeonato magistral na primeira fase e mediano na duas fases seguintes. Na fase atual a equipe superou adversários dificílimos e, ainda sem perder, dependia de um "meio a zero" para subir de divisão após cinco anos. Só que o Primavera prometia jogar água no chopp ferroviário.
Capitães dos times junto com o trio de arbitragem da partida (o árbitro Marcelo Aparecido de Souza e os assistentes Alberto Poletto Masseira e João Edilson de Andrade). Foto: Fernando Martinez.
Mais de 300 pessoas (um ótimo público para os padrões nacionalinos) pagaram ingresso e viram um jogo tenso, nervoso e com aquele gostinho forte de decisão de divisão de acesso que gostamos tanto. O time de Indaiatuba começou a mil e, se aproveitando de certo nervosismo local, criou boas oportunidades.
Bruno Silva fazendo pressão na zaga do Primavera. Foto: Fernando Martinez.
O grito de gol da torcida do Fantasma ficou entalado na garganta por duas vezes mas a partir dos 20 minutos o Nacional colocou a cabeça no lugar e chegou perto demais de abrir o marcador. Mi conseguiu acertar um chute milimétrico na trave (a bola só não entrou por conta do gramado acidentado).
Disputa dura pela bola no campo de defesa do Fantasma. Foto: Fernando Martinez.
Grande defesa de Jeferson em cobrança de falta. Foto: Fernando Martinez.
Bruno Silva também teve sua chance, mas o goleiro Jeferson saiu de forma corajosa e fez brilhante defesa. O arqueiro também fez grande defesa em cobrança de falta e levou a peleja em 0x0 para o intervalo. No tempo final era tudo ou nada, a o Naça foi melhor.
Mais um ataque local comandado pelo camisa 11. Foto: Fernando Martinez.
Jeferson brilhando novamente no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.
Tudo bem que o time recuou demais e chamou o Primavera para seu campo. A sorte é que o time de Indaiatuba tocava, tocava, tocava e na hora de chegar perto do gol defendido por Carlão, nada acontecia. A rigor, a equipe visitante teve apenas uma boa jogada em cabeçada de Vinícius que passou por cima da trave.
Boa jogada local no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
Jogando no contra-ataque, foi do Nacional o maior número de chances desperdiçadas. Aos 27 o técnico Carlinhos vacilou e tirou Bruno Silva, um dos melhores do time. Ninguém entendeu a alteração. A equipe poderia ter aberto o marcador num lance agudo dentro da área em que Sócrates, sem marcar desde 24 de agosto, chutou em cima do zagueiro.
Jeferson subindo no segundo andar para fazer a defesa. Foto: Fernando Martinez.
Minutos depois ele mesmo dividiu uma bola com o goleiro, que na opinião de quem estava atrás do gol fez pênalti ao derrubá-lo dentro da área. A peleja foi seguindo cada vez mais tensa e aos 44 aconteceu o lance crucial da partida. Numa jogada pela direita a bola foi tocada para o meio da área. Livre de marcação e com a pelota praticamente parada no gramado, Caio Mendes tinha tudo para se tornar o heroi do campeonato para o Nacional, mas ele chutou em cima do goleiro. Típico lance que não pode ser desperdiçado.
Escanteio para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez.
No fim, o árbitro terminou a partida em Nacional 0-0 Primavera. A comemoração esperada não aconteceu, e então todas as atenções se voltaram para Grêmio Prudente x Olímpia, marcado para as 20 horas no oeste do estado. Se o Olímpia não vencesse, o Naça suburia, só que de forma surreal o Galo virou o jogo e venceu por 3x2, adiando o sonho do acesso para a rodada final.
O Naça joga pelo empate em Olímpia. Se perder pela contagem mínima, precisa torcer para o Primavera não fazer 2x0 no eliminado Grêmio jogando em casa. Não será nada fácil jogar contra o Galo com o estádio cheio e com 40 graus na moleira, mas os determinados atletas nacionalinos prometem lutar até o fim. Na minha visão, precisam mais do que isso: para voltar para a A3 precisarão dar o sangue em campo e fazer a partida das suas vidas.
Estaremos de ouvido colado no radinho acompanhando o que pode ser um dia histórico ou uma das maiores decepções da história do Nacional nos seus 95 anos de vida. Façam suas apostas!
Até a próxima!
Fernando
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